Os Cavaleiros Mais Poderosos Do Universo escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 35
A Verdade sobre Anúbis


Notas iniciais do capítulo

As coisas começam a se assentar. Myhara está mais presente no desenrolar da história, o clímax se aproxima e os personagens estão mais envolvidos do que nunca.



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Pietro suou frio ao ver os seus três colegas. Não queria continuar mais aquele trabalho, pois estava sendo um escravo de um deus maligno. Todavia, não poderia lutar contra os mais poderosos cavaleiros malignos. Nem Kiki seria capaz de derrotá-los sozinho.

Kiki ficou entre Pietro e os cavaleiros malignos. O ariano lutaria até a morte, se fosse preciso. Myhara olhou para o tibetano e para o Pietro.

– Não vai responder, Pietro?

– Prepare-se Myhara. Ainda temos uma luta em dívida. Estou ansioso para que continuemos ela.

– Eu sabia que a gente iria se encontrar de novo, Kiki. Infelizmente não poderei lutar agora contigo. Pietro, por que você não o atacou?

– Parece que o muleque do Pietro ficou com pena dos cavaleiros de Atena - disse Merick.

– Acabei com a aquariana na área de Kalígula. É estranho, porque antes disso eu o vi fazer companhia a ela. Explique-se - disse Gretta.

– Eu... Eu...

– Deixem-no em paz. Sua luta é comigo - insistiu Kiki.

Nembu e Papylon ficaram escondidos, dentro da esfinge e observando tudo. Ficaram com medo de defender seu chefe, já que ouviram falar que Myhara, Merick e Gretta eram impiedosos com quem se intrometia nos seus caminhos.

– Vamos, Pietro. Responda! - gritou o líder. - Por que você ajudou esse verme e aquela amazona? Por que não acabou com todos quando tinha a chance?

O rapaz ficou calado.

– Não me faça repetir as perguntas. Pois bem, eu te perdoo se você acabar com a vida do Kiki agora mesmo, na frente de todos. Que tal?

Myhara deu uma ordem para Rio Nilo demonstrar a lealdade ao deus Anúbis. Porém ele continuou parado, com a cabeça baixa.

Foi então que Nembu e Papylon tiveram a coragem de sair e defender seu colega. Eles propuseram lutar contra Kiki, abrindo um portal para outra dimensão. Myhara ficou pensativo por um momento e assentiu.

Kiki ficou pronto para lutar mesmo sabendo que aqueles dois não fossem os inimigos. Poderia criar uma Extinção Estelar e acabar com eles logo de uma vez. Contudo, viu Merick se afastar para o seu lado direito e Gretta ao esquerdo. Com certeza eles atacariam pela retaguarda. Eram cavaleiros sem escrúpulos, que não tinham nenhuma dignidade. Viu Nembu e Papylon juntarem seus cosmos em um só e lançaram. Por incrível que pareça Kiki ficou parado e se deixou ser pego pelo ataque. Recebeu uma grande descarga elétrica e, aos poucos, seu corpo começava a brilhar até explodir no céu.

Myhara aplaudiu o ataque dos dois e nunca pensou que o ariano fosse tão fraco.

– Eu preciso sair agora. Gretta, você vem comigo ao palácio de Anúbis; Merick...

– Eu voltarei à Karnak. Juntarei alguns homens para acabar com os demais cavaleiros.

– Certo - guardou a pistola e se aproximou de Pietro e falou em seu ouvido. - Você é uma vergonha para todos nós. Um fracassado que nem você deveria morrer, mas te darei uma chance. Da próxima vez não me apronte, ou não terá uma próxima vez. Ouviu?

– Sim Myhara...

– Seus pais, se fossem vivos, não aguentariam um sujeito feito você. Fracassado, ridículo - Myhara deu uma joelhada no estômago do mais novo. - Pra você, Pietro. Estou de olho em você.

Retirou-se dali juntamente com os outros dois. Nembu e Papylon foram ajudar o amigo que estava de joelhos se contorcendo de dor.

...

Danyel foi lançado para bem alto, caiu no chão abrindo um buraco por causa do impacto da queda. A luta contra Kalígula não era nada fácil, pois ele se defendia com um campo de força invisível poderosíssimo, além de atacar com golpes elétricos. Por mais que o cavaleiro de escorpião tentasse nunca conseguia mexer com o seu rival. Era óbvia a força que Karnak exercia sobre o indivíduo e a influência que o próprio templo dava ao seu guardião.

– Eu falei que não seria nada fácil para você continuar esta batalha. Não subestime os poderosos cavaleiros de Anúbis. Somos tão forte quanto os cavaleiros de Atena.

– Kalígula, tem razão quando se vangloriou há pouco. Realmente é um oponente difícil de se derrotar. Não é como os outros que eu lutei até agora.

– Está vendo. Até você mesmo reconhece a minha força. Quero dizer mais uma coisa caso te sirva de consolo antes de eu matá-lo. Talvez eu salve a amazona de ouro e faça dela a minha serva e concubina, fruto de uma lavagem cerebral que farei. Vamos combinar que ela é uma donzela formosa, apesar da máscara.

– Não ouse tocar num fio de cabelo dela. Nem que eu me suicide, mas te levo junto. Desgraçado.

– Nossa, quanta brutalidade e macheza. Quero ver essa coragem toda quando estiver implorando pela sua vida.

Danyel não teve mais estômago para escutar tantas tolices e partiu para a briga. Usou várias vezes as agulhas. O campo de força protegia o vilão de todos os ataques. Algumas agulhas eram explosivas, causavam um certo estrago no lugar. Kalígula sentiu um impacto quando um dos ataques atravessou o campo de força, rachando-o.

– Quê?

As agulhas tornaram-se raios contínuos que se juntaram e formaram num poderoso raio maior e mais potente. O escudo invisível não estava dando conta de tamanho poder e quebrou. O cavaleiro maligno foi arremessado para o meio da arena. Danyel tentou mais outra vez golpear o rival, mas este foi muito mais rápido.

– Espectro-Karnak! - usou sua técnica mais forte. Kalígula se transformou numa sombra e segurou Escorpião por trás para eletrocutá-lo.

– Não... pode ser. Ele se transformou em espectro e conseguiu me prender. Agora estou sendo esmagado como um inseto... Ah!

– Dessa vez eu te peguei. Não vai sair vivo daqui, cavaleiro de Atena.

Por mais que o jovem Dan tentasse se desvencilhar, era em vão. A força que a sombra fazia era muito mais poderosa.

...

Depois de ter voltado do sexto templo, Myhara decidiu se ausentar de toda a cidade dos mortos para investigar algo que o deixou muito perturbado nesses últimos dias. Apesar de já ser noite no Egito, ele iria para Cairo a fim de visitar o museu e conversar com o seu amigo que era o diretor do local. Para isso, deixou sua armadura de lado e vestiu-se com uma roupa social preta e um chapéu. Deu ordens para a sua serva, Amut, mentir para Nefertiti sobre o seu paradeiro enquanto estivesse fora; e Gretta ainda serviria de guarda-costas para o Santuário.

Gretta ficou observando a vista na saída do templo. A escadaria que levava à Avenida dos Vitoriosos - título dado por causa dos homens que deveriam sobreviver aos guerreiros e que entrariam com vida no Santuário. Ramsés parou perto dela.

– Ajude Amut, caso ela precise de ajuda.

– Venha rápido, Myhara. A cidade está sendo atacada pelos guerreiros de Atena e estou preocupada com o meu templo lá no abismo. Preciso averiguar se os meus prisioneiros estão trabalhando.

– Mas as suas subordinadas não podem fazer esse trabalho para você?

– Nunca subestime o inimigo. Elas lutam muito bem, mas não se equiparam aos cavaleiros dourados da deusa da gurra justa. Inclusive eu acabei com uma das amazonas que vieram na invasão. A amazona de ouro de Aquário.

– Aposto que prendeu ela na redoma. Acertei?

– Exatamente. Ah, como é bom ser má.

– Pois então, boa má, cuide do Santuário enquanto eu estiver fora. Preciso ir o mais rápido possível. Antes que dê meia noite.

Myhara usou o seu cosmo para se teletransportar para fora da cidade dos mortos.

MUSEU DO CAIRO

O museu era um prédio com quatro andares que ficava no centro da capital egípcia. Sua arquitetura era antiga e já passara por várias reformas. Contudo, a magia estava dentro do complexo, pois toda a história do Egito se encontrava lá.

Myhara percebeu que a entrada principal havia fechado, contudo, como conhecia muito bem o local, foi por trás para entrar pela porta dos fundos. Tocou a campainha várias vezes até que um homem abrisse. Era um idoso, barbudo, baixinho; usava óculos e ainda trajava paletó.

– Said Al-Myhara?

– Chegou o momento, senhor Holm.

O velho convidou o mais novo para entrar. Pouco tempo depois, ambos estavam no gabinete do senhor Holm.

– Que milagre, meu jovem. Desapareceu e nunca mais voltou a trabalhar aqui. Se for para pedir o seu emprego de zelador de volta, esquece.

– Por favor, olhe para a minha atual aparência. Acha mesmo que eu vou querer pedir esmola na altura desse campeonato?

– É, parece que você mudou mesmo.

Myhara sentou na cadeira e encostou os pés sobre a mesa.

– Eu vim porque quero aquilo de que me falou há um mês. Quero o Livro dos Mortos.

– O Livro dos Mortos é um livro amaldiçoado que aprisionou a alma de Anúbis, deus da morte. Foi escrito pelo próprio deus Osíris para acabar com a influência de outros deuses que poderiam ameaçar sua soberania. Para que você quer?

– Não é óbvio? Soltar Anúbis.

– Não! Ele vai rogar as 10 Pragas do Egito. Isso seria uma catástrofe não só para o nosso país, mas para o mundo inteiro também.

– Ora, deixe de medo. Quando foi que você viu esse mundo ser justo? Além do mais, eu trabalho para a serva fiel de Anúbis, Nefertiti. O deus ainda não tem força o suficiente para enfrentar a maldita da Atena. Quero que você me dê o livro, e eu me responsabilizo. Prometo que ganhará bem por seu serviço.

Holm ficou receoso, apesar da proposta tentadora. Myhara retirou do bolso do casaco uma pequena bolsa e entregou ao mais velho. Ele alegou que seria um pequeno adiantamento do que o diretor do museu ganharia. Este abriu o pacote, viu diamantes e pequenas pepitas de ouro. Suou frio, pois só com aquilo já ficaria rico; imagine o pagamento maior. O ancião não aguentou a tentação e levou o ex-colega para conhecer o velho livro dos morto.

O Livro dos Mortos era uma enciclopedia de capa dura, preto, com detalhes em ouro e pedras preciosas. A escrita era completamente em hieróglifos. Havia uma pequena fechadura que só abriria caso tivesse uma chave especial.

– Não temos a chave.

– Isso não será problema. Sei muito bem onde está. Agora abra esse vidro. Já desligou o alarme?

– Sim.

Holm tirou do bolso uma chave pequena e enfiou na fechadura do vidro que protegia o artefato. Abriu com maior delicadeza e segurou o objeto. Fechou e entregou ao Myhara.

– Agradeço ao senhor. Quando o meu plano se completar, eu lhe pagarei cada centavo e com juros.

– O que digo à polícia, Said?

– Não sei, doutor. O senhor é um ótimo ator. Pode surpreendê-los com a sua astúcia. Até.

Myhara saiu do museu um pouco depois da meia noite.

Meia noite na cidade dos mortos. Myhara chegou ao Santuário e, antes de falar com qualquer um, foi direto ao mausoléu do corpo do deus da morte. Sabia o caminho direto para lá sem precisar da mediação de Nefertiti.

...

– Onde estou? - indagou Seiya quando acordou no salão do templo de Abu Simbel.

O cavaleiro de Sagitário percebeu, depois de alguns segundos, o ambiente que acordou. Olhou para o teto e se lembrou que havia lutado momentos antes com o guardião da casa. Levantou-se e ficou satisfeito quando percebeu que a sua armadura de ouro havia voltado para o seu corpo. Foi tudo uma ilusão. Olhou para o corpo de um homem mais à frente. Era o tal de Ninrode de Abu Simbel que fora derrotado quando Seiya havia aplicado o Cometa de Pégaso.

– Droga, estou muito atrasado - correu o mais rápido que pode para sair daquele lugar e prosseguir com a missão. Era crucial, a sua presença; porque não saberia se os outros cavaleiros poderiam dar conta sozinhos.

Abu Simbel era o maior templo da cidade, atrás apenas do Santuário de Anúbis. Atravessá-lo não seria nada simples.

Danyel estava sendo vencido pelo algoz, Kalígula de Karnak. A força do guerreiro não sobressaía em nada com a do espectro. Pensou várias vezes que poderia ser o seu fim, se ele não pensasse num plano eficaz para reverter a situação.

Kalígula sorria enquanto enforcava o outro. O guardião teria uma chance única de derrotar um dos poderosos cavaleiros de Atena.

– O que foi? Não consegue me vencer - debochava.

Danyel continuou calado.

– Quando eu quebrar o seu pescoço, vou me empenhar bastante para acabar com a vadia ali - o herói tentou colocar mais força. - Não importa quanta força coloque, o templo de Karnak sempre vai me dar força necessária para acabar com os meus oponentes. Por isso que sou um dos nove cavaleiros mais temíveis daqui.

Escorpião pensou que fosse o seu fim, mas raciocinou nas palavras do seu algoz em questão. "Karnak vai dar força a ele". Isso queria dizer que o verdadeiro inimigo era o próprio templo, não o guardião. Observou a estátua de Anúbis no centro da arena. Um cosmo estranho saía do objeto, como se fosse o próprio deus da morte ali presente. Levantou seu punho e apontou o dedo indicador na direção da estátua. O espectro percebeu tudo.

– Que pensa que está fazendo?

– Acabando com essa brincadeira de criança.

– Não!

A Agulha Explosiva explodiu em cheio a cabeça da estátua. No mesmo momento, Kalígula perdeu os poderes, e a arena começou a girar rapidamente. Parte do tesouro começou a cair; Dan e Kalígula se seguravam em algo para não serem vítimas das estacas.

Os soldados ficaram prontos para invadir o templo de Karnak. Merick liderava-os para assegurar que venceriam. Não perderia por nada nesse mundo ter que lutar com um cavaleiro de ouro.

– Os inimigos optaram pela derrota. Daremos a eles o que merecem realmente. Vocês não podem falhar em nenhum momento da batalha. Será difícil, eu sei. No entanto, o deus Anúbis vai nos dar força para superarmos tudo isso.

– Senhor, o que é aquilo? - disse um soldado.

Merick viu que havia uma neblina ao redor de Karnak. Não era algo bom, pois alguma coisa séria acontecera. O cavaleiro de Tuntancâmon conseguia enxergar longas distâncias e através das coisas. Observou a luta na arena.

– Esperem. Não vamos atrapalhar, por enquanto - para ele, Kalígula não era forte o suficiente.

Sereia encontrou um oponente chamado Manassés de Lótus que, apesar de fantasiado, era até comum comparar com a figura anterior que viu há pouco. O homem ficou entre ela e as portas. Não permitiria que ninguém passasse.

A amazona soltou uma rosa vermermelha na direção dele, mas foi destruída por uma outra flor. Era a flor de lótus, arma de Manassés.

– Mesmo sendo uma mulher, eu não vou respeitá-la. Acabarei com você como se fosse um homem.

Ele queimou o cosmo e em seguida várias pétalas circularam sobre si como se fosse um pequeno tornado. Sereia se manteve afastada.

– Raio de Lótus - as pétalas foram na direção da amazona de Peixes. O poder foi rapidamente na direção dela e, aparentemente, a pegou com tudo.

As pétalas, supostamente, atingiram a pisciana.

– Serviço completo... O quê?

– Hmm... esse é todo o seu poder? Como manejador de flores, você não passa de um simples amador.

As pétalas de lótus viraram pó. Manassés viu o cosmo da amazona no formato de uma rosa fechada, que se abriu logo depois.

– Como pode ser? O seu cosmo virou uma rosa!

– Isso é uma das coisas fascinantes de ser um cavaleiro de Atena. Fomos bem treinados a desenvolver técnicas extraordinárias; não truques baratos e previsíveis como o seu. E agora, experimentará o verdadeiro poder de um cavaleiro de Atena... melhor, uma amazona de Atena.

Sereia queimou o seu cosmo ao máximo.

– Mesclagem de Rosas - Sereia materializou as Rosas Diabólicas Reais com as Rosas Piranhas num único ataque potente. Manassés foi coberto pelas rosas. As vermelhas causavam ferimentos no corpo dele e as negras destruíam a armadura. Em pouco tempo, ele foi morto com o ataque e caiu na piscina.

A guerreira ficou na beirada e jogou uma rosa branca na direção do cadáver.

– Para você, como consolo.

A mulher teve a surpresa ao ver que a porta preta havia sumido e restado apenas a branca. Ela abriu e passou. Assim que entrou, viu a arena para a próxima luta: uma floresta tropical. O espaço era muito grande, parecendo mesmo com uma selva real.

– Que bom que veio. Sabia que viria - o andrógino apareceu. - Sou Isis de Tebas, o guardião do Palácio de Tebas.

– Agora que estou aquecida, vamos lutar.

Isis sorriu.

Nembu e Papylon levaram Pietro para dentro da esfinge. O rapaz agradeceu a ajuda, mas pediu para que os dois saíssem da cidade dos mortos o quanto antes. Eles não entenderam, porém assentiram. Antes disseram que o ataque contra o cavaleiro de Áries havia sido falso e que o poder jogou-o para um lugar aleatório da cidade. O rapaz ficou mais aliviado.

– Que boa notícia. Assim posso tirar o peso da minha consciência. Sabia que eu contaria com vocês. Obrigado.

– Tem certeza que vai ficar bem, Pietro? - perguntou Nembu.

– É claro que vou. Não se preocupem. Vou salvar um amigo meu e depois vamos embora. Agora vão.

– Se cuida. Vamos te esperar no lado de fora - disse Papylon.

Os dois saíram e deixaram Pietro só. Depois de algum tempo ele saiu para o Santuário de Anúbis a fim de resgatar Hathor.

...

Myhara levou o Livro dos Mortos para o mausoléu do deus Anúbis sem a permissão de Nefertiti. Para isso ele roubara, mais cedo, a chave dourada no gabinete da sua rainha. Ele abriu a porta e uma grande poeira tomou conta. Foi ao andar superior, viu a tumba do deus e uma estátua dele. Um cosmo maligno invadiu o ambiente e os olhos da estátua brilharam.

A tumba era feita de ouro. O peso da tampa era o maior problema, por isso Myhara teve muita dificuldade para retirá-la. Viu a múmia usando um colar e nesse colar estava uma pequena chave preta. O cavaleiro pegou o objeto e abriu o livro.

– Agora vamos saber o que está por de trás do deus da morte.

O livro era muito antigo, cheio de poeira e mofo; porém, dava para ler sem muitas dificuldades. Como Ramsés lia perfeitamente hieróglifos, não foi problema algum ter que decifrar as imagens da enciclopédia.

As ilustrações tomavam conta da publicação. Myhara percebeu o desenho de um chacal - Anúbis -, depois viu o animal morrer e retornar em forma de um deus; na sequência, percebeu a imagem de alguns servos, incluindo uma mulher. Possivelmente a Nefertiti. Viu também pessoas atrás da mulher, conseguiu decifrar a expressão "Entes Queridos". Depois viu a alma de um chacal entrar num dos entes mais querido da mulher, na ilustração era um homem, possivelmente o marido.

Myhara fechou o livro por alguns instantes. O espírito do deus se apossava do ente mais querido da rainha Nefertiti. Isso aconteceu há milênios e não seria diferente agora.

– Não pode ser verdade. Nefertiti tem apenas um ente querido vivo. Isso quer dizer que o receptáculo do deus Anúbis é... Hathor, seu irmão!

Hathor foi escolhido por Anúbis para ser o seu hospedeiro. Só faltava o ritual de libertação do espírito. Preso, ele tornou-se presa fácil dos planos diabólicos de Myhara de Ramsés.


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Notas finais do capítulo

Com a descoberta sobre a relação de Hathor com o deus Anúbis mexeu com o maior vilão da história. Agora ele fará de tudo e mais um pouco para concretizar os seus planos. O que acontecerá com o garoto?

Próximo capítulo:

Pietro descobre os planos de Myhara;
A derrota de Kalígula;
A luta de Sereia e Isis de Tebas;
Pietro tenta salvar Hathor, mas Myhara descobre tudo;
Nefertiti é traída.

Até a próxima.



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