Minha Adorável Stalker escrita por Panda san


Capítulo 9
Cuidado! Sistema de segurança atualizado!


Notas iniciais do capítulo

Hey people! Tudo bem com vocês?
Era para eu ter postado antes, mas tava cheia de prova e nunca tinha tempo pra escrever. Enfim, aqui está mais um novo capítulo! Perdoem os erros, minha editora linda tá sem internet (~sad ;~;).
Sem mais encheção de salsicha, tarãm!



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Já era de manhã e eu tentava dormir no banco nada confortável do trem. Depois de tudo que aconteceu eu realmente acreditei que tudo daria certo por um tempo, mas eu sempre estou errado em relação a tudo. Sempre.

Mizuno me arrastou até minha casa e ambos fizemos nossas malas. Ela apenas deixou um bilhete na cômoda e partimos em direção à estação. Tudo que disse foi: "Você vai conhecer a minha família.

Opa! Acho que estou ferrado. Olhe, pense comigo. Ninguém nasce com mania de estripar, matar, torturar. Você não acorda simplesmente em um dia qualquer, abre a janela e pensa: "Hum, quem eu vou castrar hoje?". Não funciona assim. Ela deveria ter influências para isso.

– Mizuno, olha, eu sei que você quer que eu conheça sua família, mas isso não poderia ser de preferência quando não temos aula?

Ela bufou.

– Não se preocupe com as aulas. Não teríamos como estudar em uma escola destruída de qualquer forma.

– Hã? Mas a nossa escola... Espera... O QUE- A garota tirou um canivete do bolso e me ameaçou, dando a entender para falar mais baixo. - Você a destruiu? Isso é crime, sabia?!

– Crime é a sua ignorância. Eu já disse que você iria conhecer a minha família, como imaginou que iria conseguir fazer isso em plena terça-feira? - Apoiou o queixo nas mãos. - Não me surpreende que tenha caído tão facilmente na isca daquela... - Disse com desgosto.

– Mas Mizuno... É apenas sua família... - Falei sem pensar e senti uma vontade imensa de tirar tudo o que disse pelo olhar que ela me lançou.

– "Apenas"? - Ela riu debochadamente. - Kotaro, você conhece a Yakuza?

Engoli em seco.

– Y-Yaku..

– Yakusa. - Ela disse firmemente. - Uma organização de crime organizado. Máfia Japonesa. Sabe, - Umedeceu os lábios. - Meu pai era o líder do mais importante clã.

– Era? - Perguntei.

– Era. - A garota disse e deu a conversa por encerrada virando novamente para a janela.

Agora sim tudo estava perfeito. A família de Mizuno era mafiosa.

***

A paisagem da cidade era bem comum. Árvores diversas e forte cheiro de pão fresco. Inúmeras casas estavam espalhadas em forma de "U", em volta de uma grande praça que se estendia por uns bons quilômetros. Peguei a minha pequena mala e esperei algum sinal de Mizuno que... Segurou minha mão?

– Não largue em hipótese alguma. - Sua ordem fez meu rosto queimar e torci para que ela não notasse. Desde que deixei Mizuno sozinha do festival do arroz me sinto infinitamente culpado. Nós nunca saímos como um casal, nunca fomos ao cinema, nunca dei meu casaco a ela quando estava com frio, nunca disse que a amava.. Não que eu a amasse, mas casais normais falam isso. Sendo verdade ou não.

Permanecemos a caminhar pela praça e sentia que estávamos sendo estranhamente observados, o que não parecia incomodar Mizuno.

– Por que eles nos encaram tanto? - Perguntei. A garota olhou em volta procurando pelos olhares que desviaram instantaneamente em contato com a tonalidade escura dos olhos azuis da mesma.

– Vamos, ande mais rápido. - E me puxou para mais perto.

Eu ainda me perguntava como ela conseguia ser tão bonita. A garota usava um short um pouco rasgado nas pontas e uma blusa azulada que mostrava o volume dos seios perfeitos. Seu cabelo estava bastante desarrumado, mas continuava muito atrativa. Queria perguntar para ela se sua cor favorita era azul pelo fato de vê-la usar aquela cor tantas outras vezes, mas achei estúpida essa questão e com toda a certeza ela me lançaria um de seus olhares de "Qual o seu problema mental?" em resposta. Talvez um soco de brinde?

– Chegamos. - Anunciou senhorita demônio... Digo, Mizuno.

Estava tão perdido em meus pensamentos que nem notei que já havíamos atravessado toda a praça e olhávamos agora para uma incrível... Mansão. Seriamente, era igual aos filmes americanos: Portões de ferro incrivelmente polidos, um jardim enorme com flores que não fazia a ideia do nome com uma grande fonte bem no centro. A única coisa diferente dos filmes é que para entrar na mansão era necessário passar por um labirinto de espinhos.

– Wow. - Deixei escapar. - É aqui que a sua família mora? - Perguntei surpreso.
Não a esperei responder e fui em direção ao labirinto muito animado para conhecer a casa, apesar dos mafiosos morarem nela. Quando fui em direção à entrada notei que a ruiva corria atrás de mim quase que desesperadamente. Ouvi um barulho metálico e várias lanças pontiagudas de metal começaram a descer sob minha cabeça numa velocidade impressionante. Eu viraria Kotaro-no-espeto se Mizuno não tivesse se atirado sobre mim e nos empurrado para dentro. Estávamos presos.

– Seu maldito estúpido! - Ela gritou batendo no meu peito, permanecendo deitada em cima de mim. - Qual o seu problema?!

Segurei seus ombros tentando acalma-lá, o que só fez efeito quando nossos olhos se encontraram. Será que ela conseguia ler pensamentos? Porque ela se afastou numa velocidade como se soubesse o que eu desejava fazer.

– É só um labirinto. Você já veio aqui antes. Sabe o caminho, certo? - Perguntei enquanto me levantava.

Ela balançou a cabeça negativamente.

– Não é só um labirinto. É um sistema de segurança. - Disse apontando para cima.

O labirinto não era coberto por espinhos e sim por aço que começou a se moldar, criando uma cobertura e impedindo a entrada da luz. Mizuno tirou de um dos bolsos um isqueiro, iluminando o local. - Tem como nós sairmos daqui, só precisamos achar um botão.

– Que tipo de botão? - Perguntei e ela começou a andar a minha frente.

– Você vai reconhecer quando ver, afinal, não é comum haver botões em labirintos - Respondeu. "Como também não é comum um labirinto ser tão perigoso." - Não solte novamente minha mão;

Apressei meu passo e apertei firmemente a mesma. Demorei um pouco para notar como a mão de Mizuno era quente. Talvez porque ela só tocasse em mim para me dar um murro na cara, ou talvez porque segurei sua mão apenas... Duas vezes? Espera! Namorados não se dão as mãos? Tenho certeza que nosso relacionamento está melhor que antes! Hum... As coisas como estão evoluindo bem podem até chegar num beijinho e nenhuma fratura.

Continuei sendo guiado pela garota até que vi... um esqueleto com a roupa de carteiro? MAS... O QUÊ?!

– Infelizmente não conseguimos salvar todos os desavisados que entram no labirinto. - Murmurou. Minha vontade era sair correndo dali. Mizuno com certeza notou e segurou mais firmemente a minha mão. Talvez ela lesse mesmo mentes.

– Achei. - Ela disse apontando para um ponto brilhante em uma das paredes. O pressionou com força provocando um leve barulho dentro das paredes e no teto. Uma caixa surgiu ao lado do botão com um mecanismo de voz.

"A ordem, por favor." Soou a caixa.

– "Pegue, quebre, corte e depois mate." - respondeu formalmente Mizuno.

Luzes vermelhas começaram a piscar e um barulho incessante de buzina percorreu o local.

– Isso não parece um bom sinal! - Gritei, tentando sobrepor a minha voz para que a garota pudesse me escutar.

– Impossível! - pigarreou. - Miseráveis, mudaram a senha! - falava com desgosto da voz.

Um barulho mais alto que as buzinas surgiu ao final da curva do corredor. Era um Barulho de passos pesados, e uma máquina de lavar com pernas e braços surgiu ao longe. A expressão de Mizuno não era tão tranquilizante. Ela apertou novamente a minha mão e forçou-me a correr junto a ela. Algo dentro de mim dizia que logo, logo me juntaria ao rapaz simpático de ossos.

***

Corremos, na minha opinião, aleatoriamente pelos corredores e eu ainda não sabia ao certo porque fugíamos de uma máquina de lavar ambulante. Minha respiração já estava ofegante, mas Mizuno não dava sinais que iria parar de correr até que o chão aos nossos pés começou a se abrir e caímos num breu. Bati com força de bunda no chão, porém não havia fraturado nada. Já a garota... Por mais que tentasse ficar de pé, não conseguia se manter equilibrada. Aproximei-me rapidamente e avaliei seu estado. Ela gemia baixo tentando esconder o que era impossível de ser escondido.

– Mizuno, você acha que consegue andar? - Perguntei segurando novamente sua mão, mas ela a afastou bruscamente. Suor escorria por seu rosto, apesar de sua mão estar fria. Tentou andar, mas a perna falhou e deixou escapar um gemido de dor. - Olha, me desculpa pelo que vou fazer. - Prossegui. Segurei rapidamente seus braços e coloquei em volta do meu pescoço, abri suas pernas da mesma e as pressionei contra a minha cintura. Conseguia ouvir o seu coração batendo nas minhas costas por possivelmente a tê-la pego contra sua vontade.

Observei mais atentamente onde estávamos. Uma saleta fechada absolutamente vazia com apenas uma porta e um espelho. Andei em direção a porta, mas Mizuno me deteu mordendo meu pescoço. Adorei essa nova forma de me chamar atenção.

– Espelho, me leve ao espelho. - Murmurou.

– Ahn... Eu acho que essa não é a melhor hora para ficar se admirando.

– Pare de ser idiota! - Gritou. - A porta é uma armadilha, nós viraríamos churrasco se a abríssemos. Agora – deu uma pausa simbólica. - Espelho.

Mizuno havia errado anteriormente, poderia muito bem estar se enganando de novo. E se...

Continuei andando até a porta e a garota começou a se remexer e gritar desesperadamente às minhas costas. Abri a porta lentamente e como previ, nada aconteceu.

– Impossível. - parecia chocado seu tom de voz.

– Acho que o sistema foi atualizado. - Disse encarando a escuridão a frente. - O isqueiro, por favor? - pedi e a mesma me entregou.

Iluminei o ambiente e avistei um longo corredor com uma outra porta no final.

– Aqui deveria haver... - Começou Mizuno, mas as paredes fizeram um barulho estranho e as luzes se acenderam. Arcos surgiram e apontaram diretamente para nossas cabeças. - Arcos e flechas. KOTARO, CUIDADO! - Gritou, mas eu já havia me desviado das primeiras flechas.

Tomei impulso e corri, desviando o máximo possível, tetando não ser atingido. Aquilo estava óbvio: Quando "eles" - seja lá quem forem- viram que havíamos descoberto que haviam mudado o sistema de segurança que Mizuno conhecia, ativaram o antigo. Na metade do corredor uma flecha passou tão rápido que nem ao mesmo consegui desviar direito, formando um corte na minha bochecha esquerda. Com a distração, várias outras me atingiram e eu acabei caindo no chão. Tudo ficou embaçado ao meu redor e consegui apenas ouvir um grito desesperado de Mizuno.

"EU SOU MIZUNO KATAGAWA, PRIMEIRA FILHA DE TAKESHI KATAGAWA. DESATIVE O SISTEMA DE SEGURANÇA, AGORA!"


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Notas finais do capítulo

Então? O que acharam? Qualquer erro me avisam, ok?
Mencionei a Yakuza, mas não vai ter quase nenhuma ligação de como é na realidade. Ok?
Enfim, comentem e me deixem feliz! Até o próximo c:



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