Life Is Not Easy escrita por MrsFancyCar


Capítulo 5
"Londres, Veneno, Traidor"


Notas iniciais do capítulo

Oláááá! Me desculpem por ter demorado.
Mas normalmente vai ser assim. Eu posto um capítulo, e depois de um dia eu posto outro.
Podem me julgar, mas só consigo escrever os capítulos legais quando estou no quarto da minha mãe. E preciso de um dia pra saber o que vou escrever.
E sei também que vocês não tem nada a ver com isso.
Mas... É.
:)



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   Duas semanas atrás... Não. Não poderia ser meu pai. Ele estava morto. Mesmo se fosse ele, deveria estar totalmente despedaçado por causa do acidente.

   Minha vida estava um inferno.

   - Rose, está tudo bem? – Alice me perguntou. E só depois percebi que estava paralisada, e olhando para a foto. Pensando em inúmeras possibilidades de como ela poderia ter sido tirada.

   - Ahn, claro que está, Alice. Só me... Me mostra onde você achou isso. – ela obedeceu.

   - Aqui. – ela apontou pro chão, perto da porta, onde ela havia falado, onde tinha um pedaço da madeira um pouco fora do lugar. Agachei e o abri mais. O espaço era bem pequeno, onde somente minha mão conseguia se encaixar lá, e com muito esforço.

   Achei mais três fotos, e quatro cartas.

   Nas três fotos, tinham pessoas. No mesmo lugar em que a foto do meu pai foi tirada, pelo que percebi.

   Olhei as datas das fotos também. Não eram recentes. Pelo menos não tão recentes quanto a do meu pai.

   A mais antiga, de 1987, tinha um homem. Um homem com barba, olhos castanhos, e aparência de um homem bom. De família, digamos assim. Mas estava do mesmo jeito que meu pai. Aliás, todos das três fotos estavam daquele jeito. Sem roupas, olhos muito abertos, olhando para o nada, sérios, mortos. Atrás da foto, o nome dele. Andrew Smith. E a data, que suponho que seja da morte dele. 23/10/87.

   Na segunda foto, não tão recente também, havia uma mulher. Bonita, pelo que vi. Olhos verdes. Cabelos castanhos, cacheados, e bagunçados. Magra. E assustada. Atrás da foto, também seu nome. Carie Jennifer. 25/03/94.

   E na terceira, outra mulher. Melhor dizendo, uma garota. No máximo uns 14 anos. Olhos azuis, cabelos cacheados e loiros, mas não bagunçados. Essa, porém, não estava assustada. Mas seus olhos estavam mais abertos que o normal. Seu nome estava borrado, mas parecia alguma coisa como Jessica. Jessica Gunteen. 25/08/97.

   Em cada uma das quatro cartas, havia uma data. As mesmas datas da que acho que seja das mortes dessas pessoas. E dentro, uma folha. Escrito apenas três coisas.

   Abri primeiro a carta que continha a data 23/10/1987, que suponho que seja a carta na qual tem alguma coisa a ver com Andrew. Na folha, escrito somente:

Los Angeles

Revólver

Policial

   Na carta de Carie, apenas:

Londres

Faca

Carona

   Na de Jessica:

Londres

Barra de ferro

Atraída por bonecas

   E ainda existia mais uma, da mesma data que estava na foto do meu pai.

Londres

Veneno

Traidor”

   Na boa, aquilo me assustou muito. Principalmente a carta que provavelmente seria da morte de meu pai. “Londres, Veneno, Traidor” Como assim? Meu pai “traiu” o cara que matou ele? Eu não estava entendendo absolutamente nada.

   - Rose! Deixa eu ver! – Alice tentava ver as cartas, mas não deixei. Apenas entreguei as fotos pra ela. Ela tinha sete anos, poderia se assustar. Ou então não entender nada. Ou entender tudo, porque ela parece mais esperta do que eu.

   Bom, aquilo tinha que ter algum sentido. Era impossível um cara matar pessoas (pelo que eu entendi que ele faz), e colocar fotos delas na minha casa. E eu nem conheço essas pessoas.

   Voltei a olhar a abertura do chão, mas não tinha mais nada.

   - O que vocês estão fazendo acordadas às cinco e meia da manhã? – Edward perguntou, descendo as escadas.

   - A Rose achou umas fotos e algumas cartas e não quer me mostrar! – Alice choramingou.

   - Se ela não quer te mostrar, deve haver um motivo, não é Rose?

   - É. – eu respondi, ainda tentando saber o que significavam as palavras das cartas.

   - E pra mim, você pode mostrar, Rose? – Edward se ajoelhou ao meu lado.

   - Ahn... Depois. Eu... Eu estou com fome. – tentei mudar de assunto amassando as folhas na mão e indo para a cozinha.

   Sentei na mesa sem mesmo pegar alguma coisa para comer. Reforçando a ideia de que estava mentindo quanto à fome. Mas não importava. Aquilo tinha um sentido. E eu tinha que descobrir.

   Certo. Nas fotos, as pessoas estão mortas. Um homem poderia tê-las matado. E... Meu pai estava entre aquelas fotos. Significava que... Ele não morreu num acidente de carro.

   Significava que minha mãe mentiu pra mim. Significava que eu fui enganada esse tempo todo. Significava que mataram meu pai. Significava que ele estava vivo há duas semanas atrás. Significava... Muita coisa.

   - Rose? Está tudo bem? – Edward me perguntou, preocupado. E só então percebi que estava chorando.

   - Não. Não está. – as lágrimas corriam pelo meu rosto involuntariamente.

   - O que aconteceu? – ele parecia mais preocupado ainda. Eu não disse nada, apenas entreguei na mão dele as fotos, e as cartas. – O que... Isso significa? – ele perguntou, ainda olhando tudo.

   - Esse é o problema, Edward. “O que isso significa?”. Eu só... Só achei no chão essas fotos e... – não conseguia mais falar.

   - Essas pessoas... Estão mortas. Você... Por acaso conhece alguma delas? – eu apenas fiz que sim com a cabeça, e ele leu as cartas. – Esses papeis... Não fazem sentido algum. Sinceramente, eu não estou entendendo nada Rose.

   - O homem loiro de uma dessas fotos... É o meu pai. A carta que tem a data de duas semanas atrás... – eu despenquei em prantos. – Edward, você não está entendo? Olhe as datas das fotos e das cartas! Significa que um homem matou essas pessoas!

   - Sim, mas... O que isso tem a ver com você... Ou com a sua mãe... Ou sua irmã... Ou comigo?!

   - Edward, olhe as datas de cada foto, e olhe as das cartas. São as mesmas! Cada foto, pertence a uma carta.

   - E você está querendo dizer...?

   - Que meu pai não morreu num acidente de carro! Que o mesmo homem que matou essas pessoas, matou o meu pai! Que minha mãe mentiu pra mim!

   - Mentiu porque um homem devia tê-lo pego e pensaram que ele sofreu um acidente!

   - E... Como você sabe de tudo isso?! – perguntei, desconfiada.

   - Eu não sei Rose! Só estou tentando achar uma lógica pra isso tudo!

   - Eu... Acho que já estou ficando louca duvidando de você e... E o que significam essas palavras dos papeis...?

   - Não sei. Mas acho que é o lugar onde a pessoa foi morta, o que ele usou ou fez para matá-la, e como ou porque foi morta.

   - Então meu pai... Morreu porque...

   - Pelo que eu entendi e de acordo com isso, era um “traidor”. Traiu alguém, morreu em Londres, e envenenado. Há duas semanas atrás.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Não. Eu sei.
Mudei NOVAMENTE a capa.
Reviews por favor?
Obrigada.
:)



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