A Filha de Poseidon e o Filho de Hades escrita por Rocker


Capítulo 10
A ruiva de Délfos me dá uma difícil profecia


Notas iniciais do capítulo

[REESCRITO]

Não estou estou ganhando leitores, apenas alguns poucos e isso me deixa desanimada. E os poucos que leem não comentam, o que me deixa ainda mais pra baixo. Vcs podiam elogiar, fazer críticas, dizer que tá um lixo, mas pelo menos digam. Saberei que n estou apenas postando para nd =^-^=



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/317889/chapter/10

A ruiva de Delfos me dá uma difícil profecia

Um mês depois eu já estava pronta. Claro, não tão pronta quanto os outros – um mês não seria suficiente para isso. Mas foi o suficiente para que eu conseguisse sobreviver lá fora. Estava cada vez mais próxima de Percy e Annabeth. Eles eram realmente legais comigo e estavam completamente apaixonados. Às vezes me pegava imaginando, enquanto davam beijos apaixonados em público, se um dia eu amasse e fosse amada da maneira como eles se amam. E isso estava praticamente escrito na testa deles.

James e Hailley estavam sempre me ajudando a treinar. Às vezes eu ganhava, mas apenas quando eu tinha um incentivo muito bom – o que não era sempre. Treinar cansava-me muito, principalmente quando eu ainda era novata. Estava cada vez mais experiente com as armas e os outros achavam que eu estava indo muito bem. Já eu discordava. Nunca iria chegar aos pés dos meus outros companheiros. Claro que Annabeth me ajudava também, mas estava sempre ocupada com Percy. Até imagino fazendo o que...

James não é muito de ficar sozinho – o que me espanta, já que é filho de Hades – e pode ser bem sarcástico. Quando não está me treinando, fica jogando vídeo game em seu Chalé.

Hailley é extrovertida, engraçada, bondosa e sincera. Sempre está disposta a ajudar um amigo. Por isso foi a primeira a se oferecer para me treinar. Pelo sonho que havia tido, tinha quase certeza que James só me treinava por causa dela, mas eu não poderia ajudar – não sei se ela sente o mesmo.

Edward não se cansava de me dar aulas de instrumentos e de medicina. Isso já estava ficando chato, mas não podia falar nada. Era meu amigo e não queria magoá-lo; ele estava se empenhando muito. Não gostava muito de Medicina, mas sabia que poderia ser útil. Já o violão estava fora de cogitação para mim. Eu gosto de música, gosto demais. Mas eu não presto para cantar nem tocar nada. Edward está sempre cuidando da aparência, me parecendo ser mais filho de Afrodite do que de Apolo. Quando está chateado fica arrogante e metido, mas nunca jogou isso para cima de mim. Namora Angeline Christoper, a filha de Ares que iria com o segundo grupo. Acho os dois tão diferentes e ao mesmo tempo tão parecidos.

Guilherme era o que eu menos tinha contato. Estava sempre dormindo ou sonhando acordado, mas o pouco que falei com ele, parecia uma pessoa legal. Senso de humor dele é zero, mas continuava sendo muito gentil.

Lannah e Evanlyn também eram divertidas. Lannah é sarcástica e brincalhona, enquanto Evanlyn é quieta e tímida. Sempre despertam meus dois lados diferentes – acho que nem bipolar eu chego a ser, passo direto para o multipolar. Tornaram-se grandes amigas minhas. Quase melhores amigas. Quase. Não tinham como superar Nico.

Continuava a conversar normalmente com Nico, e ele fazia meu coração acelerar cada vez mais. Às vezes, quando estávamos sozinhos e naquele silêncio profundo e confortável, eu sentia que já o conhecia há muito mais tempo do que realmente era. Jamais imaginei que um dia isso me aconteceria, mas está aí: um filho de Hades, que possivelmente nem deveria me olhar na cara pela rixa de nossos pais, virara meu melhor amigo.

Pior. Eu realmente gostava dele.

– Pronta, Ronnie? Quíron está nos chamando. – alguém me chamou da entrada do Chalé de Poseidon.

Queria que Nico me chamasse, precisava conversar com ele sobre o sonho que havia tido com os deuses, mas ao virar-me, fiz de tudo para que minha expressão não demonstrasse desapontamento para Evanlyn.

– Vamos... – respondi.

Virei-me novamente, terminando de me equipar. Colar e pulseira no lugar, uma faca e uma adaga envenenada no cinto e uma adaga comum em uma correia presa na panturrilha. Fechei a mochila – que tinha suprimentos humanos, néctar, ambrosia, roupas e, apesar de não ser filha de Apolo, tinha também um kit de emergência – e pendurei-a sobre o ombro direito. Edward insistira que cada um tivesse um kit desses.

– Pelo menos te avisaram que é para usar roupas normais em missões. – comentou Evanlyn, analisando minha calça jeans preta, minha regata branca com uma pequena caveira no centro, minha jaqueta de couro preta e um all star preto. – Assim você parece mais uma filha de Hades.

Eu ri. Não conseguia imaginar-me como irmã de Nico.

– Fazer o quê, não é? Esse sempre foi meu estilo. – disse, virando-me e saindo pela porta, com Evanlyn logo atrás.

– Combina com você. – ela comentou.

– Obrigada. – respondi, enquanto caminhávamos em direção à Casa Grande. – Anh, Evanlyn, posso te fazer uma pergunta?

Já estávamos saindo da área dos Chalés, então tinha que ser rápida.

– Claro.

– No dia que nos conhecemos... você disse que vislumbrou o futuro.

– Sim, eu me lembro. – falou, com uma pitada de divertimento na voz.

– Você apenas disse “felicidades aos dois”.

– E você e Nico ficaram muito vermelhos. – riu.

Enrubesci, mas continuei a falar.

– Queria saber o que isso significava. – disse por fim.

– Você sabe exatamente o que significa. – ela piscou com o olho direito, o branco.

Finalmente chegamos à Casa Grande, não tive oportunidade para perguntar-lhe mais nada. Já estavam todos lá, ao menos os integrantes do primeiro grupo, todos espalhados pelos sofás. Nico tentava ao máximo ficar longe de James e eu ainda não entendia o porquê. Nesse mês que se passou, James ajudara-me muito treinamento, junto com Clarisse. Ao me ver, James sorriu e eu devolvi o sorriso, recebendo um olhar doloroso de Nico, que me deixou confusa.

– Onde estão os outros? – perguntei, aproximando-me de Lannah e Annabeth.

– Já foram à missão. – respondeu Nico, olhando-me de cima a baixo.

Corei e ele desviou o olhar de mim.

– Você está toda de preto. – sussurrou Lannah ao ver minha reação. – Ele não esperava por isso.

Quíron então entrou na sala com uma grande caixa na mão antes que eu pudesse lhe dizer qualquer coisa. Ele descansou a caixa na mesinha de centro e cumprimentou-nos.

– Bom dia, crianças.

– Crianças não. – resmunguei, minhas voz sendo duplicada. Ao olhar em volta, Percy também me encarava. Rimos.

– Espero que tenham sucesso nessa missão, pois muito depende disso. – começou Quíron. – Tenham cuidado, pois como estão em dez, têm o triplo de chance de serem pegos por monstros. Não os mais comuns, mas muitos outros mais antigos e perigosos.

– Podemos ir? – perguntou Hailley, já se levantando. – Quanto antes formos, mais cedo voltaremos.

– Calma, criança. – falou Quíron, apontando para a porta atrás de nós. – Antes precisam de uma consulta ao Oráculo de Delfos.

Ao virar-me deparei-me com Rachel, uma garota baixinha e ruiva, mas muito bonita. Pelo que soube, ela é a humana que possui dentro de si o Oráculo de Delfos. De repente ela ficou pálida e seus olhos, totalmente verdes. Ela abriu a boca e de lá saiu uma fumaça densa e esverdeada, enquanto ela recitava uma profecia. Sua voz estava rouca e triplicada:

Aos 16 terão que provar,

Que capazes o mundo serão de salvar

Muitos irão se juntar

Para os instrumentos divinos recuperar

Pelas portas da vida eterna irão passar

Mas para o amor entre os Grandes florescer

Os deuses terão de convencer

A Morte de um irmão ela irá sofrer

E o traidor terá de vencer

– O que foi isso?! – exclamou Guilherme, exaltado. Eu podia jurar que ele estava dormindo até aquele momento.

Rachel desmaiou e caiu, mas como Percy estava próximo, correu e a segurou. Annabeth, que estava ao meu lado, bufou.

– Uau! – exclamei, em choque. Nunca tinha visto Rachel delatar uma profecia. – Alguém pode me repetir o que ela disse?

– Aos 16 terão que provar, Que capazes o mundo serão de salvar, Muitos irão se juntar, Para os instrumentos divinos recuperar, Pelas portas da vida eterna irão passar, Mas para o amor entre os Grandes florescer, Os deuses terão de convencer, Ao Mundo Inferior irão descer, Aos pés da Morte um irmão ela irá perder, E o traidor terá de vencer. – repetiu Nico, com os cotovelos sobre os joelhos e olhando vagamente, pensativo.

Todos ficaram em silêncio até que Rachel finalmente se pronunciou.

– Profeciazinha grande, hein? – falou, arrancando-nos risadas dos outros, mas não de mim.

Eu estava preocupada. Sabia exatamente a quem a profecia se referia. E isso me preocupava. Eu e Nico.

– A primeira parte parece fácil, a segunda que me preocupa. – analisou Annabeth, enquanto todos a rodeavam.

– Essa é uma das maiores profecias que já ouvi. – falou Quíron. – E isso pode resultar em muitas dificuldades. Vamos por parte. Temos certeza que essa profecia é para Ronnie, pois essa missão foi destinada a ela pelo próprio Zeus.

Ao ouvir tais palavras, meu corpo estremeceu, como se desse vida ao meu futuro pesadelo pessoal.

– Aos 16 terão que provar,­– falou Guilherme, meio sonolento. – Ronnie tem dezesseis anos. E ela é a causa da missão.

– Que capazes o mundo serão de salvar, Muitos irão se juntar, Para os instrumentos divinos recuperar. Esse me parece ser exatamente nosso destino. – falou Edward. – Mas o que não entendo é por que de irmos todos nós.

Todos se voltaram para Quíron, também pedindo uma explicação.

Ele suspirou antes de dizer qualquer coisa. – Foi um pedido dos deuses. Pelo que eu entendi de uma reunião que tive, cada um de vocês será importante de uma maneira.

Um longo silêncio pairou sobre o ambiente, cada um imerso em seus próprios pensamentos. Eu mesma pensava que talvez a escolha de cada semideus nessa missão fosse interligada ao sonho que tinha tido há muito tempo.

– Precisamos continuar a analisar a profecia. – disse Percy. – Sabemos o básico. Até aí tudo bem, mas o que poderia ser: Pelas portas da vida eterna irão passar?

– Ai, Cabeça de Alga, o Mundo Inferior! – reclamou Annabeth. – Lá as almas dos Campos de Punição sofrem por toda a eternidade.

Ao dizer isso, vi Lannah arrepiar-se por inteira.

– Mas o que poderia ser a partir de Mas para o amor entre os Grandes florescer? – indagou James. – Será uma paixão proibida entre deuses? Entre os Três Grandes?

– Ai, James, que tolice! – falou Hailley, batendo-lhe com uma almofada que estava no sofá.

Segurei-me para não rir e demonstrar que eu sabia de algo. James não passara nem perto disso.

– Provavelmente não, James. Talvez algo menor para nós, mas que possa mudar todo o Olimpo. – disse Quíron. – Tem alguma ideia, Rachel?

– Eu não faço ideia do que possa ser.

E você não tem noção, pensei. Nico permanecera tão calado quanto eu. Mas claro que não era possível que ele soubesse.

– Bem... – comecei e todos vidraram sua atenção em mim. – Só há uma maneira de como saber. – sorri, sarcástica.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Reviews?? Sei que a profecia ficou uma droga, mas foi o melhor que consegui, Sorry!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Filha de Poseidon e o Filho de Hades" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.