Ponto de vista: Hermione Granger.

Eu estava explodindo. Aquele maldito não tinha que bisbilhotar minha vida! Nem sequer esse direito ele tinha – por sorte, tudo que ele queria ter visto estava ante das memórias de eu ajudando Draco, até mesmo porque meu ódio – e sede por vingança – eram bem maiores do que as meras lembranças de ajuda ao garoto loiro.

Senti algo quente em meu bolso, era a moeda.

Venha pra sala precisa, acho que descobri outro feitiço pra arrumar o armário – D.M.

Ok. - H.G.

Saí em direção a sala precisa, pisando duro e me arrastando.

- IUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUHU!

Me assustei e procura da voz. Olhei em volta e vi o potergaist, Pirraça.

- Pirraça, o que você quer? - Ralhei irritadiça.

- Me divertir! - Ele disse e atravessou por mim, fazendo-me sentir calafrios. Maldito.

- Pirraça, vai embora! - Berrei.

- Eu? Por que eu iria embora? - Ele disse e começou a bater latas no alto.

- Inferno.

- INFERNO! Vou te deixar da cor dele! - Ele disse animado.

- Mas o quê... - Antes que eu pudesse terminar a frase, senti meu corpo ser banhado por tinta. Uma lata de tinta pra ser especifica. Bufei e senti vontade de matar Pirraça. Só que não, porque ele já é morto!

- Pronto! Agora você pode ir. - O poltergaist gesticulou com a mão e eu segui extremamente irritada e querendo morrer para a sala precisa.

Draco Malfoy.

Pedi, e a sala me cedeu o pedido. Entrei na sala e encontrei o loiro do lado do armário sumidouro.

Ele me olhou e arregalou os olhos, e eu senti que ele estava segurando o riso.

- Hermione? - Ele perguntou e deixou alguns risos divertidos escaparem por seus lábios.

- Não, Malfoy, O papa! - Berrei irritada.

- O que aconteceu com você? - O loiro indagou, e começou a rir.

- Para de rir! - Alertei-o. Expliquei tudo que acontecera com Snape e Pirraça.

- Vem aqui, eu vou te ajudar. - Ele me puxou pelo pulso, e me trouxe pra perto dele. Sua mão ficou manchada de tinta. Pegou sua varinha e apontou para meu corpo – Aquamenti! - Ordenou e água caiu sobre mim, fazendo a textura grossa sair e ser recomposta por uma textura mais fina, a água. Automaticamente, a sala precisa ficou vermelha. Meu cabelo ainda estava grosso e espesso. Ele pegou meu cabelo em mãos e o colocou para trás. Deixou a água cair nele e a tinta saiu toda dele. Olhei pro meu corpo, a camisa branca estava transparente e deixou meu sutiã preto a mostra.

- Pronto, foi o que eu consegui fazer – Ele disse e suspirou, observando o resultado.

- Hmmm. Agora vem aqui – Corri em sua direção com os braços abertos – Vem cá Malfoy, quero te dar um abraço! - Gritei e ele saiu correndo.

- Nãaaaaaaaaaaaaaaaao! - Ele correu e riu, jogando diversas coisas em meu caminho. Pulei sobre ele e caímos os dois no chão, eu por cima dele. Pressionei nossos corpos e encharquei ele igualmente.

- HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA – Ri em vingança, e saí de cima dele, ajudando ele a se levantar.

- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! - Ele gritou, tentando se secar.

- Bem feito! - Ri, eu ria tanto que minha barriga até doía.

- E eu ainda te ajudei! - Ele berrou se fingindo ofendido.

- Oh, tadinho! - Disse em tom irônico – Vem, vou dar um jeito nisso – Puxei sua mão e chacolhei meu cabelo, molhando-o ainda mais. Ele se afastou e colocou as mãos sobre os olhos.

- HERMIONE! - o loiro disse irritado, mas logo começou a rir. Ri junto com ele. Talvez ser amiga de Malfoy não fosse uma má ideia. Não é?

- Agora é sério, vem – O puxei mais uma vez pela mão e fomos para fora da sala precisa.

Desejei que tivéssemos o armário sumidouro, e assim que entrássemos na sala ficássemos secos.

- Pronto, resolvido o problema – Eu disse assim que entramos e fomos secos instantaneamente.

- Ok, agora vamos ao trabalho – Ele pegou um livro e começou a foleá-lo.

- Malfoy – Eu disse, me lembrando a conversa que ouvi dele com o Snape.

- Sim? - Respondeu seu tirar os olhos do livro.

- Por que Snape está protegendo você? Por que ele fez o voto? - Ele ergueu os olhos do livro e me fitou com um pouco de medo, eu acho.

- Como você sabe? - Perguntou, olhando fundo nos meus olhos.

Ponto de vista: Draco Malfoy.

Não. Ela tinha descoberto. E agora? Não era pra ninguém saber disso, além de mim, meus pais e os comensais. E como eu ia mentir pra ela? Que desculpa eu inventaria?

- Porque eu sou um comensal – Foi a primeira coisa que escapou por meus lábios – Foi a pedido da minha mãe – Completei. Mas como previ, Hermione não foi enganada facilmente. Merda, ela tinha que ser tão inteligente. Respirei fundo, e olhei em seus olhos – minha missão é matar Dumbledore.

Ela arregalou os olhos, completamente aterrorizada. Senti vontade de chorar, porque de fato essa missão me aterrorizara.

- O que? Mas....

- Eu sei, mas eu não tenho escolha. Ou Dumbledore, ou eu. Ele não aceita o fato de Dumbledore estar velho, ele quer que o diretor de Hogwarts morra o mais rápido possível. Sabe o colar enfeitiçado que Katie estava na mão? Fui eu. Enfeiticei ela para que levasse o colar a Dumbledore, mas deu errado! - Senti minha voz ficar embargada. Hermione me acolheu em um abraço confortável, e eu apenas suspirei – Por favor, não conta pra ninguém – Pedi, e a castanha apenas assentiu.

- Tudo bem. Vamos ao trabalho – Ela falou, pegando o grosso livro. Lhe mostrei o feitiço que eu havia encontrado e começamos a executá-lo, esse não cansava mais tanto.

Coloquei uma pena dentro do armário, e o fechei. Ela sumiu por poucos minutos e depois voltou pro mesmo lugar.

- Está funcionando – Eu sorri satisfeito.

- Sim – Ela também sorriu, mas parecia preocupada. Soltou um suspiro pesado, parecia apreensiva. A velha Hermione Granger, ainda estava ali.