4 meses depois...

Haviam se passado quatro meses desde que decidimos qual casa compraríamos e dois meses que havíamos nos mudado, claro, Edward não me deixou erguer um dedo para ajudar na mudança, então me contentei em perambular pela casa dizer qual caixa deveria de ficar em que lugar. Dizer que isso era uma casa, era ser humilde demais, está mais para uma mansão do que uma casa propriamente dita. Se tratava de uma super casa com dois andares e uma garagem subterrânea com sala de jogos, jantar e televisão, sete quartos – sendo um de hóspede e outro de brinquedos e filmes das crianças – todos com suíte menos o de brinquedos, um banheiro no andar de baixo, cozinha e uma área de lazer com piscina e churrasqueira imensa. Alice era a pessoa mais exagerada que já vi, no começo achei que era grande demais, mas não é, é o tamanho perfeito para acomodar família e amigos, e o melhor, no mesmo condomínio que morava.

O quarto da Catherine tinha uma parede trabalhada com corações, ao lado da cama havia um espelho comprido e prateleiras, ela tinha ganhado uma espécie de mesinha de colo e um macbook de seu pai que só pensava em mima-la.

O de Elizabeth tinha personalidade própria, tinha as paredes em um tom de marrom claro, uma parede com aqueles adesivos, o dela era de árvore, com três prateleiras com ursos nela. Na outra ponta do quarto havia uma cama toda trabalhada em madeira, para sua diversão a cama tinha escorrega e tudo mais, fazê-la dormir ali é que era o problema. Lizzie sempre fora acostumada a dormir com a irmã, nas primeiras noites chorou sem cessar, mas depois se acostumou.

E por fim, o quarto de Anthony, era pintado de branco e sua cama ficava em cima assim como a de Lizzie, mas a dele era muito mais alta. No começo briguei com Edward e o mandei colocar uma tela de proteção para que ele não caísse, caso contrario, ele dormiria na cama de baixo. Ele se apaixonou pelo quarto, foi amor à primeira vista, assim como as meninas. Os banheiros deles eram todos iguais, só mudava o jogo de cores, o de Anthony era verde e o das meninas era rosa.

Nosso quarto também era grande, amplo, tinha vista para a piscina – na verdade todos tinham – e todos ficavam no andar de cima. Nosso quarto tinha um ar rústico, em cores pastéis, trazia uma paz que se encaixava perfeitamente a nós, a cama era bem espaçosa, e o quarto também. O banheiro era enorme, com uma banheira redonda bem no centro, era o paraíso das crianças. Nem preciso comentar que os closets são o exagero em Alice não é? Pois bem, todos são 100% abarrotados de roupas.

Hoje era segunda-feira a tarde, as crianças estavam na escola e Edward no hospital, eu deveria estar trabalhando, agora me pergunte o que estou fazendo em casa uma hora dessas. Edward, Alice, e todo o resto da minha família, incluindo Rosalie, viraram um complô contra mim e me fizeram largar meu escritório para ficar em casa. Então só me restava ficar por ai, perambulando pela casa sem nada a fazer, nem Berta me deixa ajuda-la mais. Eu estava enorme a cada dia que passava, e nosso bebê crescia saudável a cada dia. Carlisle resolveu desenferrujar e é ele quem atende em minha clinica agora, e claro, é ele quem cuida da minha gestação.

Ah, no andar de baixo temos também a sala de cinema uma sala super confortável com uma tela gigante, isolamento acústico, poltronas reclináveis e home teaters por todos os lados. A casa era grande, o que fazia com que a família vivesse aqui.

Estava andando pelos quartos e procurando aonde colocar mais fotos naquele corredor que os ligava, parei de frente com uma porta cor de rosa como as outras duas que passara, mas essa era de um tom de rosa diferente era mais clara. Passei a mão na minha imensa barriga e meu bebê deu sinal de vida, era uma ligação maravilhosa essa que tínhamos.

Abri a porta e me deparei com o quarto da nossa corujinha, o quarto dela era assim como o de Elizabeth, tons de marrom mais claro, na parede onde ficava o berço colocamos um adesivo de uma árvore branca, e por todo o quarto havia corujas até mesmo seu móbile era de corujas. Para nós foi um dilema até nos mudarmos sobre como seria o quarto de nossa pequena. A noite ela ficava sempre acordada se mexendo, e toda vez que Edward me abraçava por trás na cama, ela se mexia como se quisesse me virar para ele, e não sossegava enquanto não o fizesse. Então pensamos em corujinhas, daí seu pequeno apelido, pequena corujinha.

Nossa pequena nem havia nascido ainda e já tinha um closet completamente abarrotado de coisas, suas mamadeiras eram a cara da atualidade. Alice havia comprado quase todos os modelos da loja, as grandes e as pequenas, e suas capas antiderrapantes, eu surtei quando vi claro, mas ela insistiu dizendo que eram práticas e fáceis de lavar.

Estava descendo as escadas quando ouvi alguém entrando em casa, davam risadas e faziam muito barulho. Terminei de descer as escadas devagar para não cair, da forma que sou desastrada e não consigo mais enxergar meus pés, certamente cairia.

– Mamãe! – Gritaram meus pequenos.

– Oi meus filhotes. – Disse dando beijos em suas cabeças, já não podia mais pegá-los no colo. – Quem trouxe vocês para casa?

– A titia Alice mãe. – Disse Cath como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

– Ah, e onde ela está agora?

– Bem aqui! – Disse vindo me abraçar. – Edward me pediu para vir até aqui ver como esta se comportando.

– Já dei umas dez voltas pela casa e Berta não me deixa pegar nem na vassoura. – Disse me sentando no sofá da sala. – Crianças vão trocar de roupa vão, suas roupas estão em cima das caminhas.

Na hora as crianças cismaram que queriam ir a piscina.

– Mas ela não da pé pra vocês, alguém tem que ficar com vocês.

– Fica a mamãe e a tia Allie horas! – Disse Lizzie, estava aprendendo a falar certo, mas ainda arrastava algumas palavras.

– Vamos lá Bella, que adianta uma casa desse tamanho se não pode se divertir nela? – Perguntou.

– Está bem, vamos lá pra cima colocar os biquínis, e você. – apontei para Alice. – Vai colocar um de meus biquínis e entrar junto.

– EEEEEEEE! – gritaram as crianças.

Coloquei um biquínivermelho escuro, uma dos poucos que não me faziam ficar maior do que já estou, a calcinha era de cortininha o que me deixava muito confortável. Alice colocou um branco que eu havia comprado no Caribe.

Depois de colocar as roupas de banho nas crianças e pegar toalhas, fomos todo para a piscina, as crianças brincavam energicamente. Alice pegou uma boia que tínhamos e se deitou nela para tomar sol na água, bad Idea pensei comigo. Chamei as crianças para que nadassem até mim que estava em uma das pontas da piscina, elas estavam de boia e vinham nadando como três peixinhos.

– Xiiiiii! – Fiz colocando o dedo na boca. – Fiquem aqui um minuto.

Dito isso coloquei os três na beira da piscina e fui nadando como pude até chegar perto de onde Alice estava, era agora que me divertiria um pouco. Mergulhei para de baixo da boia peguei impulso com os pés no chão da piscina e me empurrei para cima. Quando voltei a superfície só ouvia-se as gargalhadas das crianças e uma Alice furiosa me encarando.

– Mas o que... Você fez? – Disse enquanto tentava encontrar sua respiração de novo.

– Estava brincando com a minha melhor amiga, relembrando os velhos tempos. – Disse piscando pra ela.

– Você é maluca, eu poderia ter morrido afogada.

– Nossa, quanto drama Alice... – Disse revirando os olhos. – Acha mesmo que eu faria algo assim se não tivesse certeza de que você sabe nadar?

– Quem ai não sabe nadar? – Perguntou uma voz grave atrás de nós reconhecível até mesmo a mil quilômetros de distância.

– PAPAI! - Gritaram as crianças indo em direção a Edward.

– A mamãe tava jogando a tia Allie da boia. – Disse Anthony, meu garotinho.

– A é mesmo? – Disse nos olhando, os outros peixinhos já estavam nadando de novo na piscina. – Espero que a tia de vocês tenha conseguido alcançar o chão da piscina e não se afogar.

As crianças estouraram em gargalhadas e Alice lhe mostrou a língua.

– Vem amor, troca essa roupa de hospital e vem aqui descansar com a gente. – Pedi saindo da piscina e lhe dando um beijo, estando ciente de seus olhares pra cima de mim.

– E como estão os outros dois amores da minha vida. – Disse se abaixando até minha barriga, alisando-a.

– Estamos bem... Entediadas, se não fosse Alice já teria fugido de casa.

– Eu não deixaria. – Disse me dando um beijo. – Já volto aqui.

E saiu tirando o jaleco no caminho me dando uma perfeita visão de seu bum bum.

Voltei para a piscina e em instantes, Edward voltara de sunga e uma toalha no ombro e ficamos na água até as crianças ficarem com fome. Saímos da piscina, tomamos banho e fomos fazer a janta, depois de algum tempo Jasper chegou em casa e a festa foi completa.

– O Jantar está pronto! – gritou Edward da porta da cozinha.

Poisé, Edward era meu novo chef de cozinha quando Berta não estava em casa, era um tremendo cozinheiro, ele fez lasanha ao molho branco. Só depois de comer dois pratos que percebi com quanta fome estava.

– Eai Bella, não vai mesmo nos dizer o nome da minha sobrinha? – insistiu Alice novamente depois de nos sentarmos na sala.

– Não Alice, já disse que é surpresa. – disse me arrumando mais nos braços do meu marido.

– Poxa... Mas nem com que letra começa? – fez bico.

– Não... Mas e vocês, quando é que vão assumir de vez a vida de marido e mulher? – perguntei tentando mudar de assunto.

– Mas nós já assumimos Bellinha, moramos juntos oficialmente a dois meses. – disse orgulhosa bagunçando os caichos de Jasper.

– A Bella estava falando de casamento fadinha. – disse Edward tentando me ajudar.

Nesse momento Jasper que estava tomando refrigerante engasgou e começou a tossir demais, Edward dava tantas risadas que seu tronco tremia.

– Aah, isso. Não pensamos nisso ainda Bella. – disse Jasper meio sem jeito.

– COMO ASSIM NÃO TINHA PENSADO NISSO AINDA JASPER WITLOCK HALLE? – disse Alice se levantando aborrecida. Edward e eu assistíamos a cena como se fosse nosso filme favorito de comédia.

– Calma pequena... é que... que, realmente ainda não conversamos sobre isso e nós temos nos dado tão bem assim como estamos que...

– VOCÊ NÃO PENSOU QUE VIVERIAMOS ASSIM SEM NUNCA NOS CASARMOS NÃO É? – nesse ponto Alice não falava, gritava. As crianças estavam do nosso lado assistindo a tudo normalmente.

– Não é isso pequena é que...

– Então quer dizer que você pensa em se casar comigo? – disse abaixando a voz e mudando de humor magicamente, bipolar.

– Mas é claro meu amor... Quero ter uma família com você! – disse.

– Xiii, vai começar a melação... Crianças vamos lá pra cima. – cochichei me levantando e levando-as para seus quartos.

Quando estava no pé da escada para descer encontro Edward subindo.

– Eles já foram embora? – perguntei.

– Sim, Alice disse que volta amanhã... Como se aquela baixinha morasse muito mais longe de que já morava. – murmurou.

– Hey, você sabe que mesmo se ela morasse em outro estado, ela daria um jeito de vir aqui no mínimo uma vez por semana. – disse divertida. – Agora, vamos pro nosso quarto que estou morta.

– Nossa amor, estava com tanta saudade de você. – disse me abraçando por trás. – Aquele seu biquíni me deu tantas ideias para nossa noite, mas já que você esta cansada.

Disse se indo deitar na cama, no mesmo instante o empurrei forçando seu corpo a cair no colchão o olhando furiosa.

– Você me acendeu... E nem pense em me deixar na mão... – disse o olhando séria. – Não teste os limites de uma grávida com os hormônios a flor da pele.

Nisso ele nos girou invertendo as posições se colocando por cima.

– Eu nem cogitei essa opção. – disse me beijando e iniciando seu trabalho de despir-me.