A Fúria De Hades escrita por Andressa Picciano, Milena Buril


Capítulo 17
Pavilhão dos Julgamentos




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Quando voltei para a realidade senti em minha testa o suor frio escorrendo e uma lágrima de ódio e culpa surgiu em meus olhos, e eu não me esforcei para detê-la. 

Me sentei e deixei que minha cabeça pesasse em minhas mãos, eu não queria chorar, eu nunca fui assim emotiva, mas tudo parecia errado e desajustado.

Eu não devia ter brigado com Nico, ele estava se esforçando para me ajudar e eu havia me recusado a ouvir seu plano. 

"Idiota" eu ouvia meus pensamentos ecoarem pelo pavilhão. "Sua mal-amada patética" a voz de Judy gritando, "Imprestável! Traidora!" 

Eu sentia uma parcela de culpa, mas não pelo que fiz com Judy, mas sim com Nico. 

Uma voz forte ecoou pelo salão e eu desejei que eu estivesse em qualquer lugar, exceto ali.

 

...

 

- Ora, ora, ora... Se não é a semideusa "corajosa" que não deveria estar aqui. - Hades falava como se achasse que me desintegrar seria a coisa mais divertida que ele tinha para fazer no momento.

Espíritos começaram a entrar por todos os lados e em questão de segundos, ocupavam o salão inteiro.

- Se eu não tivesse a ajuda de meu filho querido, não saberia onde você estava - o deus falava com um sorrisinho crescente nos lábios.

Os fantasmas abriram passagem e empurraram Nico para o perto de mim.

Ele me olhou incrédulo.

- Por que você está no Pavilhão dos Julgamentos? Não era nosso plano.

- Não era o seu plano. Você não me contou sua brilhante ideia Nico - retruquei.

Ele olhou para o chão e depois para seu pai.

- Você havia prometido à sua esposa que nos daria um tempo, pai!

- Blablabla.. Eu sei Nico. Eu prometi à Perséfone que daria quatro horas e meia a vocês sem me intrometer com minhas próprias mãos e exércitos. Para atrair sua namoradinha para cá eu não usei esses artifícios, apenas uma pequena força de atração - o deus sorria sinistramente. - Além do que, eu só queria lembrar a ela que seu passado a condena por justa causa. Ainda mesmo, meu filho, que só faltam quatro horas para que eu possa fazer o que eu bem entender. 

Eu olhei para Nico, e ele entendeu: tínhamos que sair dali. Então, como mágica, uma cadela do tamanho de um ônibus escolar irrompeu no pavilhão destruindo alguns fantasmas e dispersando outros.

Subi nas costas dela logo, atrás de Nico e segurei em suas gélidas mãos. A melhor sensação que eu poderia estar sentindo. Então o cão correu pelo Mundo Inferior até chegar ao portão do Cérbero e nos deixou nas margens do Rio Estige.

Tudo isso em cerca de uma hora e meia. Então foi embora saltitando, me deixando sozinha com Nico di Angelo.


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Notas finais do capítulo

Eai.. o que estão achando?? ^^ Logo mais posto outro capítulo!! (:



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