No Sewa Baby?! escrita por MissTenebrae


Capítulo 11
Consequências


Notas iniciais do capítulo

Voltei , dessa vez mais rápido ^-^
A Tori-chan ficou me enchendo o saco sábado o dia inteiro pelo telefone, mas eu não escrevi ^.^ ( má escolha)
ai... domingo a noite ela veio aqui... E o que a tene-chan aprendeu hoje? Sempre faça o que a Tori-chan mandar, sempre.
^Tori-chan: Então, queridos gafanhotos, aqui estão as lições de Como Fazer Uma Autora Preguiçosa Escrever:
1- Voadora.
2 - Se a primeira não deu certo, tente de novo.
3 - Leia a segunda.
É garantido ^^

Como prometido, esse capitulo vai para a Hikari Minami



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Eles se encararam por muito tempo, Arme não sabia quanto, mas se sentia estranha, desprotegida, o silencio a incomodava profundamente, então ela decidiu quebra-lo. Porém, quando ela abriu a boca, a voz que saiu não era sua.

– Cale a boca, sua porca! – Dio gritou, a expressão raivosa. – Isso é tudo culpa sua! Veja a porcaria que você fez!

– Mas, eu...

– Mas porcaria nenhuma, não quero saber! Eu mandei ficar calada, então cale essa maldita boca. – Ele percebeu as lágrimas começando a chegar aos olhos dela, um gemido baixo vindo do fundo de sua garganta. – Ah, vai chorar? Coitadinha... – Disse sarcástico. – Pensei que tinha dito que você não pode chorar... Foram eles, o jardineiro e empregadinha, não foram? Eles que te mimaram, e te deixaram fraca, inútil.

Ouvindo falar daqueles que a protegiam naquele lugar, seus amigos, a pequena não se segurou, estava morrendo de medo, muito assustada, mas gritou com o nobre que estava a sua frente:

– Você não tem nenhum direito de falar deles! Ryan e Lire não têm culpa!

O asmodiano arregalou os olhos, fingindo surpresa:

– Olhe só! – Riu-se. – Levantando a voz, me confrontando! – Ele interrompeu a risada bruscamente e seu semblante ficou escuro. – Eu não devia ter dado um jeito só naquele jardineirozinho de porcaria, devia ter cuidado dos dois, ia machucá-los, tortura-los, e a culpa ia ser toda sua. Você ia causar-lhes o pior dos sofrimentos...

De repente, a menina saiu correndo, não antes de entregar rapidamente alguma coisa a Rey, que até o momento assistira a cena calada, e subiu a escada correndo.

– Ela não sabe como fica ridícula tentando subir essa escada correndo. Sobe três degraus, escorrega, sobe mais um, tenta apoiar no corrimão, ai cai... – Dio começou a rir quando viu a criança tropeçar em um degrau , logo depois ela desapareceu, indo em direção ao quarto. Ele se virou para a asmodiana ao seu lado e resmungou: - Precisamos arranjar um jeito de sair dessa, Rey, e rápido.

Ele começou a pensar, analisar, calcular toda as suas opções, como deveria agir e o que deveria dizer para agradar os pais e acabar com todo aquele circo:

A forma mais rápida, e mais clara, seria começar a tratar aquela coisinha bem. Ele refletiu um pouco sobre isso, bem pouco, e logo concluiu que qualquer outra coisa seria melhor que aquilo. Ter que sorrir e ser cordial com um ser tão repugnante... A ideia não devia nem ter sido pensada. Devia haver outro jeito, sempre há...

– Dio... Que tipo de monstro nós somos?

Seus pensamentos foram interrompidos pela voz de Rey, ele olhou para o rosto dela, só então percebeu que ela não tinha falado nada até aquele momento, e viu algo no rosto dela...

Não, não podia ser...

Ele não sabia bem o que era, mas não era certo um nobre ter aquela expressão no rosto.

– Asmodianos.

Rey se surpreendeu em ser respondida, talvez porque aquele só fosse um pensamento em voz alta.

– Nobres. – Dio deu um sorriso maligno. – Seres que só se importam consigo mesmo, só fazem coisas se houver lucro. Tudo gira em torno de nós. Tiramos tudo que a pessoa tem para nos dar e depois a jogamos fora sem nem agradecer. Maus, hostis, canalhas, gananciosos, cruéis, vis, egoístas e perversos, somos exatamente o contrário do que é ser nobre. Monstros, realmente é a melhor palavra para nos descrever.

Depois do seu breve discurso ele analisou novamente a expressão dela, estava totalmente diferente. A Rey que ele conhecia tinha voltado.

– É, Dio, acho que essa foi a melhor descrição do que é ser um asmodiano da era. – Ela riu daquele jeito malvado que sempre assustara até os valentões da escola. – Eu vou subir para descansar um pouco. – Ela começou a andar e só parou do lado dele para lhe entregar um papel. – Acho bom você ler isso.

Devia ser aquilo que a coisinha tinha deixado antes tropeçar até o quarto. Já que tinha tocado nela, ele com certeza não queria ler, mas duvidava que ela soubesse escrever o nome, quem dirá uma carta, então não vinha dela.

Ele abriu.

Na carta, escrita a mão, vinha indicações das coisas que eles deveriam ou não poderiam fazer, uma lista de coisas necessárias para a criança, e Dio pulou todos os diversos parágrafos, até chegar ao último, uma pequena nota sobre os empregados:

Os prestadores de serviços domésticos serão fornecidos e controlados por fora, normalmente irão a casa apenas para abastecimento de alimento e limpeza da casa, sem mais outros serviços, e em só um dia por semana, com exceção de casos a parte.

Embaixo, a carta estava assinada pelos seus pais e os pais da Rey.

Realmente não haveria nenhum empregado na casa.

Dio suspirou. Estava tudo certo, ele podia suportar, seus pais logo iriam entender e deixar aquela besteira de lado.

~*~*~*~

A noite já tinha baixado quando o asmodiano saiu do seu quarto, ele desceu direto para a sala de jantar, se sentou no seu lugar de sempre e esperou.

Esperou.

E esperou.

– O jantar está atrasado, Zero! – Ele gritou com força, muito irritado. – Seu inútil! Traga logo a...

Ele se lembrou. Zero não estava lá, tinha saído no momento que teve oportunidade. Na verdade, todos tinham.

Traidores.

Ele suspirou.

O que faria? Estava na hora de se alimentar e seu estomago sabia disso. Se ninguém ia lhe trazer o jantar, ele tinha apenas uma opção: a cozinha.

Ele se enojou com a ideia de ter que entrar lá por vontade própria, mas mesmo assim se levantou e seguiu pela porta que o supostamente levava para um lugar onde somente os empregados deveriam entrar.

Ele seguiu por um corredor longo até ele abrir em um espaço cheio de portas, sua sorte é que a maioria estava sinalizada. No momento que entrou, duas coisas o surpreenderam:

A primeira, a cozinha era bem grande. E moderna. E até que aceitável ao olhar. Ele tinha uma imagem bem diferente daquele lugar: grotesco, apertado e antiquado. Afinal, era ali ficava alguns empregados. O lugar era amplo e organizado, tinha portas de vidro que davam direto no jardim, o que fornecia uma bela vista, e outras de madeira não sinalizadas que o nobre não fazia nem ideia de onde ia dar.

A segunda, havia mais uma pessoa lá.

Ou metade de uma.

A pequenina de cabelo roxo tinha acabado de preparar dois pequenos lanches, não era muita coisa, mas pareciam bem agradáveis na hora.

– Onde você pensa que esta indo? Eu não a proibi de comer à noite?

Ela nem demonstrou surpresa, o olhou, pegou os dois pratos, escolheu uma das portas sem hesitar e saiu.

Muito melhor assim, pensou Dio, não ia ter que ficar olhando aquilo.

Ele começou a caminhar pelo local, analisou uma coisa ou outra, abriu uns armários...

Não tinha a mínima ideia de onde ficava nada ali.

Não desistiu, continuou procurando, até que resolveu abrir uma maquina grande, de dentro dela saiu um ar gelado e ele viu... Comida. Fileiras e fileiras dos mais diversos alimentos.

Não sabia o nome ou conhecia qualquer eletrodoméstico, mas adorava aquele ali.

Porém, percebeu outro problema: não tinha nada pronto ali.

Nada.


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Notas finais do capítulo

Obrigada, gente!
Eu amo vocês!
Sério mesmo, muito, vocês não me abandonaram ToT
Seus lindos :3
Muuuuuuuito obrigada por lerem, as coisas só vão de mal a pior (pro Dio e pra Rey) eu prometo.