A Prisão Da Medusa escrita por Milena Buril, Andressa Picciano


Capítulo 12
Um quarto nada agradável




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Percy

Que perfeito! Tudo o que eu mais queria era um descanso, mas quando abri a porta do quarto, eu esperava encontrar duas camas confortáveis, para que, eu pudesse deitar e dormir como uma pedra. Mas semideuses não tem todo esse luxo.

Fúrias.

– Acho que já vi fúrias de mais por hoje - Annabeth murmurou.

Mas não eram apenas duas como da última vez. Eram seis.

Saquei a Contracorrente e ataquei duas de uma só vez. Por ter treinado bastante, não foi tão difícil. Apenas tive o trabalho de apontar a espada para uma, e fazer com que ela se chocasse com a outra. Com as duas juntas, passar a arma no peito delas não era assim, tão complicado.

Annabeth já havia cuidado de uma, e agora se preparava para acabar com a outra.

Nota: Quando se está lutando, não é uma boa ideia parar e ficar observando por muito tempo.

Fui lançado no ar e cai, batendo as costas na quina da parede. Senti meus músculos latejando e a visão ficando embasada. Não podia largar Annabeth nessa luta.

Levantei e ataquei a fúria que fizera isso comigo. Como ainda estava um pouco tonto, ela conseguiu arranhar o meu ombro com uma de suas garras.

A raiva tomou conta de mim, e tudo o que fiz, foi decapitar a criatura. Foi uma cena bem nojenta.

Annabeth já estava na terceira, mas não estava tendo muita sorte, só que ela conseguiria reverter a situação.

A última fúria estava encolhida em um canto do quarto. Não era como se ela estivesse deprimida, mas sim, preparando o bote.

Comecei a me aproximar, pronto para lutar. Um de seus olhos se ergueu, e pude ver um sorriso em seu rosto.

– Pensa que vai se livrar de mim Filho de Poseidon? - ela disse com uma voz totalmente aguda - Você pode ter derrotado todas as minhas companheiras, mas me pegar, vai ser a tarefa mais difícil.

Em questão de minutos, a criatura já havia passado pela janela e estava do outro lado da pousada.

Me virei, e vi Annabeth deitada no chão, se contorcendo de dor.

Corri até ela, e quando vi o que uma das fúrias fez com ela, me senti mais do que feliz pela morte daquele monstro.

A perna dela, estava jorrando sangue. O corte das garras estava bem profundo. Lágrimas de dor brotavam em seus olhos.

– Ei, fica calma - tentei soar o mais protetor possível - Tenho um pouco de Ambrosia.

Procurei em minha bolsa, e achei um pequeno pedaço. Era tudo o que tínhamos. Tudo bem, aquele momento, era uma boa hora para ele ser usado.

Entreguei para Annabeth, e ela comeu.

– Obrigada - sussurrou - Percy, minha cabeça.

Foi quando olhei. No alto de sua cabeça, havia um pequeno corte. Realmente, era bem pequeno, mas fiquei imaginando a dor.

Annabeth desmaiou em meus braços.

Não podíamos ficar naquele lugar. Aquilo já era um belo olá, certamente não queria um adeus. Peguei minha mochila, e carreguei Annabeth. Saí do lugar. Na recepção não havia ninguém, então deixei alguns dracmas de ouro em cima do balcão.

Fiquei procurando um lugar para ficar, até que achei uma casa abandonada. Sabia que não era o certo, mas precisávamos de um descanso, e eu me recusava a ficar naquela pousada.

Entrei no lugar e estava tudo escuro. Pela lógica, acendi a luz. Havia poeira por todos os lados, mas parecia que alguma pessoa já tinha passado por lá, fazia alguns meses. Procurei pelos quartos, e por sorte, ou armação, um com duas camas. Repousei Annabeth em uma delas, e deitei na outra.

Não consegui pegar no sono, porque fiquei com medo de que mais monstros entrasse na casa, e eu estivesse dormindo, sem ter chance de atacar.

Tentei manter meus olhos abertos, mas eles não me obedeceram. Uma hora depois, eu já estava em um sono, quase profundo.

...

Acordei com os raios solares entrando pelo quarto, atingindo bem o meu rosto.

Sentei na cama, e vi que Annabeth não estava mais lá. Meu coração deu um pulo, e eu sai do comodo o mais rápido possível.

Encontrei-a na sala, sentada no sofá com um livro na mão. Como se sentisse minha presença, ela se virou e sorriu:

– Que bom que acordou! Temos uma longa caminhada pela frente.

– Você me assustou - respondi, com o tremor passando.

– Eu não sairia daqui, te deixando sozinho - ela disse com a voz um pouco rouca - Você sabe disso. Agora pegue suas coisas e vamos, antes que o dono decida vir para cá.

Fui até o quarto e peguei a única coisa que tinha: minha mochila.

Encontrei Annabeth com um livro na mão. O título estava em grego.

– Será que o dono se incomodaria se eu... - ela perguntou.

– Pegue como um presente meu - respondi - Qualquer coisa, assumo a culpa.

– Obrigada - ela falou em meio a um sorriso.

Saímos da casa e fomos em direção à única floresta que tinha naquela cidade. Ela parecia bem extensa, mas andar um pouco seria bom para a cabeça.

– Blackjack! - Annabeth exclamou, e começou a procura-lo.

– Ele nos encontra - respondi - É normal ele sumir de vez em quando.

Nos aprofundamos ainda mais no lugar, até que uma voz, chamou nossa atenção.

– Nos encontramos novamente Percy. E olha, que nem faz tanto tempo.


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