- Quer ajuda?

Olhei rapidamente para ver quem era. - E parecia ser aquela mesma menina de ontem, e a mesma menina em que toda hora eu via, mas logo sumia. Ela estava muito branca, igual a ontem. Estava usando um sobretudo preto, e um gorro que combinava com seu casaco, e usando calça comprida, e que era bem estranho porque estava um calor infernal e todas as meninas estavam usando bermuda e blusinha. - Segurei sua mão e me levantei.

- Oi... - Falei um pouco tímido. - Você é aquela menina nova do meu condomínio, né? Você não deve saber quem eu sou. Meu nome é Austin, tudo bem? 

- Eu sei quem é você. E acho que você não deveria abaixar a cabeça para aquele menino. 

- Quem? O Josh? 

- É, ele mesmo. - Ela falou num tom de voz meio sinistro. Até me arrepiei. - Vamos pra casa? Te ajudo a chegar em casa, já que é o mesmo caminho que o meu, né? - Ela sorriu.

Não quis ser muito abusado, mas logo me segurei nela e fui me apoiando. Estava sentindo um pouco de dor, mas senti que aquela ajuda era bem-vinda. 

- Desculpe a pergunta, mas... Qual é o seu nome?? 

- Angeline... - O Sol começou a esquentar mais e Angeline parecia estar um pouco preocupada. Ela estava ficando cada vez mais branca. 

- Nossa, você não está com calor?? Aqui está pegando fogo! - Me abanei com as mãos. 

- Não. Estou bem. - Ela falou meio preocupada. 

- Você tá parecendo até um vampiro, - Dei uma risada de leve. Angeline parecia me olhar bem séria. Eu logo calei minha boca. Ficamos alguns minutos sem falar nada, mas logo abri minha boca novamente. - Eu ainda não entendi... Por que você estava lá no campo? Eu nem tinha te visto lá e logo você apareceu do nada. 

- Não sei... Só senti que alguém precisava de ajuda. 

- Como assim?? 

- Deixa pra lá... Você não entenderia. - Logo chegamos ao condomínio. 

- É, infelizmente chegamos. - Disse, me soltando dela. Fazendo uma cara triste. 

- É. - E logo Payton chegou em meu condomínio também. Quando ela viu a Angeline acabou levando um susto. 

- Ahn... Oi Austin. E... - Apontou para Angeline. 

- Angeline. Me chame de Angeline. 

- Angeline, você não vai embora? - Payton cruzou os braços. 

- Payton! Que falta de educação! - Briguei com ela. 

- Que nada. Já estou indo... - Quando Angeline estava quase indo, Payton percebeu o colar que ela estava usando e logo a parou. 

- Angeline, que colar é esse?? Esse colar é da Grécia Antiga, e eu sei disso porque eu estou fazendo um trabalho sobre a Grécia. Esse colar nem existe hoje em dia, quero dizer, nunca vi vendendo em nenhum lugar. 

- É da minha bisavó. Ela tinha guardado. Ela... Ela... Ela colecionava muito essas coisas. - Angeline se virou e foi embora. 

- Eu disse! Ela é estranha! Esse colar é bem mais antigo que essa bisavó dela. E tenho certeza que a bisavó dela não nasceu naquela época. 

- Para com isso! Ela é maneira. 

- Quando acontecer alguma coisa com você eu irei dizer "Eu te avisei".

*Angeline // on *

Cheguei em casa, peguei o sofá e joguei na parede. Logo um rato passou correndo pelo sofá, então eu corri até ao rato e suguei todo seu sangue e logo quebrei sei minúsculo pescoço. Sempre fazia isso depois de chupar sangue de alguém, só para não virar um vampiro. Sempre morrem de uma vez depois que quebro seus pescoços. Então comecei a falar sozinha... 

- Argh... Aquele humano tem um cheiro tão bom!!! Por que será que eu não acabo logo com ele?? Eu não sei ainda porque eu fui o ajudar! Eu senti que ele estava precisando de ajuda... E logo fui o ajudar.

*Dia seguinte*

Eram 6 horas da manhã e eu estava voltando de uma balada. Certamente não tinha ido para dançar, só tinha ido para me divertir... Chupando sangue de um monte de jovens bêbados. E eu adoro esses jovens bêbados! São as melhores presas. E o bom é que o sangue deles vem com álcool. Dois em um. Mas uma coisa estranha aconteceu, quando eu estava entrando no condomínio eu vi o Austin na janela de seu quarto. Austin estava olhando para o infinito e quando ele me viu acabou levando um susto. Ele não esperava me ver tão cedo. 

- Angeline?? - Falou assustado.

 - Oi Austin. - Dei uma piscadinha. 

- O que faz aí a essa hora?? Aonde você estava?? - Parecia preocupado. 

- E o que você faz acordado a essa hora? 

- Opa! Eu perguntei primeiro. 

- Eu tava na balada. Agora é sua vez. 

- E eu tava pensando em você. - Ele sorriu. 

- Haha, sei... - Eu não estava tão séria quanto o normal. Acho que chupar sangue de alguns jovens bêbados me deixou um pouco alterada. 

- Vou dormir novamente. Está muito cedo. Bom dia. - Austin saiu da janela e eu fui para a minha casa.

*Segunda-feira*

Eram meio-dia, e eu tive uma outra sensação de que o Austin estava precisando de ajuda. Segui meus instintos e cheguei até sua escola. E parecia que Austin estava em uma grande enrascada. Aquele tal de Josh estava envolta dele, acompanhado de mais dois caras. E Payton estava implorando para que eles não batessem em Austin... 

- Agora você precisa de garota pra se defender?? - Josh riu.

Então rapidamente pulei em sua frente, e disse:

- E quem é que vai te defender??

- Haha, você vai me bater? 

- Se você não sair daqui agora eu irei fazer uma coisa bem pior. Não quer me ver irritada, não é?

Josh me olhou de cima a baixo, deu as costas e foi embora. Quando ele estava quase indo, ele disse: 

- Não vai ficar por isso mesmo, Austin.  - E foi embora.

- Por que esse cara não gosta de você? O que você fez para ele? 

- Nem eu sei o que eu fiz para ele. - Na mesma hora Payton começou a chorar e abraçou Austin com muita força. 

- Eles me Deram um grande susto, Austin! Pensei que eles iriam te matar! O irmão do Josh já matou várias pessoas. Pensei que iriam fazer o mesmo com você. - Austin secou suas lágrimas.

- Angeline, o que você iria fazer com eles se eles não saíssem de perto de mim??

-Eu... Iria bater neles. Eu faço aula de Artes Marciais e... Eu sou bem forte.

Eu e Austin fomos para a casa e Payton foi para a casa dela. E no meio do caminho eu e o Austin fomos conversando. 

- Sabe... Eu fiquei aqui pensando e constatei uma coisa... Você É meu anjo da guarda. 

- Não fale bobagens... Só estava no lugar certo e na hora certa. 

- Desde que você chegou aqui você tem me ajudado. Sei lá, de uma forma diferente.

*Chegando no condomínio* 

- É Austin, eu vou embora. Tchau... - Quando eu estava quase indo, Austin segurou minha mão. 

- Quer entrar???

Regra número 1: Nunca convide um vampiro para entrar. Depois que ele entra, ele se sente no poder de entrar quando quiser. E nunca mais quer sair.

- Claro... - Dei um sorriso. Entrei em sua casa e logo percebi que a casa estava vazia. Austin se sentou no sofá e eu me sentei também. E ele logo ligou a tv. 

- Você mora sozinha?? 

- Não... Eu... Eu moro com meu pai. Ele está muito doente e fica o dia todo deitado na cama. Por isso que ninguém nunca o viu. 

- Melhoras ao seu pai... 

- Está sozinho em casa?? - O perguntei.

- Minha mãe está trabalhando. - Na mesma hora alguém bateu na porta. Austin estranhou, mas logo se levantou e abriu a porta..