Minha Adorável Stalker escrita por Panda san


Capítulo 8
Se um elefante incomoda muita gente, imagine duas malucas!


Notas iniciais do capítulo

Olá galerinha de peão!
Bem, gostaria de implorar o perdão de vocês. Sério, demorei muito mesmo para postar ;o;
Acreditem se quiserem, mas eu escrevi esse capítulo faz um tempo, mas o nyah entrou em manutenção no mesmo dia. E também eu fiquei muito triste que alguns leitores fixos não comentaram no último capítulo e isso me deixo desanimada para escrever.
Enfim, ansiosos? Perdoem os erros :3



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Sabe quando você acorda bastante tonto - porque foi drogado disfarçadamente com um suco qualquer-, preso com tiras de couro pelas suas pernas, braços, cintura e pescoço numa “mesa” de metal, numa sala com a presença ilustre de uma, como se já não bastasse apenas a minha “namorada”, psicótica adorável? Não? Pois é. Sinta-se infinitamente sortudo por isso e agradeça todos os dias por nunca ter tentado bolinar garotas com um parafuso a menos.

Diferentemente do meu primeiro encontro com Mizuno (a maluca número 1), Ane (a maluca número 2) não me deixou apenas de cueca preso à uma cadeira de madeira velha e quebrada num porão mofado e mal iluminado. Na verdade, o local era bastante sofisticado por sinal. As paredes eram brancas e limpas, ali era bem iluminado – até demais- por um lustre preso ao teto e tudo cheirava a desinfetante caro ou papel higiênico com cheiro de eucalipto. Até ai tudo bem, certo? Não, não. Claro que não. Ou você pensou que ela simplesmente me prenderia numa “mesa” de metal e me alimentaria com uvas? Ane surgiu por detrás da “mesa”, que estava reclinada na horizontal, e me lançou um sorriso satisfeito.

– Vamos colocá-lo de pé então, quero que o sangue escorra para baixo. – Falou, mas não tive certeza se falava sozinha, comigo ou se havia mais alguém com ela. A garota abriu uma pequena portinha que havia na parede. Dentro havia dois botões: Um verde e um vermelho. Ela apertou rapidamente o botão de cor verde e a “mesa” começou a se levantar para frente, deixando-me de pé. Eu cairia se as tiras de coro não estivessem me segurando. - Está mais confortável, querido? – Ane esboçou novamente aquele maldito sorriso de satisfação, como se realmente acreditasse que eu estava muito contente naquela situação.

– Eu... Estaria mais... Confortável... Sem essa... Coisa no meu... Pescoço. – Respondi com dificuldade por culpa do aperto que proporcionava.

– Desculpe Kotaro. – ela fez uma expressão dolorosa. - é pela sua segurança. – Pode ter certeza que eu estarei muito seguro quando "o sangue escorrer para baixo” . Ela se aproximou de mim e acariciou os meus cabelos. – Vou cuidar de você. – e continuou as carícias. Ane se distanciou um pouco e foi até a portinha, a qual tinha aqueles mesmos botões, mas havia algo a mais ali. Encolhi meus olhos para observar melhor e avistei um outro botão pequeno de cor branca que se camuflava com o branco das paredes. A garota pressionou aquele mesmo botão e consegui ouvir o click vindo dos cantos do local. O barulho começou a ficar mais alto e em maior quantidade e notei que as paredes começaram a virar, mostrando seu verdadeiro conteúdo.

M-Mas... O que diabos é isso?

***

Mizunos Pov’s (On)

Masami havia saído e aquela poderia ser a minha única chance de escapar dali. Estava confusa sobre o que ela havia dito. Meu primo parecia atordoado demais para raciocinar perfeitamente. Observei o local à procura de algo, balançando as algemas que me prendiam à cama. - Merda. – Praguejei chutando fortemente a cabeceira sob meus pés. Ouvi um barulho estranho e notei que havia caído algo como farelos e estavam espalhados pelo chão. – Ahn? Cupins? Masami, seu grande estúpido. - Pensei alto e lancei inúmeros golpes na cabeceira acima de minha cabeça. A mesma respondeu após um tempo despencando sobre mim. Levantei-me, achando que estava completamente livre o que no caso não era verdade. Apesar de a madeira estar corroída e ter se partido ao meio, a parte onde a algema estava presa era de ferro maciço. Bati com a parte da cabeceira que restava no chão, mas parecia que aquela era a única parte que não estava podre. Ouvi um barulho estranho vindo da porta. Masami já havia voltado? Não fiquei para obter uma resposta. Peguei a madeira que estava presa e quebrei uma das grandes janelas de vidro do local. Ouvi passos rápidos no corredor e me joguei para fora. Eu precisava salvar Kotaro. Apesar de tudo... Eu ainda... Preciso dele.

Mizuno Pov’s (Off)

***

Eu achava que nada poderia piorar até eu ver o que aquela sala simplória se transformou. As paredes haviam virado e mostravam um interior nada agradável. Artefatos de tortura, os quais nem saberia como descrever ou saber seus nomes, estavam por todo o lado. Resumindo: Nunca, em hipótese alguma, fale com garotas suspeitas e amigáveis. Mais amigáveis que suspeitas.

Senti meu sangue gelar. Eu que deveria salvar Mizuno acabei me transformando na “Mocinha em perigo”. Francamente, eu sou tão inútil assim?

– O que achou do estoque, Kotaro-kun? – Disse a garota com as mãos entrelaçadas sobre o peito e olhos brilhantes. – Lindos, não? Abri minha boca para responder a solene pergunta de Ane, mas a mesma me interrompeu. - Não diga nada. Não estrague o momento! – Falava em tom emocionado enquanto dava voltas pela sala observando seu "material sagrado". – Tão lindos... Não, PERFEITOS! – Continuou e parou em minha frente.

– O-Onde está... Mizuno? – As palavras saíram falhas pelo fato da pressão em meu pescoço.

– Mizuno... – Falou em tom pensativo apoiando o queixo na ponta do dedo indicador, como se tentasse se lembrar de algo. – Ah, sim. Katagawa-san? – Fingiu uma falsa animação batendo palmas. – Ela deve estar se divertindo... Praticando incesto, talvez? - Acabei deixando uma expressão confusa transparecer em meu rosto. – Kotaro? Não me diga que você não sabia que um de seus colegas era primo de Katagawa-san? Pele morena, um metro e oitenta de altura, cabelos negros? Nunca notou como seus olhos são idênticos aos de Mizuno? – Ela ria entre as frases como se eu fosse o corno daquelas novelas clichês da tv aberta. Nada mesmo poderia piorar. Senti uma raiva que provocava uma dor igual a um rasco no peito, como nunca havia sentido antes. Que história maldita é essa de “incesto”? Queria gritar! Quebrar alguma coisa! Eu lembrava quem era Masami e o jeito particular que ele me olhou quando Mizuno praticou aquele teatrinho estúpido para afastar as garotas de mim. Apenas de imaginar ela envolta em seus braços me embrulha o estômago. Me senti tão desconfortável. Aquela garota odeia caras! TODOS os caras... Masami não poderia ser exceção. Eu sei! Ou será que... Não, não... Mizuno é... Somente... Minha!

– Ciúmes? Hã? – Ane disse maliciosamente. – Não lembra o que você fez comigo naquele dia? Não acha justo que Katagawa-san se divirta um pouco também? Já imaginou, Kotaro? Masami aproximando seus corpos o suficiente para ouvir sua respiração ofegante e o calor...

– CHEGA! – Gritei em puro ataque de ódio. – CALE ESSA MALDITA BOCA!

A garota não pareceu surpresa com a minha reação.

– Você merece algo melhor. – Ela disse aproximando-se dos artefatos de tortura, segurando uma grande faca de açougueiro, mas o nome do instrumento não me vinha a cabeça. – Melhor do que aquela garotinha e sua família insignificante. – Continuou, virando os olhos para mim. – Fique comigo, para sempre.

Estava tão atordoado para pensar. Até ouvir um barulho de porta sendo arrombada. Um buraco de luz se abriu na parede, embaçando a minha visão.

– A única pessoa que pode torturar Kotaro Masaji, é, e sempre será, eu. – Disse uma voz ofegante. Ane caiu sobre o chão com o impacto de algo grande chocando-se contra sua cabeça. Ao fechar a porta novamente pude ver o rosto da minha salvadora: Mizuno. Ela andou em minha direção, tinha uma expressão preocupada no rosto. E... Bem... Estava apenas com uma camisola um pouco... Transparente e um pedaço de madeira preso em uma das mãos. Ela libertou uma das tiras em meu pescoço.

– Mizuno... – Disse, mas fui interrompido pelo estalo que sua mão fez em meu rosto.

– Não diga nada. Sem agradecimentos e palavras desagradáveis. – Seu tom de voz era sério, mas seus olhos azuis estavam claros como nunca vi antes. Ela com certeza estava feliz em me ver. Tive a sensação que a mesma iria me abraçar, mas apenas continuou ali em pé. Observei o corpo de Ane caído no chão. Essa foi por pouco.

– Temos que sair daqui. – Mizuno disse após notar que eu a observava. – Essa garota... Falou algo?

– Bem... – senti meu rosto queimar. – Falou que você provavelmente estaria praticando “incesto” com o seu primo. Aliás... Você nunca me disse que aquele garoto era seu parente. – Encarei-a enquanto liberava o que ainda me prendia. – Falou também sobre a sua família ser insignificante. Dá para me explicar o que está acontecendo? – Continuei.

– Kotaro. – Ela se aproximou de mim. – Temos que sair daqui, agora.


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Notas finais do capítulo

HOOOOOOOOOOOHO! Até os próximos capítulos! Comentem para me animar um pouquinho ;u;
Ah, algum erro me avisem, ok? *O*
Tá curto, mas queria postar rápido para vocês...