Life Is Not Easy escrita por MrsFancyCar


Capítulo 6
Primeiro beijo


Notas iniciais do capítulo

Nossa cara, eu sinto muito por não ter postado esse capítulo antes.

Eu não estava "muito bem". Não sei se é depressão ou algo do tipo, mas eu não me sentia bem e queria, sei lá, me matar, e blá-blá-blá. E não consegui escrever coisas boas. A única coisa que consegui, foi que Rose se suicidou e que isso resolve os problemas de qualquer um.

Até pensei em excluir a Fanfic...

Hope you enjoy!

:)



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– Rose? – Edward me tirou do transe que me fazia pensar em quem o meu pai traiu. – Tudo bem? – parecia que aquelas palavras haviam se tornado as palavras preferidas e mais ditas de Edward e Alice. “Rose? Tudo bem?

– Está... Sim. Eu só estou... – as batidas na porta me interromperam.

Matt e Joseph estavam lá. Pela expressão dos dois, e como bateram forte na porta, estavam, ou com pressa, ou querendo falar algo importante.

– Com licença. – Matt disse, entrando. Normalmente, Joseph não falava nada, apenas anotava coisas, ou concordava com alguma coisa que seu parceiro dizia. – Temos boas, e más notícias. Antes que digam alguma coisa, a boa notícia é que sabemos quem sequestrou sua mãe, e onde ele pode estar, Rose. E a má, é que sua mãe pode ser assassinada pelo tal homem. – ele disse isso num tom normal. Como se isso acontecesse todos os dias.

– E você fala isso como se fosse uma coisa normal? – perguntei.

– E como eu poderia dizer? Eu não conhecia ela. – ele deu de ombros.

– É uma vida, que está prestes a ser destruída! Você é policial! Tem que ajudar as pessoas! Você provavelmente tem família, e se não tiver, obviamente já teve ou tem uma mãe. Que te amou mais do que alguém pode amar. Agora, imagina se ela fosse sequestrada, e um policial dissesse que ela pode ser assassinada e não fizesse nada contra isso. Você suportaria? – explodi.

– Rose... Para com isso. – Edward disse. – É... E onde o tal homem está? – ele perguntou para Matt.

– Está ainda em Londres.

– Perto daqui?

– Sim.

– E... Vocês vão atrás dele... Vão mandar alguém lá...?

– Como achamos que ele está em sua casa, vamos daqui a mais ou menos dois dias. Uns dois ou mais policiais vão vir aqui para pegar o endereço da casa hoje. Aqui. – ele entregou um papel para Edward. – Entregue a eles. Estamos indo. E... É, qualquer coisa vocês já sabem o que fazer. – ele e Joseph foram embora.

Edward me entregou o papel.

Bom... Um homem sequestrou minha mãe. E eu tinha o endereço de onde ele estava em mãos. Eu deveria fazer aquilo que estava pensando?

– Edward... Já sabe... Não é? – eu disse, mostrando o mini-papel com o endereço.

– Rose, você não está querendo...?

– E qual o problema de fazermos isso?

– Não sei... Ele pode pegar a gente ou alguma coisa...

– Somos dois, e ele é um.

– Você não tem certeza disso. Ele pode ter comparsas e...

– Por favor! – fiz cara de cão abandonado. E aquilo não funcionava comigo. Apenas com Alice. Pro meu azar.

– Não sei Rose... Isso é... Muito perigoso. A gente não sabe como é a casa e tal... E os policiais já vão lá daqui dois dias...

– Por isso! Daqui dois dias minha mãe já pode estar morta! Nós podemos... Sei lá, vigiar se ele sai de lá, ou não. Se mais pessoas entram naquela casa...

– Mas... Temos dois dias para fazer isso. Ou menos. Nós precisaríamos de pelo menos uma semana para saber a rotina dele.

– Mas não temos todo esse tempo, Edward! A gente tem que ir lá hoje, e tipo... Vigiar... Ou sei lá.

– Não sei Rose. Eu... Tenho que voltar pra casa. Tenho que ver se minha mãe está bem...

– Sua mãe é adulta! Ela obviamente sabe se cuidar!

– Mas ainda sim tenho que voltar pra casa. Eu estou com fome, e preciso tomar um banho.

– Você pode muito bem tomar banho aqui!

– Mas não tenho roupas limpas!

– Está fazendo isso só pra se livrar de mim e não ir naquela casa, não é? Obrigado por ser um ótimo amigo. – abri a porta e fiz um gesto para que ele saísse. – Muito obrigado novamente. – ele me olhou, meio triste (ou bravo, não consegui entender sua expressão), e saiu. Bati a porta com força. Me joguei no chão.

– Rose. Não chore. – eu dizia a mim mesma. Batendo em meu rosto.

Tentei me levantar. Tentativa inútil. Tentei não chorar. Outra tentativa inútil.

– Você... Tem... Que... Parar... De chorar! – eu gritava comigo mesma. Sim, uma louca.

Eu não precisava chorar. Tinha o tal endereço em mãos. Tinha como achar minha mãe. E não precisava do Edward.

– Edward? Você não vai mesmo? – liguei pra ele. Sim, eu realmente precisava dele.

– Não. – ele desligou.

Como assim? Por que ele não queria ir? É... Acho que eu não precisava dele. Ou precisava...

Eu também não podia ir... Estava deixando minha irmã sozinha em casa de novo. E ela só tinha sete anos.

– Você tem certeza que precisa ir, Rose? – Alice me perguntava.

– Sim Alice. É por causa da nossa mãe. E você é bem grandinha, como você mesma disse. Tenho certeza que consegue ficar algumas horas sozinha. Não é?

– É... Eu acho...

– Ótimo. – a abracei e dei um beijo em sua testa. – Te garanto que não vai acontecer nada.

Coloquei um moletom, e saí.

Comecei a chorar no meio do caminho. E nem eu sei por que.

Cheguei até o endereço do papel. Uma casa, normal. Mas com poucas janelas. Um lugar escuro e frio, por conta de muitas árvores. Um lago atrás. E não pude deixar de perceber um playground também atrás da casa.

Fiquei do outro lado da rua, atrás de algumas árvores. Aquele era um bom lugar pra se esconder.

Passaram mais ou menos uma hora e meia. E finalmente minha espera foi recompensada. Um homem, com aparência de uns quarenta e tantos anos, com barba, bigode, e óculos, saiu da casa. Olhou de um lado para o outro, preocupado. Entrou em seu carro, e foi para algum lugar.

Esperei-o voltar, depois de meia hora.

Voltei pra casa às seis da tarde, e nada havia acontecido com Alice. E nem com a minha casa.

Alice disse que os policiais não tinham ido buscar o endereço, e não ligaram. Ela me fez colocar na cabeça a ideia de que os policiais haviam esquecido da minha mãe. Ou não estavam nem aí.

Fui até aquele mesmo lugar no dia seguinte, e não vi nenhuma viatura, ou alguma coisa do tipo, o que reforçava a minha ideia de que os policiais não estavam nem aí pro sequestro da minha mãe.

– Essa é a última vez que fico só espiando. – eu disse a mim mesma, escondida entre as árvores. – Amanhã eu entro lá.

Eu já sabia toda a rotina. Ele só saia da casa às quatro da tarde. E voltava com sacolas, que eu não consegui descobrir o que existia lá dentro.

Eram quatro horas, e o homem havia acabado de sair. Senti uma mão no meu ombro. Meu coração e meu sangue congelaram.

– Você me assustou! – eu gritei com Edward.

– Me desculpe. Não sabia que você se assustaria com uma mão no seu ombro.

– O cara acabou de sair, achei que fosse ele! Você poderia ter estragado tudo!

– Mas não estraguei, Rose.

– Pra sua sorte. – tirei a mão dele do meu ombro. – Agora vai embora.

– Não. Eu vim te ajudar.

– Ajudar com exatamente o que? Depois de um dia você vem, não é? Não preciso de ajuda sua. Vai embora.

– Não. Tenho todo o direito de ficar aqui.

– Não tem não! Já falei pra ir embora Edward! Você disse que não iria vir.

– Mas eu vim.

– No dia seguinte?! Eu tinha contado com você. Achei que depois de você ter falado aquelas coisas de que era meu amigo e tal, eu poderia contar contigo! – comecei a chorar. Parecendo uma criança. – Mas acho que eu estava errada não é? – ele não respondia nada, apenas me olhava. – Você é um completo idiota, Edward!

– Você está falando isso só porque eu não vim com você no dia em que me chamou?

– Claro! Você não me ajudou! O que você tinha que fazer naquele dia?!

– Eu tinha que ensaiar com a minha banda.

– Está vendo?! Um idiota! – bati em seu ombro. – Não me ajudou quando eu mais precisei! – eu o esmurrava a cada frase. – Um completo idiota! Você tem que saber que amigos ajudam os outros! E que... – quando ia bater nele novamente, ele segurou com força meu pulso. Olhou nos meus olhos, se inclinou, e, pra minha surpresa, me beijou.

Ele tinha... Os lábios macios. Irresistivelmente macios.

Era o meu primeiro beijo, e, sinceramente, eu não sabia se estava fazendo "certo" a tal coisa.

Sua mão foi se afrouxando do meu pulso, e então, o soltou, colocando suas mãos em ambos os lados do meu rosto. Devagar e gentilmente.

Meu estômago ainda não tinha se acostumado com a ideia de abrigar borboletas dentro de si. Confesso que me senti um tanto desconfortável no começo.

Seus lábios se encontravam com os meus numa forma um pouco delicada. Numa forma que eu nunca havia imaginado. Uma ação que eu não esperava dele.

Eu ainda estava sem saber o que fazer. Meu sangue havia congelado. Minhas mãos estavam em seu tórax, um pouco mais para baixo onde eu iria acertá-lo com o "soco".

Mas eu não sabia se era certo ele me beijar. Nossa amizade poderia ir por água abaixo. E eu não queria isso. Ele era o meu primeiro e único amigo. Não queria que isso acabasse.

– Por que fez isso? – perguntei, baixinho.

Eu ainda esperava que aquilo durasse mais, por mais errado que eu estava achando.

– Você precisava parar de falar. – ele respondeu, rindo.

– Isso não tem graça! – bati nele de novo.

– Se continuar me batendo, vou te beijar de novo.

– Mas... Você deixou de vir me ajudar, pra ir ensaiar com a sua banda! – comecei a chorar novamente.

– Eu disse que tinha que ir. Mas não fui. Eu estava aqui o tempo todo.

– Não, não estava. Eu estava aqui sozinha. Quando eu pedi pra você vir comigo, você recusou!

– Eu disse que não viria contigo, mas não disse que não viria. Eu fiquei aqui. Ontem, e hoje.

– Você está mentindo! – bati nele novamente.

– Você acha mesmo? Acha que depois de eu ter tido aquela conversa com você, depois de ter conseguido, com muito esforço, você falar comigo novamente, eu faria isso com você? – não respondi. Ele tinha razão, eu estava sendo uma criança.

– M-me desculpa Edward. Eu não consigo acreditar nas pessoas. Muito menos agora... - eu estava nervosa. - E... Não sei como dizer isso... Mas... Obrigado pelo... beijo. – eu finalmente disse, e, provavelmente, corei.

Minha cabeça estava baixa, como eu sempre fazia quando sentia vergonha de algo.

Senti suas mãos em meu queixo, puxando meu rosto para cima. Vi-o fechando os olhos devagar, se aproximando demais do meu rosto. Num instinto quase automático, meus olhos também se fecharam, com uma leve hesitação.

Seus lábios pressionaram os meus. E, novamente, ele foi delicado.

Sua mão ainda estava no meu queixo, enquanto a outra, levemente tocou a minha face direita, acariciando-a com seu polegar.

Podia sentir a vontade que ele tinha de fazer isso. Seus lábios não se soltaram dos meus tão cedo. Não apenas pela vontade dele, mas minha também.

– De nada. – ele disse, rindo baixo. Ele não havia se afastado de mim. Sua boca ainda tocava a minha quando ele pronunciou as palavras, baixas demais, me proporcionando sentir cócegas. Por um momento eu não vi sentido no que ele havia falado, mas logo lembrei que havia feito uma pergunta. Mas não me esforcei para lembrá-la.


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Notas finais do capítulo

Ficou fofo, não é? :3

Só que não.

Eu finalmente resolvi colocar um pouco de romance aqui.

Obrigado por lerem.

E, se não for pedir muito, queria que recomendassem essa história. Sério significaria MUITO pra mim.

:)



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