Minha Adorável Stalker escrita por Panda san


Capítulo 3
Um acordo não muito sensato. Que comece a luta!


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoinhas UwU
Cof, cof... Demorou né? Eu sei sou uma lesma enorme TuT
Mas fazer o quê? Tá aqui o 3 capítulo para os curiosos! Deixe seus comentários por favorzinho t.t
Tenham dó dessa pobre autora...



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– Kotaro Masaji: dezesseis anos, um metro e setenta e oito de altura, cursa o segundo ano do ensino médio, tipo sanguíneo “B” negativo, alérgico a alho e a xarope de morango, sagitariano, sua cor favorita é verde e detesta frio porque as garotas ficam menos atraentes. Pervertido, sado masoquista, prepotente, orgulhoso, idiota, parvo, inescrupuloso, arrogante, ego-centrado...

Ela não parava de falar. Como ela sabia tanto sobre mim? Ahh... é mesmo. Ela é minha adorável stalker.

– Ok! Já entendi! Você é quase a minha Wikipédia ambulante.

Sim, claro. Mizuno era a novata da minha escola. Eu tenho uma sorte que me assusta.

– Mas, então – Disse levantando-se. – Que acordo é esse?

Malditas fotos...

– O gato comeu sua língua? – Perguntou cantarolando num tom sarcástico.

– Você é louca.

– E você é muito normal por acaso? Poupe-me do seu falso moralismo. – e soltou um longo suspiro.

Senti uma mistura de ódio e medo. Não queria ser preso e torturado, mas também não queria dizer uma palavra sobre esse acordo que não era nada agradável para mim e tinha uma grande possibilidade dela recusar. Mas afinal: Eu sou um homem ou um rato? Ela é apenas uma garota. Uma garota com um machado, mas uma garota.

– Então vamos lá. – “Eu, Kotaro Masaji sou um homem afinal! E não vai ser essa sádica que tirará isso de mim!”

Levantei e estufei o peito para mostrar para aquele projeto maligno quem mandava aqui. Soltei o ar bem vagarosamente, como os corredores antes do tiro de largada. - que possivelmente pararia na minha cabeça caso não falasse logo.

– Vamos ao acordo – Disse num tom forte, mas ela simplesmente bocejou e cochichou para si mesma algo, - palavras bonitas com certeza- e continuou me encarando com o cotovelo sobre o braço da poltrona e a bochecha apoiada na palma da mão. DEUS ME PROTEJA DESSA FILHA DE SATÁNAS.

– Cof, cof.

– Bem, o acordo que eu quero lhe propor é o seguinte: Um jogo.

– Um jogo? – perguntou tentando controlar o sorriso que surgiu no canto da boca. – Eu adoro jogos. Continue.

– É b-bem, simples...

– Se é “tão simples” conte de uma vez, seu veado. – Acho que ela não tinha um xingamento melhor. Voltou a fazer a mesma expressão de: “Fale, ou acidentalmente eu vou arrancar todos os seus dentes.”

– Como eu disse anteriormente – continuei e me coloquei em posição de sentido – É um jogo cujo vencedor é aquele que fizer o oponente se apaixonar primeiro. Resumindo, se eu fizer você se apaixonar por mim primeiro, você me esquece e me deixa em paz. E se você conseguir, eu deixo... Que me torture... E me castre...

Ela permaneceu intacta, sem nem piscar. Merda... Bem, a minha vida não foi tão inútil assim, eu aproveitei bastante... Claro... Mas... O QUE DIABOS ELA ESTÁ FAZENDO? Ah, e novamente ela voltou a rolar de rir como um cachorro esquizofrênico. Ela não cansa disso não? Pergunto-me o que se passa dentro daquela cabecinha oca e diabólica, mas nem me atreveria a descobrir... Deve ser perturbador.

– Cada um vai ter direito á uma fase da lua para “jogar”, uma espécie de hund. – Disse tentando chamar-lhe a atenção, com sucesso. Ela havia parado de rir por um instante, entretanto permaneceu com o mesmo sorriso de retardada estampado no rosto em direção ao teto. Virou de barriga para baixo e apoiou os cotovelos no chão.

– Eu aceito o seu “jogo-acordo-luta”. – Ela estava falando sério ou era apenas sarcasmo? Estava fácil demais para o meu gosto. – Mas tenho algumas condições. – Sabia!

– E quais seriam? – perguntei já me esticando no sofá onde estava. A lista seria longa...

– Não se preocupe. Serei breve. – falou levantando-se e juntando seus pertences. Naquela hora ela nem se preocupava mais com o seu vestido, que estava completamente destruído:

– Primeira condição: Esse jogo é apenas entre você e eu. Resumindo: Você não pode contar á ninguém... E não poderá colecionar suas adoráveis cadelinhas. - O-O QUÊ?! – Ah, a segunda condição eu te conto amanhã. Até logo, “Q-U-E-R-I-D-O”. – Aproximou os seus lábios dos meus e os tocou levemente. E saiu pela mesma janela de onde entrou, soltando uma gargalhada barulhenta.

Acabei ficando inconsciente. Talvez pelo choque, pelos ossos quebrados, pelo corte na bochecha ou uma soma de tudo isso.

Só podia ser um pesadelo... Um terrível pesadelo.

***

Acordei com um raio de sol incomodando a minha visão. Que dia era hoje? Procurei a minha volta algo familiar. Eu estava no meu quarto? Estranho... Lembro-me bem de ontem à noite: A fuga de um porão de tortura, uma garota louca que queria arrancar meu pinto... Poderia ser um pesadelo? Se não me engano tinha desmaiado no sofá e estava só de cueca.

Ignorei tudo aquilo. Oras, poderia ter tido apenas um pesadelo bem realista! Levantei da cama e ao chegar á porta, senti um cheiro agradável de café da manhã. Desci rapidamente as escadas. Estava tão aliviado que nem podia acreditar que estava livre daquele demônio.

– B-O-M D-I-A! – Disse abrindo um belo sorriso, dobrando o corredor e chegando a cozinha, de onde vinha aquele cheiro maravilhoso.

– Bom dia... – “Não... Não...” – Amor. – NÃO PODIA SER VERDADE! DEFINITIVAMENTE! EU ESTAVA SONHANDO! NÃO! NÃO! NÃO! SUA LOUCA VOLTE PARA O MEU PESADELO E ME DEIXE EM PAZ!

Fiquei paralisado. Lá, em minha cozinha estava quem? Sim, ela mesma: Mizuno . Usava um avental que estava escrito: “A melhor esposa de todas” e o uniforme de nossa escola.

– M-Mizuno... O que você está fazendo a-aqui? – gaguejei.

– O que foi querido? Não gosto da surpresa? Cuidei tão bem de você. Fiz curativos e tudo. – Ela se virou por um instante, pegou uma pequena forma onde havia pequenos bolinhos cor-de-rosa e trouxe em minha direção – Bolinhos? Sua irmã disse que estão deliciosos. – E abriu um sorriso adorável... Tão adorável que chegava a ser macabro.

– Estão realmente deliciosos maninho. – concordou Yui, tão doce e inocente. Nem desconfia que poderia estar morta nesse momento.

Qualquer coisa que aquele mini capeta fazia poderia parecer adorável para outras pessoas, mas para mim, que conhecia seu verdadeiro lado psicopata, quanto mais gentil ela era mais macabra ela ficava. Não arriscaria-me a nem mesmo provar tais bolinhos. Bolinhos cor-de-rosa inofensivos oferecidos por garotas como Mizuno matam milhares de desavisados por dia. Eu não seria mais um deles.

Balancei a cabeça em sinal negativo e me juntei a Yui, sentando-me a mesa. Aquilo realmente não foi um sonho, então o jogo realmente começou. Servi-me um pouco de café para tentar ficar mais acordado. O dia seria longo. Pelo menos ela iria embora quando eu voltasse da escola.

– Ah... Kotaro. A segunda condição é essa: Vou morar uns tempos com você. – Cuspi todo o gole de café que estava na minha boca. MAS O QUE?! O QUE?! EU ENTENDI DIREITO?!

– Sim, você entendeu direito. – o leve sorriso se tornou num olhar mortal que vinha em minha direção. Demoníaco...

– A-Ah... Sim... C-Claro. Só tenho que falar com a minha mãe quando ela voltar do trabalho.

– Não se preocupe querido. Eu já falei com ela, está tudo acertado. – “hã?” – Hoje a noite eu trago as minhas coisas. – E soltou uma risadinha. Hahaha... Impossível. Minha mãe? Ela só pode ter confundido com outra pessoa... A senhora Yuuko nunca, NUNCA, deixaria uma garota desconhecida da qual nunca ouviu falar morar conosco. Oh sim, ela deve tê-la ameaçado ou algo do gênero... Mesmo assim isso não faz sentido algum. – Agora se apresse. Estamos atrasados para a escola.

– M-Mas eu nem comi...

– Se preferir eu posso fazer isso por você. – Retrucou séria.

Melhor não. Sai correndo como um louco, e só então notei como meu corpo doía e estava cheio de Bandaid de gatinhos. Por todo corpo, até em lugares estratégicos.

Arrumei-me o mais rápido possível, escovei os dentes e me dirigi às escadas. De cima já conseguia ver o demônio me esperando... O meu destino cruel, viver cada vez mais perto daquele par de peitos com uma mente diabólica.

***

Estava exausto em todos os sentidos, tanto psicologicamente quanto fisicamente. Me espreguicei na minha carteira, agradeci aos céus por aquela bastarda sentar do outro lado da sala. Respirei fundo. Uma, duas, três vezes... Mas o sentimento de que ela – com toda a certeza, faria algo de ruim para me atingir não passava. E eu não poderia estar errado.

Ela levantou e veio em minha direção. Sentou em meu colo, e abocanhou o meu pescoço, o mordendo com força, deixando uma segunda grande marca -maior que a primeira por sinal. Subiu as carícias, e beijou meus lábios, no início vagarosamente, mas acelerou com o desenvolver do mesmo. As línguas brigavam por espaço e o beijo foi separado pela falta de ar. Ela se virou para os nossos colegas de turma, na qual, ela parecia ter esquecido que estavam lá o tempo todo.

– Pessoal - gritou - agora vocês conhecem o meu namorado. - sorriu, e voltou á sua carteira.

Fiquei chocado, como o restante da nossa turma. Mas não demorou muito para a sala ter tomada por cochichos e alguns gritinhos vindos das garotas. Alguns me cumprimentaram e outros apenas encaravam a mim, e a Mizuno. Um em especial não tirava os olhos de mim. Um rapaz de pele escura, cabelos pretos e olhos estranhamente idênticos aos da louca que me assediou logo ali.

Ela jogou muito baixo. Sabia que ela não jogaria de forma limpa, mas me agarrar na frente de toda turma é maluquice! Se bem que não posso esperar nada com sentido vindo dessa garota.

As horas se passaram, mas o assunto continuava sendo o mesmo: A suposta nova namorada de Kotaro Masaji! Uau, nossa! Que divertido, não Mizuno? Deve estar se deliciando por dentro. Seu demônio com peitos.

Que grande homem que eu sou. Não consigo nem me defender de uma simples garotinha histérica? Deveria me tornar gay. Ela me deixaria em paz e eu seria um pouco feliz. Não, não! Não posso me dar por vencido! Ela pode ter vencido a batalha, mas a guerra... de jeito nenhum! É assim que ela quer? Então assim que terá.


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Notas finais do capítulo

Huhu... Tudo numa boa? Comente então meu fio u3u