Life Is Not Easy escrita por MrsFancyCar


Capítulo 4
A foto


Notas iniciais do capítulo

Ei lindos e lindas!
Vocês podem não gostar desse capítulo. Aviso desde já.
Eu não estava muito inspirada, mas tinha que postar hoje.
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   Aquilo não podia ser verdade. Quem mandaria uma carta dizendo que havia sequestrado uma pessoa?

   Mas do jeito que a Alice estava desesperada...

   - Você tem certeza disso Alice?

   - Claro que tenho! Ele pegou a mamãe, Rose! Acredita em mim!

   - Não estou dizendo que não acredito.

   - Rose... A mamãe... – ela não parava de chorar.

   - Se acalma um pouco Alice. Eu... vou resolver isso.

   O que eu podia fazer? A polícia iria demorar.

   - Edward! Vem pra cá agora! – liguei pra ele.

   - Se acalma! O que aconteceu?

   - Edward! Agora! – eu gritava ao telefone.

   - To indo.

   Não demorou cinco minutos, e ele estava lá. Acalmando Alice enquanto eu ligava pra polícia.

   Eu não estava acreditando. E depois, tudo o que ela tinha dito, fazia sentido. Ela estava com medo. Ela conhecia aquele cara. “Aquele homem... Eu conhecia...” Mas o que ele queria com ela? Eu nem sabia como ele era...

   - Alice! Se acalma. A polícia já está vindo. – Edward a acalmava.

   - Mas e se eles não conseguirem achar ela Edward? A minha mãe... Eu não vou conseguir viver sem ela... – ela dizia, aos prantos. – E se aquele cara matar ela?

   - Ninguém vai matar ninguém princesa. Eles vão conseguir achar ela.

   Depois de muita demora, e muitas lágrimas da minha irmã, os policiais chegaram. Eram dois. Um alto, negro. E outro não muito maior que eu, branco.

   - Bom, no que podemos ajudar? – o mais alto perguntou.

   - Nossa mãe... Foi sequestrada. – eu disse.

   - E como foi esse sequestro?

   Eu fiquei quieta. Não consegui dizer nada. Pra falar a verdade, eu não estava entendendo nada. Até agora, a única coisa que consegui compreender, é que podem matar minha mãe.

   - Eu explico. – disse Alice, tentando parar de chorar. Ela explicou tudo, desde o que aconteceu no dia anterior, até quando cheguei depois de ter ido procurar emprego. Mostrou a carta, que não tinha endereço nem nada, e narrou o que ela ouviu nas três ligações. – Vocês vão achar minha mãe, não vão?

   - Claro que eles vão Alice. Não é mesmo? – Edward disse, olhando para os policiais. “Digam que vão achá-la” Ele parecia dizer.

   - Ahn... Olha aqui mocinha. – um dos homens se abaixou, até ficar da altura da minha irmã, que estava sentada. – Nós somos policiais, não milagrosos. Mas vamos fazer de tudo pra te devolver sua mãe. Pode ter certeza. – minha irmã o abraçou. Um gesto inesperado, mas ele retribuiu. – Bom... – ele se soltou da minha irmã e se levantou. – Vamos tentar localizar esse homem o mais rápido possível. E você, queridinha, - ele olhou pra minha irmã. – Sua descrição do homem e tudo o que você falou, nos ajudou muito. E pare de chorar um pouco, ok? Vamos encontrar sua mãe. – isso a fez dar um riso tímido, e secar suas lágrimas. – Precisamos ir. Qualquer coisa, ligue para a central da polícia, e peça nossos nomes. – ele me entregou um papel, com o nome dele, e do outro homem.

   - Ahn, obrigada... Matt... E... Joseph. – eu disse, olhando o cartão que Matt havia me dado. Tinha as fotos dos dois, os nomes, e o número da polícia.

   - Sem problemas. Com licença. – Matt disse, e os dois saíram.

   Eu não tinha ouvido Alice descrever o homem para os policiais. Não ouvi quase nada do que ela disse a eles. Estava distraída demais, pensando em como eu fui burra. Como fui burra em deixar minha irmã sozinha.

   Um cara entra na nossa casa, rouba o colar da minha mãe, e no outro dia, eu saio de casa, deixo minha irmã de sete anos sozinha, como se nada tivesse acontecido. Muito bem Rose! Você é muito responsável! Uma ótima irmã mais velha!

   Fui pro meu quarto, sem dizer nada a ninguém. Entrei no meu banheiro, me tranquei, acabei caindo no chão, e lá mesmo comecei a chorar. Chorar não iria adiantar, eu sei. Mas o que eu podia fazer? Sair pelas ruas procurando o cara que está com a minha mãe, às nove horas da noite? Não era muito tarde, mas já estava escuro, e ele devia ter pego minha mãe muito mais cedo, quando ela foi “supostamente” ao mercado. Eu não tinha aonde ir para procurá-la.

   - Rose? Está tudo bem? – Edward bateu na porta.

   - O que você acha? – gritei, ainda chorando.

   - Eu não sei. Olha, aqueles policiais disseram que vão encontrar sua mãe. Fica tranquila.

   - Você acha que devo ficar tranquila com a minha mãe estando sumida, provavelmente morta?! Acha mesmo Edward?

   - M-me desculpe Rose. Eu só não quero te ver assim. É difícil pra mim.

   - É difícil pra você? Ah sim, claro. É muito difícil me ver chorando, não é? Um garoto, que me deixa sozinha em uma festa, e depois fala que simplesmente “me esqueceu” lá. E ainda fala que não gosta de me ver assim. Acha isso normal Edward?

   - Você ainda não me deu chances de explicar.

   - Então explique agora!

   - Eu... Eu tinha feito uma surpresa pra você. Na minha casa. Só que quando fui até aquela festa, fiquei te procurando, mas não te achei. Eu tinha planejado isso por uma semana, e depois... Tudo deu errado. Me desculpe.

   - Isso, muito bem! Continue mentindo!

   - Rose! Acredite em mim!

   - Não! Vai embora!

   - Rose...

   - Edward! Vai embora!

   - Não posso deixar você e sua irmã aqui sozinhas.

   - Vai... Embora!

   Eu sabia que ele não tinha ido a lugar algum. Sabia que ele não tinha saído do meu quarto. Sabia que ele estava na minha cama. Sabia que a respiração dele estava mais acelerada. Sabia que ele também estava chorando. Mas não ousei sair do banheiro. Continuei chorando. Até não haver mais água no meu corpo para isso.

   Eu devia ter ficado uma hora lá, só chorando. Até descobrir que não estava ajudando ninguém fazendo isso. Ao contrário, estava só piorando as coisas.

   Edward queria fazer uma surpresa pra mim. E é assim que eu agradeço. Certo, ele demorou, mas era uma surpresa. E bem planejada, pelo jeito.

   Eu estava desperdiçando a chance de ter um amigo. Um bom amigo.

   Destranquei a porta, e a abri com cuidado, para não fazer barulho. Como havia percebido, ele estava na minha cama. Sentado. Com os cotovelos nos joelhos, e as mãos tampando o rosto. Ele estava soluçando, e suas mãos estavam um pouco molhadas. Acertei novamente, ele também estava chorando. Mas eu não entendia o porque. Depois do que eu fiz com ele... Ele não deveria estar se preocupando comigo.

   - Ahn, Edward? – cheguei perto dele e sentei ao seu lado. Ele me viu, e logo foi tentando se explicar.

   - Rose, me desculpe, eu juro que...

   - Você não precisa dizer nada. Eu... Eu que tenho que me desculpar. Você foi o único que não me rejeitou até agora. Foi o único que quis fazer amizade comigo. E... Eu fui assim. Totalmente injusta com você. Eu não sei mais o que é amizade há anos. – comecei a chorar de novo. – Não sei o que é ter alguém que me entenda, sem ser a minha irmã. Ela não me entende muito também, não entende o quanto eu sinto a falta do meu pai. Ela não o conheceu e... – enfiei a cara em minhas mãos e coloquei meus cotovelos nos joelhos. Comecei a chorar mais ainda. – Eu sempre quis saber como é ter alguém que me faça rir, ou me ajude nos momentos difíceis... – minha voz saía abafada. – E então eu simplesmente rejeito sua amizade. Eu... Eu sou uma péssima pessoa Edward! Você não merece me ter como amiga! Me desculpe! – eu já estava aos prantos.

   - Não diga isso, Rose. Olhe aqui. – ele tirou minhas mãos de meu rosto, me fazendo olhar para seus olhos. Cinzas. Sinceros. – Nunca mais diga que é uma péssima pessoa.

   - Mas eu sou! Tudo isso que aconteceu até agora é culpa minha! Se eu tivesse ligado pra polícia antes, isso talvez não tivesse acontecido. Minha mãe nunca iria ao mercado, tendo tudo o que precisamos em casa. Se eu tivesse deixado minha irmã sozinha...

   - Pare com isso! A culpa não é sua! Sua mãe conhecia aquele cara, provavelmente antes de você nascer. Ele já devia estar atrás dela há anos. Você não tinha como fazer nada. E com certeza eles vão achar ela. Nunca mais diga essas coisas horríveis sobre você! Entendeu? – assenti com a cabeça e ele me abraçou. Eu finalmente senti o que todos diziam. Me senti segura, e amada por alguém. Alguém que não seja minha mãe ou minha irmã.

   - Você... tem que ir embora. Não tem? – perguntei.

   - Vou ficar essa noite, e quantas precisarem, com você e com a sua irmã. Não vou deixar vocês sozinhas.

   - Mas... você tem que avisar sua mãe.

   - Já mandei uma mensagem a ela. Fica tranquila Rose. Já está tudo resolvido.

   Ele falava com uma calma... A mesma calma do meu pai.

   Deixei Edward dormir no meu quarto, e dormi com Alice no quarto da nossa mãe.

   - Rose! Rose! – Alice me acordava no meio da noite, novamente.

   - O que foi de novo Alice?

   - Eu achei! Eu achei!

   - Achou o que? – não tive o trabalho de abrir os olhos até agora.

   - A foto que eu tinha te falado! – isso me fez abrir os olhos, e levantar da cama. – Olha! – ela deu a foto na minha mão. Era mesmo o meu pai. A foto estava com uma qualidade muito boa. Ele estava meio estranho nessa foto. Estava, provavelmente, deitado numa cama. Sem roupas. Ou pelo menos sem camisa. Os olhos estavam abertos, estranhamente muito abertos. Olhando para o nada. E o rosto sério. Parecia até... Morto.

   - Alice... onde você achou essa foto?

   - Aqui em casa! Perto da porta tem tipo de uma abertura no chão. Aí quando eu achei, essa abertura estava mal fechada. Então eu percebi, e peguei.

   Olhei a data da foto. Duas semanas atrás.

   - Alice... quando você achou isso? – perguntei, desconfiada.

   - Duas semanas atrás. Por que?


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Notas finais do capítulo

Pois é. Me desculpem por tê-los desapontado.
Mas vou procurar melhorar.
Mudei a capa. O que acharam? Gostaram?
Me deixem reviews sobre o assunto da capa, por favor. E também sobre a história.
Obrigado a todos que acompanham essa história.
:)



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