Amor Improvável Em Columbus Circle. escrita por Carolyna Grey


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu sou assim tão chata? "( Leitores fantasmas saiam da moita rs' É sério, a fic tem muitos mais leitores do que os que deixam review. Então se você leu a fic, gostou e quer que eu continue me ajude a continuar. Juro que não dói nadinha xD
Desculpe a demora :/ Não irá ser algo que acontece sempre. Aqui está o 4º Capítulo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/317349/chapter/4

Ela observava tudo à volta com um ar sereno e um leve sorriso no canto dos lábios. Em nada se assemelhava a moça assustada e indefesa de há dois dias atrás. Aparenta sim ser delicada, frágil. Uma garotinha perdida entre os adultos tentando encontrar o caminho de volta para casa. E tudo o que eu queria fazer era abraça-la e protege-la.
– Aqui é lindo. - Suspirou se virando para mim. - Você tem bom gosto.
– O-Obrigada. - Limpei a garganta. - Obrigada. - Repeti desta vez de forma audível.
Era estranho ter alguém dentro do meu apartamento. A última vez em que uma pessoa pisou este lugar foi também o último dia em que saí de casa. Aquelas recordações não eram agradáveis, mas constantes no meu dia a dia.
– Ãhn...senta. - Apontei para a sala de estar.
Me sentei ao seu lado na outra ponta do sofá - o mais distante que poderia ficar. Ela voltou a mexer nos dedos denunciando todo seu desconforto. Por fim, encheu o peito e me encarou.
– Eu quero falar sobre o que você viu no outro dia. - Sua voz era baixa como se temesse ser ouvida por mais alguém que não fosse eu.
– Seu segredo está seguro comigo. - Tentei conter o sarcasmo, mas ainda assim ele foi plausível o suficiente para que Cristal franzisse a testa semicerrando os olhos.
Ela estava irritada? Se sentindo afrontada? Foda-se pois eu também me senti muito irritada e indignada com sua submissão àquele monstro de quem ela está noiva.
– Ele não é assim. - Não pude evitar que uma pequena gargalhada de pura frustração vinda do fundo do meu íntimo escapasse pela minha boca.
– Nunca são, não é mesmo? - Arqueei uma sobrancelha. - Até ter um dia ruim e acidentalmente a mão dele ir de encontro ao seu rosto. Mas aí no dia seguinte ele te leva para jantar em algum restaurante e ele é todo corações e flores para cima de você. Até você se convencer de que ele não pode ser assim.
Seus olhos brilharam e meu coração ficou apertado quase me levando a me arrepender das palavras proferidas. Ela apenas assentiu de cabeça baixa. Suas mãos estavam fechadas com tamanha força que o nó dos seus dedos ficaram brancos pela falta de sangue.
– Eu tenho medo. - Revelou num murmúrio arfando ainda cabisbaixa.
Me sentei mais próxima dela colocando minhas mãos frias e prestes a suar de nervosismo sobre as suas quentes e suaves. Me acovardei assim que o fiz pensando retira-las quando seus dedos se entrelaçaram nos meus gentilmente.
– É normal ter medo nestas situações.
– Não tenho medo por mim. - Foi a minha vez de franzir a testa, confusa. - Ele sempre diz que se alguma vez eu o deixar todas as pessoas ligadas a mim sofreram as consequências. E da única vez em que tentei me afastar dele alguns dias depois misteriosamente o freio da moto do meu irmão havia sido cortado. Por sorte ele se apercebeu a tempo e pulou da moto.
Fiquei boquiaberta com a possibilidade que ela colocava. Se realmente fosse ele o responsável a situação era pior do que eu imaginava e ele não a deixaria em paz tão facilmente.
– Eu já não sentia nada por ele para além de medo quando ficamos noivos. - Mirava os próprios pés pesarosa. - Eu não queria. Essa não era a vida que eu imaginei. Não pedi por isso, mas...
– Mas o medo falou mais alto. - Completei. - Não é culpa sua. Nada corre cem por cento como planejamos. Há detalhes que precisam ser ajustados. Erros corrigidos.
– Nem todos os erros podem ser corrigidos.
– As coisas mudam para pior ou para melhor, mas nunca voltam a ser exatamente como era antes. Erros podem ser amenizados.
– O que eu faço? - Olhou para mim com os olhos vermelhos; sua voz trêmula e falha.
Ela engoliu em seco ficando com o maxilar tenso. Estava contendo o nó na garganta para não chorar à minha frente. Senti uma pontada de desilusão pois mostrava que ela não se sentia à vontade comigo. Mas do que eu estou me queixando? Ela mal me conhece e está abrindo seu coração comigo. Isso já é muito mais do que talvez eu seja merecedora.
Segurei seu rosto nas minhas mãos sustentando seu olhar raso de lágrimas que logo cairam morrendo na ponta dos meus dedos. Ela cheira tão bem. A baunilha e um leve toque de chocolate, é desconcertante. Sua boca tem o efeito de um íman e seus olhos o dom da hipnoze.
Fui surpreendida quando seus braços me puxaram e sem que eu estivesse preparada nossos corpos estavam colados um no outro.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não foi um capítulo longo e com muitas emoções e nem muito detalhado. Me comprometo a postar um bem melhor para próxima :)