Schyler escrita por Gi Carlesso


Capítulo 7
Visões no píer


Notas iniciais do capítulo

Olá!! Tuuuudo bom?? Desculpem a demora, tive que fazer algumas pesquisas pra poder continuar com a história antes que eu escrevesse bobagem :/ espero que estejam gostando, pois logo as coisas começam a ficar doooooooidas kkkk



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Será que eu estava ouvindo direito?? Caleb Nohan não se chamava Caleb e sim... Gabriel?? Então quer dizer que além de estranho, Caleb também possuía um nome falso ou coisa do tipo?

Eu nunca estivera tão confusa quanto agora, ainda mais porque – mesmo eu tentando esquecer – fora ele quem me salvou naquele dia do bêbado. Mas então, sobre o que aquelas pessoas estavam falando? E o pior de tudo, como assim demônios? Sério, isso é conversa de louco! Quem em sã consciência discutiria daquela forma sobre demônios e... renegados?

E por uma estranha razão, comecei a pensar no fato de que aquele anjo que eu vira provavelmente possuía uma estranha conexão com aquela conversa. Droga, agora eu tinha certeza que não estava ficando louca.

Aliha e o outro garoto se entreolharam logo depois de receber a resposta. O garoto sentado estava de cabeça baixa, parecia se sentir culpado por ter respondido a ela uma coisa que não deveria.

- Ótimo. – disse Aliha. – Agora sabemos onde encontra-lo.

Aliha estava a ponto de soltar o garoto sentado, porém ao levantar a cabeça nossos olhares se encontraram e eu tive certeza que ele me viu. Seu olhar se tornou assustado e Aliha e o outro garoto pareceram perceber isso.

Não pensei duas vezes e corri.

Eu havia entregado dinheiro a Carrie, então ela não teria dificuldade para ir embora e poderia pegar um ônibus. Então sai da boate – ou sei lá o que era aquilo – correndo, atropelando muitas pessoas no caminho até que alcancei a rua. Estava inda mais fria à aquela hora da noite, então tive que me cobrir com o casaco enquanto corria com medo de ser perseguida por Aliha e o outro que interrogaram o menino amigo de Caleb.

Atravessei a rua até o outro lado e me certifiquei algumas vezes olhando para trás para ter certeza que ninguém vinha atrás de mim.

Mas, acabei trombando com alguém com muita força, tanto que fui parar no chão.

- Ai, droga, não olha por onde anda? – berrei com uma mão em minha testa. Estava sangrando.

Levantei meus olhos e tive uma surpresa.

Era Caleb.

[...]

- O que você estava fazendo lá? – perguntou ele enquanto saíamos da farmácia, onde um farmacêutico havia limpado meu ferimento na testa.

Eu não queria responder, ainda sentia um pouco de medo dele pelo fato de que havia mentido a mim sobre seu verdadeiro nome. Certo, naquele ponto eu já não sabia de mais nada, muito menos quem eu era.

- Não interessa. – resmunguei tocando de leve com a ponta do dedo indicador no machucado já limpo.

- Claro que interessa. Eu ajudei você e parecia estar fugindo de alguma coisa que a assustou muito. – ele pareceu sincero ao dizer isso, tanto que parou no meio do caminho esperando a resposta.

Suspirei.

- Ok, digamos que eu ouvi o que não deveria ter ouvido. – olhei em volta ainda com medo. – E... as pessoas que disseram isso, me viram.

Ele franziu o cenho. Olhou em volta como se estivesse a procura de algo ou se estivesse escondendo alguma coisa. Ahá, eu sabia!

- Você... sabe quem eram essas pessoas? – perguntou de uma forma desconfiada, porém eu já tinha a certeza de que apenas perguntara aquilo, pois sabia muito bem o que eu havia ouvido.

Hesitei em dizer qualquer coisa, pois ainda permanecia nervosa após ouvir uma coisa extremamente confusa e ao mesmo tempo, assustadora. Afinal, não somos preparados para isso na vida, ouvir coisas que não parecem ser reais. Agora, depois de tudo que enfrentei e o que ouvi, tive certeza de que o há coisas por ai que eu não queria conhecer.

E Caleb, poderia ser uma dessas coisas.

- Não. – murmurei baixo demais. – Mas tive a impressão que elas sabiam quem você era.

Caleb não pareceu nada surpreso, sua expressão ficou mais calma do que eu realmente esperava. Mas o que estava acontecendo afinal?

- Lembra-se do que eu disse a você sobre haver coisas que nem sempre precisamos saber? – eu assenti, então ele continuou. – E que essas coisas perseguem e fazem qualquer um questionar a verdade? Bem, eu estava preparando você para hoje, pois o que ouviu lá dentro, são essas coisas. Veja bem, você foi perseguida por elas e está questionando a verdade agora.

Fiquei com um grande ponto de interrogação em minha cabeça.  Mas ele estava certo sobre tudo, pois eu realmente havia sido perseguida e estava questionando a verdade.

Ok, questionando minha sanidade mental, para falar a verdade.

- Será que pode parar de me esconder tantos segredos e contar logo o que são essas coisas? – falei me sentando no banco da calçada em que estávamos. – Estou ficando cansada de tanto mistério e confusão. Já estou começando a pensar que sou mais louca que meus pais, Caleb!! Por favor, eu preciso de explicações e se você sabe o que estava acontecendo entre aqueles três na boate, me explique.

Ele se sentou ao meu lado e soltou um suspiro longo e lento.

- Não posso, Schyler. – ele olhava para as próprias mãos. – Acredite, ainda não é uma boa hora. Mas... posso tentar mostrar a você sobre o que estou falando, para que você consiga entender sem que eu diga qualquer coisa. – apenas o encarei tentando entender o que ele dizia. – Sabe, sei bem o que você ouviu e quem eram aquelas pessoas... porque sou uma delas. – não fiquei surpresa em ouvir aquilo. – Schy, vai ser muito difícil.

- Não estou preocupada com isso.

[...]

Carrie me ligou muitas vezes depois que desapareci, mas fiz questão de deixar algumas mensagens avisando para que ela fosse para casa , pois eu chegaria logo. Bom, não que isso fosse verdade, pois queria descobrir tudo que deveria com a ajuda de Caleb.

Ou, Gabriel.

Ele havia me levado até um píer onde estávamos bem à frente das ondas do mar. Não era um lugar muito convidativo e sim assustador, pois as ondas batiam com força contra o píer e muitas vezes fui atingida. Resumindo, estava frio e eu começava a ficar molhada.

Caleb, pelo contrário, estava a alguns metros atrás de mim pedindo para que eu ficasse calma e respirasse. Ok, eu não fazia a menor ideia do que estávamos fazendo ali, porém Caleb insistia em dizer que o mar era o que responderia minhas perguntas.

- Tente não entrar em pânico, Schy. – disse sério atrás de mim, mas parecia mais que segurava o riso, pois eu estava  em pânico. – Se concentre no que viu no dia do café.

Eu havia contado a ele sobre o... anjo, mas por mais incrível que pareça, Caleb não riu ou disse que fiquei louca, apenas continuou com a ideia sobre o píer.

Fiz o que ele mandara e me concentrei na visão do anjo – o olhar carinhosos e protetor sobre as pessoas, a forma brincalhona com que ele ria para cada um que passava e as asas grandes que pendiam em suas costas, como uma coisa que naturalmente não deveria estar ali.

Foquei-me naquela imagem por muito tempo até que meus olhos ainda fechados foram invadidos por uma luz forte. Fui sugada para o que parecia uma visão, colocada dentro de uma cena do passado, a qual mostrava fragmentos de algo que acontecera no passado – vi olhos estranhos e incomuns como os de Caleb, alguém gritando com ele, criaturas assustadoras saindo de uma fenda no chão, a segunda guerra mundial e logo depois, uma espécie de imagem em que asas eram cortadas.

A imagem das asas foi como sentir um tiro, como se ao mesmo tempo em que fossem tiradas do anjo, estivessem arrancando uma parte de mim também. De alguma forma ou de outra, aquele anjo era ligado a mim.

Quando a visão passou, logo a imagem do mar voltou a aparecer em frente aos meus olhos e foi como se minhas pernas ficassem fracas demais e eu cai pesadamente na madeira do píer. Caleb veio correndo me segurando antes que minha cabeça atingisse o chão.

- Schy! – disse preocupado colocando-me rapidamente em seus braços.

Jamais fiquei tão fraca assim como estava, era como se a visão estivesse arrancando uma parte de mim assim como a imagem do anjo perdendo as asas. Caleb me encarou com um olhar preocupado, porém logo eu recuperei minhas forças e consegui ficar de pé.

- O que você viu? – perguntou enquanto eu arrumava meu cabelo molhado o qual grudava em meu rosto.

- Se eu já tinha coisas confusas na mente, - falei olhando-o séria. – tenho muito o que perguntar.                                                                


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Notas finais do capítulo

Só eu fiquei com dois olhos arregalados lendo esse final??? Nossa, o que será que vai acontecer??



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