A Prisão Da Medusa escrita por Milena Buril, Andressa Picciano


Capítulo 21
Voluntário a um ferimento




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Alice

 

Foi muito bom ganhar uma arma. O melhor de tudo, foi de ter conseguido realizar um sonho. Simon.

Andamos bastante, até a noite aparecer. E ela não veio sozinha.
Galhos começaram a balançar frenéticamente, e sons de árvores quebrando, se juntou ao Manticore que decidiu nos visitar.

Eu não sabia como eu consegui deduzir que animal era aquele, mas sua aparência me mostrou que ele não era do tipo agradável.

A criatura tinha corpo de leão, rosto de humano e uma ameaçadora cauda cheia de espinhos. Já me acostumara com essas tentativas falhadas de misturar as genéticas.

Peguei a minha espada, e seu peso foi embora. Uma certa facilidade começou a me dominar. Olhei para Simon, e ele tinha feito o mesmo. Juntos, atacamos.

O monstro foi rápido e desviou da primeira tentativa, mas consegui acertar suas costas. Ele olhou para mim e sua boca salivou por comida. Aproveitando a chance, Simon golpeou uma de suas patas, e o Manticore cambaleou. Enquanto pensava em que atitude eu tomava, ele foi acertado no peito. Antes de se desintegrar, um espinho foi lançado à mim.

Qualquer tentativa de me desviar, seria inútil, então o que eu vi, foi Simon pulando na minha frente.

 

 

Ele caiu em meus pés, e automaticamente, me ajoelhei em seu lado. 

Uma dor começou a me irradiar. Eu poderia muito bem ter levado aquilo. O espinho era meu

Peguei um pouco de Ambrosia e lhe entreguei. Com cuidado, tirei o espinho do seu braço. Simon fez uma careta, pela dor, mas logo sua expressão mudou. Estava fazendo efeito. 

Ajudei ele a se encostar em uma árvore, então disparei:

- Por que fez isso? - As lágrimas queriam sair, mas não autorizei.

- Não iria deixar um monstro estúpido te machucar - a resposta foi direta.

- Não precisava... - a minha voz falhava, e não consegui dizer mais nada.

- Escute Alice, isso não é nada comparado do que eu posso fazer por você. 

Minha respiração vacilou e meu coração transbordava desejo.

Simon me puxou para perto dele. Seus olhos estavam negros e eu conseguia ver o que ele via. Apenas Alice.

Me aproximei mais um pouco e o beijei. Suas mãos massageavam meus cabelos e o toque era suave. Toda a preocupação me deixou. Se pudesse, congelaria o momento. Explorei seus músculos do braço e senti a fenda do espinho. Me soltei primeiro e Simon me olhou com cara de preocupado.

- O que foi? - perguntou.

- Um dia. Tudo o que temos é um dia.


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