Eu Sou A Número Dois escrita por Mel Teixeira


Capítulo 4
Capítulo Terceiro: Selina é...


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal... admito que estou um pouquinho chateada pq tenho muitos leitores fantasmas :/... Mas, fazer o que né... É a vida :/
Ah... só para esclarecer a Mel Kaulitz que comentou na minha fic é o meu namorado, que na verdade era o perfil dele mas aí ele não entrava mais então eu mudei para um segundo perfil meu. Agora... ele voltou à usar para ler a minha Fic *-*
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Bom, eu espero que gostem desse capítulo, eu particularmente, amei!
AUSHSAUSHAUA
Por favor fantasminhas, apareçam!
Beijos ;*



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Guilherme POV’S.

Estou olhando novamente para aquele cartão que estava na frente do condomínio dela. Não consigo parar de pensar porque diabos isso estava com ela. Era um cartão que tinha esse nome: “Centauro – Editora de Livros Ltda.” E, de novo ao pensar nela sinto uma ponta de pena pelo o que aconteceu ontem. Foi tudo tão doloroso. Não pensei que ela poderia passar por algo assim.

-Amor... Bom dia! –Dizia Amanda ao meu lado, que acabara de acordar.

Amanda é minha esposa. Sim, eu sou casado e tenho 25 anos. Estou desempregado e sou escritor. Me casei faz sete meses. Estou muito feliz ao lado dela, mas não sei ao certo o motivo, mas, desde ontem não paro de pensar na Selina. Ela é simplesmente única. Nunca encontrei alguém como ela.

Ontem quando a encontrei sentada na escadaria do apartamento onde eu moro, achei que ela fosse minha vizinha e eu estava prestes a entrar por aquela porta, mas vi que algo estava incomodando-a. Foi quando ofereci minha ajuda. Eu não peguei seu telefone, pois sei onde ela mora. Ela também sabia onde eu moro só não sabe que eu moro ali, naquela porta onde nos encontramos ontem. Foi tudo muito rápido. Fiquei com raiva do namorado dela, ou melhor, ex-namorado e assim que eu cheguei em casa fiquei só pensando nela.

Por quando sua vida está ótima, exceto por você ser escritor e não ter um emprego vem alguém e bagunça todos os seus sentimentos? É difícil de dizer. Acho que era simplesmente para acontecer.

Apesar de Selina ter uma aparência rígida sei que ela é capaz de muita coisa. Penso que a Selina é como fogos de artifício prestes a estourar maravilhosas e lindas cores. E cada pedaço dessas cores a compõe.

A única coisa que precisava esquecer era o olhar dela. Precisava ignorar pois agora tenho uma esposa. Porque diabos não encontrei ela antes? Fico amaldiçoando-me por isso.

. . .

Após ter tomado uma boa xícara de café que Amanda tinha feito para mim foquei em meu livro, que estava quase pronto, faltava alguns detalhes e claro uma editora.

Estou desesperadamente procurando uma editora que o aceite. Mas, já tentei muitas. Todas simplesmente me ignoram. Hoje é domingo, portanto não posso ligar para nenhuma.

-Amor eu vou ao shopping fazer as compras de natal, tudo bem? –Perguntou-me Amanda com certo brilho no olhar ao olhar-me sentado trabalhando em meu notebook.

-Tudo bem, amor. Prometo que na semana que vem eu vou com você para lhe ajudar. Acho que essa semana eu resolvo o problema com o meu livro. –Disse olhando-a. Ela estava muito bonita. Estava com um vestido preto, com sandálias cor de prata, o cabelo louro estava preso em um rabo de cavalo e estava maquiada, principalmente nos lábios. Estavam rosados, pedindo um beijo.

-Tudo bem amor. Eu compreendo você. Bom trabalho. Nos vemos mais tarde. –Disse ela me abanando um breve tchau com a mão direita.

-Epa! E o meu beijo? –Perguntei insatisfeito.

-Ah... Amor, vai borrar meu batom. Por favor, sem beijo. Não vou demorar. –Falou ela, rolando os olhos por meus papéis.

-Tudo bem. Tchau, amor. –Falei dando de ombros. Ela estava bonita e estranha, realmente estranha.

Continuei trabalhando em cima daquele furacão de palavras, confuso.

*-*-*-*-*-*-*

Selina POV’S:

Quando cheguei ao shopping fui surpreendida por muitas decorações de natal. Ah... É mesmo, é quase natal. Senti um nó na garganta.

Com quem eu passaria o meu natal esse ano? Sozinha? Não consigo acreditar nessa realidade. Meu mundo despencando em menos de vinte e quatro horas. Ou será um novo mundo? Se for, só preciso me acostumar com mudanças. Algo que não consigo e isso é visível em meus olhos que estão quase deixando as lágrimas caírem.

Entrei numa loja de roupas chamada Hering.

Escolhi algumas camisetas e algumas calças jeans. Apesar de a Hering ser uma loja luxuosa parecia aquelas lojas de roupas por dez reais. Estava uma loucura. Acho que era por causa do natal. Acho não, tenho certeza.

As pessoas tem o hábito de enlouquecerem nessa época. E nesse ano eu estava pouco me lixando para o natal. Para pessoas sozinhas como eu, era só um dia pior que os outros. Um dia para chorar mais, para ficar mais sozinha, por que eu não tinha o barulho dos carros e do comércio na rua. Então me sentiria completamente sozinha.

Eu havia comprado duas calças, um vestido e três blusas. Na situação financeira que estou não posso abusar muito. Desde que cheguei ao shopping já havia se passado um pouco mais que uma hora. Já estava começando a ficar cansada.

Estava passando pela livraria e olhei-a sem parar de andar, com muita curiosidade e invejando que algum daqueles livros em destaque eu poderia ter editado com a minha empresa.

Sou fraca demais.

Passando por ali de repente sinto um choque em meu ombro e olho para o lado para ver quem havia me atingido no meu da multidão.

Minha voz se vai, impedindo-me de falar, apenas me deixando boquiaberta quando vejo quem é.

Era Douglas.

E estava acompanhado.

Não consegui ver o rosto da mulher que estava acompanhando-o, pois ela estava de óculos. Só vi que era loura e era visivelmente mais bonita que eu.

Não falei nada, apenas me virei e continuei de olho na livraria. Meu rosto queimava. Senti o vermelho se espalhar por minhas bochechas.

Arrisquei olhar para trás para observar os dois. Como desconfiei, estão de mãos dadas e ele não voltou a olhar para trás e é agora mesmo que eu não quero.

Entrei na livraria. Observei os livros. Peguei um na mão. Chamava-se “Cinquenta tons de Cinza” da autora E L James. Senti o livro. Sua textura e até mesmo cheirei-o. Precisava me sintonizar com aquela harmonia de palavras para poder descobrir o segredo que é lançar um livro de maneira mágica, que todos queiram ler.

Tentei além de perceber aquela harmonia perfeita que havia pegado em minhas mãos, um verdadeiro tesouro literário, lembrei um pouco do meu passado. Lembrei-me dos meus pais, aqueles que eu já não vejo há sete anos. Lembrei um pouco de toda a minha família que aos poucos foram sumindo. Que aos poucos foram tornando-se os meus amigos.

E então para não sentir tanta dor se perdesse os meus amigos, escolhi amigos verdadeiros. Escolhi pessoas que valem a pena.

Quando entrei no mundo da literatura eu tinha apenas doze anos. Com treze perdi os meus pais num acidente fatal. Aos dezessete me formei no segundo grau da escola e fui trabalhar. Não tive ainda oportunidade de fazer faculdade. Ainda para mim era uma utopia fazer ensino superior. E acho que vai continuar ainda por um bom tempo, pois estava quase sem dinheiro por causa da empresa. Penso agora onde eu coloquei os quatro anos que perdi? Onde está a menina que era apaixonada por literatura? Perdeu-se num conto de fadas? Eu não sei, mas, estou incessantemente encontrá-la.

Depois de analisar alguns livros decido que devo ir para casa. Vou arrumar meu cabelo, minhas unhas, minhas sobrancelhas. E é ótimo que eu saiba fazer tudo isso.

Ah, claro e preciso trabalhar ainda.

. . .

Chegando ao meu apartamento, sirvo um copo de vinho barato e coloco música no meu aparelho de som, com o objetivo de espantar os meus pensamentos sobre os homens, ao som de Linkin Park.

Começo a me analisar no espelho e vejo que a situação está pior do que pensei. Começo então tirando a sobrancelhas.

Começo a sentir uma dor aguda e uma vermelhidão se espalhando pela testa. Nos olhos surge um brilho por causa da água nos olhos. Isso começa a atrapalhar a minha visão. Esfrego os olhos tentando enxergar melhor e não fazer bobagem na sobrancelha.

Aquele brilho no olhar me lembra dos olhos de Guilherme... Que saudade que sinto daqueles olhos. Começo a sentir necessidade de tê-los para mim. Ouço a campainha tocar.

Oh... Meu Deus... Quem será?

Deve ser Isabella querendo saber como estou já que não atendi nenhuma de suas ligações desde ontem de noite.

Abro a porta certa de que é a minha amiga.

Meu queixo cai e encontro os seus olhos. Me deparo com ele...

Na.Minha.Porta.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram?
Por favor, peçam que tenham paciência se não gostaram porque é a minha primeira Fic que eu coloco dois personagens diferentes narrando :/
Espero que eu me acostume... AUAUAHS
Beijo ;* Boa leitura!