Garota de Ny escrita por Tamy Black


Capítulo 22
Capítulo XXI - Acerto de Contas


Notas iniciais do capítulo

ÚLTIMO CAPÍTULO!

Sim, isso mesmo que leram.
Explicações mais abaixo.



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No capítulo anterior:

Edward largou meu braço, pois ele segurava com muita força. Num timing perfeito o elevador chegou e eu entrei, não cometendo o erro de olhá-lo mais uma vez.

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Edward POV.

Tudo aconteceu muito rápido. Num instante eu estava apenas conversando com Heidi, no instante seguinte eu ouvia a voz de Bella.

Minha cabeça girava, eu não sabia muito bem o que estava acontecendo, tentei argumentar, mas não consegui. Meu coração ficou na mão quando não consegui explicar a Bella o que estava havendo, ficou menor ainda quando a deixei sair com lágrimas nos olhos. Voltei ao apartamento da Heidi e a encontrei sentada em seu sofá como se nada tivesse acontecido.

- Era isso que você queria, não era? – esbravejei – Na verdade o que você e minha mae queriam... Isso tem dedo dela, não tem?

Heidi apenas sorriu e nada disse, apenas se levantou do sofá, mas antes que ela saísse de minha vista, puxei-a pelo braço e a encarei, com nojo.

- Isso tudo terá volta, Heidi – sibilei – Eu sei bem o que você é capaz de fazer, e conheço minha mãe o suficiente para saber que ela tem dedo nessa história. – soltei-a com um safanão.

Catei minhas roupas do chão e me vesti depressa sob os olhares mortais da loira.

- Você nunca foi o suficiente para aquela mulherzinha – ela disse, com nojo – Você merece alguém como eu. – disse.

- Eu nunca quis você, Heidi – falei, pouco me importando se a estava machucando – E não vai ser agora que eu irei querer.

Saí de seu apartamento completamente atordoado. Cheguei à garagem e entrei em meu carro, apoiei minha cabeça no volante e procurei pensar. O que me ocorria era que Heidi me drogou e só uma coisa a fazer nesse caso: fazer um exame toxicológico*.

Peguei o celular no bolso do paletó e o encontrei desligado, lógico que a idiota o desligou. Liguei-o e logo recebi a mensagem me informando que havia várias mensagens de voz, provavelmente Bella que havia me ligado durante a madrugada. Deixaria para ouvir as mensagens depois, liguei imediatamente para o advogado da CP e que era meu amigo: Eleazar Brandon.

Eleazar me atendeu cordialmente e eu tentei não parecer desesperado, mas não consegui. Cortei os cumprimentos e fui direto ao ponto, contei o que havia acontecido. Ele concordou comigo e me indicou um dos melhores laboratórios da cidade que era especializado para essas coisas.

Só que antes eu fui até a delegacia, iria me encontrar com ele lá. Eu precisava de um mandado para fazer o exame. Demoramos um pouco mais que o normal na delegacia, conversamos com o delegado e eu fiz exame de corpo delito. Depois fomos direto para o laboratório e eu fiz o exame de sangue, que estará pronto em setenta e duas horas.

Assim que terminamos tudo, eu fui direto para casa. Precisava falar com Bella, eu já havia ligado infinitas vezes, mas o celular dela estava fora de área, deixei muitas mensagens na caixa postal, tanto que lotei sua caixa de voz.

Assim que pisei no apartamento, já passava da uma da tarde, tudo estava no mais completo e absoluto silêncio. Procurei Bella por toda a residência, mas não a encontrei em canto algum. Fui até o quarto que dividíamos e encontrei nossos closet aberto, suas roupas todas não estavam mais ali.

Ela havia ido embora.

Bella POV.

Cheguei ao apartamento de Edward praticamente afogada em minhas lágrimas. Joguei minha bolsa no chão e fui diretamente para o quarto que dividia com ele. Entrei no closet e tirei as minhas malas, coloquei meus pertences de qualquer maneira dentro delas. Quando terminei de arrumar tudo, liguei para a portaria e pedi ajuda do porteiro do edifício.

Ele pediu o táxi conforme eu ordenei e me ajudou com as malas. Eu tentei controlar minhas lágrimas, mas não consegui.

- A senhorita está bem? – o porteiro me indagou – É necessário avisar o Sr. Cullen.

- Eu estou bem – desconversei – Não é preciso avisá-lo, obrigada por tudo Phillip.

Entrei no táxi e disse o endereço do meu antigo apartamento. Assim que chegamos lá, paguei o motorista e ele me ajudou com a minha bagagem. Adentrei ao meu antigo apartamento e deixei as malas logo na entrada. Sentei-me no sofá e lá fiquei. Ainda bem que eu e Angela não decidimos vender, estávamos colocando-o para alugar, mas fazia dias que não nos sentávamos para resolver esse assunto.

Peguei o telefone e liguei para ela.

- Como assim você voltou para o apartamento? – ela me indagou quando eu perguntei – Você e Edward brigaram?

- Não foi bem assim – relutei.

- O que você não está me contando, Bella? – inquiriu, autoritária.

- É complicado – suspirei.

- Eu estou indo até aí – falou.

Eu apenas assenti e então nos despedimos. Desliguei o telefone, não queria receber ligações de mais ninguém.

Minha mente traiçoeira revivia a cena de mais cedo. Eu não conseguia acreditar que depois de tudo, Edward se deixou levar pela loira... Limpei as lágrimas teimosas e me aconcheguei no sofá, só me levantei quando a campainha tocou. Abri a porta e vi minha melhor amiga me fitando preocupada, não esperei mais nada e me joguei em seus braços soluçando alto.

Com muito custo Angela conseguiu me acalmar, eu a deixei entrar no apartamento e nos sentamos no sofá, coloquei minha cabeça em seu colo e ela afagava meus cabelos. Depois de estar mais calma, contei o que havia acontecido a ela, que me ouviu atentamente.

- Bella, você não parou para pensar que tudo isso não foi armação da mocreia loira com a mamãe Cullen? – ela me indagou.

- Elas não desceriam a tanto... – murmurei – Isso seria... – não tinha mais palavras.

- Horrível? Péssimo? Monstruoso? – ela completou.

Sentei-me no sofá e encarei minha amiga.

- Sim, mas...

- Olha Bella... Eu não esperaria nada de diferente daquelas duas – disse Angela, séria – E também digo que tem dedo da outra mocreia loira, a Rosalie – falou – As três te odeiam, a Esme já te ameaçou assim como as outras duas... Não duvido nada que as três estão mancomunadas nessa história. O Edward já te provou infinitas vezes que ama você... Principalmente nessa história de que ele criou um cargo especial, quem faz isso? – ralhou.

- Eu sei, não estou chateada com isso... – murmurei – Eu apenas fiquei surpresa, além de achar tudo muito fantasioso... Essas coisas não existem!

- Bella... Você sempre se sente inferior a tudo! – ela me olhou, séria – Você tem complexo de inferioridade, só pode... – bufou – Como você não consegue acreditar que uma pessoa como Edward é capaz de amar e fazer coisas inimagináveis por você? Para com isso, garota! Você não é melhor e nem pior do que a tal Volturi, tudo bem que ela vem de uma família rica, mas não desmereça seus pais! Ninguém é o que sua família faz e sim o  que você faz.

Angela dizia tudo de forma irritada, mas ela tinha razão. Eu apenas me permiti encará-la, quando pensei em abrir a boca para responder alguma coisa, a campainha tocou novamente. Seria Edward? Meu coração deu um salto com essa remota possibilidade. Angela percebeu que eu não iria me mover e então se levantou, abriu a porta e por ela passou Alice. A pequena Cullen passou por Angela e me abraçou muito apertado.

- Tomei a liberdade de ligar para Alice – explicou Angela, assim que a baixinha me soltou.

- Angie me ligou desesperada, contou por alto o que aconteceu e então vim o mais rápido que pude! – completou Alice – O que aconteceu Bella? – me inquiriu – Jasper levou você para o apartamento e então pensei que tudo havia se resolvido até a Angela me ligar.

Suspirei e contei toda a história para Alice. Assim que terminei minha narrativa, Alice faltava soltar fogo pelas ventas. Ela e Angela tinham o mesmo pensamento, que Esme, Rosalie e Heidi estavam mancomunadas nessa história.

- Não acredite em momento algum nessa palhaça, Bella – disse Alice, brava – Isso foi um plano mal elaborado, minha mãe é tão hipócrita que me dá nojo... – falou enojada – Essa história de que o nome e a família querem dizer alguma coisa é passado. – suspirou.

- Foi muito real, Ali – falei – Eu não sabia o que fazer, o que dizer... Eu só quis sair dali! – exclamei.

- Nós compreendemos Bella – Angela falou – Mas converse com o Edward, com toda a certeza ele vai explicar tudo.

Angela mal fechou a boca e o celular de Alice começou a tocar. A baixinha sorriu para mim após ver que era, então me mostrou o celular, o nome “Edward” piscava freneticamente no visor.

- Oi Eddie – disse Alice, atendendo.

Não podia ouvir a voz de Edward, apenas esperei que Alice conversasse com ele. Pelo que pude entender, ele queria saber se ela sabia onde eu estava. Alice falou prontamente onde eu estava, e então ele falou alguma coisa e os dois se despediram.

- Ele está vindo pra cá – Alice falou – Me pediu que eu a obrigasse a ficar aqui, ele precisa conversar com você – me fitou seriamente – Bella, eu imploro, escute as coisas e verá que nós duas estamos certas.

- Eu vou escutá-lo, Alice. Não se preocupe. – disse.

Rendirme En Tu Amor – Anahí feat. Carlos Ponce

As minhas duas melhores amigas se despediram de mim e foram embora. Minha cabeça estava a mil... Seria possível que as três tinham armado tudo? Será que Esme Cullen era tão hipócrita assim a ponto de querer destruir a felicidade do filho? 

Eu estava tão absorta em meus pensamentos que me assustei quando a campainha tocou. Levantei num pulo e andei rapidamente até a porta. Abri-a e dei de cara com Edward, ele me fitou apreensivo. Seus cabelos estavam molhados e ele estava vestido casualmente: jeans, camiseta e tênis. Dei espaço para que ele entrasse e assim o fez.

Edward andou até a sala e eu fu atrás, pedi que ele se sentasse, mas ele negou. Ele tomou fôlego e não desgrudou seus intensos olhos verdes dos meus.

- Bella... Eu peço que você me escute – começou, eu apenas assenti com a cabeça – Foi tudo uma armação. Você foi embora ontem sem nem ao menos me escutar, Heidi se fez de arrependida e eu acreditei – bufou – Eu sei que fui ingênuo e ela se aproveitou de mim, armou tudo perfeitamente... Eu estava tão irritado e chateado que nem percebi os sinais claros de que era tudo um plano.

Eu não disse nada, era melhor assim. Ele tinha que falar e eu tinha que escutar, seria melhor para nós dois.

- Então ela me drogou – ele disse e eu o fitei incrédula – Sei que pode ser fantasioso, mas é verdade. Ela me dopou, pois eu não me lembro de nada. Eu não bebi tanto para ficar embriagado e não me lembrar de nada... – explicou – Eu liguei para o advogado da CP e ele me aconselhou a fazer um exame toxicológico, e foi isso que eu fiz hoje pela manhã.

Ele terminou de falar e continuava a me encarar. Eu pude perceber a sinceridade no tom de sua voz, a verdade em seus olhos. Como eu era idiota!

- Me desculpe por não acreditar – murmurei, sem encará-lo – Eu fiquei surpresa demais com tudo aquilo, passei a noite inteira ligando pra você e nada... Então hoje pela manhã eu recebi uma mensagem com o endereço onde você supostamente estava... – suspirei – Daí quando cheguei ao prédio, o porteiro me disse que o apartamento era da Srta. Volturi. Perdi a cabeça, meu coração falhou e assim que vi você, deitado na cama dela... – não consegui continuar, minha voz falhou e as lágrimas me dominaram novamente.

Edward se aproximou de mim e me abraçou, meu coração bateu desesperadamente ao sentir seu corpo junto ao meu, não me controlei e solucei alto. O medo de perdê-lo era tão grande...

- Bella, eu amo você – ele disse, afastando-se de mim por poucos milímetros – Apaixonei-me por você assim que trombamos na CP, eu a quis pra mim assim que a vi... Por isso criei o cargo exclusivamente pra você, pode ter sido egoísta da minha parte, mas eu não queria perde-la de vista. – explicou – Eu nunca senti algo tão forte por nenhuma mulher, você me encantou desde o início, perdi-me em seus belos olhos da cor de chocolate – sorriu – Eu te amo demais... Chega a doer.

- Eu também te amo, Edward – falei – Eu preciso tanto de você... Não consigo respirar, dói... A sensação de perdê-lo foi devastadora pra mim. Perdoe-me por agir impulsivamente.

- Eu te perdoo se você me perdoar – ele disse, sorrindo.

- Então estamos perdoados. – falei, rindo.

Edward tomou meus lábios de forma apaixonada, perdi-me naquele instante. Sua boca sob a minha, sua língua se enroscando com a minha, suas mãos apertando minha cintura, minhas mãos em seus cabelos... Parecia que fazia anos que eu não o beijava.

Ficamos nos beijando até perder o fôlego, soltamo-nos brevemente, apenas para nos encararmos.

- Eu te amo – Edward sussurrou antes de me beijar novamente.

Sem que eu notasse, as peças de roupas foram retiradas com pressa. E Edward me amava como se fosse à primeira vez.

Edward POV.

Felizmente consegui resolver minha vida com Bella. Depois de amá-la até meu coração ficar calmo, conversei com ela sobre o que eu iria fazer quando saísse o resultado. Para todos os efeitos, nós dois não estávamos juntos. Conversei também com Alice, Angela e Jasper.

Pelo que Alice me contou minha mãe e as duas mocreias já cantavam vitória, mas eu estava apenas me preparando. Eu tinha tudo arquitetado, sabia que aquele exame iria ser a minha carta na manga. Eu estava com raiva de minha mãe, ela agiu errado e eu agiria bem pior.

Bella tentou me convencer do contrário, mas eu não me deixei levar. Minha mãe tinha ferido a mim e a ela. Isso não iria ficar assim, não mesmo.

As setenta e duas horas se passaram arrastadas e então fui até o laboratório acompanhado de Bella e de Eleazar, pegamos o resultado e nele constava que Heidi tinha me drogado com o simples “Boa Noite Cinderela”. Na mesma hora eu abri um processo contra Heidi Volturi, meu advogado cuidou dessa parte e eu fiquei com uma cópia do exame.

Já tinha ligado para a Heidi e convoquei uma reunião com a família inteira na mansão de meus pais.

- Edward, você tem certeza disso? – Bella me indagou, receosa, assim que eu estacionei o carro.

- Absoluta – eu disse – Isso tem que parar, Bella.

Ela suspirou e nada disse. Saímos do carro e andamos de mãos dadas até a entrada, enquanto caminhava eu percebi que todos já estavam ali, ótimo. Uma das empregadas atendeu a porta e nos conduziu até onde todos estavam, assim que eu e Bella adentramos a sala minha mãe, Heidi e Rosalie se entreolharam, confusas.

- O que essa mulher está fazendo em minha casa? – minha mãe me indagou, ríspida.

- Ela está comigo, pois eu quero falar com todos – falei, sem me deixar abalar.

Vi Alice sorrir minimamente assim como Jasper, meu pai e Emmett nos fitavam confusos, mas ficaram calados.

- Como vocês três tiveram a coragem de tramar contra mim? – indaguei, já irritado, olhando para as três mulheres a minha frente – Armaram um plano idiota para que Bella me pegasse no flagra e terminasse comigo, sem contar o fato de que me drogaram para fazerem isso...

As três arregalaram os olhos, mas permaneceram caladas.

- O que você está dizendo, filho? – meu pai me indagou.

- O que você ouviu, papai... Sua esposa planejou com as duas loiras aí, drogaram-me e depois chamaram Bella para que esta concluísse que eu a estava traindo! – exaltei-me.

- Você não tem provas! – exclamou Rosalie.

- Você tem certeza? – indaguei, debochado.

E então retirei o resultado do exame do bolso do paletó que usava e entreguei a meu pai que leu atentamente junto com Emmett.

- Isso é verdade, Esme? – meu pai perguntou a minha mãe, após ler o documento – Você teve a ousadia de armar contra a felicidade do próprio filho? Que tipo de mulher você se transformou?

- Edward merece uma mulher melhor do que essa... Essa... – minha mãe tentou dizer.

- Não ouse difamar Bella, ela é muito melhor que você! – disse Alice, raivosa.

- Alice! – pestanejou Esme.

- Ela está certa, mamãe – interveio Emmett – Você é... Não tenho palavras para descrevê-la. E você, Rosalie... – se dirigiu a esposa – Sempre soube que você era difícil, mas não pensei que você fosse descer tanto. O que você tem a ver com a vida de meu irmão? – ralhou.

A loira nada disse, apenas abaixou a cabeça como bom pau-mandado que era.

- Peço perdão a vocês dois, Edward e Bella – disse Emmett – Vamos embora, Rosalie.

E então se levantou puxando a esposa dali.

- Fique sabendo, Heidi – recomecei – Que já entrei com um processo contra você, o que o senador Volturi dirá sobre a princesinha?

- Você não ousou... – ela murmurou, irritadiça.

- Sim, ousei. Você me afrontou, eu disse que isso não ficaria assim. – disse, sorrindo – Espero que você nunca mais tente nada contra mim. Coloque na sua cabeça que eu nunca a quis e nunca vou querer.

A loira Volturi saiu ultrajada da casa de meus pais. Minha mãe olhava para mim de forma incrédula, e olhava para Bella como se fosse matá-la.

- Espero que você não se meta nunca mais comigo, mamãe – disse, encarando Esme Cullen – Eu amo Bella e ela me ama, aceite.

Eu puxei Bella para irmos embora, mas assim que nos viramos só ouvi os gritos de minha mãe misturados com o da mulher que amo. Minha mãe puxou os cabelos de Bella com fúria e tentava espanca-la. Bella também não deixou barato, apesar de ter sido pega de surpresa, também começou a estapear minha mãe.

Meu pai, Jasper e eu, separamos as duas com custo.

- SUA VADIAZINHA DE QUINTA! VOCÊ ENFEITIÇOU MEU FILHO! – gritava minha mãe.

- EU AMO SEU FILHO E NÃO HÁ NADA QUE VOCÊ POSSA FAZER PARA ME IMPEDIR DE AMÁ-LO E SER RETRIBUÍDA! – Bella gritava de volta.

- PAREM AS DUAS! – gritou meu pai – Esme, você não tem o direito de mandar na vida de Edward, entenda isso. E Edward, leve a Bella para casa, vou conversar com sua mãe.

Eu assenti e então puxei Bella para fora de casa. Ela entrou no carro e desabou em lágrimas, eu a puxei para o meu colo e aninhei-a.

- Me desculpe, Edward – ela disse, soluçando – Eu não queria causar desavença entre você e sua família – murmurou.

- Não se preocupe comigo, Bella – pedi.

Aos poucos ela foi se acalmando e então voltamos para o seu apartamento, como ela ainda não tinha desfeito as malas, levamos tudo de volta para o meu apartamento. Assim que chegamos, tomamos um banho e comemos alguma besteira que ainda havia na geladeira e fomos para o quarto. Liguei a TV e coloquei em qualquer canal de filmes.

Bella se aconchegou em meus braços e eu fiquei a afagar seus cabelos. O silêncio imperava entre nós, mas não era incômodo. Eu queria um descanso de toda essa confusão, precisava de uns dias de paz.

- Bella – a chamei.

Ela apenas levantou sua cabeça e ficamos nos encarando.

- O que acha de fugirmos de NY por uns dias? – a indaguei.

- Como assim fugir, Edward? – ela rebateu.

- Eu quero sair da cidade por uns dias, querida – acariciei seus ombros – Nós precisamos de um descanso, toda essa confusão com a minha mãe e a Heidi me deixou sobrecarregado, eu já estava pensando nisso faz dias... O que acha de voltarmos à Espanha? Sei que você adorou os dias que ficamos lá – a relembrei.

- Eu realmente adorei, Edward... – disse, com um sorriso – Mas eu não posso deixar o trabalho e...

- Vamos Bella, faça um esforço, sim? – pedi – Conte ao Jacob o que aconteceu e como ele te adora, vai entender se você tirar pelo menos uma semana de folga.

Fiz a minha melhor cara de cachorro que caiu da mudança e acho que a convenci, pois Bella suspirou derrotada e assentiu com a cabeça.

- Tudo bem – disse ela – Mas não precisamos ir tão longe... Vamos a Forks, você precisa conhecer o meu fim de mundo – Bella disse, sorrindo largamente e me contagiei com aquele sorriso que eu amava.

[...]

Foi muito rápido e fácil chegar a Forks.

Uma semana depois de tudo, Bella e eu desembarcávamos no Planeta Verde, como a minha namorada chamava. Os pais de Bella insistiram que deveríamos ficar em sua casa e para não contrariar meus sogros nós aceitamos. Eles não separaram um quarto de hóspedes como pensei, disseram que Bella já era adulta o suficiente para que o namorado dormisse consigo.

Charlie e Renée eram ótimas pessoas, super simpáticos e carinhosos. Bella estava muito mais feliz na presença dos pais, mesmo morando longe eu percebia que ela sentia uma falta imensa dos dois e também era notável o quanto a única filha do casal fazia falta na pequena casa branca.

Eu me diverti muito durante a semana que passamos aqui. A cidade era pequena, mas era aconchegante. Também visitamos a casa dos Weber, os pais de Angela, eu os conheci no casamento, mas não tive a oportunidade de conversar com os dois. Bella conhecia praticamente a cidade toda, mas também andamos muito em Port Angeles, uma cidade próxima e que era um pouco maior que Forks e também tinha mais atrativos.

Um dia antes de irmos embora, eu conversei com Charlie enquanto Bella e Renée tinham ido ao supermercado. Eu já sabia muito bem o que queria e também já tinha deixado os pais de Bella cientes do que havia acontecido em minha casa. Meus pais estavam estremecidos um com o outro, assim como Emmett e Rosalie, Heidi tinha sumido, mas a mídia já estava sabendo do processo todo, foi mais um alarde.

Mas a minha conversa era sobre outra coisa, eu iria pedir a mão de Bella em matrimônio. Eu quis deixar Charlie ciente de tudo, afinal ele é o pai dela. Charlie disse que a quem eu devia perguntar era a Bella, eu ri, ele disse que só queria que eu tratasse a filha dele com respeito e que eu não a fizesse sofrer. Eu respondi que amo Bella mais do que a mim mesmo e que apesar de toda a confusão com minha mãe e a ex-namorada, era Bella que eu queria.

Charlie sorriu e me deu boas vindas a família. Eu agradeci e nos abraçamos. Hoje era o nosso último dia, então eu resolvi levar todos para jantar e fazer o pedido diante de todos. Bella estava absurdamente linda, eu já estava pronto e só esperava ela.

- Você está linda – elogiei e lhe roubei um selinho demorado.

- Obrigada, você também está – ela disse, sorrindo.

Entrelacei minha mão na sua e saímos de seu quarto. Assim que descemos as escadas encontramos Charlie e Renée já prontos. Fomos todos no carro do Sr. Swan, eu fiz reservas num restaurante renomado de Port Angeles, como Charlie disse. A viagem foi tranqüila até lá. Dei meu nome a recepcionista e logo um maître veio me atender, fomos levados até a nossa mesa, Bella e a mãe matraqueavam. Sentamo-nos e eu pedi um champanhe enquanto escolhíamos o que iríamos comer.

- Por que o champanhe? – Bella me indagou, curiosa.

- Porque precisamos brindar. – falei.

- A que? – ela rebateu.

- Ao nosso casamento – disse, despreocupado.

- Casamento? – ela me indagou, confusa.

- Sim – disse, enfiei a mão no bolso do paletó e de lá tirei a caixinha azul.

Bella olhou para a caixinha e então voltou a me encarar, estupefata.

- Isabella Marie Swan, você aceita ser minha esposa? – a indaguei, com o coração na mão.

Bella abriu um sorriso gigantesco, seus olhos se encheram de lágrimas e então ela assentiu freneticamente a cabeça.

- Sim... Sim! – exclamou.

Levantamo-nos e ela se jogou em meus braços, procurando minha boca com urgência. Ouvi assobios e palmas, mas eu estava pouco me importando, Bella aceitou ser minha para sempre.

Assim que nos soltamos peguei a pequena caixa e a abri, mostrando o belíssimo anel prateado com uma pedra de diamante solitária.

- Eu te amo, Edward – ela disse, assim que pus o anel em seu dedo.

- Não mais que eu – falei, sorrindo e lhe roubando mais um beijo.

Eu me sentia feliz como nunca. A vida era perfeita agora, tudo estava resolvido. Ninguém atrapalharia o nosso amor, ninguém mais ousaria. A melhor coisa que Bella havia feito foi se mudar para NY. Se não fosse de outro jeito eu não a conheceria. Ela era a minha garota, minha garota de NY.

FIM.

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Exame toxicológico*: pra quem não sabe, esse exame é feito para detectar a ingestão ou exposição às substâncias tóxicas, drogas e outras substâncias intoxicantes.

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Notas finais do capítulo

ÊÊÊÊ... Mais uma fanfic acabou. *suspiro*

Primeiro de tudo, vamos às explicações: Por que eu decidi terminar a GNY assim? Bem, porque eu não tinha mais pra onde correr com essa fanfic. Confesso que quando tive a idéia para essa história, ela não me veio completa, veio ramificada. Enquanto fui escrevendo as idéias foram aparecendo. Esse foi o melhor final que minha mente alucinada conseguiu bolar, desculpa a quem queria mais dessa fic.

Segundo: Obrigada pela paciência de todas vocês. São dois anos de fanfic e muito tempo ela ficou parada, obrigada mesmo, de coração. Por não me abandonarem e tudo. Vocês são as melhores leitoras do mundo.

Minhas aulas voltaram, e eu fui chamada pelo Sisu quem faz ENEM sabe do que eu estou falando , faz anos que eu quero desistir da Enfermagem o curso que eu fazia e finalmente consegui. Passei para Pedagogia e estou me encontrando de verdade. (: As aulas são à tarde e eu chego esgotada, de manhã eu leio os bilhões de textos que os professores passam e não sobra tempo pra nada.

Eu decidi me priorizar em acabar logo com as fanfics: GNY e WHIV, elas que estão pra terminar mesmo. Acho que ainda nessa semana eu venho com o epílogo da GNY e o capítulo final da WHIV + o epílogo. Digo isso porque tem feriadão aqui onde moro, dia 07/09 é o dia da independência feriado nacional no dia 08/09 é aniversário da cidade, e na sexta 09/09 o povo enforca. *risos* Vou priorizar isso nessa semana e acabar logo com essas fanfics e vou me dedicar a Dangerous, OMGIP e a RM.

Comentem muito e recomendações seriam muito legais também.

Beijos ;*