A Garota Perfeita escrita por kanny


Capítulo 21
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Surpresa!! Resolvi postar um capítulo hoje, estou precisando ficar feliz hoje. Então não esqueçam de deixar seus comentários e quem sabe recomendações? Ficaria imensamente feliz. Se quiserem eu posto um capítulo por cada recomendação, e aí?#chantagemkkkkkk Beijos.



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Capítulo 20 

POV Edward

No depoimento contei tudo o que havia se passado entre Tânia e eu. Tudo o que eu pude me lembrar eu fiz questão de dizer. Mas acabei descobrindo que eu não sabia nada sobre ela. Todo esse tempo eu vivi uma peça de teatro. Onde a vilã engana o mocinho e faz a mocinha sofrer. Acaba com a vida de quem se colocar em seu caminho, e não se arrepende do que fez. Mas como em toda peça de teatro os mocinhos sempre se dão bem no final. Já o vilão acaba preso ou morto. Mas isso é vida real. Não é um conto da carochinha que termina com um “E todos viveram felizes para sempre.” Feliz para sempre não existe. As pessoas não são felizes vinte quatro horas por dia, trezentos e sessenta e cinco dias por ano. Não! Elas sofrem, riem, choram, amam, odeiam, milhões de outras coisas poderão vir a acontecer. “Um feliz enquanto der” se encaixa melhor com a realidade. Uma pessoa tem que buscar sua felicidade seja lá onde ela estiver.

Eu cometi um grave erro pensando que minha felicidade pudesse estar em Tânia. Acreditei nas palavras e caricias dela. Ela fazia parecer que eu havia encontrado meu lugar. Mas não. Apesar de sentir isso, eu não sentia amor. Sentia desejo, orgulho, nem sei explicar direito. Mas não era amor. Amor é quando você passa todos os minutos do seu dia pensando naquela pessoa. Que o primeiro e ultimo pensamentos que você tem no dia são para ela. Quando você sua frio, tem borboletas no estomago, sente que o mundo parou apenas para você poder aproveitar mais um minutinho com essa pessoa. Amor é aquele sentimento livre de egoísmos. Onde mesmo que você não possa ficar com quem ama, deseja que ela seja feliz. Basicamente é isso, é você ver na felicidade do outro a sua própria felicidade.

_ Você precisava mesmo ter vindo com essa saia? - Eu discretamente, ou quase, perguntei a Bella enquanto esperávamos meu pai trazer o carro.

_ Precisar não precisava, mas vim do mesmo jeito. Por quê? – Ela disse também discretamente. Minha mãe e Alice estavam conversando alguma coisa alguns passos na nossa frente.

_ Você ainda pergunta por quê? Aqueles caras lá dentro, os Winchesters, só faltavam babar nas suas pernas. – eu disse um tom mais elevado.

_ Sério? Eu nem percebi. – Ela disse cinicamente. _ Mas eu não vejo em que isso possa lhe interessar.

_ Bella... Por que você ainda está me tratando assim? Eu estou arrependido. Já te pedi desculpas, poxa. – eu disse levemente magoado pelo rancor que ela ainda guarda de mim.

_ Desde que desculpas foi inventada gente safada deixou de apanhar na cara. – ela disse por cima dos ombros indo para perto de Alice. Nesse momento meu pai apareceu com o carro e nós entramos.

Quando saímos do QG do FBI era por volta das nove da noite. Estávamos todos com fome e cansados. Fomos então para um restaurante há algumas quadras dali. O clima estava um pouco abafado, e tinha muita gente no meio da rua. Jantamos rapidamente e para sobremesa pedimos algo gelado para amenizar o calor. Depois de devidamente alimentados fizemos viagem de volta para casa. A viagem foi silenciosa. Ao som de uma música clássica tocando baixinho. Minha mãe dormia no banco da frente. Alice já havia despencado por cima de Bella que estava dormindo com a cabeça apoiada no encosto de cabeça do banco e com o rosto virado para mim. Ela estava tão linda, os olhos fechados, os cabelos distraidamente caídos na frente do rosto. Uma expressão serena e cansada. Não sei quanto tempo fiquei velando o sono dela, mas só quando me dei conta que já havíamos chegado em casa, foi que tive noção de onde estava.

Enquanto entravamos na garagem acordei delicadamente Bella, colocando uma mecha de seu cabelo atrás da orelha e afagando sua bochecha. Ela abriu os olhos devagar, ficou me encarando por alguns segundo e de repente se afastou. Ela olhou pela janela e viu que já havíamos chegado. Acordei Alice, mas ela estava muito sonolenta ainda, então resolvi carregá-la lá pra cima.

_ Bella me ajuda aqui? - Ela viu o que eu ia fazer e enquanto eu abria a porta do meu lado, ela desafivelou o cinto de Alice. Eu a peguei no colo, e a tirei de dentro do carro.

Meu pai trancou o carro ligando o Alarme. Minha mãe já havia subido, não antes de dar um beijo em Bella. Despedi-me dela com um aceno de cabeça e entrei em casa com uma Alice pendurada em meu pescoço.

No outro dia ...

Fui para a escola à contra gosto. Hoje é dia treze de setembro, aniversário de dezoito anos de Bella. Ao sair da escola fui até o shopping de Port Angeles escolher algo para dar de presente a ela. Pensei em dar uma jóia, mas Bella não é muito adepta a isso. Pensei então em uma coisa que ela ama, música. Fui até uma loja que vende instrumentos musicais, e logo que passei na frente da vitrine já sabia o que levaria. Uma guitarra branca, com alguns desenhos em preto. Era linda e me lembrou muito Bella. Seria essa mesmo. Entrei na loja e comprei. Mandei que embrulhassem para presente e eles capricharam na embalagem. Embrulharam-na em um papel de seda Preto com um laço prata super bonito. Voltei para Forks e não vi ninguém em casa. Subi rapidamente com a guitarra para meu quarto. À noite eu entregaria. Enquanto estava no meu quarto ouvindo Fairy Tale pela milésima vez escuto gritos. Abaixei o volume e pude escutar Alice gritando.

_ Edward!! Me ajuda!!! Por favor!!! – Ela gritava do andar de baixo. Corri o mais rápido que pude já a imaginando caída aos pés da escada, ou a casa pegando fogo, sei lá.

_ ALICE? O QUE FOI? – Eu perguntei chegando mais perto e a segurando pelos braços.

_ Nada demais. Eu só preciso da sua ajuda. – ela disse com a cara lavada.

_ Eu pensei que a casa estava pegando fogo. Pra que tanto escândalo e por que não chama outro pra te ajudar? – eu disse irritado já dando meia volta para voltar para o meu quarto.

_ Nossa que drama. Ei! Eu preciso que você me ajude com uma coisa. E eu não ia pedir para você, mas é que o Jasper sumiu e o Emmett não está aqui, então vai você mesmo. E além do mais você está me devendo à vida, então cala a boca e vem me ajudar. – Grossa! Ela estava com aquele olhar matador.

_ AFF! Vai passar na cara pro resto da vida é?

_ Vou. E mexa logo esse traseiro que eu não tenho o dia todo. – ela saiu andando em direção à casa de Bella.

_ Por que vamos pra casa de Bella?

_ Por que sim. Hoje é aniversário dela, e enquanto ela saiu pra comemorar com o namorado eu estou organizando uma festa surpresa.

_ AHH! Ela ainda namora aquele lá? – eu disse com desdém.

­_ Namora. Por quê? Deu-se conta do que perdeu foi? – ela riu diabolicamente.

_ Cala a boca. Então o que eu tenho que fazer? – Nós já estávamos no que um dia já foi à sala de estar da casa. Não tinha quase nada. Apenas um sofá e um monte de caixas e tubos.

_ Tá vendo aqueles tubos e caixas? – ela perguntou apontando para as coisas no chão. _ Então, em cada parede que um desses tubos estão encostados você vai pendurar os banners com as fotos de Bella que tem dentro. E essas caixas estão o globo que você vai por no teto e outras peças de decoração, mas isso eu vejo daqui a pouco. Vai fazendo isso aí que eu ainda tenho um monte de coisas para fazer.

Alice saiu sem nem esperar pela resposta. Ela já estava com dois celulares nas mãos e mais um na orelha. Eu a olhei confuso, mas tratei de adiantar logo com isso. Peguei o globo e o encaixei no teto da sala, o testei e fui para os banners. Abri o primeiro tubo e lá estava uma foto ampliada de Bella de um jeito que eu nunca vi. Ela estava absurdamente e absolutamente linda. Deslumbrante! Ela vestia um colant preto sem alças, uma cartola com listras, sandálias de salto e uma coleira prateada. Eu nunca tinha visto mulher mais linda na vida.

_ Vai querer um babador? – Uma voz distante perguntou. Mas não foi o suficiente para que eu sequer desviasse o olhar do paraíso. _ EDWARD!!

_ Eu..ela..e..— Cara meu vocabulário foi pelo ralo.

_ Dá pra parar de babar a foto da Bella e agir? O tempo tá passando meu querido.

_ Alice... Bella..Nossa!

_ Ai meu Deus! Você se apaixonou! – Alice gritou pulando em mim.

_ Eu? .. Nã.. Talvez..nã.. Eu não sei. Não, claro que não. – Será? Mas... Não é possível. Eu apaixonado?

_ Você se apaixonou pela Bella. Mas agora ela tem namorado Edward. Sem contar que está ainda muito magoada com você. – Alice veio me puxar para a realidade. _ Agora anda logo com isso que eu tenho pressa. Vai! Vai!

Alice me empurrou e eu comecei a colocar os outros banners com diferentes fotos de Bella. Ela e Alice, ela sozinha, toda a nossa turma, e nossa família. Terminei de colocar os banners e nem esperei Alice vir falar, ou pedir mais alguma coisa para mim. Saí da casa de Bella e fui me trancar em meu quarto. Mas antes voltei às escondidas para deixar meu presente para Bella em seu quarto. Aí sim fui para o meu quarto. Chegando lá a confusão começa... Será possível? Depois de todos esses anos de convivência, será que me apaixonei por Bella? Não pode ser possível. É claro que não. Eu apenas... Apenas... Eh... Deixa pra lá.

Coloquei um cd para tocar baixinho e me deitei em minha cama. Não sei como, mas acabei dormindo. Acordei apenas com um leve afago em meus cabelos. Abri meus olhos lentamente e vi Bella em pé próximo aos pés da minha cama.

_ Bella? – eu falei meio grogue e com a visão ainda um pouco embaçada.

_ Eh..oi. – ela estava linda... Maravilhosa em um vestido longo vermelho e com um decote enorme. Nem consegui disfarçar direito ter olhado para seu decote. O topo de seus seios aparecendo, pareciam dois pêssegos maduros, uma vontade louca de abocanhá-los me tomou de assalto. Seus cabelos estavam presos por uma trança muito bonita e alguns fios soltos davam um ar bagunçado, mas que a deixava ainda mais bonita. Seus lábios tinham um batom vermelho, eu nunca havia visto Bella daquela forma, mas ela estava gostosa de mais, linda de mais, perfeita de mais. _Eu vim apenas trazer um pedaço do bolo já que você não foi a festa.

_ Eh.. Ahh... Obrigado. – eu disse incerto. _ Parabéns pelo seu aniversário. Eh.. eu .. posso?

_ Ãnh? Ah, claro. – Ela parecia um pouco constrangida, mas não se recusou a me abraçar. Seu cheiro de morangos, seus seios parcialmente descobertos encostando em meu peito estavam me fazendo perder os sentidos.  

Algo muito... Digamos... Peculiar, ocorreu. Minhas pernas tremiam, meu coração acelerou, uma corrente elétrica atravessou o meu corpo me fazendo arrepias por inteiro. O cheiro dela, o calor de seu corpo, a pele suave exposta pelo vestido, tudo nela parecia diferente. Ela não era mais a Belinha minha quase prima que eu conheço da vida toda e que ajudou a salvar a minha vida. Não. Essa era Isabella, uma mulher linda, firme, segura de si, e que nesse momento estava fazendo meu coração disparar dentro do peito.

_ Eh.. Eu preciso voltar para a minha festa. – ela disse assim que se afastou de nosso rápido abraço.

_ Certo. – eu disse me afastando meio sem jeito. – Você viu o presente que deixei para você?

_ Não.

_ Está no seu closet. Espero que goste. – eu disse me sentando em minha cama.

_ Obrigada. Eh.. Aqui está o prato – ela apontou para um prato branco com bolo, chocolates, canapés, e outras coisas. _ Tchau.

_ Tchau. – A porta fechou-se e eu me vi novamente sozinho em meu quarto.

Estava escuro, olhei no relógio e já passava das onze da noite. Mas eu não tinha sono. Podia ouvir o barulho de música ao longe e as luzes do lado de fora da casa de Bella estavam acesas. Resolvi ir tomar um banho. Depois comi algumas coisas que estavam no prato que Bella me trouxe. Estava tudo muito gostoso. Alice é fera quando o negócio é dar uma festa. Mesmo não sendo muito bem vindo, eu fui até a casa de Bella, apenas para conferir como estava tudo. Claro, sem ninguém me ver. Parei próximo a janela da sala de estar e de lá pude ver algumas pessoas. A maioria conhecida. Jasper, Renata e John Hale, que, aliás, pediram desculpas a Bella por tudo. Ângela Weber e Ben Cheney, e os pais de ambos. Os Clearwater, alguns amigos do meu pai e dia tia Renée do hospital em que trabalham, minha família, o Alec, sua mãe e suas duas irmãs, Jane e Helena. Bella e Alec dançavam juntos no centro da sala abraçadinhos, Alice e Jasper e outros casais também dançavam de acordo com a música lenta que tocava.

Imaginei-me no lugar do Alec. Tendo Bella com os braços entorno do meu pescoço, olhando nos meus olhos e a poucos centímetros da minha boca... Edward! Ela sempre foi sua amiga, você a fez sofrer, a magoou, humilhou, esnobou e um monte de mais –OU, que direito você tem de imaginar algo desse tipo? Com esses pensamentos voltei para o aconchego do meu quarto, e depois de um tempo acabei dormindo novamente. Mas com apenas uma coisa na cabeça.... Bella.


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Notas finais do capítulo

Nos vemos sexta-feira!



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