May - Parte III escrita por PaulaRodrigues


Capítulo 7
Suspeitas


Notas iniciais do capítulo

Coisas estranhas estão acontecendo com May, ela tem suspeitas do que seja mas ela não consegue enxergar uma possibilidade.



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Eu estava apoiada na árvore, meus olhos fechados, as costas da mão apoiada em minha boca. Sentia o vento bater de leve em meu rosto. O que é isso afinal? Será que foi o café da manhã que Pietro me trouxera no dia anterior? Provavelmente seria.

Andei devagar até a barraca, Pietro acabara de sair dela.

– Olá, se sente melhor? - ele se aproximou de mim.

Eu ajudei a ajuda, estava meio fraca, o que foi estranho porque raramente me sinto fraca.

– Sim, a dor passou, estou melhor - tentei sorrir.

Ele me abraçou e beijou o topo da minha cabeça. Deitei em seu peito durante o abraço e ficamos daquele jeito por um tempo. Fomos andando até onde estavam os outros para tomar um bom café da manhã. Os outros estavam agitados, Jean ficava num canto se sentindo A super poderosa incompreendida. Pelo visto as tentativas de Logan foram falhas. Como ele era estúpido, Jean estava ali por vontade própria, não porque Magneto a obrigara. Na verdade, todos nós estávamos ali por vontade própria.

Olhei para o café da manhã. Parecia realmente delicioso mas então aconteceu algo inesperado. O enjoo retornou e dessa vez muito mais forte, eu precisava sair dali. Corri para o meu da floresta o mais rápido que pude, me apoiei em outra árvore e vomitei. Pietro rapidamente chegou até mim e senti ele segurar meus cabelos.

– May, o que está acontecendo?

– Eu não sei - respondi com sinceridade. - Isso nunca me aconteceu antes e...

Parei de repente de falar. Agora eu liguei os fatos. Meus seios ficaram doloridos e percebi que aumentaram de tamanho, em seguida meu útero começou a doer muito e agora, vomitei pela manhã e quando senti o cheiro da comida. Não, não podia ser, como isso seria possível? Eu sou imortal, eu não envelheço, minhas células são instáveis e...

Minha visão começou a ficar embaçada, já não conseguia mais focar minhas mãos e então, desmaiei.

...

Não sei quanto tempo fiquei desacordada mas quando abri os olhos novamente, vi que Pietro me segurava. tentei me levantar mas tive muita dificuldade.

– É melhor você descansar um pouco - ele disse.

Eu assenti, foi um conselho sábio. Mas como seria possível? Eu estava... grávida*? (May não sabe a resposta para esse acontecimento, mas você saberá lendo as Notas Finais do capítulo). Eu não ia contar a Pietro. Não era algo confirmado e nem algo possível. Eu devia estar passando mal por alguma outra coisa.

Algum tempo depois, consegui levantar e então começamos a participar das reuniões de Magneto. Nessas reuniões ficavam presentes Magneto, Pyro - como sempre -, a morena, a moça que parecia um travesti, o chinês/japonês, Pietro, eu, Jean e Fanático. Magneto nos passou seus planos, ele atacaria a sede que distribuía a cura.

– Fanático, você irá pegar o garoto no momento certo.

– Pode deixar - ele respondeu animado.

– Garoto? - perguntei. - Que garoto?

– Um garoto que é a fonte da "cura" - respondeu a morena no tom de ataque que sempre tinha.

– Como assim? - perguntei.

– Ele tem o poder de desativar poderes - disse Magneto.

Fiquei boquiaberta. Um mutante com poder de "desativar" outros mutantes? Isso era... incrível...

Assim que todos estávamos de acordo com o plano, saímos e deixamos um cara no acampamento, seria uma armadilha para que os agentes do governo não nos seguissem e nos atrapalhasse em nossa missão.

Caminhamos até um outro local e durante a caminhada senti uma dor de cabeça que, de início, acreditei que ia passar, porém, ela persistiu e foi com tanta força que minha visão começou a embaçar novamente. Parei e me sentei numa pedra grande com a mão na cabeça. Pietro veio comigo.

– Pode continuar Pietro, eu estou bem - respondi.

– Não, você não está nada bem. Afinal o que realmente está acontecendo com você?

– Nada - sorri pra ele e coloquei as mãos em seu rosto. - Nada que você precise se preocupar.

Sorri pra ele e fiquei olhando em seus olhos. Não seria tão ruim ter uma família com Pietro. Ele era atencioso e parecia realmente gostar de mim. Teríamos um filho, e ele não sabia de nada disso. O que aconteceria se ele soubesse? Será que entraria em pânico? provavelmente sim. Mas talvez seja outra coisa. Talvez eu não esteja grávida já que sou uma imortal.

– Olhe, comprei uma coisa pra gente - ele sorriu e levou as mãos aos bolsos. - Você deve achar meio estúpido mas, estamos indo para uma guerra. Uma batalha onde tudo poderá acontecer e essa foi uma forma de ficarmos juntos durante a batalha - ele deu uma risadinha e tirou do bolso dois pequenos pequenos colares.

O pingente dos colares eram pequenas pedras branquinhas e reluzentes dentro de um pequeno frasco que se agarrava ao cordão e nessas pedrinhas estavam uma mancha preta.

– Um está escrito Pietro e o outro May - ele tentou me mostrar. Ele abriu um dos colares e apontou pra mim. - Posso?

– Claro - respondi.

Ele foi para atrás de mim e começou a colocar o colar. Levantei meus cabelos para que ele pudesse fechar o colar.

– No seu está escrito Pietro. É uma maneira de eu estar sempre com você - ele fechou e o colar caiu sobre o meu de laboratório. Eu não o coloquei para dentro da blusa como fazia com outro, pelo menos não por agora. - Eu vou ficar com o escrito May, poderei sempre andar com você - ele colocou o colar rapidamente, pegou o pingente e o levou ao lado esquerdo do peito - aqui.

– Por que faz isso? - perguntei meio encantada.

– Isso o quê?

– Me deixa cada vez mais apaixonada por você?

– Porque esse é o meu objetivo.

Ele sorriu, aquele sorriso brincalhão, sexy e fofo. Me levantei da pedra e o beijei. Como poderia ser tão romântico um garoto tão estilo mulherengo? Ele era uma graça e eu percebi que, depois dessa batalha, com certeza minha vida seria bem melhor. talvez fosse esse meu destino e não Logan. Logan não me queria e eu fui estúpida o suficiente para não perceber isso. Com Logan era apenas o momento, a convivência, mas Pietro parecia finalmente ser quem eu precisava ter ao meu lado.

Continuamos a caminhar, agora ficamos um pouco pra trás. Mas caminhamos felizes até um outro lugar onde finalmente descansamos. Por incrível que pareça, fiquei meio cansada rápido demais.

Logo pela manhã, depois de eu ter ficado enjoada novamente, o que me deixou meio nervosa, começamos a nos arrumar para ir em direção à ilha onde se encontrava a sede de fabricação da cura. Me arrumei com minha jaqueta preta, a fechei até o pescoço, coloquei minha calça de coro, luvas de motoqueiro, botas de salto, maquei rapidamente e fiquei pronta para o ataque. Pietro estava com uma roupa preta bem confortável para o impacto do vento na corrida.

Assim que todos estávamos prontos, caminhamos em direção a Golden Gate Bridge. Magneto fez todos os carros saírem do nosso caminho arrastando-os para os lados. Eu sabia que muita gente inocente estava correndo risco de vida naquele momento, afinal, era um engarrafamento. Magneto andou na frente e quando todoos nós estávamos na ponte, ele deu mais alguns passos a frente e apontou para a ponte.

A ponte começou a balançar. Algumas pessoas que ficaram presas nos carros começaram a gritar. Eu não podia ajudá-los, seria pior se eu tentasse fazer alguma coisa para tirá-los dali, mas sei que se o carro de algum deles começasse a parecer que ia prejudicá-los eu certamente ajudaria. O quê? Eu ajudaria? O que diabos aconteceu comigo? Humanos são estúpidos, eles estão com medo de nós, então que se danem, que morram, quanto menos gente preconceituosa melhor.

Então, um pedaço da ponte começou a se deslocar, Magneto a levou para outro lado para se conectar à ilha onde estava a cura. os que normalmente ficavam perto de Magneto, continuaram ao seu lado, incluindo eu e Pietro. Demorou um tempinho para que a ponte chegasse à outra ilha, mas afinal, imagine, uma ponte voando por sobre o rio, estranho não? Algum tempo depois, houve um impacto forte e a ponte desceu na ponta da ilha. Magneto praticamente mudou o curso da ponte.

Magneto ordenou que todos atacassem, nós sabíamos que não podíamos seguir primeiro, pois como ele havia combinado conosco, os peões vão na frente para que as armas acabem antes de nos atingir. Magneto tentou pegar as armas mas elas não se movimentaram.

– São de plástico, aprenderam - ele deu uma risadinha.

E então todos os outros começaram a não ter mais posse de seus poderes e nós estávamos assistindo à decadência dos outros mutantes.


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Notas finais do capítulo

*Bom, como todos sabemos, May é imortal, um ser imortal se torna privado de conseguir conceber um filho. Porém, na espécie de May, para que ela, um ser imortal, não fique sozinha, é permitido que ela possa dar a luz apenas uma vez. Pois todas as pessoas ao seu redor irão morrer um dia e ela ainda continuará viva. Sabemos também que um dia, os amigos novos também morreriam, logo, eis uma razão para que ela possa ter um filho. No caso dos homens imortais, eles podem ter filhos normalmente com outras mulheres.
Como essa vez é selecionada? Bem, como todos percebemos, May não é nenhuma santinha, logo já teve vários relacionamentos sexuais. Então, para que um ser imortal não tenha um filho por acaso - já que essas informações não são passadas em um manual de instruções de como utilizar seu super poder -, May só engravidaria de um homem que ela realmente amasse. Assim, um "pedaço" da pessoa que ela ama estaria sempre ao lado dela, ao contrário, se conseguisse conceber o filho e ela não amasse a pessoa, seu corpo não desenvolveria para poder continuar a concepção.
Aí vem a outra pergunta: como ela não engravidou de Logan? Bem, não era necessário um filho para companhia já que Logan também era imortal. Os corpos de mutantes imortais conseguem perceber o outro, fazendo com que o corpo de May não se desenvolva.
Bom, com essa novidade, para que o corpo de May fique pronto para o bebê, ela passará por algumas mudanças físicas e hormonais, o que fará com que seu corpo saia da formação de dezessete anos.



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