Katniss Everdeen: Eu Sou Uma Semideusa? escrita por Becca Solace


Capítulo 15
Resgate de Peeta


Notas iniciais do capítulo

PRIMEIRO: Obrigada pelas reviews seus perfeitos do meu s2 ~~tô parecendo orkuteira falando assim, vou parar~~
SEGUNDO: Dedico esse cap. pra lindja da Angel Black pela recomendação diva feat. perfeita dela! Sério, a recomendação me inspirou e eu resolvei postar hoje, porque meu aniversário é amanhã e tal, e eu recebi a recomendação como um presente. Então resolvi postar hoje.
TERCEIRO: Vou parar de falar. A fic...



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KATNISS

Depois que me certifiquei que Annabeth estava bem – a faca com veneno foi o que deixou Percy zangado a ponto de quase arrancar a cabeça do tal Nakamura -, e Percy dormindo, Thalia me mandou ir dormir. Nós estávamos em um dos hotéis, já que Morfeu tinha posto todos da cidade para dormir, achamos que não haveria nenhum mal nos apossarmos um pouquinho de um dos hotéis.

Entrei em um dos quartos que estava vazio e me deitei, tentando dormir. Pensei no que Peeta me dissera em outra noite.

“– Katniss, quero que me prometa que não importa o que acontecer comigo, você vai ajudar essas pessoas. - ele falou.

– Não! Peeta, se você... Se você... Morrer. - falei, mordendo o lábio inferior. - Eu não vou conseguir ajudar ninguém.

– Prometa. - insistiu ele.

Relutante, prometi.”


E ele tinha razão. Eu precisava ajudar aqueles semideuses. Fazia poucos dias que eu os conhecia, mas já senti a enorme vontade de ajudá-los. As palavras de Peeta iam e voltavam em minha mente. E eu adormeci.


– Katniss! – Ouvi alguém me chamando. – Katniss!

Abri os olhos e vi uma névoa dourada e a imagem de Chris Rodriguez do chalé de Hermes.

Levantei-me rapidamente e sentei na cama. Lembrei-me de que antes de irmos para a guerra pedi a Chris que ficasse de olho em Peeta para mim.

– Caramba, seu sono é leve. – ele comentou.

Quando se joga dois jogos vorazes seguidos e ainda participa de uma guerra em que sua cabeça é prêmio, seu sono tem que ser leve mesmo, né, amigo. Pensei.

– Enfim... Primeiramente, oi. – ele disse. – Mas esquece o ‘oi’, eu tenho más notícias. Más, não. Péssimas.

– O que aconteceu? – falei já preocupada. Ele contraiu os lábios. – Me conta o que aconteceu!

– O Peeta... Ele, bem... Ele estava falando com Clarisse, tentando convencê-la a ir a guerra ajudar, e se irritou e falou que se ela não vai, ele mesmo vai até aí. E pegou um pégaso do estábulo.

Arregalei os olhos.

– Como assim?! – gritei. – Que horas foi isso?!

– Bem, a umas quatro ou três horas.

–- Mas... Ele já deveria ter chegado aqui! – exclamei.

– Pois é, por isso eu estranhei que você não começou a falar comigo me dando uma bronca.

– Droga, Chris! – gritei. – Por que não o impediu?

– Não sei.

– Não sabe?! – perguntei. – Não sabe mesmo, Chris?!

Eu já estava gritando com o garoto quando percebi que estava exagerando.

– Eu... eu... – gaguejou ele.

Respirei fundo.

– Tudo bem, Chris. – falei. – Eu exagerei. Obrigada por ficar de olho.

– De nada. – ele disse.

– Alguma mudança no humor de Clarisse? – perguntei, com esperanças.

– Nada. – ele disse, meio chateado. Eu sei que ele estaria aqui que se pudesse, mas Clarisse disse que arrancaria as tripas dele para fora se ele viesse.

– Bom, tenho que ir procurar Peeta agora, né. – eu disse. Despedi-me dele e passei a mão na névoa. Sai do quarto rapidamente e corri até Thalia.

– Thalia! – chamei. Vi ela sentada em um sofá.

– Olá, Katniss. – ela disse. – O que foi?

– Cronos sequestrou Peeta. – falei, rápido demais.

– Calma, respira. – ela disse e eu respirei fundo. – Ok, agora me conta tudo.

E contei tudo o que Chris me disse, contando com o sonho que tive dias atrás.

– E agora, Thalia? – perguntei.

– Bom, ou isso é uma isca para te capturarem ou eles acharam que ele também estava na guerra e queriam informações. – refletiu ela. - Parece que o tal espião não está ajudando muito, hein?

– Thalia, eu tenho que ir lá. – falei. – A gente pode usar o videoescudo da Annabeth para descobrir onde eles estão escondidos. Por favor, Thalia. Eu preciso ajudar Peeta.

Ela suspirou.

– Está bem. – concordou por fim. – Mas tem uma coisa.

– O que? – perguntei.

– Você vai ter que contar a Percy e Annabeth que vai. – ela disse.

Assenti, já sabendo que Percy e Annabeth vão arrancar minha cabeça e tentar me impedir de ir, mas eu vou de qualquer jeito. Eu preciso. Tenho que ajudar Peeta.

Corri para o quarto onde Percy estava dormindo e entrei sem bater.

– Percy! – chamei. – Percy!

Ele se assustou e caiu da cama.

– Caramba, Katniss! – resmungou, já se levantando. – O que é?

Contei-lhe tudo.

– E você quer usar o videoescuro da Annabeth para descobrir onde Cronos está escondido para salvar Peeta. – concluiu ele.

– É. – concordei. – Falei com Thalia e ela disse que só me deixaria ir se você e Annabeth deixassem.

– Sinto muito frustrar seus planos, Kat, mas não.

– Ah, que lindo! – explodi. – Aposto que se fosse Annabeth você me desobedeceria e iria mesmo assim. Então, Percy, se coloca no meu lugar, ok? O homem que amo está preso em algum lugar por aí sendo espancando por uma dracanae!

Isso o tocou. Ele pensou um pouco.

– Está bem. – concordou por fim. – Mas leve alguém com você.

– Certo. – concordei e saí para onde Annabeth estava descansando. Subi para o terraço e a encontrei olhando as estrelas deitada em uma espreguiçadeira.

– Oi, Annie. – falei. Ela se virou e me viu.

– Oi, Kat. – ela respondeu. – O que há de errado?

Contei-lhe tudo – eu estava ficando cansada de falar a mesma coisa para três pessoas, minha boca estava seca.

– Tem certeza de que quer fazer isso, Katniss? – perguntou ela.

– Eu preciso. – conclui.

– Tudo bem. – ela disse e se abaixou e pegou o videoescudo que estava escorado na espreguiçadeira.

Annabeth mexeu um pouco no escudo, até que parou em uma imagem: Um lugar cheio de estátuas, escrito em cima "EMPÓRIO DE ANÕES DE JARDIM DA TIA EME."

– Ah, não. - disse Annabeth.

– Por que esse "Ah, não"? - perguntei. - Você já esteve aí antes?

– Já. - confirmou ela. - Com Percy e Grover à três anos.

– E o que tem demais esse lugar? - perguntei.

– Era a toca da Medusa. - respondeu ela.

– E ela ainda... - comecei.

– Não. - ela me interrompeu. - Percy cortou sua cabeça. E ela ainda não voltou do Tártaro.

Suspirei de alívio.

– Graças aos deuses. - murmurei.

– Enfim. - ela disse. - Já escolheu quem vai levar com você?

– Claro. - eu disse. - Um dos Stolls.

Ela franziu a testa.

– Um dos Stolls? - perguntou. - Por quê?

– Porque eles são filhos de Hermes, eles conseguem entrar e sair sem fazer barulho. E isso vai ser como roubar. - expliquei. - Só que vamos resgatar alguém, não roubar.

Ela assentiu, compreendendo.

– Qual dos dois você sugere? - perguntei.

– Travis. - ela respondeu.

– Por quê? - perguntei.

– Porque ele é melhor em "entrar e sair sem deixar rastro". - ela falou, fazendo aspas com as mãos.

Assenti.

– Ok, vou chamá-lo. - eu disse. - Fique bem, Annie. Obrigada por tudo.

– Obrigada você, Katniss. - ela disse. - Boa sorte!

E eu saí correndo escada a baixo. Até que encontrei Travis Stoll sentando em uma cadeira em frente a um bar.

– Oi, Travis. – eu disse.

– Olá, Katniss. – ele disse. – O que quer de mim?

Expliquei tudo.

– Ah, mas é claro que eu vou com você! – ele disse, se empolgando. – Mas eu vou poder saquear algumas lojas enquanto vamos até lá?

– Não. – eu disse e ele me olhou frustrado.

– Droga. – ele disse. – Mas vou mesmo assim.


Depois de roubarmos uma moto – Travis disse que sabia pilotar. E demorar duas horas (n/a: Eu não sei quanto tempo leva de Manhattan até New Jersey, até pesquisei na internet, mas lá não tinha nada. Então eu pus 2 horas, sorry, sociedade.) para chegarmos a New Jersey – é onde o Empório de Anões da Tia Eme ficava - finalmente chegamos. Pedi para Travis estacionar bem longe para que não pudessem nos avistar.


Descemos da moto e a escondemos atrás de uma árvore. Entramos no pequeno bosque que ficava ao redor do Rio Hudson.
       Do outro lado havia um posto de gasolina fechado, um cartaz de um filme dos anos 90 e uma loja aberta, que era a fonte de luz de neon e do cheiro gostoso.
        Não era um restaurante de fast-food como eu esperava. Era uma dessas estranhas lojas de curiosidades de beira de estrada, que vendem flamingos de jardim, índios de madeira, ursos-pardos de cimento e coisas do gênero. A construção principal era um armazém comprido e baixo, cercado por quilômetros de estátuas. O letreiro de neon acima do portão era impossível de não se ler estava escrito: “EMPÓRIO DE ANÕES DE JARDIM DA TIA EME.” Em frente a porta da frente estavam dois lestrigões.

– Qual é o plano? – perguntou Travis. Gelei. É claro que não tinha um plano. Tentei criar um plano rapidamente e saiu isso:

– Plano... é... – gaguejei. – A gente dá a volta no posto e tentamos encontrar uma janela que dê para arrombar e que não esteja sendo vigiada por nenhum bicho estranho.

Demos a volta ainda dentro do bosque tentando não fazer barulho. Chegamos lateral esquerda. As janelas eram blindex, e três lestrigões estavam fazendo um lanche de um meio-sangue.

Segurei o vômito e continuamos andando devagar, até chegarmos a parte de trás da lanchonete. Lá tinha um grande jardim com muitas estátuas de homens, mulheres, crianças, idosos, monstros, sátiros, centauros e etc. Lá na casa, tinha uma grande abertura, onde se encontravam uma dracanae e três telquines.

Continuamos andando e chegamos a parte lateral direita. Lá, em uma janela pude ver Ethan Nakamura, e o próprio Cronos, conversando.

Cronos tamborilava sua foice com os dedos.
        – Sei – disse ele em tom gélido. – Se sua memória melhorar, eu vou querer...
        De repente o Senhor dos Titãs estremeceu. Cronos recuou e sentou em seu trono.
        – Meu senhor? – Ethan arriscou.
      – Eu – a voz era fraca, mas apenas por um momento era a de Luke. Então sua expressão endureceu. Ele esticou as mãos e flexionou os dedos vagarosamente, como se estivesse forçando-os a obedecê-lo.
   – Não é nada – disse ele, sua voz inflexível e fria novamente. – Um pequeno desconforto.
      Ethan umedeceu os lábios.
       – Ele ainda está lutando contra o senhor, não é? Luke...
      – Tolice – Cronos cuspiu. – Repita essa mentira, e eu corto sua língua fora. A alma do garoto foi quebrada. Estou apenas me acostumando aos imites desta forma. É necessário descansar. É chato, mas nada além de um inconveniente temporário.
       – Como... como quiser, meu senhor.
     – Você! – Cronos apontou sua foice a uma dracaena com armadura e uma coroa verde que passava pela porta. – Rainha Sess, não?
       – Ssssssim, meu lorde.
       – A nossa surpresinha está pronta para ser liberada?
        A dracaena mostrou as presas.
       – Oh, ssssssim, meu lorde. É uma linda sssssurpresssa.
     – Excelente – Cronos disse. – Diga ao meu irmão Hiperíon para mover nossas forças ao sul até o Central Park. Os meio-sangues ficarão tão confusos que não saberão como se defender. Vá agora, Ethan. Trabalhe sua memória. Conversaremos de novo quando tivermos tomado Manhattan.
Ethan se curvou. E quase nos viu, mas eu joguei Travis e eu no chão.

Continuamos andando e paramos em uma janela cheia de tábuas.

Travis olhou para mim.

– Você acha que...? – começou.

– Tenho certeza. – confirmei.

Travis me ajudou a tirar algumas tábuas e conseguimos ver: Peeta desmaiado e ensanguentado acorrentado a uma parede de ferro e em frente dele uma televisão que passava imagens da guerra.

– Droga! – eu disse. – Você tem um martelo? Algum coisa para eu quebrar a janela?

– Pra falar a verdade, eu tenho. – ele disse, com um sorriso amarelo. – É muito mais fácil roubar lojas de doces com um martelo!

Ele tirou um martelo de sua mochila azul e me deu.

Bati o martelo fraco na janela e ela quebrou rapidamente, acordando Peeta.

– Katniss? – perguntou ele.

– Peeta! – entrei rapidamente na sala. – Travis, vigia a porta!

Peguei a chave das algemas que estavam penduradas em um trocinho (n/a: Esqueci o nome daquele treco que você pendura chave. Então vai trocinho mesmo.) e corri para Peeta, e tirei as algemas dele.

– Consegue ficar de pé? – perguntei para ele.

– Katniss? – ele perguntou, e seus olhos ficaram vidrados, como acontece quando ele perde o controle. Ele bateu a cabeça com força na parede. – Katniss!

Ele disse e correu para me abraçar. Beijamos-nos e depois Travis nos chamou avisando que tinha alguém vindo.

Travis pulou pela janela primeiro, depois Peeta e depois foi minha vez.

Corremos até desaparecermos no bosque. Abracei Peeta novamente, e depois senti alguém bufando atrás de mim.

Virei-me e vi Ethan Nakamura.

– Tentando fugir com o nosso prisioneiro, Katniss Everdeen? Tsc, tsc, tsc, tsc, muito feio.


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Notas finais do capítulo

Quero reviews! E recomendações também seriam ótimo.
ACCIO LEITORES FANTASMAS!
ACCIO REVIEWS!
ACCIO RECOMENDAÇÕES!
Kisses, leitores pftos ♥