Após falar com alguns vizinhos, conhecer garotas a minha idade que gostaram mais das minhas roupas que do que de mim eu fui apresentada a família Deville, uma das famílias mais antigas da cidade.

-Prazer em conhecê-la Claire. –Falou Felix Deville, o marido da Senhora Deville e filhos que eu não sabia o nome, pois eles estavam sentados em uma mesa de costas para nós.

-Prazer senhor Deville, é uma grande honra sermos recebidas por essa festa. –Minha mãe respondeu tentando disfarçar minha cara de monga enquanto eu pensava como era o resto dos Devilles.

-Oh, por favor, Senhora Defanti, me chame de Felix. –Felix era um homem alto de cabelos cor de chumbo escuro, com um rosto suave que transbordava compaixão.

-E você pode me chamar de Margaret.

-Que indelicadeza a minha, nem apresentei para vocês minha família. –Ele falou como um pedido de desculpas, mas fala serio, de qual século esse cara é?

Ele nos levou até a mesa, e toda a minha curiosidade subitamente passou.

Olhos cor de Mel.

-Essa é minha mulher, Carol Deville. –Ele mostrou sua mulher que sorriu docemente, um sorriso acolhedor.

-Prazer Senhora Deville. –Eu e minha mãe falamos juntas, mas eu ainda olhava para o par de olhos cor de mel que também me olhavam.

-Por favor, pode nos chamar pelo nome, sem formalidades. –Ahh que droga, até a voz dela era como um tamborilar de sinos que faziam me sentir segura, mas ao mesmo tempo o alarme de perigo soava na minha cabeça. –Esses são Jonathan, Caios, Felícia, Amanda e Keane.

Keane era o nome dele, combinava perfeitamente com seu cabelo negro e olhos brilhantes cor de mel.

Após algum tempo falando com a família Deville eu decidi ir até lá fora tomar um pouco de ar fresco, chegando até o jardim que estava totalmente iluminado com um tipo de pisca-pisca que não pisca e muitas rosas de todas as cores, eu respirei a brisa fria.

-esta muito bela essa noite Srtª. Claire. –Keane estava do meu lado olhando para mim.

-Só Pode ser brincadeira. –Sussurrei para mim mesma

-Ah, desculpe se estou sendo um incomodo, seu quando não sou benquisto. –Pelo menos eu não era a única a falar que nem uma velha aqui.

-Não, tudo bem. –Falei vermelha de vergonha.

Ele riu tirou o casaco e colocou nos meus ombros. –Você vai acabar pegando um resfriado. E a sua mãe falou para mim te levar pra casa.

-Por que ela não vai me levar... Sem ser indelicada.

-Por que ela vai ficar aqui até mais tarde e depois ir até a casa dos meus pais, e como você esta tendo uma semana longa, ela me pediu para te deixar em casa antes que você fique muito cansada. –Ele me explicou com calma. –Vamos? –Ele me estendeu a mãe como um cavaleiro, eu peguei a mãe dele e ele sorriu e me levou até o carro, e cara, era uma BMW.

-No creio, você tem uma BMW! –Ele deu risada.

-Uma BMW preta, mas agora entra ou vai ficar resfriada. –Nós entramos no carro, e quando ele foi dar a partida, o carro não funcionava. –OPS! Acho que morreu, nós saímos do carro e ele fez uma cara de diversão. –Vamos ter que ir a pé.

-Olha o tamanho do salto que eu to usando. –Eu apontei pro meu Louboutin, ele foi até o carro e tirou um tênis do banco traseiro.

-Acho que te serve. –Eu tirei o salto e coloquei o tênis que serviu perfeitamente.

-Vamos? –Ele perguntou.

-Claro

Fomos andando, o caminho era longo e como uma coisa do destino começou a chover e nos dois tivemos que correr. Chegando a casa eu entrei e falei pra ele.

-Fica a vontade, eu vou trocar de roupa e já volto. –Eu subi e me troquei e quando entrei na sala ele estava sem camiseta, e eu subitamente parei.