Capítulo 10 – NY

Cheguei à Nova York já de tarde. Peguei um táxi em frente ao aeroporto e me dirigi para o hotel Excelsior no qual eu ficaria hospedada. O hotel era bonito e tal, mas eu estava cansada de mais para ver os detalhes. Fui até a recepção e me dirigiram para o quarto em que eu ficaria durante essas férias. O Hotel era muito luxuoso e ficava próximo ao Central Park. A primeira coisa que fiz quando consegui ficar sozinha no quarto foi deitar e dormir. Para só assim pensar no que irei fazer.

TRIM. TRIM... TRIM... (ignorem os efeitos sonoros)

_ Aff!! – a porcaria do telefone me acordou. _ Alô?

_ Desculpe senhorita Swan, mas tem uma garota aqui que diz ser sua amiga e deseja falar com a senhorita. – a recepcionista falou.

_ Como é o nome dela? – eu perguntei ainda meio grogue.

_ Alice Cullen. – essa não. Alice.

_ Peça para ela subir, por favor.

_ Claro. – ela desligou e alguns minutos depois Alice bateu em minha porta.

_ Eu juro que não acredito que você está aqui Alice. – eu falei num tom de reprovação .

_ E você acha mesmo que eu ira deixar minha amiga sozinha numa hora dessas. – a baixinha disse já entrando no quarto com tudo. Um funcionário do hotel trazia sua mala. Alice deu-lhe uma gorjeta e ele foi embora. _ Precisamos providenciar um quarto duplo imediatamente.

_ Como assim? - eu perguntei confusa.

_ Como assim o quê? Você quer que eu durma no chão? - ela disse sorrindo. _ Eu vim para ficar com você. E só saio daqui quando você for embora. E tenho dito. – ela disse e caiu com tudo na minha cama.

_ E te deixaram vir assim tão fácil?

_ Claro que sim. Principalmente depois de eu ter dado um tapa na Tânia, e jogado um vaso e um enfeite de vidro na cabeça do Edward. – Alice começou a rir com a lembrança.

_ Você fez o quê?

_ Calma! Eu não acertei o Edward, infelizmente. Mas deixei meus cinco dedos marcados na cara daquela vagabunda. – ela disse olhando para as mãos delicadas.

_ Você é louca. É por isso que eu te amo! – eu disse pulando em cima dela. _ Obrigada amiga. E feliz aniversário.

_ Ai amiga!!! Obrigada. Mas eu ainda estou brava por você ter vindo sem me falar nada. Isso não se faz.

_ Me desculpe. Mas eu não estava mais aguentando aquilo lá.

_ Eu sei Belinha. – ela disse tristemente. _ Mas anda vamos descer para resolver o problema do quarto.

Descemos até a recepção do hotel e foi fácil trocar o meu quarto por um quarto duplo. Depois de estarmos devidamente instaladas no novo quarto, Alice me contou o que aconteceu depois que eu saí. Morri de rir quando ela me contou os detalhes, principalmente a tapa que deu na Tânia. Mas bem que ela podia ter acertado o vaso ou o enfeite na cabeça dela também né.

Ficamos conversando durante o restinho da tarde, depois fomos jantar no restaurante do hotel. Acho que vai ser bom ter Alice por perto.

_ Alice, espera um pouquinho que eu vou ao banheiro tá. – eu falei me levantando da mesa em que jantávamos.

_ Vai lá. – ela disse.

E eu fui em uma direção totalmente diferente. Entrei na cozinha do restaurante e conversei com o chefe. Disse-lhe que hoje é aniversário de uma pessoa muito importante e pedi que separa-se um bolo rosa, dedicado a Alice. O chefe foi muito gentil e concordou com meu pedido. Na hora que fossem nos servir a sobremesa iria aparecer com a surpresa. Eu lhe agradeci e voltei para a mesa.

Alice comia despreocupadamente. Depois de comermos foi à hora de pedir a sobremesa. Eu fiz sinal para um garçom que já estava ciente de tudo. E logo veio o chefe, e um garçom empurrando um carrinho com um bolo lindo cor de rosa com um laço também rosa só que bem clarinho enfeitando o bolo como se fosse um presente. Todas as pessoas que estavam jantando pararam para olhar. Mas como Alice estava de costas não percebeu de imediato. Só quando começaram a cantar o parabéns foi que ela olhou para trás vendo minha surpresa.

_ Eu não acredito! – ela disse levantando-se com um sorriso enorme no rosto.

_ Você perdeu sua festa, então... - eu falei sorrindo. Alice pulou no meu pescoço enquanto as pessoas ainda cantavam. _ Vamos, corte seu bolo.

_ E o primeiro pedaço vai para minha melhor amiga da vida toda, Bella! – Alice falou ao cortar o primeiro pedaço do seu bolo cor de rosa. _ Obrigada amiga.

_ Eu que te agradeço.

_ O segundo pedaço lógico que é meu! – ela disse rindo. _ E o resto é para todos vocês!

Todos aplaudiram e se deliciaram com o bolo de Alice. Ficamos um tempo mais no restaurante, depois subimos para o nosso quarto. Ficamos assistindo TV e conversando um pouco, e então fomos dormir.

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No dia seguinte...

Eu estava dormindo tão bem. Estava sonhando que estava andando de lancha em um rio, ou talvez no mar, nem sei. Mas eu estava feliz, imitava até aquela cena do Titanic. Mas estava com uma sensação chata de estar sendo observada. Acabei acordando e quando abri meus olhos...

_ AHHHHH!!! – eu gritei e como estava na ponta da cama acabei caindo no chão. Alice estava me encarando enquanto eu dormia. _ O que é que você tá fazendo?

_ Te olhando dormir, você dorme com a boca um pouco aberta sabia? Mas até que fim você acordou. Vamos sair!!! – ela falou dando pulinhos pelo quarto.

_ Por quê? – perguntei ainda meio grogue subindo na cama e me aconchegando nos lençóis.

_ Por que não conhecemos NY e eu quero conhecer cada cantinho antes de voltarmos pra casa.

_ Mas Alice ainda vamos ficar pelo menos um mês e meio aqui. Me deixa dormir! – eu disse manhosa.

_ Não! Anda levanta daí agora! – ela arrancou meus lençóis e começou a puxar minhas pernas.

_ Ok! Você venceu. – eu disse me rendendo e indo para o banheiro fazer minha higiene matinal.

_ Eu sempre venço! – ela falou rindo.

Mesmo não querendo sair, tomei um banho, e sequei meus cabelos ainda no banheiro. Sai vestida apenas por um roupão do hotel e fui procurar uma roupa, qual foi minha surpresa ao ver todas as minhas roupas espalhadas no chão do quarto e Alice escavacando minha mala.

_ O que é que você tá fazendo duende do mal? – eu falei ainda chocada com a cena.

_ Sabia que você falando assim magoa meu coraçãozinho? – ela disse fazendo bico, mas depois rindo. _ O que mais seria? Procurando uma roupa descente para você vestir. – ela disse sem nem ao menos olhar pra mim. _Sério! Você precisa de roupas novas urgentes. Eu juro que ainda vou colocar fogo nas suas!

_ Você não vai tocar fogo em nada! E quem vai arrumar essa bagunça é você!

_ Aha! Achei uma coisa decente. Menina eu já estava perdendo as esperanças.

_ Você me ouviu?

_ Não. O que foi que você disse? 

_ Deixa pra lá. E cadê a roupa? – eu perguntei sentada na cama e olhando para Alice.

_ Toma. Não é a melhor mais é a menos cafona que eu achei. Bella querida você tem roupas que nem minha avó teria coragem de usar.

_ Cala boca! – eu peguei as roupas, era verdade que não era nada demais. Apenas uma camisa xadrez preta e branca, camiseta preta com detalhes azul marinho e uma calça jeans, nada demais.

Alice foi tomar banho enquanto eu me vestia. Ela escolheu uma blusa azul marinho de mangas curtinhas, e uma calça jeans preta. Maquiou-se, até tentou me torturar também, mas eu fugi a tempo. Depois que saímos do hotel fomos tomar café da manhã em uma cafeteria próxima.

Alice parecia criança em manhã de natal de tão feliz que estava. Ela dava gritinhos quando reconhecia algumas lojas e lugares famosos. Resolvemos andar pelo Central Park que ficava próximo. Alugamos duas bicicletas e saímos pedalando. O lugar era absolutamente lindo. Cheio de árvores, monumentos, um lago enorme, algumas pontes. Havia muita gente fazendo caminhadas e corridas. E outras andando de bicicleta como nós estávamos. O clima estava muito bom, nem quente, nem frio. Passamos pelo zoológico do parque e Alice quase enfartou quando viu o urso polar que havia lá. Ela quis por que quis que tirássemos fotos perto do tanque, e nas estatuas como a da Alice no país das maravilhas que fica bem perto do lago. Também passamos pelo rink de patinação que tem lá. Alice ficou um tempo de cara emburrada por que eu não quis patinar. Eu lhe prometi que outro dia viríamos. Ela não podia ver um passarinho no céu que queria fotografar.

Depois de devolvermos as bicicletas, fomos almoçar e na volta para o hotel fomos pelo Central Park, mas dessa vez caminhando.

_ Alice? – eu a chamei enquanto caminhávamos por uma das ruas do Park.

_ Oi?

_ Eu estava pensando... E não sei... Pode ser que eu me arrependa e tal, mas...

_ Fala Bella.

_ Eu quero mudar. – eu disse rapidamente.

_ Eu não entendi. Mudar de quê? – ela perguntou confusa.

_ De tudo. Mudar de atitude. – eu disse meio que incerta.

_ Fala mais que ainda não estou te entendendo Bella.

_ Eh que eu estava pensando... Eu não soube ter uma atitude em relação ao que eu sentia pelo Edward. Não tive coragem de contar, tinha medo do que ele pensaria de mim. Na escola sou motivo de zoação, todos e principalmente você falam mal das minhas roupas. Mesmo eu gostando tanto delas – eu falei lembrando todas as brincadeiras de mau gosto e as piadinhas que faziam comigo. _ Eu não quero mais ser assim. E se não for pedir muito... Queria que você me ajudasse.

_ OMG!OMG!OMG! – Alice surtou! Começou a pular e bater palmas. As pessoas que passavam por nós olhavam para ela como se ela fosse louca.

_ Alice!

_ Eu nem acredito que você enfim vai me deixar te dar melhorada! – ela parecia que tinha ganhado na loteria. _ Eu vou tocar fogo em todas as suas roupas! - *cara de medo*.

_ Nem pensar! Eu quero que você me ajude. Nada de por fogo nas minhas coisas!

_ Ok. – ela fez um biquinho, mas logo voltou a sorrir. _ Eu vou te transformar numa garota perfeita! Vamos ter que dar um jeito no seu cabelo, comprar roupas novas, temos que ir a um SPA, fazer unha, massagem, limpeza de pele, uma drenagem linfática, um banho de lama..

_ Alice respira! – eu falei balançando-a pelos braços.

_ Ahh Bella você está realizando um sonho meu. – ela disse e me abraçou.

_ Eu já estou achando que isso foi uma má ideia...

_ Nem pensar. Amanhã mesmo começamos nossa jornada fashion.

Fomos para o hotel. Ficamos no quarto até o jantar e depois voltamos para o quarto. Alice não parava de planejar como seria nosso dia amanhã. Aonde iria me levar, o que iríamos comprar, e blá blá blá. Fomos dormir tarde assistindo um filme, o preferido de Alice, Bonequinha de Luxo. Cai de sono antes da metade do filme.

_ Bella… Belinha… Acorda mulher!

_ Me deixa Alice. Eu quero dormir. – falei ainda meio grogue com uma Alice me sacudindo.

_ Vamos levanta! Deixa de preguiça que hoje vamos começar a sua transformação.

_ Que horas são?

_ Umas cinco da manhã, sei lá.

_ O que? Você quer sair às cinco da manhã? Poupe-me Alice! Não tem nada aberto há essa hora. Agora me deixa dormir.

_ Não! Você ainda tem que tomar banho, se arrumar, tomar café, daqui que nós saiamos já serão umas oito horas. Agora levanta!

_ Arrgggggg!!! – levantei morrendo de raiva. Oh boquinha essa minha. Onde é que eu tava com a cabeça quando pedi um favor desses pra Alice?

Tomei um banho bem demorado, acho até que cochilei na banheira. Coloquei a primeira roupa que achei. Uma camiseta preta do Simple Plan, uma calça jeans desbotada, e meu all star. Quando sai do banheiro que Alice me viu gemeu baixinho em reprovação. Mas eu tenho que aproveitar enquanto eu posso me vestir assim.

Tomamos café ainda no hotel e fomos para a rua. Eu tinha levado uma camisa de mangas para o caso de estar frio, e estava. Andamos um pouco. Parei em uma cafeteria e comprei um cappuccino pra mim. Alice não quis nada. Saímos andando devagar, ainda era muito cedo, mal tinha dado sete da manhã.

_ Pra onde nós vamos? – eu perguntei bebendo do meu café.

_ Estou pensando em... AHHH!!! – Alice gritou do nada me fazendo cuspir todo o meu café.

_ O que foi?

_ Já sei por onde vamos começar! – ela me apontou uma direção e quando eu olhei quase tenho um troço.

_ Não Alice. Você está de brincadeira não é? – Alice não faria isso comigo.

_ Sim. A deusa do amor de Nova York. – ela disse toda contente.

_ Você não teria coragem de fazer uma coisa dessas comigo.

_ E por que não? Por acaso você a conhece?

_ Minha querida – a segurei pelos ombros. _ Alguém que se alto intitula Afrodite a deusa do amor, não merece minha confiança.

_ Bella, Bella. Você deveria ler mais revistas. Kylie Afrodite é nada mais nada menos do que uma deusa. Ela é procuradíssima pelas estrelas de cinema. Ela também é colunista da revista Runaway. 

_ E o que é que ela faz para ser considerada uma “deusa”?

_ Ela entende tudo sobre homens, moda, e comportamento. – Alice disse com os olhinhos brilhando. _ Nós vamos até ela. E vai ser agora!

Alice pegou o celular na bolsa e ligou para o numero que aparecia no outdoor. Colocou o aparelho na orelha e começou a falar com alguém. Deveria ser a secretária dessa tal deusa. Ela sorria enquanto falava. Eu fiz questão de não prestar a mínima atenção na conversa. Eu queria mudar, mas não tanto. Quem sabe umas roupinhas, o cabelo, para mim já tava bom.

_ Vamos. – Alice disse me puxando pela mão.

_ Vamos? Pra onde criatura?

_ Para a deusa do amor! – ela disse rindo e puxando. Pegamos um táxi e ela disse o endereço ao motorista. Eu fiquei jogada no banco de trás do táxi apenas pensando... Onde foi que eu me meti? Alguns minutos depois chegamos a um prédio super luxuoso. A fachada era branca e vermelha, com as janelas em vidro fumê. Descemos do táxi e enquanto Alice pagava ao motorista fiquei observando as pessoas que entravam e saiam do edifício. As mulheres pareciam estar em um desfile de moda. Cada uma mais linda que a outra, as roupas, bolsas, sapatos e acessórios lindíssimos. Fiquei um pouco desnorteada com aquilo tudo. Alice veio para perto de mim, e me puxou para entrar no prédio. Por dentro era ainda mais suntuoso. As pessoas transpiravam glamour. Alice estava deslumbrada com cada detalhe, não era para menos, até eu fiquei.

Falamos com a recepcionista, que por sinal me olhava dos pés a cabeça com cara de reprovação. Alice falou que teríamos um horário com Kylie Afrodite. Ela nos indicou o caminho e seguimos para o elevador. Chegando ao 28º andar, caminhamos até a mesa da secretária. Novamente fui avaliada. Alice disse que tinha falado com ela agora a pouco e que tinha conseguido um horário, que havia sido desmarcado por outra pessoa. A secretária olhou alguma coisa no computador e anunciou nossa chegada para a tal deusa. Ela nos guiou até a sala da mesma e fiquei perplexa com o que vi.