Life Is Not Easy escrita por MrsFancyCar


Capítulo 3
"Ele pegou a mamãe"


Notas iniciais do capítulo

Heey pessoas! o/

Pelo amor de Deus, me desculpem por ter demorado tanto para postar esse capítulo.

Eu fiquei esses dias sem internet.

Enfim, espero que gostem.

:)



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– Mãe? Posso entrar? – bati na porta.

– Ah, sim filha. Pode sim.

– Então mãe, eu ainda... Você estava chorando?

– Não. Claro que não. – ela respondeu, enxugando as lágrimas. Mentindo.

– Estava sim! Mãe, a gente tem que chamar a polícia!

– Não temos não!

– Você está parecendo uma criança! E sim, temos sim. Você foi roubada! Acha que isso é normal?! – isso fez ela ficar quieta.

Ela abriu a boca, ameaçando falar alguma coisa. Mas percebeu que seria bobagem, então se calou por um longo minuto.

– Você não entende Rose! – ela disse, aos prantos.

– Então me explique! – retruquei.

– Aquele cara... Eu conhecia...

– Mãe? – Alice apareceu na porta, cortando as palavras da minha mãe.

– Agora não Alice! – gritei. – Ela está conversando comigo!

– Deixa ela Rose. – minha mãe entrou na conversa. – Vem aqui Alice. – ela fez um gesto para que Alice sentasse ao lado dela, tentando parar de chorar. – O que você quer meu anjo?

– Você está bem mãe?

– Estou, claro que estou.

– Pééin, resposta errada! – me intrometi.

– Estou bem sim, Rose! – ela olhou pra mim, brava. – Mas acho que não era isso que você queria perguntar Alice.

– É sim. Ouvi você chorar lá do meu quarto. E ouvi Rose gritando também. O que está acontecendo?

– Ahn, você deveria estar dormindo Alice. – tentei mudar de assunto.

– Mas a mamãe está chorando Rose!

– A gente já está resolvendo isso.

– Não! Eu quero saber o que aconteceu!

– Filha, lembra do colar que o papai me deu? – minha mãe perguntou.

– Na verdade não... Eu era recém-nascida quando ele falec...

– Mas lembra que eu te contei. Então, aquele homem o roubou de mim. Aquele colar era muito importante pra mamãe. Era a única coisa que eu tinha pra me lembrar do seu pai. E é por isso que eu estava chorando. Entendeu?

– Na verdade não... Eu acho que...

– Entendeu sim Alice! Agora vai pra cama! – interrompi.

– Tá. Desculpa. – ela fez uma careta pra mim e saiu do quarto.

– Acho que você também deveria ir dormir Rose. Amanhã a gente resolve isso.

– Haha! Vai pra cama também! Haha! – Alice gritou, provavelmente do nosso quarto.

– Alice! Dorme! – gritei. – É, amanhã a gente vê isso. E tenta chorar baixo, se não a Alice não vai parar de me irritar. – dei um beijo na bochecha da minha mãe e fui pro meu quarto.




– Rose! Rose, acorda! – Alice estava me chacoalhando.




– Agora não Alice. – eu disse, com a cara enfiada no travesseiro.

– Você está escutando isso?

– Isso o que?




– A mamãe está chorando. – pronto... vai começar.




– Alice, - sentei na cama e a puxei pra ficar do meu lado. – A mamãe está chorando por causa do colar. Já te explicamos isso.

– Mas eu não entendo. Ela disse que era a única coisa que ela tinha do papai. Mas eu me lembro de ter visto outra foto dele.

– Era a foto que estava dentro do colar. Tinha uma dela, e uma do papai.

– Não. Não era a do colar. Eu tenho certeza. A do colar não dava pra ver direito o rosto dele. E a foto que eu vi, dava. Eu lembro que ele era loiro, olhos azuis, iguais aos nossos. Era alto. E bonito.

– Devia ser quando a gente morava no Brasil, Alice. Quando você tinha uns quatro anos. Quando a gente ainda morava na casa que o papai alugou pra gente.

– Não. Foi esse ano. Quando a gente morava aqui em Londres mesmo.

– Mas ela só tinha o colar de lembrança.

– Não. Eu juro que vi a foto!

– Tudo bem Alice. Agora vamos dormir.

– Mas é verdade Rose! Acredite em mim!

– Eu acredito. Agora dorme. Vem, deita aqui. – eu fiz com que ela se deitasse ao meu lado. – Faz tempo que você não pede pra dormir junto comigo porque está com medo de monstros, ou de trovões, ou qualquer outra coisa. Eu já estava ficando com saudades disso sabia?

– Eu disse que já sou bem grandinha!

– Ah sim, claro. Muito grande. – ironizei. – E pra isso, você já é madura demais também? – eu disse fazendo cócegas nela.

– Não! Pára Rose! – ela dizia, revezando entre rir e falar.

– Você tem que aguentar. Todas as pessoas maduras aguentam isso.

– Eu não sou madura! Admito! – ela ria muito.

– E você é o que mesmo, hein Alice? – provoquei, e não parei de fazer cócegas nela.

– Sou uma criança! Uma criancinha! Sua irmã caçula! Um bebê! Agora pára! – parei.

– Ainda bem que sabe. Agora dorme.

Ela virou pro outro lado, e fiquei fazendo carinho em seus cabelos cacheados loiros. Acabei adormecendo também.




Quando despertei, Alice ainda estava dormindo, ao meu lado, e minha mão ainda estava nela. Me levantei com cuidado para não acordá-la.









A porta do quarto da minha mãe estava fechada. Achei estranho, pois ela sempre a deixava aberta. Devia ser para ninguém ouvir o choro dela.











Desci até a cozinha, e preparei meu café.








– Mãe! Mãe! – Alice gritava, descendo as escadas.






– Alice! Pára de gritar! Vai acordar a mamãe! – falei.




– Mas ela não está dormindo.

– Claro que está! Onde mais ela estaria?

– Achei que ela estivesse aqui com você. Eu fui até o quarto dela, e ela não estava lá.

– Primeiro, o que você queria no quarto dela?

– Eu só queria saber se ela estava bem.

– E ela não estava lá?

– Não.

– Aqui ela não está também.

– E onde ela está?

– Não sei. Deve ter ido em algum lugar. – olhei em volta e vi um bilhete na geladeira.



Fui ao mercado,

volto logo.

Amor,

Mamãe.








– Viu? Ela foi ao mercado.






– É.

Me levantei da mesa, subi e me arrumei. Precisava ir procurar um emprego.

Procurei uma roupa que talvez fosse a melhor. Mas não achei. Eu só tinha blusas, camisetas, shorts, calças...


Acabei tendo que colocar uma blusa de moletom e uma calça jeans. Eu não tinha uma roupa que não fosse essa. E talvez eu não encontrasse uma oportunidade logo no primeiro dia.


– Tchau Alice.

– Tchau Rose. – dei um beijo em sua testa.




Sim, você acertou. Não encontrei nada. Nada além de nada.




E ainda pra piorar, quando cheguei em casa, minha irmã estava chorando.







– Alice? O que foi?







– Ainda bem que você chegou! – ela correu para me abraçar. Me apertando contra seu pequeno corpo.

– O que aconteceu?




– Aquele homem... de novo... Rose!

– Olha aqui Alice. Me explica direito.

– O mesmo homem. Ele ligou aqui em casa. Três vezes. E ainda mandou uma carta. – ela revezava entre falar e soluçar.

– E o que ele disse nas ligações e na carta?

– Que tinha pego a mamãe.


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Notas finais do capítulo

Muahahaha sou má!

Confesso que estou muito feliz com as reviews que vocês deixam. Eu me sinto... Sei lá... Importante. Mesmo não sendo. Obrigado!

E espero receber comentários dizendo o que está bom e o que devo melhorar.


:)



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