Passaram-se o restante das férias e finalmente era dia de regressar a Hogwarts. Devo dizer finalmente? Era o primeiro ano que eu não queria voltar pra Hogwarts. Meus pais achavam que eu estava nA'Toca, e não queriam me deixar regressar, pediram mil vezes pra que eu voltasse pra casa – e olha que eles são trouxas. Sabem que algo de errado, ou de perigoso está por vir, o fato é que Dumbledore está velho. Meus planos eram apenas entregar Potter, eu não queria ferir mais ninguém ou causar danos a Hogwarts. E eu teria que suar MUITO pra conseguir alcançar esse objetivo.

Terminei de arrumar meu malão e alimentei Bichento. Eu já estava uniformizada e com o distintivo de monitora. Suspirei e arrastei meu malão para a sala, onde os três Malfoy's estavam. Mais uma vez Draco pegou minha mão esquerda, e eu fui sugada pelo meu umbigo e logo em seguida cuspida na plataforma 9 ¾. Me encostei na parede, esperando o enjoo cessar. Draco estava com o seu distintivo de monitor também. Olhei em volta, e por sorte, não havia ninguém conhecido por perto. Então, eu senti um baque forte contra mim e fui empurrada para longe da parede onde eu estava encostada. Cambaleei para trás e alguém caiu em cima de mim. Só assim eu pude perceber que eu estava encostada na parede que era a passagem pra plataforma.

- Me desculpe... - Ergui o rosto e vi um ruivo, as sardas ruivas próximas de meus olhos. Era Fred – Hermione! - Ele me pegou no colo e me virou no ar, segurando-me pela cintura. Depositou alguns beijos na minha bochecha – Sua sumida! - Senti meus pés tocarem no chão, ele se afastou e tocou a ponta de meu nariz.

Eu tinha um carinho por Fred e Jorge que eu não tinha pelo resto dos Weasley, com exceção da sra. Weasley, que era um amor. Bom, acho que o único Weasley do qual eu odiava – agora, pelo menos – era Rony.

Suspirei pesadamente, e forcei um sorriso.

- Estava em viajem com meus pais – Menti – E bom, não vou poder ficar com vocês no trem – Graças a Merlin, não ficaria com Rony, muito menos com o meu “querido melhor amigo” Harry – Eu sou monitora – Apontei pro distintivo em meu peito.

- Ahhhhhhhhhh! - Os gêmeos disseram em uníssono. Eu ri e Rony chegou atravessou a passagem.

Seus olhos brilharam ao me ver.

- Meu amor! - Ele correu até mim, me abraçou e me beijou de forma lasciva. Tive que controlar todos os meus músculos pra não transformar aquele beijo nojento em uma luta livre com meu querido, lindo, perfeito – ironia – e falso namorado.

- Heeeeeeeeeeeey, nós somos vela! - Fred brincou.

- Candelabro – Jorge completou e foi a deixa pra eu me afastar e forçar um riso.

- Hermione! - Não tive tempo de ver quem era, só sentir braços me envolverem e me girarem no ar, igualmente como Fred havia feito. Senti meus pés tocarem o chão e vi o ultimo rosto que eu queria ver em minha frente: Harry James Potter.

Mais uma vez fiz um esforço sem medidas pra não enfiar a mão na cara dele, e pra transformar todo aquele ódio em um sorriso falso.

- Harry! Que saudades – Eu disse numa falsa animação. Então, para meu alívio, o trem anunciou a hora do embarque. Sem mais delongas, peguei meu malão, coloquei no bagageiro do trem, e subi, correndo para a cabine dos monitores. Draco estava lá, e os monitores da Lufa-Lufa e da Corvinal ainda não haviam chegado. Nem os outros dois, o garoto da Grifinória, e a garota da Sonserina.

- Como vamos fazer, pra concertar o armário sumidouro? - Draco perguntou, preocupado.

- Eu conheço bastante feitiços, hoje após o jantar nós nos encontramos na sala precisa e eu tento arrumar um jeito de concertar – Sussurrei, e os monitores chegaram. A monitora da Sonserina era Astoria, o meu par era Córmaco MacLagen, a Luna era da Corvinal e o Cedrico da Lufa-Lufa, seus pares eu não conhecia.

A mulher com o carrinho dos doces passou, e eu comprei uma tortinha de abóbora e uma barra de alcaçus. Foi um saco ficar fiscalizando o trem durante a viajem toda, ou pelo menos parte dela – Eu e os outros monitores dividíamos – o fato é que McLagen também estava fiscalizando comigo, porque cobinamos que seria por casas. O fato é que o garoto ficou me tarando o tempo todo.

Finalmente o trem parou. Guiei os alunos do primeiro ano até Hagrid, e depois segui em direção as carruagens. Por sorte tinham uma carruagem reservada para os monitores.

Ao chegar em Hogwarts, segui com calma para o salão principal. Sentei ao lado de Gina e Fred, e consequentemente eu fiquei de frente pro Rony. Ele me olhou por debaixo da franja que caia em seu olho esboçou um sorriso. Apenas assenti.

A cerimônia de seleção se passou, foram dez alunos para a Corvinal, dez pra Lufa-Lufa, vinte pra Grifinória, e cinco pra Sonserina.

- Atenção, todos, por favor – Era Dumbledore, a voz visivelmente ampliada por magia – As coisas andam difíceis. A todo momento, talvez neste exato minuto, forças das trevas estão tentando penetrar nesse castelo. Eu só lhes peço, muito cuidado. A anos atrás um garoto que andou por esse castelo, comeu dessa mesma comida, dormiu nesse mesmo dormitório, andou por esse corredor, fez todas as escolhas erradas. Eu só peço pra que reflitam no que querem, e não vão fazer nada do que se arrependam depois – Olhei pra Draco, e ele retribuiu o olhar. Parecia aflito.

O banquete então apareceu. Separei um pedaço de lasanha, e tomei suco de abóbora.

Em compensação, Rony, estava com as bochechas estourando de comida. Será que a boca dele tem um feitiço de ampliação? Bom, eu não sei. Dei de ombros, e voltei a atenção pro meu quarto.

Finalmente a sobremesa apareceu. Tomei sorvete, e logo após todos terminarem, Dumbledore liberou a gente para ir pros dormitórios.

Rony pegou em minha cintura e já ia me acompanhando a sala comunal.

- Amor – Nojo – Eu vou pra biblioteca, preciso separar alguns livros que eu estou doida pra ler, nos vemos depois, mas não me espere, provavelmente eu vou demorar esse livro é difícil de se achar – Forcei um sorriso, eu estava ficando boa em mentir e fingir.

- Tudo bem – Ele me deu um rápido selinho e seguiu para a sala comunal.

Passei na biblioteca e peguei alguns livros de como desfazer feitiços e concertar coisas, e segui para sala precisa.

Imaginei um armário sumidouro e o rosto de Draco. Logo apareci em uma sala escura, com muitas coisas, e um armário coberto por um pano beje.

- Demorou. - Ele reclamou.

- Eu estava pegando alguns livros – Ergui os livros pra ele – Vamos ao trabalho, Malfoy.