Diana Damburn: Adeus, Casamento. escrita por Desirée Schultz


Capítulo 15
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Não leia. Eu disse pra não ler. Para de ler a nota desse capítulo. Eu falei pra não ler. Para com isso... Nossa, como você é rebelde :3



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 Estou morrendo de fome. Olho para a mesa de comida, e carne nunca me pareceu tão apetitosa, deliciosa. Vejo uma senhora da mesa ao lado cortando lentamente a carne. Fico observando, enquanto ela me encara, achando que eu sou um tipo de maníaca, de olhos arregalados. Observo Devon de canto de olho. Ele está sorrindo levemente, provavelmente esperando o momento. Eu poderia fazer uma breve comparação ao William, ou ao Brendan. Mas posso bater em Brendan, aliviando parte da raiva. Me levanto e forço um olhar provocante (me contendo para não rir, do quão ridícula que me senti...).  Ele me dá a mão e começamos a dançar. Minha mãe havia me dado aulas de dança. Assistir é diferente de absorver ou aprender. Mas sei o suficiente pra não me constranger. Eu acho.

 - Ansiosa, amor? - pergunta Devon, colocando a mão em minhas costas, fazendo com que fiquemos mais próximos.

 - Quando foi que lhe dei tanta intimidade?

 - Desde o momento que aceitou se deitar comigo. - disse ele erguendo uma sobrancelha.

 - Tem razão, tem razão. - ele me puxa novamente.

 - Ei, o que é isso? - vamos pensar... Ele sentiu a lâmina.

 - Não há absolutamente nada.

 - Talvez eu tenha bebido demais. - quem me dera bebesse mais ainda, preciso fazer um sequestro discreto e adequado. Tenho uma ideia.

 - Estou me sentindo tonta. Eu vou lá fora, prometo que não demoro.

 - Eu vou com você.

 - Não! Eu... Eu prometo que volto sem demora. - me aproximo dele e o beijo.

 - Você me prometeu. - disse ele, sorrindo.

Saio de lá e tento procurar "minha" carruagem. Hans deve estar aqui por perto, me observando. Começo a cuspir no chão e esfregar minha mão nos lábios. De repente sinto um puxão no braço.

 - Tô aqui. Ele já comeu você? - perguntou Hans, gargalhando.

 - Ah, cale a boca! Não fale desse jeito comigo, cretino. - respondo, socando seu ombro.

 - Ai... Então, o que a trouxe aqui?

 - Minhas pernas.

 - Sua ironia me encanta, madame.

 - Deveria eu agradecer, messere?

 - Que diabos é... Deixa pra lá, o que quer?

 - Trouxe minha bolsa?

 - Tenho cara de escravo?

 - Quer mesmo que eu responda?

 - Sim, eu trouxe. - responde Hans, em rendição.

 - Vai pegar pra mim.

 - Tá aqui. - diz ele, jogando a bolsa no meu rosto.

 - Que encantador, obrigada. - falo, procurando aquele líquido que Mary havia me dado. É o amarelo, eu acho. O alucinógeno deve ser o amarelo.

 - De nada.

 - Tem uma taça?

 - Tínhamos. Arturo bebeu, e começou a cantarolar e reclamar da vida.

 - Não me interessa, apenas traga.

 - Está bem.  - Hans vai em direção á carruagem e toma a taça das mãos de Arturo, que começa a choramingar. - Aqui está, mocinha. Vai logo, daqui a pouco ele desconfia.

Coloco um pouco da substância na taça, e entrando no salão novamente, adiciono bebida, para "camuflar" a coloração do alucinógeno. Vou em direção de Devon e o puxo para um canto qualquer.

 - Onde vai ser?

 - Contigo, faria até em cima da mesa. - por que mesmo eu ainda não o matei? Este sim é pior que William.

 - Oh, não seja bobo! - "oh, não seja um verme desprezível!", penso.

 - Por favor, temos que ir agora.

 - Por que a pressa?

 - Digamos que eu goste de "visitar" bordéis. Digamos que eu tenha dívidas. Digamos que tem uma prostituta que inexplicavelmente é apaixonada por mim. Digamos que ela tem cabelo escuro e olhos cinzentos e está entrando no baile procurando por mim.

Assim que ele termina de falar, olho para a entrada. Digamos que essa prostituta é real.

 - Ah, senhor labaredas, o que faz com uma vadia dessas roçando em você? - grita ela com raiva, fazendo com que os convidados fiquem curiosos.

 - O que está fazendo aqui? - pergunta ele, sorrindo torto.

 - E você me pergunta? Ha! Vim cobrar a dívida. Aliás, você aí, vadia, não deveria se meter no meio do nosso amor.

 - Ah, mas a senhorita não sabe do que sou capaz. - respondo. Devon me olha confuso, quando me coloco a sua frente, como num gesto de defendê-lo.

 - Você é só mais uma rica mimada querendo dar por aí. - só a linguagem xula, me levou á um estado de ódio.

 - Repete. Isso.

 - Oh, que linda que fica com raiva! - e começo a rir. Eu simplesmente comecei a rir. De mim ela não venceria.

 - Vamos ver quem fica linda com raiva. - rasgo o meu vestido do joelho para baixo, para me dar mais mobilidade. E simplesmente avanço em seu pescoço.

 - Ah! O que é isso?!

 - Tô te mostrando como eu fico linda com raiva! - e começo a estrangulá-la.


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Notas finais do capítulo

Continua....
eu sempre quis falar isso com suspense :p
Até a próxima, beijos xD



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