Fronteiras Não Separam Um Grande Amor escrita por Miss Solo


Capítulo 16
Os Opostos se Atraem, os Iguais se estranham


Notas iniciais do capítulo

Finalmente o casal "brigão" Steve X Laura se acertam!!Uhu!!kkkkkkkkkk espero que gstem e comentem



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P.O.V.: LAURA

Após conversar com Nat, Manu e Steve e os três terem pedido para que eu ficasse, pensei muito a respeito de minha situação. Por fim resolvi ir embora mesmo. Sabe, não é orgulho como a Manuela falou e nem me acho autossuficiente como Steve jogou na cara, hoje mais cedo. É que, sabe quando você planeja uma coisa e nada da certo? Você fica chateada. Pelo menos eu fico muito. Eu fui para Angra dos Reis justamente para relaxar, pois estava muito estressada e sobrecarregada com as coisas da faculdade e problemas familiares. Eu tinha que parar para descansar, se não eu provavelmente iria surtar.

Chegando lá, logo no primeiro dia, tive aquela experiência traumática em que conheci Steve e minha vida virou de cabeça para baixo.Gosto muito dele. Muito mesmo, mais do que eu deveria, possivelmente eu o amo. Na verdade eu “ pego” amor muito fácil nas pessoas, por isso estou sempre quebrando a cara e me decepcionando.Ele é uma pessoa incrível, porém junto com o pacote “Steve Rogers” ,vem um acessório muito tenso chamado “ Capitão América” e na boa... Não sei se posso conviver com esse “acessório”.

Steve é um ótimo amigo, é inteligente, divertido, não é fútil, é humanista, gentil, educado ele... O.k. Eu assumo: ele é TDB!! Mas o Steve. As pessoas têm essa mania ridícula de achar que ele é um super-herói 24 horas por dia. Ninguém nunca é a mesma coisa sempre. Nesses últimos meses, nos tornamos grandes amigos e confidentes, mas depois daquela tarde em que conversamos na S.H.I.E.L.D não sei mais o que sinto por ele. Talvez eu esteja viajando na maionese e aquilo foi só... Sei lá saudade ou preocupação, afinal o chifrudo tinha me seqüestrado! Dãã! Mas, é claro que é isso! o que eu estava pensando?

Tenho certeza que fiz a coisa certa. Talvez um dia quando tudo isso acabar, possamos sair e ir a sorveteria e eu propositalmente vou irritar o Steve fazendo a moça falar todos os sabores e responder no final um sonoro “ morango”. Talvez a gente possa ir ao cinema ver outro filme de terror com o que vimos anteriormente e deixar que ele me zoe, por eu chorar de medo. Talvez... Talvez eu não consiga ficar mais sem ele. Talvez não seja possível esquecer tudo o que passou! Eu tenho que voltar!

- Para! Para! – gritei para o piloto que já ia decolar

- Como? – ele respondeu confuso

- Eu preciso voltar! Desculpe-me, estou cometendo um grande erro e preciso concertá-lo.

Ele me olhou abismado, mas parou o avião.

- Obrigada!! E me desculpe pelo transtorno. – me desculpei novamente saindo da aeronave

Entrei correndo e alguns agentes me olharam intrigados.

- Ei agente... Hill, não é?

- Sim – respondeu secamente

- Por favor, me faça um grande favor...

- Não vou fazer favor nenhum para você!! – Ela quase berrou me interrompendo

Fiquei “ poker face”, mas como ela falou e saiu correndo nem pude revidar. Fiquei um tempo vagando e procurando alguém até que vi um cara com cara de simpático.

-Oi, o Sr. Poderia me informar onde eu encontro o Capitão Rogers? – perguntei a um carequinha de óculos escuro, o que era estranho porque eram quase 21 hs da noite.

O cara ergueu a sobrancelha e respondeu simpaticamente.

-Ah você deve ser Lara!

-Laura –  o corrigi delicadamente

- A claro, me desculpe “ Laura”. Bom você deve ser a amiga do Capitão América, né!! Puxa, sou um grande fã do seu amigo. Tem sorte de ter um amigo como ele! – o cara falou empolgado ( finalmente alguém simpático neste lugar)

-Ah bom, na “verdade sou amiga do “Steve”, esse negócio de “ América” não é muuito legal! – falei divertida

-  O que? – perguntou confuso - Bom, venha. Ele acabou de sair de uma reunião com Fury e Stark, se tivermos sorte ainda o encontramos na sala de reuniões. Siga-me – continuou simpaticamente

Chegamos até uma sala reservada, porém a porta estava aberta e pude ver que Steve estava sentado a mesa de costas para a porta.

- Obrigada! E como é mesmo seu nome? – perguntei antes de entrar

- De nada. Sou Phil Coulson

- Ah obrigada de novo pela solidariedade agente Coulson.

Ele fez que sim com a cabeça e saiu. Fiquei um tempo observando Steve, ele estava mexendo em alguns papeis, porém eu não conseguia ver sua expressão por estar de costas para mim. Acho que vou voltar. O que eu vou falar pra ele? “ Oi Steve, é você tem razão é melhor eu ficar!” ou “ Oi Steve, resolvi te ouvir porque possivelmente eu vou sentir sua falta”!

Ai que ridículo! Vou voltar. Porém na hora em que eu me virei esbarrei  e derrubei  uma mesinha de vidro fazendo com que ela se espatifasse em mil pedaços no chão. O barulho forte fez com que Steve se virasse assustado. Fechei os olhos em quanto as coisas quebravam. O.K. Agora não dá mais para mim voltar.

- OI – falei meio sem jeito

- O que está fazendo aqui? Pensei que a essa altura já tinha ido embora. – disse de modo ranzinza

- Você estava certo. Eu fui precipitada em querer ir embora, me desculpe.

Ele gargalhou.

- Tá rindo do que? – perguntei confusa

- De você. Eu sei que você odeeeeeeia dizer que eu estou certo em alguma coisa! – falou irônico, se levantando da cadeira e indo ao meu encontro.

Fiquei meio sem ação.

- Isso não é 100 % verdade.

Ele gargalhou de novo o que estava me irritando.

-quer parar de rir? – ordenei

- Ah! Era ai que eu queria chegar! Viu como é chato quando alguém fica rindo quando nós queremos falar algo sério? – ironizou bagunçando meu cabelo

Bufei.

- Foi mal Capitão. Desculpe! Não vou mais sorrir.

- Também não generaliza. Gosto de ver sorrir, mas não quando eu quero te falar o que... O que... O que eu to tentando dizer a muito tempo. – Steve disse de forma doce enquanto mexia em meus cabelos

- E o que você está tentando dizer a muito tempo?

Eu estava tão... Tão tensa que estava esquecendo até de respirar e o fato dele estar tão próximo de mim e mexendo em meus cabelos só piorava a situação.

- Por que esta me olhando assim? – perguntei com a voz ligeiramente tremula, porém ele não respondeu de imediato apenas sorriu.

- Por que você resolveu ficar? – sussurrou ainda olhando nos meus olhos

Desviei o olhar para o chão e ele se afastou um pouco envergonhado, se sentando em uma cadeira próxima.

- Porque você estava certo... Esse tempo todo! E... E eu não ia conseguir ficar em paz, eu iria ligar a televisão e ver você no meio de uma guerra e com raiva de mim e eu sei que eu ia ficar arrependida disso tudo e...

Eu confessei tudo gesticulando feita louca e atropelando as palavras por causa do meu constante nervosismo. Não pude concluir porque Steve se aproximou de mim e colocou o dedo em minha boca me silenciando. O.K, se eu já estava nervosa com toda essa “ coisa” entre nós. Aquele sorriso no rosto dele e ele perto de mim e ele com o dedo na minha boca e... Nossa até meu pensamento está descontrolado!! Preciso respirar!

- Fica quieta por um minuto! Você fala demais ás vezes! – falou acariciando meu rosto

Sorri timidamente olhando para o chão.

- Obrigada pelo “elogio”! – revidei descontraidamente e ele soltou uma gargalhada abafada

- Também tenho muito a te agradecer.

- tem? – questionei confusa

- Sim... É...Bom...Definitivamente eu sou péssimo com palavras, então... olha nos meus olhos, lê na minha alma o que eu quero dizer mais não encontro palavras. –Ele olhou profundamente em meus olhos, fazendo com que eu mergulhasse no azul dos olhos dele ,que brilhava intensamente, de um jeito que nunca vira antes. Steve pegou uma das minhas mãos e levou até seu peito, em cima do coração. –Pode ver o que sinto?

-Posso.. Que...Quer dizer acho que sim. - sussurrei, ainda perdida naquele em seus olhos.

-Pode sentir? –fala pressionando minha mão  em seu peito, pra que  sentisse seu coração acelerado.

-Posso, mas preciso ouvir... preciso que diga! –falei ainda olhando-o.

-Obrigado...obrigado por me ensinar o que é amizade, confiança, respeito, sinceridade. Obrigado por me ensinar o que é companheirismo, cumplicidade, paixão, amor... Obrigado por ser tão doce e carinhosa comigo, obrigado por me aguentar durante todo esse tempo, obrigado por não ter me abandonado mesmo eu não te contando toda a verdade de início. Eu quero te dizer que...que eu te amo! Mais do que eu achei que fosse possível. Obrigado por me mostrar esse mundo louco em que acordei e fazer dele o melhor dos mundos. Eu só tenho que te agradecer, você me faz feliz... Você é o motivo, o sentido e a razão da minha vida. Eu te amo de todas as formas e todas as maneiras possíveis e imagináveis. Só Deus sabe o pânico que se abateu sobre mim quando Loki te levou... É...É só isso “ tudo” que eu tento te dizer desde aquele dia em que te conheci naquela pedra em Angra. - terminar de falar (sussurrar) com um sorriso encantador e acariciando-me o rosto, suavemente, aparando as lagrimas que caiam de meus olhos dela.

 Antes que eu pudesse responder ( ou parar de chorar! Siiiiim eu sou chorona) Steve gentilmente, colocou uma de suas mãos no meu rosto,fazendo com  que fechasse os olhos ao sentir o leve toque. De olhos fechado, senti que ele então levava a outra mão a minha cintura enquanto nossos rostos estavam tão próximo que os narizes se tocam, e ambos sentem a respiração quente e ofegante do outro. Eu ainda estava imóvel e de olhos fechados sentindo apenas a suave caricia no seu rosto, a respiração quente, e o hálito fresco de menta que vinha da boca de Steve.

Lembro-me de sentir um arrepio e um frio na espinha, e logo a seguir pressionar devagar seus lábios um no outro, iniciando assim, um beijo carinhoso, onde no começo as bocas se tocam e se conhecem. Levei uma das mãos a nuca de Steve e deixava a outra nas costas dele, entreabri automaticamente os lábios dando passagem à língua. No começo as línguas se tocam timidamente, e depois começam a explorar a boca do outro, mas conforme iam se acostumando e encontrando o ritmo, o beijo ia ficando mais urgente e apaixonado. Uma mistura de “não acredito que estou fazendo isso com “ eu esperei muito por isso”!

O beijo acabou quando os pulmões de ambos já não suportavam mais a falta de ar, fazendo com que nos afastássemos um pouco, mas ainda mantendo as testas juntas. Ficamos alguns segundos de olhos fechados até que eu soltei uma gargalhada!

- Eu te amo... Muito! Mesmo não querendo. – disse descontraidamente dando um selinho e em seguida o abraçando

Steve sorriu me segurando pela cintura para que eu o encarasse.

- Então somos dois, sabe... “ Ativista antiamericana” não parece a parceira ideal para o Capitão América! – ironizou encenando uma cara de preocupado

- Eu não sou isso ai que você falou! – me defendi

- Ah magina... Realmente. É uma boba, chorona, mandona...

- E você um metido, palhaço e chato. – entrei na brincadeira

- Fresca! – disse aproximando mais o rosto

- Americano!

- Isso não é um xingamento! – devolveu confuso

Gargalhei.

- Para mim é... E dos piores dos piores e...

Antes que terminasse de falar ele me puxa pra um outro longo beijo. Não sei quanto tempo ficamos nos beijamos, mas pela falta de ar que senti... Acho que muito!

– Maldito ar... - ele reclamou, estávamos com as testas coladas sorrindo um pro outro.

– Infelizmente precisamos dele – ri junto Steve, aquele tinha sido um dos melhores momentos da minha vida, inesquecível.


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