A única coisa que conseguia pensar era que, meu namorado era incrível. Olhei para tudo a minha volta sem sair do lugar e pousei meus olhos em meu pai, todo vestido a caráter.

- Pai, o que é isso tudo? – Perguntei temendo que não aguentasse a resposta.

- Ué, pensei que a própria noiva reconheceria sem casamento quando chegasse na data! – Disse em um tom brincalhão.

- Quer dizer que... que, este é meu... Ca.... casamento? – Perguntei gaguejando e me segurando para não chorar.

- No começa não concordei muito com isso, mas seu noivo é muito persuasivo quando quer. – Disse para mim. – Mas ele te ama Bells, vi isso em seus olhos quando falava comigo.

- Ah pai, vocês são os homens da minha vida. – Disse abraçando-o.

- Obrigada Bells, agora vamos indo que a cerimônia já vai começar. – Disse nos levando para fora do quarto.

Só agora percebi que estava em uma casinha que dava para o píer onde havia conhecido Edward. Começamos a descer as escadas e quanto chegamos ao jardim a música começou a tocar e a cada passo que dava era uma lágrima que tentava reter.

- Só não me deixe cair pai! – Lhe pedi enquanto começávamos nossa caminhada até o altar.

- Nunca! – Ele me disse.

Enquanto andava por aquelas duas fileiras de cadeiras, tentava olhara para cada rosto que estava ali e focalizar em algum, mas foi uma missão impossível, o rosto que meu coração e mente procuravam estava imponente no altar, vestido em um lindo terno.

Por um momento nossos olhos se cruzaram e minha vontade foi de me esquecer de todos, até mesmo de meu pai que me guiava com tanta maestria e correr para seus braços. Em algum momento daquilo tudo, meus olhos se perderam nos seus e os seus no meu e compartilhamos de uma felicidade que nunca avia presenciado em minha vida, aquela sensação de encontrar algo que te completa.

Chegando ao altar meu pai me passou para Edward e foi se sentar ao lado de Sue, viúva de seu amigo que falecera antes mesmo que eu pudesse me despedir. Edward me deu um beijo na testa e sussurrou em meu ouvido.

- Você está linda, tenho que me lembrar de agradecer a anã mais tarde!

- Você tem de se lembrar mesmo é de correr, você me paga Edward cullen. – Disse sorrindo.

Viramos-nos para o juiz de paz e ele começou seu discurso aos noivos.

- Agora vocês podem fazer seus votos. Você primeiro Edward. – Disse o juiz.

Viramos-nos um para o outro, ambos sorrindo como bobos, enquanto outra música começava ao fundo, dando mais emoção a tudo.

- Nunca pensei que encontraria alguém como você. Alguém que, me aceitasse como sou, mesmo com todos os meus defeitos. Sempre pensei que o grande final feliz era somente para os de grande sorte, ou para os casais perfeitos. Mas estava enganado, e soube disso assim que coloquei meus olhos em você, aqui, neste mesmo píer. Foi como se meu mundo se encaixasse novamente. Naquele momento pensei comigo, é ela, a mulher da minha vida! E para mim, era só o que bastava no momento. – Fez uma pausa. – Mas o tempo foi passando e sentia em meu coração que faltava algo mais para que esse final feliz finalmente se completasse. Isabella Marie Swan, sei que não fiz nada da maneira correta, mas hoje, tudo o que mais quero, é que comigo sejas um, uma só carne, um só espírito. Quero que sejas minha amiga, minha confidente, minha namorada, minha amante, a mãe de meus filhos, mas principalmente... Quero que te tornes minha esposa, e é nesta noite que te tomarei por uma! Eu te amo. – Disse terminando, nesse momento já me encontrava em lágrimas.

- Sua vez Isabella!  - Disse o juiz se dirigindo a mim.

- Bem, perdoe-me se sair meio falhado, mas você me pegou desprevenida hoje. Muito desprevenida posso dizer. – Falei fazendo com que todos rissem. – Mas sabe o que me disseram uma vez, que tudo que eu improvisado, sai melhor do que o encomendado. É tão bom encontrar alguém, para dividirmos a eternidade, porque é assim que me imagino, ao seu lado, você e eu de cabelos branquinhos, envelhecendo juntos com nossos netos e filhos a nossa volta brincando e correndo pelo quintal de nossa casa... E te amando. Não posso prometer ser a melhor esposa do mundo porque não á maneira de ser, mas prometo estar sempre ao seu lado, na saúde a na doença, na riqueza e na pobreza, até que a morte nos separe. Hoje, posso lhe dizer seguramente que te amo mais que ontem e menos que amanhã, e quero que seja assim até meus últimos dias. Eu te amo! – Disse a ele.

- Muito bem, agora, que entrem as alianças.

Uma linda melodia começou a tocar  ao fundo e quando me virei para ver do que se tratava, vi a cena mais linda da minha vida. Elizabeth entrava e mãozinhas dadas com Anthony, ambos vestidos a caráter, e Anthony vinha puxando um carrinho atrás com as alianças. 

Assim que Lizzie e Anthony colocaram os olhos em nós, se apressaram a vir em nossa direção. Fiquei a sua espera abaixada e de braços abertos, Cathy já havia entrado com as flores e estava ao lado de Edward a muito tempo, sentada nos pequenos degraus que ali tinham.

- Mamãe!­ – Disseram juntos. – Tava cum sodade.

- Eu também meu amor, eu também. – Disse me virando para o Thony. – E de você também meu amor, eu amo vocês.

Anthony me entregou a almofadinha que se encontrava no carrinho e foi se sentar com Lizzie e Cathy e a cerimônia deu continuação.

- Agora Edward, pode beijar a noiva. – Disse o juiz.

Finalmente nos beijamos, até os segundos que nossos lábios levaram para se encontrar pareciam uma eternidade.

Todos explodiram em aplausos e assovios, as crianças foram as primeiras a nos abraçar, estava tudo tão perfeito, até Jacob e Leah estavam ali.

- Eu te amo Sra Cullen. – Sussurrou Edward em meu ouvido.

- Acho que posso me acostumar com isso. – Disse a ele me referindo ao sobre nome.

Fomos cumprimentados por todos, estava tudo muito lindo, o casamento estava perfeito. Estávamos dançando uma valsa quando Edward me guiou para a beira do píer onde quase ninguém estava.

- Penso que Alice não te deixou apreciar sua beleza. – Disse suspirando.

- Nem minha maquiagem. – Concordei.

Ele me guiou novamente até a casinha de onde havia saído e percebi que não passava de uma tenda montada ali com as coisas do casamento. Lá dentro havia um grande espelho igual ao que Alice mantinha em seu quarto, fui até ele e não reconheci a pessoa que estava em seu reflexo, estava tão linda, se não fosse por Edward ali, não acreditaria que era eu mesma a me olhar naquele reflexo. Meu cabelo estava lindo, pendia na lateral cacheado como nunca, a maquiagem tão leve quanto poderia. E o vestido, ah o vestido, estava perfeito, caira como um luva em mim, era perfeito.

Senti Edward tocar meu obro e depositar um beijo ali.

- Sei que esta a se admirar no espelho, mas, podemos voltar? As pessoas começaram a notar, e quanto Alice também notar. Sai de baixo. – Disse sorrindo

- Tudo bem, vamos. – Disse o puxando pela mão e com a outra segurando a barra do vestido.

Ao sairmos encontramos tudo como deixamos, alguns convidados já haviam se retirado ficando assim somente minha nossas famílias mesmo.

- Hey Bells, venha aqui! – Gritou o bisonho do meu irmão. – Olha só, essa daqui é a nossa madrasta, lembra-se dela? A Sue?

- Claro que me lembro, olá Sue, espero que esteja gostando do meu casamento do qual eu nem fazia ideia de que iria existir. – Disse olhando de esguelha para Edward que ia ficando cada vez mais pálido.

- Está tudo maravilhoso Bella, sua família é muito receptiva Edward, e seu filho um príncipe. – Disse Sue.

- Olha, de príncipe aquele menino não tem nada não Sue, ta mais pra um sapinho. – Disse Emmet recebendo um tapa na nuca de meu querido marido.

- Cala boa bisonho. – Disse Edward. – E obrigado Sue, é realmente importante receber esses elogios, significa que pelo menos algumas coisas ando fazendo certo.

- Hey, ninguém esta lhe criticando não meu amor. – Disse o fazendo olhar para mim. – Esqueça o passado, abandone-o assim como eu o fiz. E vamos que hoje não estou com clima para tristezas. Posso saber onde estão minhas crianças?

Me virei para procurá-las e vejo um carrinho perfeitamente montado ao lado de Carlisle contra o vendo. Era o  carrinho de Elizabeth, fui caminhando até eles com a sombra de Edward me seguindo. Cheguei um pouco mais perto e peguei Carlisle a observando, guardando seu sono como um anjo da guarda.

- Ela está linda não está? – Disse a mim.

- Está mesmo, minha princesinha, tão pequena. As vezes fico observando-as dormir e me esqueço de tudo, é como olhar o por do sol, ou talvez melhor do que isso.

Ficamos ali por mais um bom tempo sentados todos em uma mesa enquanto a equipe ia desmontando algumas coisas do píer.

- Muito bem, hora da Bellinha ir trocar esta roupa. Ou vai querer viajar assim para sua lua de mel? – Disse Alice se levantando.

- Hein, como assim? – Perguntei olhando para o rosto de cada um na mesa e parando em Edward que sorria safado.  Mais essa agora? Alice, se não se lembra eu tenho meu emprego e 3 crianças para cuidar e...

- Sua agenda já foi reajustada, você terá uma semana de viajem e mais 1 semana para ficar na sua casa, e as crianças bem... Nós revezaremos com Carlisle e Esme para cuidar delas, não se preocupe. – Disse Rosalie toda diplomática.

- E suponho que você concordou com tudo isso. – Afirmei encarando Edward, que deu de ombros. – E penso eu que não me contará para onde iremos.

- Não! – Respondeu simplesmente me deixando de queixo caído.

Cruzei os braços como uma criança que faz birra e ali fiquei. Edward percebendo meu estado de espírito e a galera toda achando graça disso me puxou para si e me deu um beijo desmanchando meu bico na hora.

- Amor, é como Alice já lhe disse, permita-se extravasar hoje. Agora vá se arrumar, ajudarei meus pais a acomodarem as crianças no carro e te encontrarei aqui.

Me levantei e fui em direção a tenda que ainda estava montada ali, la encontrei com o projeto de pavão que havia me arrumado nessa mesma tarde. As meninas fecharam as cortinas e começaram a me ajudar com o vestido, o cabelo, sapatos e tudo mais. Meus cabelos foram soltos e os cachos pendiam em minhas costas como molinhas, o vestido de noiva fora trocado por outro mais curto mas ainda sim branco e nos pés uma sapatilha vermelha muito bonitas.

- Prontinho Bellinha, está linda agora! – Disse Alice.

Fui caminhando até o espelho só para confirmar o óbvio, Aro mais uma vez havia feito milagres.

- Obrigada meninas, por tudo, quer dizer. – Disse suspirando. – Tudo isso é muito mais do que algum dia eu poderia pedir a Deus, vocês são anjos em minha vida. Até você Aro, muito obrigada.

Dito isso nos abraçamos e fomos para fora da cabana. Lá fora todos já se encontravam no estacionamento, me despedi de todos, meus pais cada um voltaria para suas casa no dia seguinte então, fiz com que me prometessem ligar, mandar msg, qualquer coisa para que confirmassem que chegaram bem. Fui ao carro de Esme e Carlisle e me despedi de minhas crianças com lágrimas nos olhos, mas com a promessa de que ligaria todos os dias para saber como estavam.

Depois disso Edward e eu fomos com Emmet e Rosalie até o aeroporto onde de lá iríamos para não sei aonde, pois o senhor meu marido não contava nem sob ameaças.

- Cuide bem da minha irmã ein Ed. – Dizia Emmet pela milésima vez ao Edward.

- Tudo bem mano, ele já entendeu. Agora podem ir, assim que chegarmos, seja lá onde Edward esteja me levando eu ligo para vocês. – Disse o abraçando. – Até mais Rose.

Terminamos de nos despedir e fomos para dentro do aeroporto, lá Edward foi fazer o check-in sem ao menos deixar-me chegar perto, não queria que eu descobrisse por nada. Quando voltou fomos enfim para a ala de embarque, de lá entramos no avião e partimos para seilá onde.

- Eu poderia chamar a polícia e acusa-lo de sequestro você sabia? – Sussurrei em seu ouvido, percebi que seus pelos se arrepiaram e que ele ficou tenso. – Mas farei melhor do que isso, quando chegarmos a nosso destino, seu castigo estará bem guardado.

Dito isso me acomodei melhor em meu assento e fechei os olhos, ciente de que os seus me seguiam como imãs, e eu estava adorando isso. Acho que acabei dormindo pois quando voltei a abri-los novamente a aeromoça já estava anunciando nossa decida, la fora o sol ameaçava nascer.

Descemos de mãos dadas e em silêncio, quando chegamos ao check-out comecei a observar as placas, uma bem grande dizia: Welcome to Caribe.

- Caribe? – Perguntei sorrindo

- Pensei que seria um lugar diferente para visitarmos, Alice me disse que você nunca veio pra cá antes então... Serei o seu guia se me permitir Sra Cullen. – Disse Edward todo galante.

- Eu adoraria Sr Cullen. – Lhe respondi entrando na brincadeira.

Depois de sairmos do aeroporto com todas aquelas malas, percebi que a maioria eram minhas, de todas as 5, somente 1 era a dele. Edward chamou um taxi e fomos para o hotel, que percebi não ter tanta cara de hotel assim, estava mais para um paraíso. 

O hotel era um paraíso, de frente ao mar e imenso de grande. Fomos até a recepcionista e a mesma parecia se atirar ao meu marido. Edward pegou as chaves e fomos para o nosso quarto parecia ter saido daqueles filmes de romance, a vista era digna de fotografia e o banheiro era de uma magnitude incomparável.

- Gostaria de descansar um pouco? - Ele perguntou me abraçando por trás enquanto estávamos na varanda olha o nascer do sol.

- Por favor! A viajem me deixou cansada. – Disse.

Tiramos os sapatos e fomos para a cama, estávamos ambos cansados demais da festa, e da viajem. E eu precisava estar descansada para colocar meu plano em prática. Alguém andou sendo um mal marido nessas ultimas horas e iria pagar caro por isso.