Pov’s Hermione
Fui recuperando a consciência aos poucos. Senti braços fortes ao meu redor, carregando-me como um bebê. Aonde estou? Foi a primeira coisa em que pensei para depois sentir a dor ‘’naquele’’ lugar. Gemi de dor.
Abri meus olhos vagarosamente, não estou com a mínima vontade de ver o mundo lá fora, ele só me trás dor. Pisquei algumas vezes por causa luminosidade do lugar. A primeira coisa que eu vi assim que abri os olhos foi duas íris castanhas já conhecidas por mim.
– Cedrico, o que eu estou fazendo aqui? Por que estou no seu colo? – Perguntei a ele totalmente confusa mas corei na ultima parte. ‘’Será que eu não consigo me separar desses braços malhados e totalmente... Hermione foco, por favor’’ Briguei comigo mentalmente. Mordi os lábios ao ter a visão de seu sorriso tímido que ao meu ver é a visão mais malditamente sexy que eu já vi. Como ele pode ser tão... Perfeito? Não tenho outra palavra para descrevê-lo.

Suspirei em sua nuca ao qual a minha cabeça estava apoiada. Ele estremeceu. Sorri vitoriosa. Yeah eu tenho efeitos sobre ele, bom saber!

– Você desmaiou no meio da saída do estádio, eu te segurei para você não cair. Nós estamos indo em direção a sua barraca, você precisa descansar – Ele respondeu sendo que na ultima estrofe ele não pediu, ele mandou. Revirei os olhos com a sua atitude de mãe coruja. Se ele fica assim apenas com um desmaio imagina se ele soubesse o que eu passo todo dia da minha vida. Ficaria chocado com certeza. Ah se ele soubesse.
Antes que eu pudesse falar a ele que não precisava se preocupar comecei a ouvir gritos desesperados e várias pessoas correndo ao meu redor. O que é que está acontecendo? Pensei preocupada vendo todas essas pessoas desesperadas. Olhei com cara de interrogação para o Cedrico, ele que pelo que parece não sabe de nada também, me olhou da mesma forma.

Eu desci correndo das costas de Cedrico e nós começamos a andar, em direção aos gritos.

– Comensais, fujam. São comensais – Gritou um homem, longe de nós. Paramos assim que escutamos isso, nos entre olhamos assentindo com a cabeça e começamos a correr.

Eu cheguei perto de uma árvore, quando senti uma presença atrás de mim.

– Vejam só. A amiguinha do Potter – Disse McNair, eu estremeci involuntariamente. – Até onde você aguenta, vamos ver? – McNair disse, soltando um sorriso macabro.

– Só se você conseguir alguma coisa – Disse e cuspi em sua cara.

– Cruciatus – Disse ele, com raiva. Eu senti uma dor deslacerante. – Vamos ver quem consegue algo agora – Disse sorrindo. Eu caí no chão.

Comecei a gritar e de repente a dor parou. Eu olhei para cima e pude ver Cedrico com um escudo na minha frente. Cedrico lançou um outro feitiço que não consegui distinguir e deixou McNair desmaiado. Ele me pegou no colo e logo estávamos perto de Harry, Gina, Rony, Fred e George. Eu senti uma força estranha me puxando e fechei meus olhos. Quando voltei a abrí-los estávamos em uma casa estranha. Estávamos todos em uma fileira, lado a lado.

Pov’s Mary.

Eu estava no meu quarto escutando música, com um mini short e uma blusinha justa, fazer o que? Estava em casa.

Eu saí do quarto com a intenção de falar com meu pai e escutei sua voz vindo da sala... Da sala?! Comecei a correr e quando consegui enxergar 7 adolescentes de frente para meu pai e vi que os gêmeos estavam bem próximos...

– Não pisem... – Eu comecei a gritar mas não deu tempo, os gêmeos pisaram no ladrilho solto. Milhares de balões d’água caíram sobre eles, uma corda mágica invisível os prendeu e uma outra força puxou suas blusas.

– MARY VAN ALLEGRAN BLACK – Meu pai começou a gritar, assim que viu que a causadora de tudo era eu - Adorei a brincadeira - Disse ele, mandando um sorriso maroto para mim.

– Eu sei, papai – Disse, sorrindo da mesma maneira.

– Papai?! – O tal Potter exclamou e eu ignorei. Me aproximei dos gêmeos que ainda estavam pendurados.

– Pai, não deu certo – Disse, e meu pai me olhou com uma cara estranha. – A brincadeira, deveria ter deixado eles só de cueca e o pântano não apareceu nem os jacarés falsos. Tenho que aprimorar essa minha brincadeira. – Meu pai só riu e me abraçou.

– Foi você que fez isso tudo? – Perguntaram os gêmeos com os olhos brilhando.

– Sim, mais isso não é nada demais... Eu tenho que aprimorar para poder vender no novo colégio. Pai o que eu vou fazer? Eu precisava dos outros 3 meninos, nós éramos os marotos de Beauxbatons, isso não é justo – Disse, olhando emburrada para meu pai. Eu tinha um grupo “maroto” na minha outra escola, e seria difícil achar outro nessa outra escolinha.

– Já tem dois a sua disposição. – Disseram os gêmeos, juntos.

– Sou Fred – Disse o mais alto.

– Sou George – Disse o outro.

– Sou Mary – Disse sorrindo, pude ver eles ficarem encantados.

– Você poderia os tirar daí? – Perguntou meu pai. Eu assenti e bati palmas, logo em seguida a única coisa que se via eram os gêmeos no chão. Meu pai foi para a cozinha, me deixando sozinha com os estranhos.

– O que você, a esquentadinha faz aqui na casa do meu padrinho? Tenho pena dele por ter uma filha tão... nojenta assim como você, se você fosse minha filha te daria pra adoção. Nunca iria conseguir aguentar conviver com um praga como você – Falou o Harry se acha demais Potter

– Verdade eu não aguentaria ter um pai como você. Um ser tão broxante. Meu Deus, prefiro meu pai que é lindo e muito divertido. Ah é e ele não se acha. - Disse rindo - Querido antes de falar de mim, se olha no espelho. É sempre o “Ó pobre Harry, sofreu muito com a perda dos pais” Você sofre, com certeza... Mas você não cansa dessa pena toda não? Ou quer realmente atenção. Aposto que nas duas aventuras estúpidas, é sempre você que leva a honra... Duvido que seja Rony ou Hermione ou qualquer paspalho que tenha te ajudado. Isso me dá nojo – Disse e cuspi no sapato dele.

– Quem você pensa que é pra falar assim do meu amigo, você não o conhece como eu conheço pra ficar julgando as pessoas assim, você não pode ficar falando essas coisas da boca pra fora sem conhecer as pessoas, garota. Se toca e pensa antes de falar, você se acha demais não é? A verdade Mary é que você nada mais é do que uma pessoa com corpo bonito que os meninos usam e jogam fora, uma sem cérebro – Falou uma garota de cabelos castanhos e olhos da mesma cor já vermelha de tanta raiva.

– Com um corpo bonito, isso é verdade. Mas sem cérebro, não queridinha. Sabe a competição entre jovens bruxos inteligentes, que se não me engano você participou e ficou em primeiro lugar? – Eu perguntei e vi ela ficar vermelha, os amigos a olharam. –  Eu fui a antiga ganhadora, com dois anos consecutivos. Só não participei esse ano por alguns problemas pessoas, por que se não você perderia pra mim. Sempre irá perder competindo comigo, é bom se acostumar. Não é se achar, queridinha, é poder. –  Eu disse a ultima parte com orgulho e veneno em cada palavra dita, e ri –  E eu conheço muito bem Harry Potter, sei de todas as suas aventurinhas até agora. E foi por causa de uma dessas aventuras estúpidas que eu perdi minha mãe e toda a minha família. – Eu disse, com raiva.

– Quem você pensa quem é pra falar assim com meus amigos? Você não é nada, uma sem graça que não vale a comida que come e se acha tal que vive ofendendo os outros para se sentir melhor. Não tem vergonha na cara não? Sua vadia que só se sente bem ofendendo os outros. Toma vergonha nessa sua cara feia e se olha no espelho? Você não é de nada, queridinha – Falou Gina com os olhos faiscando de ódio, devia estar com ódio por ver eu humilhando a sua queridinha.

– Wow, calma aí pirralhinha. Você está errada, ao nossos olhos ela é muito linda e a cara dela é perfeita, e ela é marota. Ou seja, ela é perfeita – Disseram os gêmeos mais uma vez, juntos.

– Podem deixar... Gina, não é? Se olha no espelho você, troço feio. Lembrei, foi você que foi seduzida por Tom Riddle, não? Que ajudou a fazer sua própria amiga ficar petrificada. Que horror, mas eu entendo... Ao que dizem as más línguas o Tom quando era adolescente era lindo, mas não seria por isso que eu ajudaria ele. Eu realmente, sinto muito Fred, George e Rony... Mas a única vadia aqui é você, Ginervra. Eu não me sinto bem ofendendo os outros, eu não era assim até perder boa parte da minha família. Mas quer saber? Bola para frente, todos nós conseguimos porque vocês não? Eu sou inteligente. Agora se me dão licença tenho que pensar qual será a brincadeira de abertura do ano. Mas já avisando, usem um feitiço para frio – Eu pisquei para todos, mas antes de sair um braço me segurou. Quando olhei para trás vi que era Harry.

– Quem você pensa que é para falar assim? E onde eu tenho culpa de sua mamãezinha ter morrido? Ela devia ser mais uma dessas vadias que o Sirius pegou, e depois que ela morreu... Sirius te pegou por pena - Disse ele, com um sorriso sarcástico no rosto.

– Não fale do que não sabe, eu só não xingo seus pais porque não faria isso com minha madrinha e meu padrinho – Eu disse, com raiva. Pude ver ele ficar boquiaberto – Agora com licença, tenho mais o que fazer – Nessa altura eu já chorava. Puxei meu braço e comecei a correr, ouvindo passos atrás de mim – O que você quer, Hermione? - Perguntei assim que parei de caminhar.

– Ver como estava, mas se não quiser... Pensei que era legal, mas agora.. – Disse ela, já se virando para ir embora.

– Não, espera... Me desculpe por tudo que eu disse a você, é que o Potter me deixa louca de rava! Fica, vamos conversar. – Falei, ainda irritada com o Potter, mas culpada por ter falado assim com a menina que só foi apenas uma vitima da minha raiva. Depois de um tempo em silêncio, começamos a conversar e eu sentia que podia confiar nela e ao que parecia era recíproco.