Minha Adorável Stalker escrita por Panda san


Capítulo 2
Ela realmente não cansa de me odiar


Notas iniciais do capítulo

Olá! Queria pedir desculpas pelo atraso e dizer que amo vocês u3u

Bem, esse é o capítulo dois. Espero que gostem!

Se gostar deixe um comentário e se não gostar deixe mesmo assim.

Boa leitura ♥



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Ela parou por alguns segundos, e para o meu alívio, ela afastou o machado do meu pescoço.

– Você está blefando, não? – Perguntou fazendo uma expressão azeda.

– Não, eu não estou blefando! – Respondi choramingando. Ela levantou, saindo do meu colo, e sentou-se em uma das poltronas que havia no cômodo – sem guardar o machado-.

– Explique sobre esse tal acordo então. – Falou desinteressada, dobrando as pernas, deixando a mostra um pedaço das coxas. – Mas antes eu vou lhe alertar. – E apontou o machado em minha direção novamente – Caso você tente contatar a polícia sobre o que aconteceu hoje, o destino, seu e de seu amiguinho, será o porão da onde o senhor acabou de fugir... E além do mais, ninguém acreditaria que uma garota tão frágil como eu – Disse deslizando o machado pelo vestido azulado, que agora obtivera um tom roxo por causa do sangue – Tivesse a capacidade de aprisionar e torturar alguém, não? – E por fim, abriu um lindo sorriso do capeta. Como sempre.

– Você acha realmente isso? Olhe, eu estou todo machucado e ainda por cima de cueca.

– Você pode ser um tarado masoquista. – “Oh... Com certeza. Porque eu adoro ser torturado e castrado por um demônio de saias.” – E além do mais, eu tenho outra carta na manga.

E realmente ela tinha.

Entregou-me um envelope amarelo e jurei para mim mesmo que não me surpreenderia, afinal, vindo daquela garota, com certeza não seria algo normal. Talvez houvesse fotos de uma mãe coala comendo o próprio filho ou talvez um cara com o controle remoto enfiado na bunda.

Mas, afinal... QUE PORRA ERA QUELA?!

– COMO VOCÊ CONSEGUIU ESSAS FOTOS?!

***

Mizuno’s POV

– Ficar horas em cima de uma árvore valeu apena. – Disse depois que ele viu a minha obra prima. Sim, ele estava vestindo um sutiã rosa, uma tiara florida entre outras diversas peças femininas deixadas pelas garotas que ele houvera enganado. – Fiquei te seguindo por vários meses, acho que posso me denominar “Sua stalker”. Bem, eu mereço esse título, pois ficar te seguindo e fotografando seus fetiches absurdos de usar as roupas que as suas amadas “presas” deixam em sua casa... É constrangedor. Imagine se toda a escola ficar sabendo? Principalmente as garotinhas que te idolatram? Oh... E se esse acordo não me convencer ou você tiver a brilhante idéia de falar para a polícia sobre nossa conversinha, é isso que irá acontecer. – Continuei.

Sua expressão era adorável. Quase tive um orgasmo ali mesmo. Era uma mistura de medo, angústia e apreensão. Seus olhos acinzentados estavam vidrados nas fotos que lhe entreguei.

– Por que você fez isso? Por que você me odeia tanto garota? –Perguntou tremulo.

– Bem... É uma longa história.

***

Me chamo Mizuno Katagawa, tenho dezesseis anos, um metro e sessenta e nove de altura, e estou no segundo ano do ensino médio. Comecei a odiar Kotaro Masaji bem de repente. Algumas pessoas se apaixonam a primeira vista... Mas no meu caso, digamos que foi ao contrário.

Tudo começou quando me transferi no início do ano letivo. Sim, eu conheci o capeta de pinto pequeno na sua morada: O inferno! Mais conhecido como: Colégio Motori. Especificamente: Classe 2-C.

Caso você esteja se perguntando o porquê de eu ter mudado de colégio, foi por causa do meu primo Masami. Nos conhecemos desde pequenos e acho sinceramente que ele é o único garoto que presta na face da terra. Mesmo eu abusando fisicamente e psicologicamente dele, ele nunca me tratou mal, e acho que essa é uma de suas virtudes, na qual eu não tenho: Paciência. Ele é bem diferente de mim, sua pele é morena e seus cabelos são bem escuros, curtos e lisos. Se não me engano, sua altura é um metro e oitenta. Ahh... Ele também usa um pequeno brinco na orelha direita. Acho que a única coisa que temos em igual é a nossa idade e os nossos olhos. Ambos são azuis escuros.

Sabe, era para ser um dia normal, de uma nova escola normal, com alunos normais. Mas tudo que você espera ser normal. Sempre será o inverso. Coloquei meu uniforme, tomei meu café-da-manhã, escovei meus dentes, e fui a caminho do meu primeiro dia na minha nova escola. Lindo não? Claro que não. Algo tinha que dar errado. Mal havia caminhado quatro quadras, e começou um tempestade. Ventania e chuva pra todo lado, minha saia só não levantou porque estava encharcada, então estava completamente colada na minha pele.

Corri como se não houvesse amanhã para tentar escapar da chuva, o dia normal que eu pretendia ter já houvera ido por água a baixo, mas então, tudo conseguiu ficar pior do que já estava. Faltavam umas cinco quadras para chegar à minha nova e querida escola, mas todas, repito, TODAS as sinaleiras estavam fechadas! Parei tantas vezes por causa disso, que levei quase que o dobro do tempo que levaria para chegar ao meu destino normalmente.

Quando finalmente consegui entrar no meu novo colégio achei que as coisas poderiam realmente ficar melhores, mas eu estava errada novamente. Estava atrasada, bem atrasada, e teria que me apresentar para a classe 2-C encharcada. Respirei fundo, afinal, não poderia fazer mais nada além de rezar que logo após minha apresentação, alguma alma piedosa me emprestasse uma roupa seca.

Lá estava eu, na frente da porta, que levava ao inferno com a presença especial do capeta em pessoa. Abri a porta devagar, e olhei ao redor. Um professor baixinho e gordinho que usava óculos fundo de garrafa encarou-me. Por algum motivo ele me lembrava uma das tartarugas ninjas.

– Com licença. Eu sou a aluna nova...

– Isso é hora de chegar na minha aula? - Retrucou. – Apresente-se logo e arranje alguém para lhe emprestar uma roupa seca. – O que aquele desgraçado acha que eu sou para me tratar assim? Me segurei para não enfiar uma faca na cabeça oca daquele imbecil. Com certeza é o meu novo “querido” professor de matemática.

– Sim, professor. –De longe vi a cara despresível do Masami controlando os risos, acho que ele não conseguiu abdicar totalmente a suas raízes de imbecilidade masculina. A turma era em sua maioria de garotas, mas os poucos garotos babacas que estavam lá me irritavam pra caralho. – Me chamo Mizuno Katagawa, e é um prazer conhecer vocês – Abri um sorriso gentil, mas minha vontade era metralhar todos, sem exceções.

Procurei um lugar para sentar-me, mas notei que meu primo me chamava, cheguei perto e ele me entregou uma sacola verde.

– Trouxe uma roupa extra para você, sabia que você não veria o jornal de ontem, no qual disse que choveria hoje.

– Por que não me disse antes desgraçado? – Sorri gentilmente, para que as pessoas não suspeitassem e não me enchessem o saco perguntando o motivo de taaaaaaaanta grosseria com um rapaz “que eu nem conheço”.

– Queria lhe dar uma lição. Da próxima vez – cantarolou – leia o jornal! – E deu uma piscadela. Ele realmente não abdicou suas raízes de macheza irracional. Dei um beliscão em seu braço, e o mesmo gemeu de dor. Peguei a sacola e fui me trocar. Voltei em cinco minutos, e cavei a minha própria cova. Me sentei bem atrás de quem? Kotaro Masaji. Merda.

Esse nome me persegue.

***

O período de matemática houvera acabado, fiquei tão feliz. Agradeci aos céus. Vinte minutos para fazer absolutamente nada. Espreguicei-me e um garoto passou pela minha mesa. Largou um pequeno bilhetinho e saiu da sala. Era Kotaro. No bilhete estava escrito:

“Siga-me até o fim do corredor e vire a esquerda.”

Ass: Kotaro Masaji”

Qualquer imbecil com um pouco de cérebro ignoraria aquele bilhete, mas acho que a minha estupidez naquela época era maior do que eu imaginava.

Fiz como ele pediu, andei até o fim do corredor, e notei que aquela parte estava vazia; mais um motivo para eu sair correndo de volta para a classe, mas não. Olhei a esquerda e deslizei a porta empoeirada que levava ao uma sala totalmente abandonada. Havia apenas um conjunto de mesinhas, umas do lado das outras, que formavam uma enorme mesa. As cortinas azuis marinho estavam cobrindo as janelas de vidro, então, o ambiente não era muito iluminado. Olhei mais atentamente e notei que havia alguém sentado sobre a grande formação de mesas. Era Kotaro, ele levantou pegou na minha mão e me levou onde estava sentando. A porta estava aberta, POR QUE EU NÃO SAÍ CORRENDO? POR QUÊ? Oh... Deus.

– Prazer, meu nome é Kotaro Masaji – Disse algo totalmente desnecessário por sinal, porque o seu nome estava escrito no bilhete imbecil! Acho que ele abriu um sorriso, não tenho muita certeza disso, afinal, estávamos na parte menos iluminada da sala.

– E precisava me trazer aqui para me dizer isso? – Retruquei. Acho que não era tão estúpida assim. Ele pareceu contrariado e a sua respiração ficou um pouco ofegante. Colocou sua mão sobre a minha coxa e olhou nos meus olhos. Admito, era um belo par de olhos pretos acinzentados. Poderia arrancá-los e colocá-los num mural.

– Não se lembra de mim Mizuno-san? – “É um pouco óbivo que... não?” – Estudamos no mesmo colégio no início do colegial. –“Oi?” – Eu sempre fui apaixonado por você, por todos esses anos... Nunca te esqueci! – “Esse garoto comeu cogumelo estragado no café-da-manhã?”. Ele começou a se aproximar de mim e suas mãos que estavam em minhas coxas deslizaram até a minha cintura. Estava entendendo bem o que aquele bastardinho queria... Que idiota. O fundamental inteiro eu estudei num colégio só para garotas. A menos que ele seja uma transexual - e creio que esse não é o caso-; não é possível ele ter sido o meu “Colega”.

– K-Kotaro-kun? É você mesmo? – Fingi estar surpresa... Oh céus... Quanta ignorância. – Você estudou mesmo no colégio Sakure? – E ele respondeu positivamente com a cabeça. Aquilo estava ficando interessante, afinal, não existia nenhum colégio chamado “Sakure” e ele caiu bem na minha isca. Que pervertido mais burro... Burro... Burro...

Ele começou a se aproximar mais e mais de mim, me puxando com a sua mão que estava na minha cintura. Até que eu o empurrei para o centro do conjunto de carteiras. Ele parecia surpreso. Eu o deitei e fiquei sobre ele. Delizei minha mão sobre a sua calça. Abri o zíper e o toquei sobre a cueca, enquanto com a outra mão brincava com seus lábios. Hahahaha... Ele achou mesmo que eu iria acariciá-lo? Apertei bem no seu lugar que dói com toda a minha força e dei um soco na sua cara. Sai correndo, fechei a porta, me escondi em um dos armários abertos que haviam por perto e espiei pela fresta. Ele saiu alguns minutos depois mancando. Ai ai, valeu a pena sujar minhas mãos. A sua expressão de dor era muito formidável.

Ele olhou freneticamente para os lados e tirou do bolso um bloquinho. A fresta era muito estreita, então eu apenas vi uma grande lista de nomes... Estranho. Ele murmurou algumas palavras soltas como: “Muito difícil”,”Desafio final” e “Mizuno Katagawa vai ser a última que vou tentar”. Não entendi direito então resolvi investigar mais sobre isso, coisa boa que não era. Passei os vinte minutos inteiros dentro de um minúsculo armário, e depois voltei á aula. Minhas costas doíam e com toda a certeza, aquele não fora um dia normal.

***

No dia seguinte já comecei a segui-lo. Comprei uma câmera e descobri onde ele morava. Era sempre assim, toda semana saía com pelo menos três garotas diferentes... Todas da nossa classe. Eu realmente não sei como elas não descobriram isso até hoje e de onde brotavam tantas garotas ignorantes. Algumas ele levava até a sua casa e outras á motéis. Eu realmente o odiava, não apenas por ser um pervertido e mentiroso, mas sim por ele ser... Ele. Ah... Eu descobri qual era o plano daquele bastardo. Pegar todas as garotas da sala. Literalmente. E ele me colocou em último lugar da “listinha” porque eu devo ter apertado muito forte seu amado amiguinho.

Os dias se passaram e eu notei que toda vez que ele saía com as garotas, todas voltavam sem uma parte da roupa: Um casaco, uma tiara, um óculos... etc. Foi ai que eu vi... O outro lado de Kotaro: Mister travecão.

Tive que me segurar para não cair da árvore que estava. Afinal, precisava de provas para o meu plano dar certo.


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Notas finais do capítulo

Então... É isso ai, não esqueça o comentário TuT

Até o próximo capítulo querido leitor :3