Estranho Encanto escrita por Poder dos Livros


Capítulo 11
Guardião


Notas iniciais do capítulo

Oláaaaaa pessoas lindas e fofas do meu coração. Eu volteeeeei
Era pra ter postado esse capítulo final de semana passado (dia 18), mas eu fiquei morta. Tive jogo na escola de manhã e festa de noite. To dolorida até agora. Mas pelo menos coloquei uma partezinha a mais.
Adoreeeeei esse capítulo e já to com ideias mais formadas do rumo da fic. Sim, sempre to mundano-as AUHSAUSH
Espero que gostem e desculpem a demora. Não vou deixar de escrever, ainda mais EE ~Estranho Encanto~ que amo de paixão!
Boa Aventura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/318111/chapter/11

Pelo que o Dr. Nathan tinha dito eu tivera sorte de não ter quebrado nenhum osso, apenas o luxei e o torcera. Mas eu não havia tido tanta sorte. Desse modo não poderia treinar com Gancho por pelo menos uma semana e meia o que eu não queria nem pensar. Não o vira mais depois que ele me apresentou ao médico, já Heatrick ficou comigo todo o tempo depois que sai da pequena sala que servia de consultório. Ele não me deixava fazer absolutamente nada pois dizia que iria piorar minha “situação difícil”.

– Mas vocês... nós – Consertei rapidamente – somos piratas. Vamos passar por ferimentos piores, eu apenas torci o pulso – Reclamei com Heatrick

– Sim, mas a maioria já está velho e cresceu se acostumando com dores. Não tem como comparar, Wendy – Trick falou analisando novamente minha mão e meu machucado.

– Olha Trick, aprecio realmente que esteja cuidando de mim, mas já cai de algumas árvores sabia? Uma vez quase quebrei a perna – Falei e ele olhou desconfiado de mim. Tudo bem, não havia quase a quebrado, apenas ralei meu joelho e fiquei com dor na perna em que me apoiei mas eu havia superado. – Além do mais aposto que você tem outros serviços

– Fui dispensado pelo resto da semana – Ele falou distraído enquanto separava alguns poucos remédios que Nathan me entregara para o caso de sentir dor

– Foi dispensado? Por quê? Pra cuidar de mim? – Perguntei e ele finalmente tirou os olhos do remédio, em seguida deu de ombros sem prestar atenção em mim. – Ah, é claro. Ë por isso que o Capitão falou com você em vez de ir comigo ao consultório

– Ele não foi até mim pra falar i... – Heatrick começou a falar porém parou. Ele olhou pra mim e eu fiz um sinal para que ele continuasse falando mas ele não continuou

– Por que ele foi até você então, Trick?

– Por nada, Wendy – Ele falou e eu o encarei. Assim ele apenas desviou o olhar – Eram apenas algumas ordens do que eu tenho que fazer. Nada demais – O encarei mas sabia que ele só me diria isso e assim voltei a analisar a roupas que estavam no meu armário enquanto ele me perguntava como eu estava.

Suspirei depois de ter se passado pelo menos três horas. Consegui arrumar minhas roupas cinco vezes, não tinha muitas, somente o essencial, e já estava sozinha. Convenci Heatrick a me deixar descansar um pouco, falei que estava enjoada e ele foi providenciar algo para eu comer e beber. Mas o que queria era pensar em meus irmãos. Já tinha tanto tempo desde que eu não os via! Estava com saudades e ainda não tinha pensado um jeito de ir vê-los, mas precisava encontrá-los e dizer que estava bem, eles deviam estar preocupados. Sei que eu estava. Podiam acontecer várias tragédias com eles. Tomara que Peter esteja tomando conta deles por mim, protegendo-os mesmo eles não sabendo.

Enquanto revirava na cama pensando ouvi um barulho de passos. Imediatamente fingi que estava dormindo e assim que fechei meus olhos minha porta se abriu.

– Bucaneira, está acordada? – uma voz que nunca confundiria chegou aos meus ouvidos. Controlei minha respiração e o ouvi se aproximando – Bucaneira? Wendy? – Gancho assentou na minha cama e pude ouvir sua respiração. Ele soltou um suspiro e então algo ocorreu, algo que eu pensei que nunca fosse acontecer. Senti sua mão em meu cabelo e em seguida no meu rosto – Doce Angel – Ele sussurrou.

Não tinha certeza que ele dissera isso, mas acreditava que sim. Quase abri meus olhos nesse momento mas tenho certeza que se o tivesse feito Gancho se sentiria vulnerável e nunca mais treinaria comigo. Era provável que me mandasse de volta para Peter, e isso eu não queria. Me mexi um pouco e ele logo retirou sua mão. Senti a perda. Apesar do tempo ter castigado seu corpo e seu jeito de agir, suas mãos não estavam nada mal. Não era tão suave quanto a mão de uma criança, a minha mão, mas não era uma mão pesada ou rude como a de meu pai. Poderia segura-la durante vários meses, anos sem me cansar. Cada vez Gancho me surpreendia mais

– Descanse doce Angel, e me desculpe não tê-la protegido como deveria – Gancho falou e ouvi quando a porta se fechou novamente.

Não consegui me mexer no começo. Poderia ter sido apenas um sonho, se eu soltasse minha respiração eu perceberia que não tinha sido real. Depois do que se pareceu uma eternidade pra mim, provavelmente apenas um minuto, eu soltei minha respiração devagar e abri os olhos. Estava sozinha, claro. Com cuidado toquei o lugar que Gancho havia encostado na minha bochecha e sorri involuntariamente. Quem era ele? Não o temido Capitão, mas o homem. James...

(...)

A luz da manhã incidiu em meus olhos e eu os abri vagarosamente. Não acredito que dormi tão bem! Tive sonhos tão magníficos com Miguel, João, minha mãe, meu pai, Naná. Nem tinha percebido que havia dormido.

Assim que me levantei percebi que meu pulso machucado estava ainda tocando minha bochecha. A mesma que ele tocara. Também notei que este estava inchado, mas não tinha a menor intenção de voltar ao doutor Natan. Sim, ele era um bom médico, mas não queria que Gancho se preocupasse mais comigo. Se ninguém tocasse o machucado tudo ficaria bem.

Vi que Trick havia entrado aqui antes deu acordar pois havia uma bandeja com uma única maçã. Comi rapidamente sem sentir o gosto, as lembranças da noite anterior ainda estavam frescas na minha memória, e eu preferia memoriza-las, guarda-las para mim. Peguei a roupa que havia separado para mim no dia anterior e quando ia troca-las pelas que estava usando uma batida na porta me deteve. Me virei de frente para ela.

– Entre – Disse e a porta de abriu revelando Heatrick. Sorrimos e ele fechou a porta atrás de si

– Desculpe incomoda-la, Wendy. Pelo menos já estava acordada e ainda sem se trocar – Ele falou e então reparou nas roupas limpas em minha mão. Corei e ele sorriu mais abertamente – Bom, hoje vou te levar pra fazer algo mais leve por causa do pulso – Ele olhou para minha mão e eu a coloquei atrás de mim – Enfim, não se troque, vou te mostrar o lugar mais comum para os piratas tomarem banho, ao invés de você usar o balde, não acho que consiga mais se banhar sem ajuda. Vamos – Ele abriu a porta e começou a andar. O segui antes que ficasse para trás.

Tentei guardar o caminho para o caso de Heatrick me fazer guia-lo de volta como Gancho faz. Vi vários animais relativamente perto do navio mas quanto mais nos afastávamos mais raros eles se tornavam. Não andamos tanto quanto estava acostumada, entretanto.

– É aqui, Wendy – Heatrick falou me fazendo olhar para onde apontava com o braço.

Assenti para ele um pouco envergonhada enquanto circundava o lago à nossa frente. Parecia ter água limpa e era realmente cristalina, não parecia fundo a ponto de eu não conseguir ficar de pé, na verdade era um pouco fundo para um lago.

– Os piratas cavaram mais a terra, antes era um lago realmente pequeno – Trick falou e eu sorri para ele assentindo. Coloquei minhas roupas limpas num canto perto de uma árvore e olhei para ele.

– Obrigada, Trick, quando acabar eu te chamo. Você vai me esperar, certo?

– Claro, estou lá na frente, se precisar – Ele falou sorrindo e quando estava se afastando parou de repente e se virou pegando algo em seu bolso. Estendeu o objeto para mim em seguida – Quase me esqueço! Tome, é um sabonete. Melhor para se limpar, tenho certeza – Sorriu e eu o peguei de sua mão agradecendo, logo em seguida ele me deixou

Fiquei parada no mesmo lugar enquanto ouvia seus passos e assim que ele se afastou o suficiente eu me virei e me despi entrando na água. Ela estava fria, mas nada insuportável, estava calmante, na verdade. Peguei o sabonete e comecei a me levar.

Quando terminei lavei minhas roupas e as estendi em uma pedra. Voltei para o lago e passei sabão pelos meus cabelos. Terminando todo o delicioso banho me vesti e então percebi que tinha ficado sem olhar ao redor. Me certifiquei de que não havia nenhum outro pirata ao redor, talvez escondido entre as árvores, e peguei minha roupa molhada seguindo até onde imaginava que Heatrick poderia estar.

– Trick? – Chamei vendo-o pouco a minha frente. Estava sentado à sombra de uma árvore e assim que me viu se levantou e sorriu

– Bem melhor tomar um bom banho, não? Mas achava que as mulheres demoravam mais

– Não acho que é tradicional uma mulher ser pirata também – Falei e ele sorriu

Começamos nossa caminhada de volta para o navio e quando estávamos praticamente na metade do caminho minha barriga roncou, denunciando minha fome. Fingi não reparar porém Heatrick se virou para mim

– Wendy, por quê não disse que estava com fome? – Falou sorrindo

– Mas não estou – Menti e ele me olhou desconfiado

– Percebi – Trick falou sorrindo e segurou minha mão desviando do caminho – Ande, vamos fazer uma boa refeição. Se eu não te der comida o Capitão me mata – Ele continuou falando e me levando, tomando cuidado para eu não encostar em nenhum lugar com meu pulso machucado. Fui pensando em suas palavras sobre o nosso Capitão enquanto o deixava me conduzir.

(...)

– Realmente parece uma boa refeição – Falei enquanto ele terminava de lavar as frutas no lago. Sorriu para mim e se sentou próximo me passando uma maçã.

Tínhamos maças, bananas, cocos e uvas. Parecia tudo delicioso e nós comemos por um momento em silencio, apenas apreciando a comida, sem conversas.

– Por quê você sempre se refere como se Gancho fosse meu guardião? – Perguntei e olhei em seus olhos, ele que havia parado de comer, me observou

– Ele age desse modo, Wendy. Nunca percebeu? – Nós dois estávamos sérios. Neguei com a cabeça e ele continuou – Nunca o vi agir assim com outro pirata. Nem mesmo com... – Heatrick olhou para o horizonte antes de continuar. Parecia estar se lembrando de algo, a mesma expressão que já havia visto no rosto de Gancho – ... Com seu pirata favorito. É a primeira vez – Devo ter feito uma cara preocupada pois logo Trick mudou seu semblante e sorriu – Não se preocupe, Wendy. Mas se lembre, ele sempre tem alguma razão.

(...)

Durante o resto do dia eu fiquei quieta. Como Gancho não queria me treinar machucada e havia me proibido de ajudar no Navio (Heatrick me falou quando tentei) eu fiquei apenas no meu quarto. Pensei por tanto tempo em meus irmãos e como eles deveriam estar que já estava no auge da preocupação. Precisava vê-los logo, mas se saísse à essa hora não conseguiria voltar. O sol já estava se pondo. Também sabia que deveria ir sozinha, afinal piratas não entendem muito sobre famílias e não acham que vale a pena.

– Vou amanha mesmo – Pensei sozinha e deite na cama conseguindo descansar sem nenhum pensamento, finalmente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E entãaaaao? O que acharam?
Guardião s2 Gancho.. Ou melhor, James!!
Gente, me deem as opiniões sinceras de vcs pq eu to gostando, mas preciso saber a de vcs.
O plano é não demorar muito pra postar o próximo cap. vou tentar cumprir esse plano UASHAUSH
Reviiiiiews?