Ignorance Is Your New Best Friend. escrita por Triz


Capítulo 22
I find the Dark Lord. Oh no! And now?


Notas iniciais do capítulo

Oi. Então, o numero de comentários aumentou, resolvi trazer um capitulo pra vocês. Mas ainda não estou 100% satisfeita.



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Ponto de vista: Draco Malfoy. 

Cada centímetro de meu corpo pedia por ar, minha consciência, mesmo apagada sabia que precisaria de ar cedo ou tarde. 

Foi o momento em que eu comecei a me arrepender das minhas decisões. Morrer não era o certo, fugir de toda a responsabilidade assim, e quanto aos meus pais? A minha mãe? Ela fizera Snape fazer o voto perpétuo pra me proteger. 

Mas eu não tinha forças pra me mover, eu estava morrendo, meu coração falhava cada vez mais. 

Senti uma agitação na água, talvez fossem os animais horrendos. Não me importava com isso, eu estava cada vez mais submisso a morte, e eu tinha certeza que não sobreviveria àquilo. 

Meu peito doía, os pulmões lutando em busca de um ar inexistente. 

Senti algo me puxar, mas eu não tinha nem forças pra distinguir o que era. 

Só sei que depois disso, eu fui retirado da água, o vento a minha volta gelado, agora o ar entrava ardendo e machucando por meus pulmões, como se eu nunca tivesse respirado na vida. 

Foi uma sensação de alívio, mas meu coração ainda lutava pra continuar batendo, afinal, eu havia perdido muito sangue. 

Senti uma sensação gostosa de meus ferimentos se fechando, como um formigamento na pele.

Eu sentia murros dolorosos em meu peito, e ouvia sons estranhos, algo que eu não consegui distinguir. 

A cada vez mais os murros eram dolorosos, mas eu não tinha forças pra falar ou pedir pra parar, ou impedir aquelas coisas dolorosas de atingirem meu corpo. 

Senti lábios nos meus, e assopraram em minha boca com fervor, fazendo meus pulmões protestarem. 

Eu escutava sons, não sabia se eram vozes ou não. 

Os murros então, cessaram, e eu senti algo cair sobre mim. 

– Doninha nojenta. DONINHA RIDÍCULA. – Era Hermione. Não! Ela não deveria estar aqui, essa traidora. 

Esforcei minha garganta, lutando contra tudo pra conseguir emitir algum som. Por incrível que pareça, eu consegui. 

– Eu te odeio. – Minha voz saiu fraca, mas saiu.

Pisquei algumas vezes e consegui fitar seu rosto, ela estava ensopada, assim como eu. Seus olhos estavam vermelhos e inchados. 

Seu rosto tinha uma mistura de alívio e ódio. 

– SEU IDIOTA, EU TE ODEIO, VOCÊ NÃO TEM QUE ME ASSUSTAR NUNCA MAIS ASSIM. – Ela berrou, fazendo meus ouvidos latejarem. Eu ainda não tinha forças pra me mover, precisava dormir. 

– Por que não me deixou morrer? – Perguntei, minha voz saiu amargurada, eu acho. – Já que me odeia tanto. 

– Eu não seria responsável por isso, doninha. – Ela disse, seus olhos escorriam lagrimas, ou era água? Não sei dizer. 

– Você é uma traidora, vai embora, me deixa morrer. – Eu preferia morrer ali do que ser salvo por ela. 

Ela começou a gritar em um protesto dizendo que não tinha voado de hipogrifo pra ouvir aquilo, sei lá, eu não entendi nada. 

Mas então, ela me contou que não havia nos traído e mostrou uma gravação de Lupin falando que Dumbledore sabia de tudo o tempo todo, o que não fazia sentido. Mas eu precisava arrumar um jeito de sair dali. O vento assobiava e me dava calafrios.

– Eu.. Não.. Sabia. – Sussurrei, eu fazia força pra conseguir falar. 

– É. E como vamos sair daqui? – Ela perguntou. 

– Aparatando. – Eu não aguentava mais ficar com os olhos abertos. Eu estava fraco. 

– Você corre o risco de estrunchar.

– Ai Hermione, tanto faz, eu sou um monstro. – Eu agora chorava. Eu era um monstro, e só Merlin sabe o quanto eu me odeio. Acho que nem ele. 

– Você não é, para. – Seu corpo caiu sobre o meu, e tudo que eu queria era pedir pra ela sair de cima de mim, porque tava machucando, mas mais uma vez, minha voz não saia. Eu precisava dormir. 

Na parte positiva, seu corpo estava aquecendo o meu. 

Acabei adormecendo ali mesmo. 

Ponto de vista: Hermione Granger. 

Eu não fazia ideia de que horas era quando eu acordei, mas o local estava um breu só, não tinha nem frestas de luz, devia ser de madrugada. 

Draco ainda dormia, estava fraco. 

O sequei, e fiz o mesmo comigo, com um feitiço. 

Sussurrei alguns feitiços de proteção, e aqueci o lugar a nossa volta. 

Conjurei alguns travesseiros e cobertores e o cobri, ajeitando-o entre os travesseiros. 

Sussurrei mais uns feitiços de cura, na tentativa de deixá-lo menos fraco. 

Me deitei ao seu lado, me cobrindo, o local estava razoavelmente confortável agora. 

Mas não consegui dormir. 

––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––

– Hey.  – O loiro me chamou, fazendo-me voltar a atenção pra ele. 

– O que aconteceu? – Ele perguntou, e se sentou. 

Sério que ele não lembrava de nada?

Contei-lhe tudo. 

– Como vamos sair daqui? – Perguntou Malfoy. 

– Não faço ideia. – Eu disse. – Você está forte o suficiente pra aparatar? – Perguntei, me levantando. 

Ele o fez também, parecia o velho Draco. 

– Sim. 

– Então vamos. – Com um aceno de varinha eu fiz os cobertores, travesseiros e etc sumir. 

Caminhamos até os barcos, e fiz o mesmo processo que havia feito para acelerar sua navegagem. 

Quando saí da caverna, me surpreendi, o hipogrifo preto que havia me levado estava lá, deitado sobre as patas de cavalo. Draco recuou, ele tinha um certo trauma de hipogrifos, digamos assim. 

– Está tudo bem. – Eu sussurrei, ele parecia meio hesitante. 

O animal levantou feliz em me ver, e abaixou seu dorso pra que eu sentasse. 

– Conquiste a confiança dele. – Murmurei. 

Draco fez a reverência, e o hipogrifo retribuiu. 

O loiro caminhou lentamente e hesitante até o animal, e lhe acariciou o nariz de ave.

Este gesticulou com a cabeça para a parte de trás de seu corpo, convidando Draco a sentar-se também. 

Ele sentou primeiro, agarrando no pescoço do animal. 

Eu, sentei atrás dele, com as pernas grudadas e duras de tão forte que eu me abraçava ao bicho, e abracei a cintura de Draco, meu coração entrou em disparada quando o bicho começou a voar livremente pelo céu, fazendo mergulhos altos e círculos no céu. 

Hipogrifo é um animal inteligente. 

– Voar nesse animal é melhor que vassoura! – Draco disse, encantando, e o hipogrifo relinchou, contente. 

– EU NÃO GOSTO DE VOOOOOAR! – Gritei, apavorada, apertando o estômago do loiro, que deu risada. O vento gelado assobiava em meus ouvidos, cortante, cortando meus lábios e arranhando meu rosto. 

Porém, o hipogrifo não nos levou para o castelo. 

Eu reconheci a fachada quando ele estava perto da aterrissagem, a imensa mansão. Os portões pretos com um tom de verde escuro, e os detalhes meio medievais. 

– Draco. Por que ele nos trouxe pra cá? – Perguntei, agora me sentindo um pouco mais segura por estar perto da terra firme. Acho que se caísse, quebraria apenas uma perna.

– Eu não sei. – O loiro disse, parecia nervoso também. 

Ele voou por cima do portão, e aterrissou em frente a porta de entrada da mansão, que estava aberta. Com um movimento brusco, nos jogou no chão, e antes que eu pudesse protestar ou me levantar, o animal levantou voo, e saiu de lá, voando livremente a céu aberto. 

– Ah. Meu. Merlin. – Eu disse pausadamente, agora um calafrio e nervoso percorrendo por meu sangue. Adentrei lentamente a casa, após Draco. 

– Mas ela nos traiu, milorde! Eu avisei, eu sabia disso o tempo todo! – Bellatrix. 

– E Draco? – Narcisa. 

– Draco não falhou comigo, mas ele se aliou a ela, cadê ele aqui? – Perguntou Voldemort. 

Meu Merlin, e agora? O que eu faria?

Meu coração estava em disparada. 

Draco saiu de perto de mim e caminhou ruidosamente e decididamente até a sala de jantar, onde estava havendo a reunião. 

– NÃO! – Eu gritei em um sussurro meio mudo, e o pânico percorreu cada centímetro de meu corpo. 

– Eu estou aqui. – Ele disse. 

– Ora, ora, ora. – Voldemort disse, e pelo tom que sua voz assumiu, arrisco dizer que ele estava sorrindo. 

– Ninguém nos traiu, e Hermione está aqui. – Ele caminhou até mim, pegou meu pulso. Protestei, tentando arrastar-me para longe, mas ele era mais forte do que eu. 

Meu coração batia em disparada, eu morreria ali, e sem sombra de duvidas naquele momento. 

– Como ousa aparecer aqui depois de tudo que fez?! – Bellatrix me disse, apontando a varinha torta para mim, me encolhi. – Cruccio. 

Agulhas invisíveis queimaram todo meu corpo, fazendo meu corpo curva-se e berros de agonia sair por minha garganta, que estava sendo arranhada como fogo. 

Aquilo era terrivel, meus joelhos cederam. 


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Notas finais do capítulo

E então, nos vemos nos reviews?