Percy

Ver a Medusa novamente, não foi muito bom. Ela levar Simon e Alice, muito menos.
No instante em que eu e Annabeth fomos jogados para longe, eu me senti inútil. Já havia lutado com monstros muito piores do que fúrias, mas elas venceram de alguma forma.

O pior, era pensar que eu tinha a vida de dois jovens em minhas mãos. Tudo bem que eu já tive o mundo inteiro, praticamente, mas isso parecia mais importante... não sei o porque.

Ajudei a Annabeth a arrumar todas as coisas, e seguimos uma trilha. Já imaginei que não ia ser fácil, mas nunca passaria na minha cabeça que lá teria... minotauro.

Já me acostumara com essas presentinhos inesperados, do tipo "ah, aqui está um monstro pra você se divertir um pouquinho".

Sem pensar duas vezes, saquei a Contracorrente e avancei no minotauro. Annabeth me ajudou distraindo-o com o seu boné da invisibilidade.

Infelizmente, não planejava que ela escorregasse em um tronco e caísse, deixando seu boné ir para o outro lado. Pelo o que pude ver, aquilo fez um corte em sua perna.

Farejando ainda mais do que o normal, o monstro começou a caminhar até ela. Não, ele não iria machucar a Annabeth enquanto eu estivesse por perto.

Corri até ele e golpeei a espada em suas costas, e o som emitido por ele foi tão grave, que senti meus ouvidos ficarem surdos.

Ele se virou ofegante, e aparentemente sem forças. A chance era aquela. Enfiei a Contracorrente no seu peito. Ele cambaleou para trás e caiu, se transformando em areia. Corri até a Annabeth.

– Você está bem? - perguntei

– Estou - ela respondeu calmamente - Foi só um corte Cabeça de Alga!

– Poderia ter sido pior, ele poderia ter te atacado.

– Mas você estava lá. - ela disse sorrindo.

Retribui o sorriso e ajudei ela a se levantar.

Inesperadamente, recebi um beijo que pareceu me deixar com mais esperança de continuar aquela caminhada. Pareceu ter recuperado todas as minhas forças. Olhei para seus olhos cinzas, e percebi que eu estava com um sorriso bobo no rosto.

– Éer... - eu disse - Vamos, temos um bom caminho pela frente.

Ela assentiu e voltamos a andar.

No meio do caminho, encontramos, nada mais, nada menos, que um Ninfa.

– Vi o que vocês têm pela frente semideuses. - ela disse com uma voz suave como a brisa - E acho que posso ajudar vocês.

– Agradeceríamos muito - respondi

– Prestem atenção no caminho que pretendem. A primeira opção não é a certa, mas não estou dizendo sobre vocês não terem que passar por lá.

– Como você sabe disso? - Annabeth perguntou - Pode muito bem ser uma armadilha.

– Eu tenho meus contatos. - a ninfa respondeu com um sorriso

Ótimo, agora espíritos das florestas tinham "seus contatos".

– Muito obrigado. - disse a ela

Depois ela desapareceu.

Precisávamos de ajuda, até que ela surgiu.