No Sewa Baby?! escrita por MissTenebrae


Capítulo 10
O Relatório


Notas iniciais do capítulo

Um mês passa bem rapidinho né gente hehehhehehe
*recebe voadora de Tori-chan*
Tori-chan: Quer saber, to tomando conta desse troço aqui, não é perdoar não viu gente? Ela demorou porque tava com preguiça, eu não sei quantas vezes mandei ela escrever essa coisa aqui, finalmente consegui, ficou pequeno mas amanha tem mais, pode deixar comigo.
Ah, o corpo semi-morto ta pedindo pra dedicar o capitulo pra Hikari Minami
Nossa, só isso? Eu não deixava.
Então, gente, boa leitura.



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O clima estava um pouco tenso.

Na verdade, estava muito tenso.

Tanto que deixava Dio em uma mistura estranha de ansiedade, indignação e surpresa, e ele nunca havia se sentido assim, não diante dos pais.

Porém não havia outra forma da atmosfera estar sem ser aquela tensão quase solida, e o motivo dela estava bem claro em um tom de vermelho e com cinco dedos bem marcados na bochecha de do asmodiano.

Ninguém nunca havia lhe batido, nunca.

- E esse foi meu maior erro. – A mulher a sua frente sussurrou, quase como se tivesse lido a sua mente. Embora fosse a expressão de Dio que denunciava todos seus pensamentos.

Ela o encarava mortalmente com mais um sentimento incorporado... Algo como ódio, algo que o nobre nunca havia visto, e não esperava mais ver, vindo dela.

- Olhe para mim, Dio. – Ordenou, e cuspiu o nome dele como se fosse veneno.

Ele nem tinha percebido que havia desviado o olhar, mas quando o centralizou, analisou a asmodiana que estava a sua frente:

Ela exalava poder, dinheiro e nobreza, uma aura pesada de respeito a rondava, e deixava claro que qualquer que a contrariasse se arrependeria rapidamente. Ela era muito alta, apenas alguns centímetros mais baixos que Dio, as cores de pele e cabelo eram muito parecidas com as do mesmo. A face era bela, com linhas suaves e os lábios quase enrijecidos pela clara falta de sorrisos.

Realmente, Dio lembrou, foram bem raras as vezes que vira a mãe sorrir.

Ela suspirou.

- Não consigo acreditar...

’Então somos dois’ Dio pensou ’ Não foi bem o melhor encontro de mão e filho da historia. ’

Assim que soube que sua mãe chegara para uma visita, ele seguiu para encontra-la, não tinham se visto desde da decisão da adoção, e a primeira coisa que recebera foi a mão da sua própria mãe no seu rosto – que deixou uma marca bem dolorida, sabia que sua mãe tinha força, mas aquilo era exagero.

E para completar a tensão extrema: Rey e seu pai estavam se encarando.

Ele não batera nela, é claro, mas era tão estranho vê-lo olhar daquele jeito para a pessoa que ele mais amara e mimara no mundo.

Dio sabia que Rey também não estava muito bem, o pai dela nunca nem levantara a voz com ela, e do nada a olhava daquele jeito.

- Antes de começar todo o sermão, posso saber que coisa nós fizemos de errado dessa vez?

Rey lhe lançou um olhar bravo, provavelmente por causa do ’nós ’, mas perto dos olhos da mãe dele, os dela não eram nada.

- Coisas, você quer dizer. – O pai de Rey, Peter Von Crimson, outro nobre cheio de poder e muito respeitado em todo a superfície e além dela, tinha um ótimo físico, expressão dura que se acalentava sempre e apenas para a filha – menos aquele dia, que seu rosto continuou rígido, mesmo estando de frente com sua querida filha.

- Não acho que a gente tenha feito algo de errado. – Rey se esforçou para não fazer um biquinho, aquilo funcionava com o pai todas as vezes, mas sentia que daquela vez deveria ser mais adulta o possível.

- Privar alimento, destratar, ofender, criticar, ridicularizar, insultar e deixar só uma criança de apenas cinco anos me parece muito mais que ’algo de errado’, vocês a torturaram mentalmente da pior maneira o possível, prometendo-a um futuro e depois empurraram-na cada vez mais fundo no inferno que é estar perto de vocês.

As palavras doeram, muito.

O tapa ardente na bochecha de Dio não lhe pareceu nada.

Rey olhou desesperada para o pai, esquecendo-se de ser adulta, procurando ajuda dele ou sua proteção, mas ele apenas concordou com tudo que a mãe de Dio disse.

- E o pior, Dio, foi você quem o fez. – O asmodiano engoliu em seco e se assustou quando sua mãe gritou e bateu com força na pequena mesa de centro: - Onde você achou a maldita coragem para bater em uma criança que não tem nem um terço da sua altura?!

O asmodiano estava mais preocupado com o tom de voz da sua mãe do que com as palavras em si – a voz exaltada e hostil da mãe era um mau sinal.

- E você não se contentou em apenas na menina, o jardineiro, que a protegeu, o que você deveria ter feito, tinha que apanhar.

Dio calculava a melhor maneira de reagir, se deveria se fingir de arrependido, encolher ou continuar com seu orgulho e enfrentar.

Ele estava com duvida, mas depois de ouvir a própria mãe defendendo a criadagem, seguiu com a terceira opção.

Má ideia.

- Primeiro: Não fui eu, foram os mordomos.

- Eles não fariam sem ordens suas.

O nobre ignorou.

- Segundo: Ele mereceu, desobediência.

E antes que a mãe falasse, ele concluiu:

- E terceiro: Eu mando nessa casa, não você.

E lá veio, a mão acertou a mesma bochecha, seu rosto virou com a força.

- Meu maior erro, realmente, foi não ter feito isso antes.

O pai de Rey levantou e seguiu para a porta.

- Já tomamos as previdências para o castigo. – Ele examinou todo o local antes de comentar: - Só tenho pena da pobre garotinha que vai ter que aturar... Vocês. – E se virou para sair.

- Pai, espere. – Ela segurou a manga dele, o impedindo de continuar. – Eu não fiz quase nada, eu não sou culpada. Foi o Dio! Ele fez as piores coisas. Eu não fiz nada.

- Nada... Essa foi a pior coisa que você poderia ter feito. – E puxou seu braço com força, desprendendo do contato com a filha e saiu.

- E não se preocupem, se fizerem qualquer coisa com a menina, eu ficarei sabendo. Espero que saibam o que isso significa.

E seguiu o caminho de Peter.

~*~*~*~

Demoraram para se levantarem, passaram um tempo refletindo e calculando qual seria a provável punição e como deveriam agir para agradar os pais.

Quando saíram e foram para o salão da porta principal, viram Arme, Ryan e Lire dando seu último abraço com os olhos marejados enquanto seus dois mordomos supostamente fieis saiam. Não demorou muito para que o jardineiro e a empregada seguissem a mesma rota com a pena chorando em seus corações, e deixassem para trás a pequena criança sozinha.

Então a porta fechou. E ficou o silêncio.

~*~*~*~

- E agora, o que nós fazemos da vida, não temos mais nada? – Ryan encarou desesperado, quando não tinham se distanciado nem quinhentos metros da casa.

- Ora, Ryan, procuramos um emprego, temos uma ótima carta de recomendação dos Von Crimson e dos Tenebrae, temos talento e ajuda financeira das duas famílias, pelo menos ate nos estabilizar, vamos dar um jeito.

- Acho que devíamos voltar.

- Não podemos.

- Mas...

- Eles vão ter o que merecem, aqueles Dio e Rey, finalmente, e fico feliz de dizer que a culpa foi minha.

- Mesmo assim, eu fico com o coração pesado quando penso na Arme.

- Uhum, ficar sozinha com aqueles dois, sem nenhum criado na casa não deve ser moleza. Mas ela vai conseguir, com certeza.

- Com certeza. – Ryan concordou, mas não com tanta certeza assim, porém ele tinha que acreditar.

Ele percebeu que estava muito lento quando apenas identificou Lire pelo cabelo loiro, que estava bem a frente, apesar disso ele a ouvia cantarolar:

- Eu dedurei meus chefes, acabei com os nobres, e os joguei na lama, joguei sim!


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Notas finais do capítulo

Tori-chan: É, gente, um mês, e só isso.
Mas é a vida né.
A gente conserta com voadoras, e tem mais amanha.
E isso é tudo, pessoal! ( sonho de vida realizado)