Kingdom Hearts: The Pure Heart Of A Star escrita por Dryka Paradise


Capítulo 6
Chapter 5: Hikari Seraph


Notas iniciais do capítulo

Perdão pela demora, meus leitores!Tive que aceitar um acordo de vida ou morte aqui em casa na semana passada. O notebook terá que ser dividido entre eu e meu irmão, cada um fica com o abençoado em certos dias da semana, e por isso não tive muito tempo para escrever a fic quanto mais fazer a revisão antes da postagem.Fora isso, continuo com a história a todo vapor e agora entrou a parte que que tanto queria: minha personagem original enfim dará as caras.Espero que gostem dela e curtam mais um capítulo!!!^^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/318035/chapter/6

Cabelos negros até a cintura e presos por um meio rabo-de-cavalo, roupas brancas, pele rosada, olhos escarlate... Era a descrição que Riku fez rapidamente para descrever a garota que se aproximou de Mickey a passos rápidos e logo começou a examiná-lo, enquanto que ao mesmo tempo a estava acompanhando com o olhar, ficando muito impressionado com a habilidade e o cuidado que ela tomava ao averiguar o que ele tinha. Nisso, o rei murmurrou apenas duas palavras: "Nobody" e ataque, quase inconsciente. Depois, foi em sua direção também para examina-lo e tentara falar qualquer coisa, mas infelizmente não conseguiu devido aos efeitos da magia "Paralysis" e em seus pensamentos amaldiçou a existência de tal feitiço.

– Vocês dois tem poucos ferimentos graves, só não conseguem se mexer por causa de uma magia de paralização conjurada com muita força. Mas, fiquem calmos... Eu vou libertá-los desse feitiço e curar todos os seus machucados. - disse ela, carinhosa e tranquila. O som de sua voz fez com que Riku se senta bem e por alguma razão estranha confiava nela.

Em seguida, a desconhecida usou alguma magia curativa nos dois simultâneamente e eles recuperaram os movimentos, além de estarem 100% curados. O camundongo foi o primeiro a se levantar e olhou para si mesmo, ficando espantado por notar que estava exatamente como era antes da batalha contra os "Nobodies" começar, mas o garoto parecia não estar no mesmo estado. Ele apenas se sentou, inclinado-se para frente, e tinha uma dificuldade enorme para respirar. Mickey e a garota se aproximaram, preocupados.

– Isso não é bom. Devia ter imaginado que aquele "Sorcerer" iria fazer isso.

– "Sorcerer"?! - exclamou o rei. - É como se chama aquele "Nobody" mago?

– Sim e ele é muito perigoso. Além de saber conjurar magias ofensivas muito fortes, também tem o costume de rogar pragas em suas vitímas e elas são apenas ativadas quando a pessoa é curada atráves da magia. Infelizmente o seu amigo se tornou em mais uma delas. - disse a morena, examinando os olhos de Riku que parecia estar muito doente. - Você esta sofrendo os efeitos do "Poison", uma magia venenosa que contamina as suas forças. Não existe um contra-feitiço que a anule se for conjurada como praga, mas felizmente ele usou a mais fraca da sequência de feitiços venosos e eu sempre carrego várias poções comigo, entre os frascos esta o antídoto que você precisa tomar. - então começou a revirar sua bolsa de cinto, procurando aquilo que resolveria o problema. Um ou dois minutos depois, ela retirou um pequeno vidro lílas e o estendeu para o garoto. - Tome! Beba isso e ficara tudo bem.

Riku encarou o frasco fazendo uma careta de desagrado e estreitando os olhos, ele nunca gostou da idéia de tomar remédio para se curar de qualquer coisa. Sempre que adoecia, procurava fazer muitos exercícios e se alimentar principalmente de frutas, bebia água de coco além do limite e evitava ao máximo transparecer aos outros que não se sentia bem, em especial Sora e Kairi. Quando alguém enfim percebia que havia algo de errado nele, já estava melhorando e logo estaria pronto para mais aventuras. Agora, aquela garota estava querendo que ele fizesse o que menos gostava na vida e por causa disso...

– Obrigado pela preocupação, mas não quero beber isso. - disse, afastando o frasco de si o máximo que podia. - Eu ficarei bem logo, basta esperar que os efeitos terminem. Afinal de contas, eu estou apenas enfeitiçado. - e tentará se levantar, mas não consegue.

– O "Poison" não é uma magia que perde os efeitos com o passar do tempo. Ela é uma das poucas permanentes que existem no "Realm of Darkness" e somente há duas maneiras de ser anulada: com um contra-feitiço ou uma poção como esta que tenho em mãos. - advertiu ela. - Se não beber o "Remedy" logo, você vai piorar e aca-

– Eu já disse que não quero! Você é surda, menina! - interrompeu Riku, elevando um pouco a sua voz, Mickey se espantou com o quase esbravejo dele. - Não quero e não vou tomar essa coisa que você chama de remédio. Você não é ninguém para me obrigar!

A garota se encolheu diante do olhar ameaçador dele e o camundongo até pensou em fazer alguma coisa para amenizar o clima pesado que se formou entre os dois, mas então ela pareceu mudar de humor e fez algo que deixou tanto ele quanto o garoto impressionados: agarrara a nuca de Riku tão rápido que foi impossível acompanhar o seu movimento com os olhos, removeu a tampa do frasco com os dentes, cuspindo-o em seguida, e o forçou a beber a poção até a última gota. Como ele estava enfraquecido por causa do "Poison", foi fácil para ela dominá-lo, e Mickey teve que usar as mãos para segurar o riso.

– Pronto! Em alguns minutos você ficara bem, a poção age rápido quando é consumida logo que os primeiros sinais de envenenamento surgem. Se aquele "Sorcerer" tivesse conjurado o "Venom", você estaria morto agora e tudo graças a essa sua teimosia, se fosse o "Toxic" então... Ah! Não vamos mais falar sobre isso, certo? O importante é que continuará vivo e seguindo em frente. Valeu ou não valeu a pena salvá-lo, senhor "não salve alguém como eu"? - ironizou a morena enquanto ajeitava a franja bagunçada graças ao debate dele, mas depois abriu um sorriso tão meigo que poderia fazer qualquer um amolecer. Por alguma razão desconhecida, o rei ficara muito contente.

Riku ficou sem palavras enquanto a observava guardar o frasco já vázio na bolsa de cinto e mil pensamentos passavam pela sua mente, até ficara um pouco confuso com as próprias conclusões que chegava, além de perceber que o seu coração batia rápido demais e suas bochechas pareciam queimar levemente conforme seus olhos contornavam a garota. Era um sinal de que havia corado, mas... por quê isso acontecera? Nisso, o camundongo teve uma pequena desconfiança do que acontecia ali e se sua suspeita for confirmada, aquilo seria algo que não esperava que ocorresse. Contudo, poderia ajudar bastante o garoto á vencer a escuridão que tenta corrompé-lo de novo e isso o deixaria muito feliz.

– Agradeço por ter nos salvado, senhorita. Sua força veio em uma hora na qual acreditava que estariamos perdidos... Oh! Onde esta a minha educação? Tantas emoções de uma só vez e ainda não fomos apresentados. Prazer, eu me chamo Mickey Mouse e este é Riku.

A morena fitou Riku com curiosidade e ele se sentiu acuado diante de tal olhar.

– ...Riku, huh...? - e sorrira novamente. - É um lindo nome, combina muito com você. Sabia que ele significa terra numa língua estranha em alguns mundos? Algo me diz que você tem espírito aventureiro e que não gosta de ficar parado no mesmo lugar por muito tempo, imagino que até sonhou em conhecer o que estava além do "seu" horizonte. - o garoto se espantou com as suposições dela e todas estavam certas, mas não gostara nada do ênfase que fez. - O meu nome é Hikari Seraph. É um prazer conhecê-los.

"Luz", a voz de Ansem soou de súbito na mente de Riku como se tivesse levado um susto, além disso, o próprio Riku achou familiar aquele nome. De onde o ouvirá antes?

– Hmph! Não pense que vou elogiar o seu nome ou algo parecido. - disse virando o rosto e cruzando os braços, aborrecido. Mickey o reemprendeu lhe dissendo para ser um cavaleiro quando se esta diante de uma dama. - Não vou ser educado ou confiar em alguém que acabei de conhecer. Da última vez que fiz isso terminei prejudicando muita gente, em especial meus amigos. - ele se referiu a Maleficent e a cadeia de intrigas que se envolveu, mas nunca iria admitir que confiou na desconhecida por um breve instante, momento que para ele já era passado.

– Riku! Por favor, tenha modos! Não vê que ela esta sendo gentil com você?

– Tudo bem. Ele deve estar com a cabeça cheia para agir desse jeito, eu não ligo. - aquela atitude realmente pegou o garoto de surpresa. Seria possível que alguém seja tão calmo assim? - As olheiras estão sumindo... Isso significa que o "Remedy" surtiu efeito. Consegue se levantar agora? - ele tenta outra vez e teve dificuldades para se mantér em pé. Hikari foi ao seu auxílio, mas recebeu um grande "Não" quando estendeu os braços.

– Não preciso da ajuda de uma menina fracote como você. Posso muito bem ficar de pé e andar sozinho, muito obrigado pela sua preocupação eu acho.

– 'Tá certo então. Mas lembre-se que foi essa menina fracote que derrotou todos aqueles monstros, seu grosso. - e se virou para o rei. - Me pergunto o por quê vocês dois estão aqui em "Shadow Peaks". Não sabem que este lugar é um ninho de "Nobodies"?

– Nós viemos para cá encontrar uma menina chamada Filo que desapareceu de "Waiting City". Supostamente veio procurar uma estrela cadente que disse ter visto cair nessa região... - e fitou a garota, apreensivo. - Ela veio atrás de você, senhorita Seraph.

Hikari encarou o chão, pensativa.

– Bem que eu desconfiava do motivo deles estarem tão alvoraçados. - disse após algum tempo. - Uma criança... Uma criança adentrar em seus domínios por livre e expontânea vontade desse jeito é a melhor coisa que pode lhes acontecer, uma sorte que não pode ser desperdiçada de forma alguma. Mas, acho que não é apenas isso... O comportamento dos "Nobodies" esta diferente do habitual.

– Diferente?! Existe um comportamento padrão?! - exclamou Riku.

– Sim, mas explicarei depois. Agora é preciso encontrar essa criança antes que ela perca o corpo para algum "Nobody" e terminar se transformando em um "Heartless", aumentando mais ainda a quantidade deles. Eu vou ajudá-los nessa busca. Tenho habilidades que serão muito úteis para sobreviverem aqui e também localizar quem procuram mais facilmente, assim poderão voltar para "Waiting City" antes que percebam. - disse a garota, deixando o camundongo muito contente com a sua propósta. A confiança que ele sentia nela era estranha e inexplicável, talvez um pouco assustadora, mas sabia que podia contar consigo para qualquer coisa. - Tem como encontrar o rastro da menina atráves do cheiro dela, mas primeiro preciso ter alguma coisa que esteja impregnado com o aroma da Filo. Vocês tem algum objeto pessoal da criança ou então um que ela tenha tocado recentemente?

Mickey contou que existia sim um objeto, mas o problema é que ele tinha sido deixado numa bifurcação antes do desfiladeiro. Hikari sugeriu retornar para lá, mas Riku protestou porque a caminhada até ali foi muito sofrida e não queria passar por aquela trilha de novo para correr o risco de cair numa outra emboscada planejada pelos "Nobodies", contudo a garota disse que havia uma forma segura deles voltarem e iria improvisar isso. Ele duvidou, achando que ela fosse simplesmente enfrentar cada monstro que surgir pelo caminho até chegarem em seu destino com seus poderes misteriosos e mais uma vez, porém, ficou sem palavras quando presenciou outra das suas habilidades.

A morena andou alguns passos á frente enquanto levava sua mão direita ao peito, tocando-o gentilmente e fazendo um brilho surgir ali, então um pequenissímo coração de cristal que erradiava uma luz tênue começou a flutuar sob a palma de sua mão esquerda quando a afastou. Ela o jogou para cima no instante que parou de caminhar, uma bela mandala de coração surgiu embaixo do pequeno objeto, então num passe de magica ele explodiu em mil pedaços, liberando uma fonte de luz que se transformou numa criatura semelhante á um lobo. O mais estranho nele além do pêlo azul e ter vários adornatos, era a sua enorme cauda: ela parecia com um conjunto de lâminas finalizando numa maior que poderia muito ser usada como arma. O gigantesco animal se aproximou da garota e lambeu um lado de seu rosto carinhosamente, mas quando notou a presença de Riku e Mickey mais ao fundo, ficara desconfiado e logo se posicionou na frente da dona pronto para protegê-la.

– Calma... Eles são amigos, não vão me machucar. - disse Hikari. - Rapazes. Este é Fenrir, um dos meus "Heartfelts". Eu o invoquei para que nos ajude tanto na busca de vocês quanto nas batalhas apartir de agora. De todos os meus companheiros, ele é a melhor opção.

– Incrível! Você é uma "Summoner"! - exclamou o rei, admirado. O garoto ainda tentava acreditar no que acabou de ver. - Fazia muito tempo que não vejo alguém com este tipo de poder. Confesso que tenho uma profunda admiração pelos "Summoners", não é qualquer um que nasce com a magia de convocar criaturas esplêndidas como ele. - então olhou para Fenrir que se aproximou e o permitiu acariciá-lo. - Fantástico! Absolutamente fantástico!

Riku ainda não demonstrou outra reação além de assombro. Ele somente ouviu falar das pessoas com a capacidade de convocar criaturas do lendário "Realm of Void" quando estava em "Hollow Bastion" e sentia até um certo... medo... desse tipo de magia. Maleficent tinha lhe dito que os chamados "Summoners" não passam de indivíduos perigosos por serem imprevisíveis, nunca se sabe quando ou como um "Summoner" vai reagir diante de uma situação, e dava graças a escuridão por eles estarem extintos. Mas agora, uma deles estava diante de seus olhos e acabará de convocar a primeira de suas ...talvez... muitas criaturas bem na sua frente. Ele não sabia o que fazer, estava assombrado demais para pensar numa atitude e uma que não parecesse uma ofensa para a garota.

– Vamos, Riku. Não iremos a lugar algum com você parado feito uma estátua desse jeito. - a voz de Hikari o tirou de seus pensamentos de repente e foi só então que ele notou uma coisa: ela estava montada encima de Fenrir e havia estendido a sua mão para ele, Mickey estava atrás dela e parecia bastante confortável. - O que esta esperando? Venha. - Riku hesitou, mas depois de fitar aqueles olhos escarlates e ver que eles lhe diziam que tudo estava bem, segurou a mão dela e subiu no lobo sendo o último da fila. - Fenrir. Peço por favor que não seja rápido como de seu costume, tente se controlar desta vez.

O lobo olhou para sua dona e assentiu, mostrando que havia entendido a ordem, flexionou o seu corpo e um segundo depois estava correndo pelo desfiladeiro. Tudo ao redor passou perto de ser um borrão por causa da velocidade do animal e o garoto por pouco não caiu no momento do solavanco, mas se segurou forte nos pêlos de Fenrir á tempo de evitar uma queda feia e se manteve assim o trajeto inteiro. Quando o rei reconheceu o penhasco de onde eles dois vieram, Riku levou um susto tão grande que gritara no instante em que o lobo saltou e caia em queda livre até aterrizar firme no chão para continuar o caminho. Minutos depois, todos estavam aonde a prancha rosa de Filo havia sido deixada.

– Hey, menina! - chamou o garoto, arfando e parecendo zangado. - Você havia nos dito que seria seguro voltar para cá, mas eu quase fiquei lá trás quando essa coisa peluda saiu em disparada e poderia ter vomitado o meu estomâgo ou pior o meu coração na hora que saltou daquele jeito! Se isso é seguro para você, não quero nem saber quando não é!

– Na primeira vez sempre é assim, mas depois você se acostuma com a velocidade miníma do Fenrir. Se isso te faz se sentir melhor, eu mesma vivia caindo nas primeiras montadas e olha que sou a convocadora dele. - disse Hikari, tranquila. Riku bufou enquanto a fuzilava com o olhar. - E nós já fomos apresentados. Consegui disser o meu nome? - silêncio. - Ok. Pelo visto ainda esta com a cabeça cheia, mas eu espero esse mau humor passar.

Riku virou o seu rosto, mas olhara para Hikari de esguelha quando ela começou a conversar sobre algo que não conseguiu entender com Mickey e subitamente se sentiu como se fosse o maior idiota de todos os tempos. Ele sabia muito bem que estava sendo rude e estúpido desdo começo porque teve o seu orgulho ferido quando foi "salvo" contra a sua vontade, mas a garota aparentava não ligar para o seu comportamento agressivo e arrogante, talvez seja por causa de sua natureza tranquila e paciente... igual aos seus semelhantes como ele imaginava. Também se sentiu atraido, muito atraido, por aquela adorável desconhecida e tal sentimento fez o seu coração acelerar novamente, além das bochechas esquentarem.

– A prancha esta logo ali, veja. - disse o rei, apontando para um objeto cor-de-rosa entre as rochas. - Que bom. Ainda continua no mesmo lugar onde o Riku deixou e parece que nada passou por aqui também. O Fenrir vai localizar a menina apenas pelo cheiro dela?

– Sim. O olfato dele é super aguçado e os outros sentidos também. Ele consegue encontrar qualquer coisa não importa aonde esteja, mas isso só é possível se nada tiver encobrido o cheiro que precisa sentir. - explicou a morena. Nisso, Fenrir havia se aproximado do objeto e começou a farejá-lo. - Memorize bem este cheiro, precisamos encontrar a sua dona o mais depressa possível. Ela esta correndo um grande perigo neste lugar e também há pessoas preocupadas com a sua segurança em "Waiting City", temos que levá-la de volta para eles logo. - de repente, o lobo levantou a cabeça e fitou uma direção. - Parece que ele já achou e sabe para onde deve ir. - mas, então os olhos esmeraldas dele a encarou e os dois ficaram em silêncio, convensando apenas com o olhar. - Hmm... - foi tudo o que ela disse.

– O que foi, senhorita Seraph? Algum problema?

– O Fenrir acaba de me disser que existe uma segunda coisa em "Shadow Peaks" que esta empregnado com o cheiro da criança. Tem certeza que foi somente o "Gear" dela que encontraram neste lugar? - os dois afirmaram que apenas acharam a prancha da menina e foi por mero acaso, mas fizeram suposições de que talvez mais alguém tenha vindo procurá-la. "Que estranho... Eu não senti nenhum outro odor além daquele que pertencia a criança, dos "Nobodies", e mais dois que agora sei que pertencem a Riku e Mickey momentos antes. Álias! Não é normal eu perder um rastro de "Aroma Soul" desse jeito, a não ser que...", então uma idéia lhe passou pela mente. "...exista alguma outra coisa por aqui e deve ser mais perigosa do que os "Nobories" a ponto de me bloquear. Talvez seja essa presença que esta fazendo eles agirem tão diferente do habitual, se for isso mesmo preciso tomar cuidado e ser o mais cautelosa possível", concluiu a garota estreitando os olhos.

– E então, menina?! Vamos seguir em frente ou ficar parados aqui?! - a voz de Riku fez Hikari despertar para a realidade. Soou aborrecida, mas verdadeiramente não se importava com isso, entendia a situação dele, e estava ali para ajudá-lo a se encontrar. - Hey! 'Tá surda?!

– Riku! Já lhe falei para ter modos com a senhori-

– Tudo bem, Mickey. - interrompeu a garota, gentilmente. - O Riku ainda esta mal humorado e não existe melhor forma para este estado emocional passar do que ser agressivo com as pessoas próximas. Eu realmente não me importo, ele pode até me xingar se quiser. - e sorriu para o garoto. - Você precisa ficar calmo e confiar em mim, estou aqui para ajudar.

De novo ela conseguira fazê-lo ficar surpreso com a sua atitude calma. Por que isso ocorria consigo? Era a segunda vez que agia com agressividade e estúpidez, mas aquela garota o tratou com toda serenidade do universo outra vez. E por que não conseguia confiar nela?

"Você ainda se pergunta?", Ansem se fez ouvir na mente de Riku. "Mesmo que ela seja quem acredito que é, não vai conseguir ficar perto dessa garota por muito tempo sem provocar uma discussão. Sua natureza obscura sempre entrará em atrito com a natureza iluminada dela e numa dessas cometerá o deslize que necessito para corrompê-lo".

"Isso não vai acontecer. Vou controlá-lo e assim evitar trazer problemas".

"Veremos quem vai controlar quem, Riku. Seu coração é fraco e já experimentou o poder das trevas uma vez, sinto que não vai demorar muito para que recorra á elas novamente e isso acontecerá mais cedo ou mais tarde", e encerrou a conversa rindo sarcasticamente.

"Espera! O que você queria me disser com "mesmo que ela seja quem acredito que é"? Hey! Ansem, volta aqui!", mas não obteve resposta. "Droga! Ele só serve para me atormentar".

Quando a conversa mental acabou, Riku percebeu que já estavam em movimento. Fenrir andava numa trilha cercada de rochas pontudas com passos lentos e prestava a atenção em tudo ao redor, pronto para agir quando fosse necessário. O rei ainda parecia maravilhado com o fato de estar montado numa "Summon" e Hikari permanecia tranquila conduzindo a todos, até ela sentir o olhar do garoto sob si e pegá-lo desprevinido com uma pergunta.

– Por que me olha tanto? Tem alguma coisa errada em mim?

– É que... - Riku hesitou por um instante, mas precisava saber; Ele tinha que saber. - Não sabia que estrelas também eram gente... Sempre achei que fossem fragmentos de luz que vagavam pelo céu e de depois de sair do meu mundo, passei a acreditar que eram outros mundos, mas como estavam muito longe os vemos como pontos brilhantes.

– As maiores com brilho azul são mundos, mas as menores com brilho branco são a minha família. Como tem várias pessoas viajando entre um lugar e outro no espaço é muito fácil se perder nele, é nesse ponto que entramos. Nós existimos para guiar todos aqueles que estão perdidos na escuridão, é a nossa natureza sabe, e realizar desejos feitos de coração aberto também. A propósito... Você ainda quer que eu atravesse o céu de "Destiny Island" e passe a mensagem para os seus amigos?

– Você contrariou o meu primeiro pedido, acho que não precisa cumprir o outro. Esqueça-o.

– Quer disser que agora pretende voltar para casa? - silêncio. - Fico feliz que você tenha mudado de idéia. A voz do seu coração... pareceu tão triste em disser aquelas coisas... Isso significa que no fundo não queria terminar ali, você deseja retornar para a sua família e amigos, resolver todos os problemas que causou e pedir desculpas por algo ruim que fez á eles. Foi por isso que eu o salvei. Sou o tipo de estrela que não ignora o verdadeiro desejo de uma pessoa e o seu é muito nobre, Riku, apesar de achar o inverso.

– Nobre?! Como não querer voltar para casa e esperar a morte é um desejo nobre?

– Você me pediu: "Envie ajuda para salvar a vida do rei Mickey. Não precisa se preocupar comigo, não vale a pena salvar alguém como eu, mas ele não precisa pagar pelos meus erros. Quero que... Mickey... esteja bem e livre do fardo que represento. Por favor, estrela cadente, por favor realize esse meu último desejo". - repetiu ela, palavra por palavra. O camundongo ficou pasmo em ouvir aquilo. - Abrir mão da oportunidade de voltar para casa e ainda usá-la para salvar a vida de um amigo é uma atitude nobre... e eu valorizo isso. Talvez você não acredite, mas é alguém muito especial e quero que continue existindo.

Aquelas palavras tocaram o coração do garoto de uma tal forma que ele abrira um sorriso acanhado, nunca imaginou ouvir aquilo de alguém e justamente naquela universo obscuro chamado "Realm of Darkness". Sentiu-se feliz; E emocionado, sussurrou um obrigado a Hikari, que pareceu ouvir porque recebeu um olhar carinhoso dela em troca. Contudo, tinha um detalhe que precisava resolver: a confiança, e precisava trabalhar isso logo porque a garota realmente não merecia ser mal tratada, ela apenas quer ajudar e estava sendo gentil e amável com ele desdo ínicio. Outra vez mil pensamentos passaram por sua mente, todos focados na morena e no mistério que representava... Um que desejava desvendar até o fim e pagando o preço que precisar, talvez essa fosse o começo de uma nova e grande amizade.

+=========================================================================+

Filo abrira os olhos após ouvir o barulho irritante de pingos d'água ao longe, mas sua visão estava muito desfocada e por isso não conseguiu saber aonde se encontrava. Conforme os segundos passavam, as imagens foram melhorando até ficarem nitídas o suficiente para ela reconhecer que estava no interior de uma caverna, mas haviam detalhes que a deixou intrigada: uma fogueira acessa, alguns utensílios de cozinha, um báu aberto e recheado de roupas, alimentos guardados em sacos ou cestos de palha deixados no canto entre outras coisas que fazia entender que alguém morava naquele lugar fazia algum tempo. A menina notou que permanecia numa cama de pele muito mácia e seu pé ferido estava enfaixado.

– Quem será que mora aqui nas montanhas? - perguntou para o vázio, procurando com o olhar qualquer vestígio do morador e não achar nada que a ajudasse. Tentou se levantar, mas a dor foi agonizante apenas de encostar os dedos no chão e voltou a ficar deitada. "Seja quem for não deve ser ruim. Me salvou dos "Nobodies" e cuidou de mim enquanto estava dormindo", pensou Filo enquanto se enrolava no cobertor de pele até a altura do nariz e vagamente se lembrar do que tinha acontecido consigo.

Ela corria. Os monstros atrás dela e alguns chegaram perto para atacar, sentiu as garras de um atingir o pé esquerdo, mas ignorou a dor o máximo que pôde. Usou o "Gear" como escudo para se proteger e fugiu quando a prancha escapou de suas mãos quando levou um golpe mais forte. Um "Nobody" conseguirá pegá-la pela perna com o pé ferido. O chutou no rosto para se libertar e voltou a correr. Parou por um instante para decidir qual caminho tomar e foi cercada por vários monstros. Apareceu flutuando sobre os outros um que parecia ser mago e usou uma magia que fez cair um relâmpago em sua direção, a descarga elétrica provocou uma dor horrível pelo seu corpo inteiro e sentiu-se cair no chão quase inconsciente, então... alguém surgiu e derrotou todos os "Nobodies".

"Quem foi que me salvou? Deve ser muito forte para vencer aqueles monstros".

De repente, o som de passos ecoaram pela caverna. Filo se escondeu debaixo do cobertor, apertou os olhos e ficou imóvel. O medo crescendo á cada segundo e o coração parecendo que iria sair do seu peito de tanto esmurrá-lo, a pessoa chegava mais e mais perto da cama de pele. Então seja quem fosse parou de andar, obviamente diante da menina em sua tentativa patética de se mantér oculta, e numa fração de segundos o cobertor foi tirado, revelando uma Filo encolhida totalmente assustada. Mas, o medo do desconhecido não era comparado ao medo de ver quem ou o quê vivia ali. A menina teve que piscar inúmeras vezes e esfregar os olhos para ter certeza se o que enxergava era verdade.

– Co... Como isso é possível?... V-Você é... é... - e no segundo seguinte, desmaiou.

++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++

Este é Fenrir, "The Wolf Guard", o primeiro "Heartfelt" que aparece na história. Ele é uma criatura fiel e confiável, porém muito desconfiado e super protetor com a sua dona Hikari Seraph.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Enfim, revelei a aparência e a personalidade de minha personagem original: Hikari Seraph, a estrela!^^Eu criei a Hikari me basendo em 3 personagens femininas de Final Fantasy: Rinoa de FFVIII, Yuna de FFX e Stella de FFXV (anteriormente conhecido como Versus XIII). Da primeira herdou o jeito angelical e a mania de falar o que pensa. Da segunda a determinação, mesmo que isso coloque em risco a própria vida, e a meiguice. Por fim da terceira a teimosia e força de vontade. Acrescentei a tranquilidade e a virtude de compreender os outros. Assim nasceu a personagem que mudara a vida de Riku e será um fator importante na trama desdo começo. Espero que tenham gostado dela assim como eu. Criticas são bem-vindas.Até mais!!!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Kingdom Hearts: The Pure Heart Of A Star" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.