Draco tinha que matar Dumbledore. Não. Ele ia fracassar. Ele ia morrer. E a solução seria qual? Snape o fazer. O fato é que Voldemort não se importava quem fizesse, queria Dumbledore morto, só dera essa missão ao Draco pelo fato de “testar” sua capacidade como comensal, pra ver se era útil.

– Está funcionando – Ele sorriu, satisfeito.

– Sim – Eu sorri em resposta, mas estava preocupada ao máximo. E se Draco morresse? Suspirei, varrendo o pensamento pra lá.

– Você está bem? - Ele perguntou, abaixando a varinha.

– Estou, estou ótima – Sorri largamente, de forma convincente.

– Eu estou com fome – Draco resmungou.

– O jantar é agora. Vamos? - Chamei-o.

– Vamos, mas continuamos isso amanhã, certo? – Ele disse, ele parecia realmente cansado. E eu também estava.

– Tudo bem, Draco. – Nós saímos da sala precisa e caminhamos pelo canto mais escuro do castelo, sem que ninguém nos visse. Quando chegamos em certo ponto nós nos separamos e eu fui a primeira a entrar no salão principal.

Caminhei até a mesa da Grifinória e sentei no lugar de sempre – entre Fred e Jorge, de frente pra Rony: que estava com as bochechas estourando de comida. Suspirei e forcei um sorriso pra ele, que tentou sorrir mas as bochechas cheias não permitiam.

– E aí, Hermione, como foi a detenção? – Fred perguntou e me fez rir.

– Normal, Fred. Como se você não soubesse o que é ficar de detenção.

– Eu sou Fred Weasley, não sei o que é ficar de detenção. – Ele disse em um tom convencido.

– E eu muito menos, Fred só não fica de detenção por minha causa. – Jorge disse me dando uma cotovelada de leve nas costelas, e me fazendo rir.

– Vocês são dois idiotas. – Bufei e coloquei panquecas com macarrão em meu prato.

– Mas você ama esses dois idiotas. – Eles brincaram.

– Amo! – Ri e comecei a comer.

Assim que terminei, segui com os gêmeos para a torre da Grifinória.

– Hermione, vem aqui. – Fred me chamou e sentou-se na poltrona. Caminhei até ele, ele me puxou e me sentou em seu colo. – Você vai ser nossa cobaia, para os novos produtos das Gemiliadades Weasley. – Ele sorriu marotamente.

– Eu?! Me tira dessa, não quero explodir Fred! – Ri. Jorge veio até mim.

– Calma Hermione, calma. – Ele estava com um frasquinho na mão, que havia umas pedrinhas azuis. – Isso aqui é algo que supostamente dá sorte ou atende seus pedidos, nós estamos tentando estabelecer esse resultado. – Ele disse... Sorte ou atender aos seus pedidos. Isso seria ótimo pra mim, pelo menos.

– Tudo bem, vamos lá. – Estendi a mão e Jorge colocou duas pedrinhas na palma dela. Levei-as a boca, tinha gosto de chiclete. Engoli.

– Muito bem, agora teste. – Fred pediu.

– Mas como? – Eu perguntei.

– Faça um pedido. – Jorge disse.

– Que pedido? – Perguntei mais uma vez, perplexa.

– Ai, sei lá. Qualquer coisa. – Ambos disseram juntos.

– Tudo bem, eu desejo que... O Harry apareça acompanhado da... Gina aqui. – Eu disse e passaram-se três segundos, Harry e Gina apareceram dentro da sala comunal. Arregalei os olhos e olhei pros gêmeos, que bateram as mãos em um comprimento. Comecei a rir.

Harry e Gina não entenderam nada. O moreno me lançou um olhar “eu preciso falar com você depois” e acompanhou a ruiva até o dormitório. Subi com eles e peguei meus livros. Desci novamente e olhei pros gêmeos que conversavam entusiasmados.

– Vou fazer meus deveres. – Eu disse pros dois e me sentei em uma mesa no canto, enquanto ambos conversavam animadamente sobre seus novos produtos. Bom, do Rony, eu não sei. Engraçado, Lilá também não está aqui.

Harry desceu as escadas exasperado.

– Hermione. Precisamos conversar. – Ele disse, e eu ergui os olhos. O olhei e esperei que ele começasse a dizer. – Eu tenho ido a sala do Dumbledore. E ele vem me mostrando lembranças sobre você-sabe-quem. – Harry começou. Ótimo! Era muito bom ser a “melhor amiga” dele, porque assim que ficava por saber o que estava acontecendo em ambas as partes e o que eu faria pra me vingar do moreno a minha frente.

– Nossa! E então? – Perguntei, fingindo estar interessada. Bom, na verdade, eu realmente estava interessada.

Harry me contou que Voldemort pediu informação sobre as tais Horcruxes pra Slughorn – O que era o tal motivo por o nosso atual professor de poções ter voltado para escola. Ele contou que Voldemort supostamente tinha sete Horcruxes e que Dumbledore estava correndo atrás de destruí-las. Interessante, realmente interessante. Talvez eu conseguisse alguma coisa com essas informações. Ele disse também que teria que ir em busca de algumas horcruxes sozinho.

– Harry. Eu vou com você – Falei decidida.

– Não Hermione, eu não vou deixar que você arrisque sua vida por mim... – Como ele conseguia ser TÃO ridículo? E falso? Bufei, fingindo irritação pelo sua suposta mania de proteger a gente. Então, Rony entrou na sala comunal.

– Sobre o que estão falando? – Ele disse ao se sentar no sofá e me puxar pro colo dele. Notei que seus lábios estavam inchados e que Lilá entrou logo depois na sala.

– Onde você estava, Rony? – Perguntei, só pra ver a resposta.

– E-eu? Ah, eu tava no c-campo de quadribol, treinando pro jogo que vai ter... Semana que vem – Ele enrolou e em seguida me deu um beijo. Retribui com nojo. Ele tinha coragem de mentir na minha cara, o estupido achava que eu era idiota. Ah, Rony Weasley. Hermione Granger não é tão idiota quanto pensa.

Ponto de vista: Ronald Weasley.

Hermione levantou-se da mesa da Grifinória antes do jantar acabar. E bom, todos sabem que eu só saio da mesa depois que toda a comida acaba. Não posso evitar, eu amo comida. Lilá também ficou lá, e por incrível que pareça fomos os últimos a sair. Eu havia decido que não ia fazer mais nada de errado, e que não trairia Hermione.

Comecei a seguir calmamente para a sala comunal da Grifinória. Quando eu estava chegando perto da primeira escada, senti umas mãos pegarem minhas vestes e chocar-me contra a parede de pedras fria.

– Ronald, como está? – A voz da ruiva a minha frente chegou até mim. Senti seu hálito contra o meu, e Lilá me deu um beijo no canto da boca. Arfei, a tentação era grande.

– O-oi Lilá. – Respondi, gaguejando.

– Por que não vamos pra sala precisa? – Lilá perguntou, passando as mãos em meu cabelo e depois descendo pras minhas costas, contornando e indo pro meu toráx, fazendo com que meu corpo ardesse em desejo.

– É melhor não, eu tenho namorada. – Disse, me afastando dela. Porém, a garota me pressionou mais uma vez contra a parede e me beijou. Não resisti. A peguei no colo, e caminhamos em direção a sala precisa, sem que ninguém nos visse.

Caminhei até a sala comunal da Grifinória.

– Sangue de salamandra. – Eu disse. Tinha combinado com Lilá que depois que eu entrasse ela estaria lá, pra não ficar muito suspeito. Se eu estava me sentindo culpado? Sim, eu estava. Mas eu não estava arrependido de ter feito o que fiz.

Caminhei pelo corredor e vi Hermione e Harry sentados no sofá, conversando.

Me sentei e puxei a castanha para meu colo.

– Sobre o que estão conversando? – Perguntei acariciando a cintura dela.

– Onde você estava, Rony? – Hermione me perguntou, fazendo meu sangue gelar. Lilá entrou na sala logo em seguida.

– E-eu? Ah, eu tava no c-campo de quadribol, treinando pro jogo que vai ter... Semana que vem – Enrolei e dei-lhe um beijo.

– Sobre o que estão conversando? – Perguntei mais uma vez após separar meus lábios aos dela.

– Harry precisa ir a caça de Horcruxes e eu estava falando que vou com ele, custe o que custar. – Hermione sorriu. Ah, minha garota, sempre tão preocupada comigo e com Harry. Decidi que eu não ia mais mentir pra ela.

– Não você não vai... – Ele começou.

– Eu vou com vocês! – Disse.

Ponto de vista: Hermione Granger.

Rony também queria ir conosco. Ótimo, isso ia ser mais interessante do que eu podia imaginar. Diversão para três! Vou poder me vingar duplamente, isso é ótimo.