Schyler escrita por Gi Carlesso


Capítulo 14
Jogadora de Baseball


Notas iniciais do capítulo

HEY!!! Vooooooooooltei!!! Eu andei demorando muito, mas é pq minha criatividade está de TPM e não ta querendo cooperar kkkkkkkkkkkkkk maaaaaaaas, aqui estou eu de volta para encher vocês um pouquinho kkkkk Reclamações e sugetsões --> @gigicarlesso ou http://ask.fm/GiovanaCarlesso
Boa leitura, dreamers ♥



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O som da voz de Gabriel, ao mesmo tempo que me trouxe segurança, trouxe medo, pois ele não havia feito nada desde que chegou ali. A criatura ainda se mantinha sobre meu corpo, os olhos vermelhos e fora de foco me encarando de forma mortal.

Ele também estava com medo.

Só depois de algum tempo a criatura desviou-se de mim para encarar onde a pessoa que procurava estava. Gabriel permanecia parado sobre um latão de lixo a esquerda do beco, o corpo preparado para qualquer ataque, mãos firmes atrás nas costas e o olhar sobre o demônio ainda pronto para me atacar.

Os dois se entreolharam, os olhos cheios de significado em que um queria matar o outro. Eu estava no chão vivenciando aquela cena, podendo sentir um grande ferimento nas costas e alguma coisa pingando em minha testa. Eu não conseguia me mover, não com aqueles braços fortes me mantendo contra o chão, o que impossibilitava tentar escapar.

- Gabriel, caiu mesmo em perdição. – rugiu o demônio de forma sarcástica, claro, ele era um demônio, acha mesmo que se importaria com isso? – Os humanos o deixaram cego. Tem uma dívida conosco, a menina é o pagamento, sabe disso.

- Não. – Gabriel continuou da mesma forma, olhos colados na figura, o rosto sério e algo me dizia, que havia um pouco de irritação comigo naqueles olhos escuros. – Ninguém vai morrer por minha causa.

E assim, o demônio me largou, mantendo-me ainda no chão e se virando para encarar Gabriel. Eu sabia que não poderia ficar ali ou seria atingida durante a possível briga entre os dois, então, levantei-me rapidamente me colocando de costas para a parede. Gabriel visualizou meu movimento e assim, nossos olhos se encontraram e eu pude ter a clareza de terror em seus olhos por causa de meus ferimentos.

- Última chance, anjo, pague sua dívida e tudo estará acabado. – disse rapidamente o demônio.

Gabriel passou os olhos em mim e um sorriso torto e sugestivo se estampou em seus lábios.

- Schyler não é um objeto, ela é uma pessoa. – disse ao mesmo tempo quando o demônio rugiu em sua direção e se atirou sobre o latão de lixo com Gabriel ainda ali em cima.

Quando o corpo do demônio atingiu o de Gabriel, fez um enorme estrondo, assim quando os corpos dos dois atingiram a parede logo atrás do latão. Gabriel tentou desviar dos ataques, porém fora atingido no ombro, resultando em um corte longo por cima de sua camiseta branca. O demônio investiu em outro ataque, jogando os dois deitados sobre o latão de lixo cinzento.

Não, eu não poderia ficar assistindo à aquilo, tinha que fazer algo.

Mas eu era uma humana. Seria morta em... questão de segundos.

Enquanto isso, o demônio ainda tentava atacar Gabriel, quem conseguiu chutar a parte posterior da barriga do monstro e coloca-lo para o lado a tempo de ficar de pé. Aproveitando-se disso, Gabriel desceu do latão, visualizando a posição exata do demônio.

- Arcanjo!! – esbravejou a criatura ficando de pé. Asas negras e ossudas apareceram em suas costas e a aparência de Jonny foi substituída por uma coisa estranha, a pele repuxada, olhos dourados e dentes afiados.

Agora, eu sentia medo daquela coisa.

- Corra. – mandou Gabriel colocando as mãos de leve sobre meu ante braço e empurrando-me para o outro lado onde eu estava antes.

- Não! Eu posso ajudar! – falei continuando no lugar. Gabriel me encarou de forma confusa e irritada, mas logo desistiu com um suspiro. – Eu vou ajudar.

A criatura rosnou novamente em nossa direção e preparou voo. Eu e Gabriel nos entreolhamos até que seus olhos negros focaram em algo perto de mim – um pedaço solto de dentro de um sofá velho dentro do beco. Eu sabia exatamente o que fazer.

Assim que o demônio voou, o anjo caído desviou de seus ataques e segurou o monstro pelas asas, com toda sua força conseguindo ao mínimo entortar a ponta. Ouvi o som estridente da criatura ao sentir a dor de ossos quebrando e tive que tampar os ouvidos.

- Agora!! – mandou Gabriel.

Fui até o sofá e arranquei o pedaço de madeira – era grande o bastante como um taco de baseball, e ainda havia um prego meio solto em sua ponta, ótimo para atingir alguma coisa e ferir gravemente. Me preparei assim como um jogador prestes a fazer seu primeiro ponto e, com toda a força que ainda me restava, atingi a criatura bem atrás da cabeça, fazendo um som alto e logo em seguida, o demônio caindo pesadamente no chão.

Ele estava morto.

[...]

- Pode ficar aqui se quiser, não tem problema. – disse ele quando me pediu para sentar em seu sofá. Havíamos chegado ali a alguns minutos e eu sentia que poderia desmaiar a qualquer segundo, não apenas por causa do ferimento na testa, mas também porque estava exausta.

- Tenho um emprego, Gabriel, preciso acordar cedo amanhã e... além do mais, tenho uma casa e um gato que precisa ser alimentado. – sorri ao me lembrar de Belle, minha gata quase falante.

- Mas você não pode sair desse jeito, vai desmaiar se andar mais. – ele estava certo, entretanto, eu não admitiria isso. – Então deixe que eu levo você, então.

Assenti, deixando com que ele me guiasse novamente até sua garagem e o carro. Dirigimos em silêncio por algum tempo, eu estava com uma baita dor de cabeça e por isso, não queria ouvir nem sequer o som de alguém andando  por perto. Quando paramos em frente a meu prédio velho e caindo aos pedaços, Gabriel disse que me levaria até o apartamento, pois não queria que o porteiro me encontrasse caída no meio do corredor.

Hora muito propícia para piadas. E sim, estou sendo sarcástica.

- O que foi aquilo com o bastão de madeira? Parecia que você estava jogando mesmo baseball. – ele riu fazendo o mesmo gesto que fiz pouco antes de acertar o demônio na cabeça.

- Joguei baseball na escola por cinco anos, nosso time ganhou alguns campeonatos nacionais, mas nos separaram quando algumas das garotas quiseram se tornar profissionais. – torci o lábio. – Eu fui a única que não quis achando que conseguiria um ótimo trabalho em New York e olhe para mim, sou uma garçonete no café do Bob.

Gabriel me observou atentamente, provavelmente tentando entender o que eu pensava a respeito daquilo.

- Tudo acontece por um motivo, Schy. Talvez, você se tornar uma garçonete seja apenas uma parte do plano para que você seja algo maior. – ele sorriu torto. – Acredite, eu tenho experiência para falar sobre isso.

Retribui o sorriso pensando o mesmo, arcanjos meio que cuidavam dessa parte, então ele realmente entendia essa parte.

- Bom... acho melhor eu entrar. – falei quebrando o silêncio de alguns segundos. – Belle vai arranhar minhas pernas quando me ver, deve estar morrendo de fome. – eu ri pensando nisso e Gabriel também pareceu achar graça. – Temos que fazer alguma coisa a respeito de... tudo que está acontecendo. Sério, há demônios em todos os lugares tentando encontra-lo e... me matar.

- Eu sei. – murmurou ele. – Já tenho uma ideia do que podemos fazer, mas antes tenho que treinar você. Não será uma coisa fácil, requer tempo. – ele esticou um dos braços gentilmente e senti a ponta de seus dedos tocarem meu rosto. – Mas vamos conseguir. Eu juro.

Sorri de leve ao ouvir aquilo e não resisti, puxei-o para mais perto desfrutando de um abraço longo e apertado. Ele era meu anjo da guarda e por isso, seu abraço era extremamente acolhedor, mas... havia algo mais.

E fazia muito tempo que eu não recebia um abraço daqueles.

[...]

Acordei com o som irritante de meu despertador tocando uma música que tocava na rádio, porém eu não fazia a menor ideia de qual ser. Virei de barriga para cima sentindo os raios de sol escapando para dentro de meu quarto pela janela e iluminando o pelo preto de Belle, quem dormia de forma aconchegante em minha perna.

- Oi, Belle. – falei com a voz rouca, sempre era assim quando eu acordava. Ela abriu os olhos dourados bem lentamente até que os focou em mim sorrindo em sua direção, mas depois piscou algumas vezes e virou a cabeça para longe. – Gata má.

Levantei da cama e fui atrás de alguma roupa, até que encontrei uma calça jeans preta, um moletom com a torre Eiffel em dourado e um par de botas de cano baixo prontas para enfrentar o dia cansativo.

Troquei minhas roupas rápido o suficiente para conseguir tomar café da manhã tranquilamente e depois o resto em que fazia todas as manhãs. Amarrei o cabelo e estava pronta para enfrentar Bob e suas exigências, Janette e suas histórias sobre a filha que iria busca-la logo e é claro, alguns clientes insatisfeitos.

Quando cheguei no café, minha amiga não estava lá, Janette sempre chegava muito antes que eu e ela não estar lá a aquela hora era uma coisa muito estranha. Suspeitei de tudo, depois do que aconteceu esses dias, realmente ceguei a pensar em demônios e coisas parecidas. É, isso estava afetando meu racional.

- Eu demiti Janette. – disse Bob aparecendo de repente ao meu lado. Ele percebeu minha surpresa e revirou os olhos. – Estava na hora de ela se aposentar, estava começando a ter alucinações. Ela realmente pensava que a filha ia aparecer e tirá-la daqui, nossa, aquela mulher estava louca.

- Janette não é louca, isso se chama ser sonhador, Bob. – revidei séria. – Ela não merecia isso.

Eu estava furiosa com ele, demitir Janette havia sido o fim do poço, ela não merecia nada daquilo e muito menos ser tratada como uma doente mental. Eu já estava nervosa com tudo que havia visto naqueles dias e ainda era obrigada a suportar isso, caramba, ninguém merece.

Coloquei meu uniforme usual e me preparei para enfrentar os clientes, mas, meu primeiro foi além disso. Lá estava ele, o sorriso torto nos lábios, rosto tranquilo e o cabelo bagunçado.

Jonny.

- Oi. – murmurei ao chegar ao lado da mesa. Ele me olhou distraído e forçou um sorriso maior. – Ahn.. o que vai querer?

- Dar um celular novo para você. – brincou me fazendo rir.- Por que não me ligou mais, Schy? Fiquei preocupado.

- Eu... estou bem, desculpe não dar sinal de vida. – olhei para os lados e franzi o cenho. – Eu sei que pode parecer estranho, Jonny, mas preciso muito falar com você. É um assunto... muito sério.


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Notas finais do capítulo

OMG, e agora?? Será que o Jonny vai fica envolvido em tudo?? O.O
Quem me pediu uma foto dos personagens, as fotos de Schyler e Gabriel estão na capa da fic, lá da para ver direitinho como eu imagino os dois :3 já as do Jonny, Tristan e Carrie, vocês vão ter que esperar eu achar kkkkkk
Ah, será que podem curtir o vídeo de "Schyler"? Iam me ajudar muito, dreamers!! http://www.youtube.com/watch?v=avwKW5j1pTg espero que tenham gostado :)



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