Heaven And Hell Shenny escrita por KayLee


Capítulo 4
Capítulo 3, pt. 1 - Sobre perguntas e tempestades


Notas iniciais do capítulo

Vocês não têm idéia do quanto eu estou feliz com os comentários! Estou tão empolgada para escrever, só para receber novos reviews. Obrigada, vocês são demais! Esse capítulo é grande, então dividi em duas partes. Continuem comentando, por favor, e fazendo uma escritora felicíssima LOL



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PARTE I - Perguntas embaraçosas

Às sete horas e trinta e cinco minutos, Penny remexeu-se no sofá enquanto abafava os ouvidos com um travesseiro. Estava tocando “I’m a slave 4 u” e Britney Spears cantava a plenos pulmões, fazendo com que fosse impossível dormir. Irritada, Penny levantou-se e atirou o travesseiro e o edredom no chão e foi na direção da voz de Britney.

Sheldon estava coberto de água e sabão na banheira, ouvindo a playlist “Hora do banho” do iPod rosa conectado no dock branco. Em suas mãos, um pequeno boneco do Darth Vader era, constantemente, emerso e submerso, simulando um afogamento.


– Sheldon. – Penny disse assim que alcançou o batente da porta – Nem são oito horas ainda e você está fazendo todo esse barulho. Eu preciso dormir. – as mãos dela encontravam-se nas têmporas que eram levemente massageadas.


– Oh, bom dia, Penny. – respondeu Sheldon – Não é educado entrar sem bater e, acredite, é muito mais mal educado assistir seus hóspedes tomarem banho. – ele procurou acumular bastante espuma em cima de si.


– Shelly. – ela iniciou e encostou-se de braços cruzados no batente – Acredite você ou não, eu não preciso ver meus hóspedes no banho para vê-los nus pela primeira vez e você é a primeira exceção. Além disso, não tem nada aí embaixo que eu desconheça. As garotas de Nebraska são ótimas em anatomia. – o sorriso de Penny expandiu-se ao completar a frase.


– Compreendo que a religiosidade não faça parte da sua vida. – analisou ele – Também não faz da minha, mas não costumo observar as pessoas despidas. Segundo minha mãe, as regras de Jesus dizem que homens e mulheres não podem se ver nus...está no Gênesis 3:7. E, se você é tão boa em anatomia, por que não cursou medicina? – questionou ele um tanto confuso – Bem, de qualquer forma, responda-me depois, preciso sair do banho.


– Estou saindo. – as mão de Penny levantaram-se em sinal de rendição – Mas, depois, conversaremos sobre o seu primeiro strike.



Após Penny deixar o banheiro, Sheldon sentiu-se a vontade para se secar e se vestir. Ao lembrar que ela havia comentado sobre ele ter contraído “o primeiro strike”, bateu a mão na testa e exclamou baixinho. Ele havia esquecido que reservara o banheiro apenas às 8h20min. Droga.


– Já que você me acordou e infringiu sua própria regra, exijo receber meu café da manhã no sofá. – gritou Penny quando Sheldon alcançou a cozinha – Agradeça que eu estou com fome o suficiente para não lhe dar uma tarefa mais difícil como...fazê-lo ir sozinho à faculdade. – Penny riu de forma audível ao ouvir o lamurio do amigo.


Sheldon não encontrou nada adequado para fazer um café da manhã. Penny não tinha farinha nem ovos para fazer panquecas, o único cereal havia passado da validade há dois dias e o pão de forma estava na geladeira, apesar dele enfatizar que os fungos proliferavam-se com maior velocidade em ambientes frios.


– Penny, não há nada adequado para um café da manhã. – as mãos de Sheldon apoiaram-se no balcão da cozinha americana – Você não tem farinha nem ovos, o cereal está fora da validade e o pão está na geladeira! Não posso comer isso sem sofrer um blitzkrieg estomacal.


– Já sei disso do pão, ok? Os bichos multiplicam-se e blá, blá, blá. – Penny levantou-se do sofá e foi em direção ao quarto – Vou me arrumar e vamos até a Starbucks ou, sei lá, algum lugar que venda café. – antes de ouvir qualquer discordância do amigo, gritou – E eu sei que você não toma café! Nada de drogas.


– Eu preciso usar o banheiro às 8h20min. – disse ele, assim que alcançaram a porta – Você precisa me trazer esse horário para cá.


– Vamos de carro, então. – revirou os olhos – Só temos que comer em quarenta minutos, ir e voltar para casa e procurar uma vaga de estacionamento. – ao perceber a expressão confusa de Sheldon, continuou – Não necessariamente nessa ordem.


– Na verdade, eu estava pensando se isso era sarcasmo. – os olhos dele estreitaram-se à procura da concordância da amiga


– Culpada. – Penny contorceu a boca para reprimir um sorriso. Sheldon era inacreditável.


Resolveram que tomariam café da manhã na Le Pain Quotidien, uma nova franquia de padaria belga, que era o lugar mais próximo do apartamento. Nem bem entraram e as pernas de Penny travaram. Jamais havia entrado em um lugar tão luxuoso para jantar, quanto mais para tomar café da manhã. Antes que Sheldon escolhesse alguma mesa fisicamente adequada, a amiga o empurrou em direção a porta.


– Não vamos entrar aqui. Olha esse lugar, Sheldon. – Penny exclamou – Vou ter condições de comer aqui só se tiver que lavar os pratos e limpar o chão por uma semana. Ou talvez, quando eu for uma atriz famosa.


– Pare de bobagens. Com sua boa aparência, deixariam você como atendente ao invés de faxineira. – Sheldon balançou a cabeça negativamente – Sua inteligência constantemente me decepciona.


Aquela era a segunda vez que ele exaltava sua aparência em menos de dois dias e, pela segunda vez, seu coração também palpitou forte. Um tempo atrás, ele havia comentado, durante uma noite de Halo, que ela tinha boa aparência. Aquela observação, naquela época, não havia surtido tanto efeito, entretanto.

Agora, ela o observava escolher uma mesa. Percebeu que ele estava usando a camisa pólo azul e a calça bege juntamente com o casaco escuro. Ao sentar em uma mesa próxima da janela –mas longe o suficiente para se preocupar com os raios solares -, a atendente sorridente cumprimentou-os, entregou o cardápio e anotou o pedido.


– Seus olhos. – Penny iniciou – São tão azuis quanto a camiseta.


– Ah, a propósito. – ele respondeu, ignorando completamente o elogio – Eu achei as roupas perfeitamente aceitáveis para quando eu for uns anos mais velho, por enquanto prefiro as minhas camisetas do Flash. – Sheldon começou a comer seus ovos mexidos e acrescentou – Por que você tem em seu iPod aquela música “I’m a slave for you”? Quer dizer, na música, a cantora disse que aceitaria ser uma escrava! Isso é um despropósito.


– Bem...- as bochechas de Penny tornaram-se rubras e, após um longo tempo, respondeu– É uma maneira de dizer o quanto gosta de uma pessoa. – resumiu, de modo que ele não entendesse o real significado da frase.


– Isso é bastante sensato. Bastante digna essa declaração. – observou - Pensei que fosse alguma relação entre casais do tipo servo e submisso, já que ganharam a mídia agora com aquele livro Cinqüenta tons de Cinza. – explicou ele, sério – Isso é irracional. Tsc, tsc, tsc...humanos e seus feromônios , quem os entende? – debochou Sheldon com uma risada discreta.


Penny preferiu manter-se quieta. Havia simplificado o real significado da frase, embora não fosse exatamente aquele que Sheldon citou. Mas, como poderia explicar isso, quando ele ainda preferia camisetas de super heróis e era tão ingênuo que acreditava que pessoas não poderiam se ver nuas?


– Você disse que é boa em anatomia. Por que não cursou Medicina? – questionou curioso.

– Sei, querido, o quanto você é curioso, mas podemos tomar café? Temos que voltar para casa em dez minutos. – disse Penny após tossir ruidosamente com a pergunta. Sim, Sheldon era completamente torpe em alguns assuntos. Talvez, a ignorância fosse uma benção, ao final das contas.


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Notas finais do capítulo

Qualquer erro, seja de concordância (ou discordância com os capítulos anteriores), seja de gramática e/ou ortografia, me avisem, por favor. Como escrevo e sei o que quero dizer, acabo não percebendo que não atingi o objetivo, mesmo quando reviso.
Critiquem, também, porque vocês que são a "alma" das fanfics! Obrigada e espero que tenham gostado