Garota de Ny escrita por Tamy Black


Capítulo 3
Capítulo II - Bem vinda a Nova Iorque




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Fora um tanto que complicado convencer os meus pais de que o meu lugar não era mais ali em Forks, minha mãe chiou, esperneou, fez drama, mas não tinha quem me fizesse mudar de idéia. Meu pai foi mais compreensível, entendeu que se eu quisesse crescer profissionalmente não dava pra ficar aqui, era por essas e outras que eu amava o Sr. Charles Swan. Angela também ajudara bastante a minha mãe a se conformar com a idéia de que sua bebezinha já estava crescida e precisava de um espaço maior e Forks não era o que se possa chamar de Cidade Grande.


Duas semanas depois, eu e Angie já estávamos com as passagens compradas e com tudo organizado para a viagem. Sem contar que Angela já tinha resolvido a nossa moradia por lá, ficaria perto de onde ela trabalharia, um pequeno apartamento de dois quartos para nós duas. Eu estava curtindo o meu último dia nesse fim de mundo, levaria boas lembranças, mas a partir de agora, eu só voltaria para visitar os meus pais, morar aqui de novo não estava nos meus planos.


(...)


- Meu amor, se cuida e ligue para a mamãe a qualquer hora do dia! – dizia minha mãe pela milésima vez me abraçando apertadamente.


- Ok mãe, ok. – disse enfadada.

Nós já estávamos no aeroporto, era o grande dia da nossa partida. Angela se despedia dos pais e do irmão menor enquanto eu me despedia dos meus, depois nós invertemos, fui me despedir dos Weber e ela foi se despedir dos Swan. Depois de todas as declarações de nossas mães, pedidos de cuidado de nossos pais, zuação do irmão da Angie, nós duas finalmente embarcamos.

- Vai sentir falta daqui Bells? – Angie me indagara assim que nós já estávamos sentadas confortavelmente na poltrona do avião.

- Não mesmo, só dos meus pais e dos seus. – disse rindo.

- É, eu também não. – ela riu e eu também.


Nós conversamos um pouco, mas Angela logo dormira, pois o nosso vôo fora cedo e ela não conseguiu dormir muito. Ok, eu não tinha dormido nada, tamanha a ansiedade e empolgação que eu sentia, mas não consegui pregar o olho durante a noite inteira. Fiquei lendo um livro qualquer, mas também não estava atenta a ele, eu estava muito ansiosa e nervosa... Deus! Eu estava realizando um grande sonho!

Calma Bella, respira. E assim foi o vôo inteiro, Angela dormindo e eu acordada, empolgada demais para dormir no avião. Quando o piloto informou que já estávamos sobrevoando Nova Iorque, eu quase tive um AVC. Acordei a minha amiga, que resmungou bastante, mas quando disse que já estávamos na Big Apple, ela acordou num átimo.


O avião pousara e logo já estávamos desembarcando do mesmo, pegamos nossas malas e saímos pelo portão de desembarque do imenso aeroporto de Nova Iorque. Alguém me belisca? Acho que estou sonhando! Pegamos um táxi e eu fui admirando a paisagem da minha adorada cidade. Ela era perfeita... Depois de uns quarenta minutos de táxi, chegamos a nossa nova moradia. Era um prédio antigo, mas bem charmoso. Ficava a dois quarteirões do emprego da Angela, subimos e já encontramos nossas coisas lá dentro, e elas já estavam nos seus devidos lugares.


- Pedi ao meu tio que mora aqui para dar uma passada e organizar algumas coisas. – disse Angela.

- Oh sim. – Angela tinha um tio que morava em NY.

- Nós vamos almoçar com ele, ok? – ela me falou enquanto eu me jogava no sofá.

- Ok, sem problemas. – respondi sorrindo.

- Ótimo, vou ligar para ele e avisar que já chegamos. – ela disse pegando o celular na bolsa.


Eu fiz o mesmo, mas fui ligar para os meus pais, avisá-los que já estava na minha cidade. Minha mãe teve mais um dos acessos de choro e meu pai viera falar comigo enquanto ela se acalmava, eles eram uma comédia mesmo. Depois de já instaladas, fui conhecer o meu quarto, era a minha cara.


Tomei um banho e vesti uma roupa confortável: calça jeans, blusa branca, jaqueta preta, bolsa preta e um par de sapatilhas pretas. Cheguei à sala e Angie também estava arrumada: calça jeans, blusa vermelha, casaco branco, sapatos altos vermelhos e sua bolsa vermelha.


- Uh! Arrasou amiga! – disse risonha.

- Obrigada. – ela disse fazendo pose de convencida e depois caímos na gargalhada.


Saímos do nosso apartamento e pegamos um táxi, rapidamente nós já estávamos na frente do prédio do tio da Angela. Subimos até o quinto andar e tocamos a campainha do 501. Logo abriram a porta e quem abriu foi um rapaz de mais ou menos a nossa idade, branco, olhos azuis e cabelos castanhos, super lindo! Ele olhou pra mim e depois pra Angela. E que olhada pra minha amiga! Nossa, ele ficou bobo quando a viu, eu sei... Minha amiga é bonita.


- Er... Eu sou Angela, Angela Weber. – minha amiga se apresentou ao rapaz – E essa é minha amiga Isabella Swan, eu sou sobrinha do George Weber, ele está? – perguntara a ele.

- Oh sim! Ele falou muito de você, ele está na cozinha. Sou Ben, Benjamin O’Donnel. – ele disse se apresentando a nós.

Nós entramos no enorme apartamento, era super luxuoso. Pelo que Angela me disse, o tio dela era um arquiteto de renome aqui em NY, ele era casado e tinha dois filhos.

- Angela! Bella! – o tio dela aparecera de repente na sala.

- Tio! – Angela correu até ele e o abraçou, depois eu o cumprimentei.


Ele morava em Forks e depois viera pra cá, ele era muito legal. Tio George era um grande amigo do meu pai também, eu era como uma sobrinha pra ele. Ele nos apresentou sua família: Laura, sua esposa: uma loira de belos olhos azuis; Jenny, sua filha de catorze anos: era loira como a mãe e os olhos também, mas o rosto era super parecido com o pai; e o Ben, era filho da Laura, mas ele o tinha como filho, ele tinha a nossa idade, acabou de formar em direito pela Universidade de Nova Iorque. Uh... Igualzinho a Angie!


Fora um almoço tranqüilo e agradável. Notei os vários olhares que o Ben dava a Angie, e ela não ficava atrás. Mal a Angie chega a NY e já arranja um pretendente? Nossa...


Fomos embora já ao fim da tarde, mesmo eles insistindo que nós ficássemos para o jantar. Chegamos em casa e eu fiquei no meu quarto dando uma olhada no jornal para marcar os lugares aonde iria tentar conseguir emprego amanhã.


Segunda-feira chegara e Angela fora para o seu primeiro dia de trabalho, enquanto eu me arrumava para ir atrás do meu emprego. Sei que não seria fácil, mas eu não iria desistir de primeira. Eu estava com uma saia evasê preta, uma blusa verde escura e um terninho preto que fazia parte do conjunto com a saia, calçava meus scarpins pretos preferidos e tinha feito uma maquiagem básica, só para não sair de cara limpa. Peguei minha bolsa, a pasta com meus currículos, o jornal com os lugares marcados e meu celular. Tranquei o apartamento e saí em busca do meu sucesso.

 

(...)


Eu já tinha andado meia Nova Iorque e nada. Quando eu conseguia falar com o encarregado de recursos humanos dos lugares, eles simplesmente pegavam o meu currículo e engavetavam; quando não, bom... Batiam a porta na minha cara. Eu acho interessante, se eles não querem que vão atrás de emprego na empresa deles, por que colocam nos classificados que estão precisando de novos funcionários?


Eu já estava cansada, já era praticamente meio-dia e eu ainda não tinha encontrado nada. E pra melhorar a situação, eu estava muito irritada com a última pseudo-entrevista que fiz, a mulher disse que eu não tinha a experiência necessária para atuar na companhia dela e blá-blá-blá... Mas, era óbvio que eu não tinha experiência! Eu tinha acabado de me formar, oras! Estava precisando de um local que me desse à oportunidade de ter uma experiência.


Eu estava tão irritada com a arrogância daquela criatura que saí a passos largos e firmes daquele lugar horrível. Fui andando e parei numa cafeteria, comprei um café a fim de me acalmar, saí da cafeteria e fui olhando no jornal onde mais eu poderia ir. Só me restava mais um lugar, uma tal de Cullen’s Publicity. Guardei o jornal e continuei a andar, no meio do meu caminho, acabei por me desequilibrar no próprio salto... Como eu sou a pessoa mais desastrada do mundo, derramei o café quente na minha roupa e pelo susto derrubei tudo que segurava no chão.


MERDA! MIL VEZES MERDA! COMO EU PODIA SER TÃO DESASTRADA ASSIM?


Quebrei meu salto, me dei um banho de café e levei tantos “não” que nem posso conferir nos dedos das mãos! Possessa de raiva, juntei minhas coisas do chão e fui andando, quer dizer mancando, um lado com salto de dez centímetros e outro com quase nenhum era um andar estranho. Fui resmungando milhares de palavrões até conseguir chegar a minha casa.


Joguei minhas coisas no sofá e fui para o banho. Ainda queria ir à Cullen’s Publicity hoje. O banho fora rápido, era só pra tirar o cheiro de café que estava impregnado em mim. Coloquei uma calça social preta e uma blusa de gola alta branca, peguei um casaco e minha bolsa. Voltei às ruas movimentadas de Nova Iorque e fui à procura do prédio da tal companhia de publicidade mais famosa daqui. Por isso deixei para ir lá por último, eu já a conhecia de longas datas, meu trabalho de monografia foi sobre ela. Era mais um sonho trabalhar naquela empresa e eu tentaria conseguir.


Cheguei lá em poucos minutos, ela ficava há três quarteirões da minha casa. É, eu morava praticamente no centro de NY. O prédio era incrível e ao entrar lá o meu sonho simplesmente aumentara de tamanho. Falei com a recepcionista e ela me mandara ao andar de RH, fui para o andar indicado e fiquei a esperar que a responsável pelo setor me recebesse. Eu ainda não tinha almoçado e meu estômago já estava gritando de fome, mas eu não iria desistir agora.


Fiquei lá plantada até as três da tarde, quando a Srta. Hale – responsável pelo setor – resolvera aparecer, a bendita estava em seu horário de almoço. Desde quando você tem três horas de almoço?! Desde quando você é uma das sócias majoritárias do local. Em questão de minutos a secretária da Srta. Hale me mandara entrar na sala, respirei fundo e adentrei a sala da dita.


- Boa tarde Srta. Hale. – disse ao entrar.

- Boa tarde, Srta. Swan. – ela já sabia o meu nome, por que sua secretária devia ter dito quem a esperava.


A Srta. Hale era loira, esbelta e de belos olhos castanhos. Muito bem vestida e bem maquiada, sua sala era muito bem organizada. Ela não aparentava ter mais que trinta anos.


- Sente-se, por favor. – ela pedira e eu o fiz – O que a trás a Cullen’s Publicity minha cara?

- Um anúncio de jornal dizendo que vocês precisam de uma assistente em relações públicas. – disse sorrindo a ela.

- Oh... E o que a faz acreditar que pode preencher esse cargo? – ela me perguntara arqueando as sobrancelhas bem feitas.

- Bom, eu sou formada em relações públicas e creio que posso dar conta do trabalho. – disse firme.

- Hm... – murmurara com descaso – Deixe-me ver seu currículo.


Eu tirei o meu último currículo da pasta e dei a ela, que ficara analisando por incontáveis minutos. Assim que terminara, sorrira abertamente para mim, será que ela gostara do meu currículo? Tudo bem que a minha universidade não é da Ivy League, mas é confiável. Mas, o que me parecera um sorriso sincero, não era mais que um sorriso falso, já que a loira pegara o meu precioso currículo e o fizera em dois pedacinhos.


- Ma-mas... – balbuciei.


Como ela ousava rasgar o meu currículo assim?


- Querida, você não tem experiência para trabalhar na nossa empresa, volte aqui quando tiver um currículo decente. – ela disse me olhando com um sorriso torto nos lábios, como se sentisse prazer em fazer isso.

- Mas é óbvio que eu não tenho experiência, eu acabei de me formar! – explodi, já estava farta de tanta arrogância e prepotência – Estou procurando um local que me forneça à experiência necessária.

- E você acha que a grande Cullen’s Publicity é o local certo pra isso? – ela me perguntou duvidosa.

- Seria. – disse sorrindo cínica – Depois da sua demonstração de arrogância e desrespeito para com os funcionários, agora mesmo que eu não quero trabalhar aqui. – disse firme e olhando para a cara da biscate loira.


Ok, não a conhecia para dizer que ela era uma biscate, mas ela tinha cara de biscate, convenhamos.


- Como ousa sua caipirazinha do interior que eu nem sei o nome? Sou Rosalie Lilian Hale, filha de um dos sócios dessa empresa! Você não tem o direito de falar comigo dessa maneira! – esbravejara irritada.

- Você pode ser filha do Papa, querida, mas você não tem escrúpulos para falar com ninguém desse jeito! Seja mais humilde! Você que não tinha o direito de rasgar o meu currículo! Se não me quisesse aqui, tudo bem, mas não era preciso fazer isso Srta. Hale. – disse espumando de raiva, aquela loira estava merecendo um belo de um tabefe na cara.

- Srta. Swan retire-se da minha sala. – disse cuspindo de raiva.

- Não era nem preciso pedir. – disse com mais raiva ainda, ajeitei minha bolsa no ombro e peguei os pedaços do meu currículo – Passar bem, Srta. Hale.


Ela não respondera nada, também não tinha nada o que responder. Que mulherzinha medíocre, arrogante, parece que tem o rei na barriga! Só porque é filha de um dos diretores daquela empresa acha que pode falar daquele jeito com todo mundo! Se eu não fosse tão educada teria arrancado fio por fio daquele cabelinho loiro e precioso dela... Saí resmungando silenciosamente, mas não antes de bater com força a porta da sala daquela nojenta!


Eu devia estar vermelha de tanta raiva, mulherzinha antipática! Peguei o elevador, só queria chegar ao apartamento e tomar um belo de um banho. O dia não foi nada proveitoso. Eu estava tão irritada que saí como uma bala do elevador, queria sair as pressas daquele lugar, meu sonho foi por água a baixo. E tudo aconteceu muito rápido, pela pressa e raiva, acabei por esbarrar em alguém – como sempre – e fomos os dois ao chão.


Ótimo! Maravilha Bella! Você consegue se superar a cada minuto. Eu pensava ironicamente. O interessante era que eu caí por cima dele, sim, dele... Era um homem. E que homem... Ele tinha os cabelos cor de bronze, olhos verdes cor de esmeralda, tão intensos que derreti só de olhá-los, pele branca como a minha, rosto perfeito, parecia que fora esculpido pelos Deuses, parecia ser malhado, pois deu pra sentir um pouco sua musculatura.

Que homem era aquele meu Deus do Céu? Que só em encostá-lo e encará-lo fazia meu coração palpitar e bater descompassado? Senti minha respiração falhar e nossos olhares não desconectavam. Percebi que ele também não conseguia tirar os olhos de mim, não sei por que, mas ele também não conseguia desviar, e olha que estávamos no meio do saguão de entrada do prédio da empresa.


OMG! ESTÁVAMOS JOGADOS NO CHÃO, UM EM CIMA DO OUTRO, NO MEIO DO SAGUÃO DE ENTRADA DA CULLEN’S PUBLICITY? PERAÍ QUE EU VOU BEM ALI ME JOGAR DA JANELA!

 

-x-

 

N/A: Capítulo meio longo esse, não? Pois é, a imaginação fluiu que foi uma beleza e dei muitas risadas com a atitude da Bella com a Rose, mas convenhamos, a Rosalie tem uma cara de biscate, né? UHUSHAUSHAUSAUSAUHS XD.

Advinha em quem a Bella esbarrou quando saiu fula da vida da CP? *cantarola* Dou um doce? *risos* Obviamente que foi o Ed, eu disse que ele só apareceria no terceiro capítulo, mas resolvi adiantar um pouquinho, acredito que vocês gostaram.

Beijos,

Tamy Black.


N/B: Bem vamos ao que interessa o capítulo, a Bella é praticamente o azar em pessoa, pensa bem quebrar o salto e tomar um banho de café em plena NY, se isso não for azar eu não sei o que é! Rosalie como sempre mal humorada, ou seria mal comida? *cara de pensativa* Mas vamos combinar o que a Bella disse para ela foi simplesmente maravilhoso de se ouvir! *huahuahuahua* Bella finalmente encontrou o Edward... O que esperar desse encontro? Eu sei, mas não conto nem sob tortura! *hihihihi*.

Obrigada pelo carinho de todos e vamos lá galera comentar!

 

Beijos,

Carol Venancio.

 


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