KATNISS

Rapidamente, virei-me, abaixei-me e dei uma rasteira em Ethan. Sua espada caiu no chão e Peeta a pega. Abaixo-me rapidamente para perto de Ethan e pego minha adaga. Pressiono-a no pescoço dele.

- O que vocês queriam com Peeta? – perguntei, ainda pressionando a adaga em seu pescoço.

- C-Cronos queria saber s-seus planos. – gaguejou ele.

- Como Thalia preveu. – pensei alto. Afrouxei um pouco a adaga para ele poder respirar.

- Ethan, não percebe que esta do lado errado? – perguntou Travis. – Olha cara, me lembro de você no chalé de Hermes, sei que não é tão ruim assim.

- E qual é o lado certo, Travis? – perguntou ele. – Ser ignorado por nossos pais? Deuses menores serem tratados como lixo?

Travis hesitou. E Peeta respondeu no lugar dele.

- Ei, pelo o que me lembro... – começou ele. – Percy me disse que sua mãe é Nêmesis, certo? – Nakamura assentiu. – Então, ela é a deusa do equilíbrio. Os deuses menores merecem, sim mais, Ethan. Mas a destruição do mundo não é o equilíbrio.

Não sei como Peeta consegue fazer o bem para uma pessoa que fez o mal para ele. Eu nunca vou ser como Peeta.

Ethan hesitou Então parou de tentar empurrar minha adaga de seu pescoço.

 - Tudo bem. – ele disse. – Posso voltar para o acampamento?

Ergui uma sobrancelha para Travis, em dúvida se realmente devemos confiar nele. Travis assentiu.

- Tudo bem. – eu disse, tirei a adaga de seu pescoço. – Mas não pense que vamos chegar contando todo o nosso plano na guerra. Não até você me provar que é de confiança.

- Vou ser merecido de sua confiança. – ele piscou, se levantando. – Pode apostar.

- Espera, Travis. – eu disse. – Nós viemos de moto. Como vamos voltar?

- Vish, é mesmo.  – ele disse. – Tem algum carro que possamos roubar aqui perto? – ele perguntou para Ethan.

-Tem a van, mas... – ele começou, mas Travis, Peeta e eu já estávamos procurando a tal van. Ele deu de ombros e nos seguiu.

Andamos devagar pelo pequeno bosque, espiando entre as árvores de vez em quando.

- Foi assim que vocês entraram pra resgatar o Peeta? – perguntou Ethan.

- É. – respondi, dando de ombros. – Caramba, Peeta, dá pra fazer menos barulho? Tá parecendo quando estávamos na arena.

- Não dá para eu não fazer barulho com essa perna de ferro! - ele disse, revirando os olhos. Revirei os olhos e tentei o ignorar.

- Gente, a van está... – Ethan começou, mas eu o cortei com um gesto.

- Bem ali. – eu disse. Apontei para uma van preta com as iniciais C.T.T Em volta da van tinha dois lestrigões e um telquine.. – O que Hades quer dizer C.T.T?

- Cronos, Titã do Tempo. – Ethan respondeu como se fosse óbvio.

- Ah, claro. – Eu disse, sendo irônica. – Por que não pensei nisso antes?

- Sei lá. – Ethan deu de ombros mais uma vez. Revirei os olhos, irritada.

- Ok, como vamos roubar a droga da van? – perguntou Travis, que quase me esqueci que estava ali.

- Querido, o filho de Hermes aqui é você. – eu disse. – Pensa. – estalei os dedos.

- Odeio quando você estala os dedos. – disse Peeta. (n/a: Quem gosta de Fallen levanta a mão? õ/)

- Não é por que eu sou filhos de Hermes que sei roubar qualquer coisa. – ele disse. – Além do mais, tentar roubar a van assim, com três monstros, é suicídio e.... Espera, tive uma ideia.

***

- Não quero que ele vá.

- Mas ele tem que ir, Katniss. – disse Travis pela milésima vez. – É o único jeito.

Bufei e bati o pé, irritada.

- Kat, eu tenho que ir. – disse Peeta.

- Não vou deixar! – Ele me deu um selinho.

- Mas eu vou assim mesmo.

- Não vai!

- Eu vou. – ele disse, dando de ombros. – E peço para os garotos te segurarem.

- Aí eu grito. E denuncio para todos onde estamos escondidos. – fale, também dando de ombros.

- Então eu peço para eles tamparem a sua boca. – ele disse, já ficando irritado. – Katniss. Por favor.

Quase dei um soco na cara de Travis (de novo, mas não vem ao caso).

- Está bem. – eu disse. – Mas se eles te pegarem de novo eu vou matar o Travis, ok?

Ele assentiu, enquanto Travis nos olhava parecendo ofendido.

Peeta me deu um beijo. E andou para a parte lateral da casa. O plano era Peeta fazer parecer que está fugindo da casa, para atrair a atenção dos monstros para ele, para que assim, possamos roubar a van e sair com Peeta à salvo.

Posicionamos-nos atrás de uma árvore, o mais perto possível da van.

Peeta saiu correndo o máximo que pode – o quanto é possível correr com uma perna de metal? – e passou pelos monstros gritando xingamentos do tipo “Até mais, bunda de centauro!”, “Tchau, fezes de sátiro!” e, “Adios, seu Madruga!”. Ri baixo.

Atirei uma flecha no telquine e ele se desintegrou em pó. Atirei outra em um dos lestrigrões e passou perto do braço dele, e fincou na parede da casa.  Olhei para o lado esperando encontrar Travis e Ethan, mas eles estavam perto do outro lestrigão, tentado impedi-lo de pegar Peeta, que ainda corria, para se esconder.

Atirei outra flecha para o lestrigão, mas ele previu meu ataque, e pegou a flecha com sua mão, e a esmagou – isso é possível?- rapidamente. Peguei as flechas novas que meu pai me dera – as reluzentes.

Atirei umas três seguidas, rapidamente. Uma passou perto da cabeça do lestrigão e fincou em uma estátua. A outra passou perto do ombro dele e fincou na parede da casa. E a outra, fincou no pé dele.

Cheguei perto para olhar melhor. E vi que não tinha pegado no pé. E sim, entre os dedos. Praguejei em grego antigo.

Mudei a modalidade da flecha e pus para o tiro rápido triplo. Pus três tipos de flechas diferentes: explosiva, fogo e a que meu pai me dera – todas feitas de bronze celestial, é claro.

Atirei-as e observei, a explosiva fincou em uma estátua – que explodiu, é claro. A que meu pai me dera foi parar em uma dracanae que estava descendo para ver o que estava acontecendo e se desintegrou em pó. E a de fogo... fincou no peito do lestrigão que eu estava tentando acertar, ele começou a irromper em chamas e explodiu, restando só o pó.

Fiz um sinal de “Isso!” com a mão. E olhei para o lado. Ethan acabara de explodir o outro lestrigão em pó e Travis e Peeta estavam conversando um com o outro. Revirei os olhos e corri para a van. Chamei Peeta e Travis com as mãos e eles correram para a van. Ethan já tinha entrado. Travis foi no banco de motorista – também disse que sabia dirigir. Ethan no passageiro e Peeta e eu atrás.

- Tudo bem? – perguntei a Peeta.

Ele assentiu.

- Só... pensando. – ele disse, e eu assenti.

Encostei a cabeça no ombro de Peeta e de repende, senti o carro ficar mais lento, tentei me levantar para perguntar a Travis o que estava acontecendo e vi que eu também estava devagar.

- Cronos. - sussurrou Peeta.