Ignorance Is Your New Best Friend. escrita por Triz


Capítulo 23
Over again, I get what I want.


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu sei que eu demorei ERAS pra postar o capítulo, me perdoem, mas eu fiquei sem internet, e não tinha mesmo como eu entrar aqui pra atualizar, miiiiiil perdões, MESMO.
Capítulo dedicado à Weasley Malfoy e The Lalis que fizeram recomendações perfeitas. OBRIGADA, MESMO. ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/317378/chapter/23

Ponto de vista: Hermione Granger.

Meu corpo se curvou em um perfeito "U" ao contrário. Meus braços estavam rentes ao meu corpo, dobrados na região do meu diafragma.

Meus músculos estavam duros, e parecia que mil agulhas de ácido eram injetadas em minhas veias, arrancando todo meu sangue e colocando o líquido torturante no lugar. Meu coração batia aceleradamente, e por meus olhos escorriam lágrimas juntamente ao suor que deixava o cabelo solto colado ao meu rosto.

Berros de agonia queimavam por minha garganta. Como se Fogo Maldito estivesse passando por ela, e queimando todo meu corpo por dentro.

Algo pior que a tortura invadia meus ouvidos. – a risada fanha e fina de Bellatrix.

Maldita.

– PARA! PARA! PELO AMOR DE DEUS, PARA! – Dinstingui palavras mais ou menos assim, que chegaram aos meus ouvidos juntamente da risada da vaca de cabelo armado.

– Bella, chega! – A voz arrastada e de cobra sibilou, cessando a tortura. Meu corpo se encolheu automaticamente, ainda trêmulo e sem forças pra sequer me mover.

O rosto branco e ofídico caminhou lenta e decididamente até meu corpo no chão.

Chutou meu rosto com violência, cortando minha bochecha por dentro, fazendo-me saborear meu próprio sangue, e bater a cabeça contra o mármore duro da enorme sala. Meu coração batia aceleradamente, e de certa forma, eu sabia que minha morte seria ali.

– Sangue ruim, nojenta! Como pude confiar algo tão importante à você? Como pude colocar minha marca tão preciosa no seu corpo imundo? – Ele disse, fazendo meu sangue borbulhar. Imundo era ele. O olhei com desprezo. Da mesma forma que ele fez comigo.

– E-eu não traí ninguém – Protestei.

– Calada! – Ele gritou, e chutou meu estômago, fazendo eu contrair os lábios e saborear ainda mais meu próprio sangue. – Como ousa tentar se defender ainda por cima? Você não é digna de possuir o que possui. A minha marca, a marca mais poderosa do mundo. Você não é digna de ser fiel a mim. – Ele gritou, seus olhos de pupilas finas me fitavam com ódio.

– Hermione não traiu ninguém! – A voz arrastada do loiro gritou.

– Draco, fica quieto, vai sobrar pra você... – Eu disse, a voz saiu fraca.

– Não, vamos ouvir o que ele tem a dizer. – Era Narcisa, tentando agir a favor do filho.

Bellatrix concordou, e Voldemort por fim se rendeu.

Draco contou-lhes da minha gravação, e que só estava vivo graças a mim.

Espera. Malfoy retribuindo um favor e salvando minha vida de volta? Ok. As coisas estão realmente estranhas por aqui.

Voldemort virou-se pra mim.

– Levante-se, sangue ruim. – Obedeci amargurada, e fiquei de pé, com a postura ereta.

– Sim, milorde. – Confesso que a palavra saiu mais irônica e amargurada do que eu pretendia.

– Mostre-me a gravação. – Ele disse, tentando se manter "calmo", ou natural.

Tateei minhas vestes, encontrei minha varinha, e entreguei a ele, sussurrando o feitiço e mostrando a gravação de Lupin.

– E quem garante, que isso não é armação? – Perguntou a vaca de cabelos armados, assim que Voldemort estava quase se dando por convencido e me entregara a varinha.

– Se fosse uma armação, acha que eu seira burra o suficiente pra voltar aqui e mostrar minha cara para ser aniquilada? – Retruquei irritadiça. – ACHA QUE EU SALVARIA O DRACO?! EU FUGIRIA! SEI DOS RISCOS! – Agora eu estava aos berros.

– Olha o tom de voz comigo, sua trouxa imunda! – Bellatrix gritou, o rosto por debaixo do cabelo armado ficando vermelho de ódio, fazendo-me sorrir.

– EU FALO DO JEITO QUE EU QUISER, VOCÊ NÃO GOSTA DE MIM, BELLATRIX, E EU NÃO TE OBRIGO, MAS RESPEITAR É BOM, SE ESTAMOS AQUI, ESTAMOS DE IGUAL PRA IGUAL! – Eu disse, agora vermelha de raiva.

– Então vamos nos tratar de igual pra igual! – Bella disse, e um raio verde disparou em minha direção. Com um aceno lancei um escudo protetor, talvez desviando a minha morte em um único feitiço.

Sério que eu iria travar uma batalha com Bellatrix Lestrange no meio da mansão Malfoy? Ela confirmou isso no momento que mais lampejos multicoloridos dispararam de sua varinha em direção a mim. Eu apenas os desviava com o "Protego."

– Sangue ruim maldita! – Ela disse entredentes, e com um aceno, minha varinha escapou de meus dedos, voando para o outro lado da sala. – Cruccio! – Ela apontou pra mim, e eu me encolhi, esperando o ácido substituir meu sangue. Mas um grito agoniado diferente irrompeu o ar, e Draco tinha entrado na frente do feitiço. Estúpido. Corri até o canto onde minha varinha estava, e desarmei Bellatrix. Draco parou de se contorcer em dor, e Voldemort cessou toda a confusão fechando o punho no ar.

Ele caminhou até mim, e sorriu, os olhos ofídicos e os dentes semi-podres.

– Foi corajosa, garota. – Ele passou os dedos gélidos e asquerosos por meu queixo, fazendo-me sentir náuseas. – E é por isso que eu vou te dar a última – última – chance – Ele disse, e tirou os dedos de meu rosto, afastando-se.

Respirei fundo, apenas assentindo. Mais uma vez, eu consegui o que eu queria.

Ele gesticulou par que saíssemos dali, e Draco me puxou, arrastando-me para seu quarto.

Adentrei o local, era escuro, havia uma enorme cama de casal, e tinha as paredes em um tom verde-oliva. Havia algumas prateleiras repletas de CD's de bandas bruxas, e uma televisão trouxa de cerca de quarenta e duas polegadas em um suspensório pendurado no teto

Tinha também um lustre que deixava o quarto com um ar mais tranquilo, e ao lado da cama havia um criado-mudo com um abajur cor de creme.

As cores da roupa de cama eram cor de creme com um verde-oliva da cor da parede. E tinha dois grandes travesseiros de pena de gansos, depostos sobre a larga cama.

O teto era decorado com detalhes creme.

– Doninha idiota, onde você tava com a cabeça? – Eu perguntei, enfiando-lhe um murro no ombro. – Por que se enfiou na minha frente?! – Eu disse, indignada.

– Hermione, tá machucando. – Ele disse, recuando, e aí eu lembrei que ele estava machucado.

– Desculpe. – Murmurei e fitei meus próprios pés.

– Eu não pensei no que estava fazendo, apenas fiz. Você salvou minha vida, senti no dever de fazer o mesmo. – Ele disse baixinho, e eu sorri de canto.

–Obrigada, doninha.

– De nada, rata de biblioteca – Ele sorriu, e só assim eu percebi o quão estava cansada. Me sentei em sua cama, e meus olhos pesaram.

Ouvi alguns sons, e um colchão de espuma surgiu no chão. Era extremamente confortável.

– Vai se deitar, você está cansada. – Ele disse, e não protestei. Me deitei, realmente, ser torturada pelo cruccio cansa as pessoas. Um cobertor pesado de pena caiu sobre meu corpo.

– Você tá bem? – Eu perguntei, com a voz embargada.

– Estou. – Pelo tom que sua voz assumiu, posso chutar que ele estava sorrindo.

Apenas assenti, e adormeci, sem pensar em mais nada. Deixei que os problemas se afastassem uma única vez.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Tái, ficou ruinzinho, mas tava mais que na hora de eu atualizar. :X
Nos vemos nos comentários.