Minha Adorável Stalker escrita por Panda san


Capítulo 4
A garota agradável e o plano do arroz


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas lindjas que eu amo demais demais demais!
Como vão? Eu vou bem! Escrevi esse capítulo faz pouco tempo e me perdooem se houver algo errado! Ahh... me desculpem o atraso também! Vocês sabem que eu não faço de propósito e que amo vocês demais né? =3=

Bem, aproveitem o capítulo e se divirtam seus gostosõesss!



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Pois bem. Eu ainda estou vivo. É... As coisas andam difíceis ente Mizuno e eu, mas nada passou para a violência física.... Não totalmente.

A fase de garotinha perfeita era uma farsa como eu já adivinhava, mas ela desistiu de agir amigavelmente comigo na frente das outras pessoas. E sim, ela desobedeceu aos “hunds”. Tudo virou uma anarquia. Há poucos dias ela me ameaçou com uma colher enquanto eu dormia. Não, você não leu errado. Eram por volta da uma da manhã e eu dormia tranquilo como sempre, até que senti algo gelado e duro em meu pescoço. Era esfregado de um lado ao outro até que ouvi:

“Se isso fosse uma faca, você estaria morto”. Sim, eu quase tive um enfarte. Aquela maluca repetiu isso por todas as noites até agora. Só tive uma solução: Esconder todos os talheres da casa.

Principalmente facas.

Ah... Também descobri o motivo da minha santa mãe deixar uma desconhecida morar conosco. Eu havia esquecido que ela é louca por bebês e quer ter netos em breve. Claro que ela não quer que eu tenha filhos agora, ela não é nenhuma mãe desnaturada, afinal, tenho apenas dezessete anos e nem me formei ainda. Ela ainda me ama... Eu acho. Então... Como posso dizer... Ela quer que eu pratique por enquanto. Porque dentro daquela cabecinha oca, ela está certa que um dia eu vou me casar com Mizuno. Definitivamente isso não vai acontecer. Mesmo que eu chegasse a ficar louco de amores por aquele par de peitos, minha amada daria um jeito de me castrar e torturar antes que eu fizesse qualquer coisa em relação a isso. Igual aos contos de fadas... Não, espera.

Voltando ao assunto, ela todas as noites deixa uma caixa cheia de preservativos do lado da minha cama! MÃE! VOCÊ TEM SÉRIOS PROBLEMAS! VOCÊ ESTÁ INCENTIVANDO SEU FILHO A FAZER SEXO COM UMA LOUCA PSICOPATA QUE SÓ QUER ME TORTURAR! Você entende a gravidade disso? Claro que não! Só consegue ficar pensando nos netos que vai ter... Francamente...

Nesse exato momento estou encarando Mizuno, uma garota agradável, bonita, que ACABOU DE ME CHUTAR PARA FORA DA CAMA!




– Quero deitar na cama hoje. – disse. Eu apenas levantei e deitei de novo onde estava, só pra provocá-la. Sua expressão de ódio é assustadora, mas me dá uma sensação boa de que a estou irritando.










– Não, hoje é meu dia de dormir na cama de cima. Me dê um bom motivo para eu sair desse lugar quentinho só por capricho seu. – retruquei e virei de lado. Bem... Ela pegou uma faca sei lá de onde e colocou no meu pescoço... É, pelo jeito esqueci de esconder essa.














– Acho que não fui clara o suficiente Kotaro.- e a fez uma volta em 180° no meu pescoço- Levante esse seu traseiro imundo da cama agora se não quiser ter uma morte lenta e agonizante. – OOK! Já me convenceu! Levantei e deitei na cama de baixo, e ela aproveitou para me dar um chute. – Obrigada, saco de lixo inútil.













Quando Mizuno veio morar comigo há uns dias atrás, não havia nenhum quarto para ela dormir. Tinha três opções: Deixá-la dormir com a minha irmã, eu ir dormir no sofá da sala ou ela dormir no meu quarto. Sim, eu tenho dó da minha irmã, e sabe-se lá o que ela poderia falar ou fazer com a pobrezinha. Eu até dormiria no sofá, mas meu orgulho foi maior. Não pude contê-lo! Quando vi já tinha arranjado um futon* para a cretina dormir no meu quarto. Essa era a intenção, mas como ela não faz nada do que eu digo não quis dormir no maldito futon! Legal né? Então tive que convencê-la á fazer um rodízio. Um dia eu dormia no futon, outro na cama... E por ai vai. Mas como sempre, ela não cumpriu totalmente o trato, então quando ela dá uma de doida - sem muito esforço por sinal. Ela deita na cama mesmo sendo o meu dia. Educada? Sempre! Não consigo ficar mais de algumas horas sem que um hematoma novo apareça em mim. Claro, “misteriosamente”.










***






O colchão não é tão ruim, logo, dormi rapidamente. Hoje já é sexta-feira, claro que eu estaria feliz, porém vou ter que sobreviver a este fim de semana com a maluca ao lado. Tenho um plano em mãos, sábado haverá o famoso festival do arroz, que acontece todos os anos na nossa cidade. Eu poderia me perder “misteriosamente” no meio da multidão, “misteriosamente” achar um lugar escondido, e “misteriosamente” ficar lá por algumas horas. E claro que isso seria apenas um golpe do destino, nada combinado claro.



Enquanto pensava no “acaso” que ocorreria no dia do Festival do Arroz, levantei e peguei meu uniforme. Tirei um preservativo da caixinha, o abri, enchi como um balão e depois amassei. Fui ao banheiro e coloquei no lixo. Você deve estar se perguntando: “O que esse doido tá fazendo?”, acalme-se pequeno gafanhoto. Afinal, é completamente normal um casal fazer certas coisas quando estão sozinhos num quarto. O problema é que: Eu e Mizuno não somos um casal... E nem muito normais. Esse foi o meu jeito de não causar suspeitas, e dá bem certo por sinal.





Depois disso apenas me arrumei e fui tomar o café da manhã. Minha mãe, Yui e Mizuno já me esperavam á mesa. Sentei e me espreguicei. Eu estava mentindo, aquele colchão é um horror e é bem provável que eu tenha uma hérnia de disco se continuar dormindo naquela porcaria. Minha mãe e a ladra de camas estavam conversando sobre algo aleatório, apenas ignorei e continuei a me servir de café, esperando uma deixa para botar meu plano em prática, que infelizmente, não apareceu







– Mizuno, já terminei meu café. Vou te esperar lá fora ok? – disse enquanto me levantava e arrumava a cadeira.





– Faça o que quiser. Amor.


Ela tinha uma técnica bem engraçada para que as coisas que ela me falasse não parecessem muito rudes na frente dos outros, mas eu entendesse o recado. Era bem simples. Ela respondia do jeito que quisesse – mas claro, sem palavrões - e apenas terminava a frase com um nome fofo. Os mais usados eram “Amor”, “Querido” e “Lindo”. O “Lindo” soava muito falso então ela usa apenas quando queria mostrar para os outros que estava me tratando mal bem diretamente.

Encostei-me ao muro da minha casa, estava quente porque o sol que batia diretamente a essa hora do dia. A verdade era que eu fazia de propósito. Comia o café da manhã mais rápido para poder ter alguns minutos preciosos sozinho. Era bem relaxante. Me perdi um pouco nos meus pensamentos até que senti uma mão beliscando de leve o meu braço. Olhei para o lado e vi uma garota. Ela era baixa, por volta dos um e cinquenta e cinco de altura. Não era uma tábua, mas também não tinha lá muito peito. Usava uma blusa de manga curta com alguns babados nas pontas e um coração no meio, uma saia rodada, uma meia-calça com rendas e uma sapatilha. Além de algumas pulseiras na mão direita, uma presilha no cabelo com o mesmo desenho do colar que usava. Possivelmente era um conjunto. Ela era incrivelmente fofa. Tinha cabelo curto, acima dos ombros bem encaracolados e loiros, além de olhos lindos cor de mel que pareciam brilhar em minha direção. Segure a hemorragia nasal Kotaro! Força! Vai assustar a menina!

– Olá! Prazer em te conhecer Masaji-san! Chamo-me Ane Shimizu! – abriu um sorriso amigável e logo se curvou. Que nome fofo! Ela é tão educada! Dá vontade de morder. Droga... Estou ficando vermelho...

– Oi, é um prazer conhecer você também Shimizu-san.- Me curvei para demonstrar educação.

– Por favor, chame-me de Ane-chan. Ah... tenho que ir. Foi realmente um prazer te conhecer Masaji-san! – Saiu correndo e me deu um tchauzinho ao longe.

– Pode me chamar de Kotaro! – Gritei o mais alto que pude. Será que ela ouviu? Ela desapareceu com fumaça.

– Não sabia que você gostava de falar sozinho e se apresentar para os seus amigos imaginários. – Mizuno, aparecendo do nada como sempre.

– Não estava falando sozinho. – fiz bico.

– Então estava falando com quem? – Perguntou. Merda! Eu sou burro ou o que? Não posso contar á essa psicopata que conhecia uma garota, uma linda garota... Ela vai ligar os pontos e vai achar que estou me interessando pela mesma e vai me levar para uma câmara de tortura na mesma hora... Pense... Pense...

– Estava falando comigo mesmo, apenas pensando alto.

– Não minta para mim Kotaro. – Rápida como uma faca. Pena que eu já conheço essa sua tática querida Mizuno-chan!

– Eu não estou mentindo, se não quiser acreditar, não acredite. – E sai andando. Ela apenas deu um chute nas minhas costas e disse:

– O colégio é para o outro lado. – O plano “Mudando de assunto” foi um sucesso novamente! Palmas para Kotaro!

Mas pensando bem, tem algo que eu deveria estranhar nessa tal de “Ane Shimizu”, não? Esquece... Deve ser coisa da minha cabeça. Vamos voltar ao plano do "Desencontro" que vai acontecer no Festival do Arroz. Continuamos andando até que puxei o assunto:

– Mizuno... Você sabe... Nesse sábado vai acontecer o Festival do Arroz... Não é? - Falei. Ela apenas respondeu com sons que eu não entendia se eram positivos ou negativos. - Você gostaria de ir comigo? Claro, com a Yui e...

– Eu odeio arroz. - Intenrrompeu. - Você deveria saber seu imprestável. Nunca notou que eu nunca como arroz nas refeições?

Bem, isso era verdade, mas eu achava que era apenas implicância comigo mesmo.

– Pufff. Quem disse que precisa comer arroz no Festival?

– Talvez por que seja o Festival do Arroz? - Senti um pouco de sarcasmo nessa frase... Nem sei o porquê. Só acho.

– Isso é muito clichê, Cara Mizuno. - Apoiei minha mão sobre seu ombro, mas o olhar que ela me lançou fez voltar a colocá-la no bolso - Tem outras coisas lá além de arroz. Tem brinquedos, outros tipos de acompanhamento... Entre outras coisas! Vai ser divertido! Por... Favor... Vá! - Puxei no tom dramático. Acho que convenci.

– Vou pensar.

Saiu andando mais rápido, corri logo atrás. Pelo jeito eu consegui. Obrigado senhor!

***

A aula logo acabou. Tudo normal. Algumas ameaças, murmuros irritantes... Coisas normais da vida.

Arrumei meus materias rapidamente. Procurei Mizuno por todos os lados, mas não encontrei em lugar algum. Acho que sabia onde ela estava. Como adivinhava, estava pendurada numa árvore que ficava nos fundos da escola.

– Mizuno! O que você está fazendo aí em cima? - Gritei, porém ela me ignorou. Olhei por mais algum tempo e vi um gato em um dos galhos da grande árvore que a desmiolada estava pendurada. Acho que entendi tudo. - Ei! Quer ajuda?

Droga, a árvore começou a balançar muito, mesmo sendo bem grande parecia velha e a raiz podre. Entre miados e gritos acabei caindo no chão de susto. Quando vi, tinha um gato no meu colo, a árvore tinha caído e Mizuno estava no chão ao lado oposto que a árvore tinha despencado. Corri em direção a ela. Será que ela está bem? Eu disse pra ela descer! Claro que ela não iria me escutar! Eu sou o imprestável que não sabe de nada! Mas quem é que está caído no chão? Eu ou ela?!

– Mizuno! Você está bem!? - Gritei enquanto tirava alguns fios de cabelo rebeldes do seu rosto e a deitava em meu braço enquanto no outro segurava o gato pardo que parecia tirar um leve cochilo.

– Pegou o gatinho? - Perguntou calmamente.

– Garota! Você é maluca!? Poderia ter se matado sabia?!

– Pegou, não pegou? - abriu um sorriso calmo em minha direção. Pela primeira vez não vi nenhum sentimento de ódio em seus olhos... Ela estava tão... Linda. Mesmo toda ralada e descabelada... Ela estava tão agradável em meus braços... Aquilo era realmente possível?

– Peguei sim. - O levei em sua direção e acabei deixando escapar um sorrisinho bobo.

– Obrigada. - Ela o colocou em seu colo e massageou de leve suas orelhas. Um silêncio tomou o lugar. Senti uma vontade incontrolável de acaraciar seus cabelos, mas não podia, seria morto por aquele ser adorável que estava adorável apenas nesse instante e que com toda a certeza voltaria a ser a psicopata do porão daquele dia.

– Kotaro?

– Sim? - respondi rapidamente tentando esquecer aquele desejo inútil.

– Eu vou com você ao Festival... do Arroz.

Acho que por um instante, eu me senti tão sortudo por ter conhecido essa garota estúpida. Eu devo estar enloquecendo, não?














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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram? Deixe um comentário onegai!
Obrigada por ler esse capítulo! Até o próximo o/
Desculpe se aparecer os parágrafos muito separados! O capítulo bugou aqui no meu pc ;-;
*Futon - Um tipo de colchão bastante usado no Japão.