P.O.V.: MANUELA

– O QUEEEEEE? Qual seu problema? – gritei para Laura após ela contar o motivo da guerra na pedra.

– Ele é ridículo. Sujeitinho patriota, ai que ódio. Sem noção – ela falou arrancando penas do meu travesseiro.

Olhei para ela com cara de ódio e disse.

– Eu desisto. – falei erguendo as mãos

– Desiste do que?

– Desisto de você! A pelo amor de Deus isso lá é coisa para se fazer assim que conhece um cara? Faz um favor? Se joga.

– Ah você queria que eu fizesse o que? Invadisse o deque alheio e puxasse papo com um maluco, tipo... Tipo igual ao que você! E se você quer saber pelo que você disse o tal do Trot... – falei irônica

– É THOR! – falei ofendida

– Tanto faz, mas ele te chamou para sair. Para ir a um restaurante.

– Ah que bom. Me ajuda a escolher a roupa?

–Qual seu problema? Eu estou aqui falando da minha experiência traumática na pedra e você me pedindo para escolher roupa para você ir ao encontro com o doido?

– Eu tenho culpa se um cara gato tenta te proteger e você quase o mata?

– Me proteger? Fala sério ele quase me matou.

– Mas, não matou e foi educado ao ponto de te fazer companhia até eu chegar. Nisso você não pensa né? E eu percebi que você gostou dele...

– NAO GOSTEI NÃO!! – ela gritou me interrompendo

Ergui a sobrancelha

– Se não tivesse gostado, não iria ficar tão nervosinha assim, E segundo meus cálculos – falei gesticulando – se ele ficou com você ali, ele também gostou bastante de você. Ou seja, ele também é maluco. Na verdade vocês são bem parecidos!

Ela revirou os olhos.

– Ah qual é Manu! Eu não gostei dele. Ele não gostou de mim e NÃO somos nada parecidos, ok. – ela falou estalando os dedos, tentando me “ acordar”

– Tudo bem é que eu nunca vi um casal brigando por causa de relações internacionais. Vocês são iguais , só que são de locais diferentes, sacô?

– Eu to indo tomar banho. – ela falou se levantando.

– Viu que eu tenho razão né?

– Não enche!- a ouvi dizer do corredor.

– Ei volta aqui! Se arruma que você vai comigo lá no Thor.

– Para que? Segurar vela?

– É ué. Eu não conheço ele direito, vai que é mais maluco que eu pensava. Não é você que vive me dizendo que encontro com estranhos pode ser perigoso e...

– ok! Eu vou.

– Uhu!! – comemorei