Invisível escrita por Carolina Fernandes


Capítulo 3
Identidade


Notas iniciais do capítulo

Obrigadãaaaao para quem favoritou minha fic! Vocês são demais! Seus LINDOS!
Mais um capítulo para vocês!
Estou amando escrever essa fic, gosh!
Espero que vocês a estejam amando tbm =}
Boa leitura! E deixem reviews por favorzinho!



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Hinata acordou com berros vindos do apartamento de Sasuke. Era a primeira vez que Jason não a havia acordado. Sentou-se na cama, esfregou os olhos e tentou decifrar o barraco.

-REPETE O QUE VOCÊ DISSE! – a voz rouca de seu vizinho estava visivelmente alterada.

-BA.RU.LHO! – Mas era certeza de que Naoki ganhava nos quesitos intensidade, timbre e volume.

-EU VOU ACABAR COM A SUA RAÇA, LOIRO OXIGENADO!

-BARULHO! BARULHO! BARULHO! – O loiro cantarolava. Hinata sabia que seu amigo estava prestes a ter um ataque.

-VEM AQUI QUE EU VOU ARRANCAR SEU PÊNIS!

-POR QUÊ? POR ACASO VOCÊ CURTE UM PÊNIS? – Pronto, o limite de Sasuke havia sido atingido. A morena se apressou em correr para o apartamento ao lado, afinal não poderia permitir que uma fatalidade ocorresse.

Já podia ouvir coisas sendo derrubadas e vidros sendo quebrados. Seu desespero fez com que abrir a fechadura se tornasse extremamente complicado.

-O que está acontecendo? Parem!

Encarou a cena. Naoki segurava os pés de Sasuke, que puxava os cabelos do loiro. O apartamento estava de cabeça para baixo e ainda nem era seis da manhã.

-Vocês estão loucos? Devem ter acordado o prédio inteiro... Parem de se agarrar! – os dois se afastaram, sentaram cada um em um canto com a cara fechada. Pareciam dois irmãos levando bronca da mãe. – O que aconteceu?

-Esse loiro oxigenado falou que a música do Linkin Park é barulho. – Sasuke fuzilou seu inquilino com o olhar recebendo como resposta um dar de ombros debochado. Hinata entendeu tudo no mesmo instante, afinal uma vez falara que não entendia bem qual era o estilo da banda e por isso recebeu um sermão de quase uma hora. O Uchiha era extremamente sensível quando o assunto era suas bandas favoritas.

-Ah, Saki-chan, você tem que aprender a respeitar a opinião dos outros...

-Não me chama assim. – rosnou o moreno, aumentando ainda mais o bico.

-Eu chamo do jeito que quiser. Agora, os dois, tratem de se recompor e peçam desculpas um ao outro.

-Nem a pau! – falaram em uníssono.

Hinata riu. Eles pareciam irmãos. Melhores amigos de longa data. A situação acabou lembrando-a dos momentos que teve com Hanabi. A morena sentia falta de sua família, por mais que não admitisse o fato. Sentia falta de repreender a irmã devido aos inúmeros namorados, sentia saudade de seu primo, Neji, todo protetor e preocupado, sentia falta do carinho de sua mãe e sentia falta até mesmo de seu pai, mesmo que fosse ele o responsável por todo aquele afastamento. Uma lágrima insistente escapou de seus orbes perolados. Ela não queria chorar, por isso limpou rapidamente o fio de água salgada descrito em sua face, mas era tarde, pois Naoki havia percebido.

-Está tudo bem, Hinata-chan?

-Sim, tudo ótimo... – ela olhou docemente para os dois - Vocês parecem melhores amigos.

Sasuke bufou, contudo estava se divertindo com tudo aquilo. Ele havia gostado daquele idiota. Naoki conseguia tirá-lo de sério, o fazia descontrair. Parecia da família.

-Vão se arrumar... Ah, Sasuke, o café da manhã é por sua conta hoje!

-Maldição... Ei, Hina... – o jovem sedutor tentou jogar sua lábia.

-Nem vem.

A azulada saiu do recinto e foi cuidar de sua vida, seu gato precisava comer.

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-Como ela está?

-Está desesperada, Itachi-san.

O Uchiha mais velho conversava com Minato no jardim da casa do mesmo. Ele havia ido fazer uma visita, pois Naruto era como um irmão para ele, por isso estava tão preocupado quanto os pais. O moreno de cabelos negros médios e semblante gentil havia se tornado da família e Minato adorava sua presença, ainda mais em momentos problemáticos como aquele, porque o jovem o ajudava muito a lidar com a personalidade agitada de Kushina.

-Tenho certeza que ele vai aparecer. Naruto-kun é bem energético. – riu. Sua risada era suave e aveludada, era impossível não se deliciar com a presença de Itachi. Simpatia era seu segundo nome.

-Espero verdadeiramente que você tenha razão... – o loiro suspirou pesadamente. Ele tinha que ficar firme e segurar as pontas para que sua mulher não se desmanchasse, mas por dentro estava mergulhado em aflição. – Ah, Naruto, onde você se meteu?

-Acalme-se, Minato. A polícia já está à procura dele. Não podemos fazer nada de imediato.

-Você está certo, Itachi-san. – seus olhos azulados se perderam na imensidão do céu. Como ele queria que tudo aquilo acabasse. – A festa de aniversário dele é em duas semanas... Ele estava tão ansioso, não parava de falar a respeito. Estava quase convidando desconhecidos que cruzavam com ele na rua!

Ambos riram, mas logo seus sorrisos desapareceram. Naruto era como o sol daquela mansão. Até mesmo os empregados estavam morrendo de aflição e preocupação. O jovem gritava, cantava, beijava as empregadas, pregava peças no pobre do jardineiro. Toda vez que seu padrinho, Jiraya, aparecia eles viravam a casa de pernas para o ar, ligavam o som alto e faziam danças malucas, sem contar nos momentos de perversão. A mansão ficava silenciosa demais, vazia demais, sem aquele ser escandaloso. O lugar ficava sem vida.

-Pois você verá, meu amigo. Seu filho vai estar presente em sua festa de aniversário. – o moreno pousou uma das mãos no ombro daquele pai aflito.

-Que Deus o escute...

-Minato, por que não avisou que Itachi-san estava aqui?

Kushina apareceu na porta balcão, sua feição estava cansada. Seus olhos estavam inchados e sua boca um pouco seca, mas ainda era bela, os longos cabelos ruivos sendo bagunçados pelo vento e a pele alva sendo banhada pelo sol.

-Desculpe, querida, não queria acordá-la. – Ela se sentou ao lado do marido e pegou nas mãos de seu visitante.

-Obrigado por sempre ser tão atencioso conosco... – ela estava quase chorando, estava debilitada, sensível, preocupada com sua cria.

-Pode sempre contar comigo, Kushina.

Ela sorriu graciosamente. Estava angustiada, se sentia culpada, pois havia tido uma discussão com o filho no dia de seu desaparecimento. Por que ela tinha que se intrometer tanto na vida dele?

-É minha culpa, tudo isso...

-Kushina...

-Não, Minato, você sabe que sim. Ele nunca reclama de nada, está sempre dando o melhor que pode para corresponder nossas expectativas e eu sempre estou pedindo mais dele! – as lágrimas já inundavam seus olhos cinzentos – E quando ele finalmente pede por algo, eu não o permito! E ainda por cima desprezo suas decisões...

-Kushina, pare! Você estava certa, aquela viagem era imprudente! – O marido tentava acalmá-la, contudo sua esposa parecia querer tragar toda a culpa para si.

-Desculpe-me, mas...Viagem? – Itachi não queria se meter em assuntos pessoais, todavia gostaria de entender melhor tudo para que sua presença fosse mais útil.

-Naruto queria ir para a África por um ano, para uma região cheia de conflitos... Ele é um pacificador no final das contas. – Minato explicou.

-Entendo... Kushina, ele está com a razão. Você só estava exercendo seu papel como mãe.

-O problema é que ele não é mais uma criança. Ele tem todo o direito de tomar as próprias decisões.

Ela se levantou e deixou o jardim. Os dois homens continuaram lá, rezando para que um milagre acontecesse.

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-Você é péssimo na cozinha, Sasuke!

-Fica quieto, idiota! Come aí e aproveita que ainda é de graça!

-Sasuke! – Hinata o repreendeu. A manhã estava sendo agitada. – Naoki-kun, você vem comigo para a biblioteca. Se te contratarem você já irá começar a trabalhar. – o loiro sorriu abertamente.

-Sim, senhorita!

A azulada riu, nunca imaginara que pudesse ter uma manhã como aquela, cheia de risadas e agitações, o dia mal havia começado e ela não podia estar mais feliz. Não conseguia parar de pensar no loiro em sua frente. Ele era tão real e verdadeiro, ela não conseguia sentir nem uma gota de maldade ou falsidade vinda de sua pessoa. E ainda por cima Naoki a olhava de um jeito maravilhoso, de um jeito que a fazia se sentir maravilhosa.

Já ele, toda vez que olhava para sua salvadora, via o mais puro anjo. Ele podia não saber quem era ou qual era seu passado, contudo não se importava com isso quando estava com ela. Pensava que se sua vida tinha que retomar o rumo, que retomasse junto dela. O que ele estava sentindo só podia ser o que chamavam de amor à primeira vista, era o que o loiro ponderava em sua mente. Nada no mundo interessava. Ela era linda aos seus olhos, mas a beleza que ele via era a do caráter, a do coração.

-Por que o nome de seu gato é Jason? – perguntou Naoki, desviando o rumo de seus pensamentos ao sentir o gato se embaraçar em suas pernas.

-Bom, é porque eu o achei, ainda filhote, em uma caixa cheia de roupas velhas, alguns DVDs desconhecidos e um DVD em estado irrecuperável do filme Sexta-feira 13.

-Sexta-feira 13... – o loiro passava os dedos no queixo como quem se lembra de algo, o que deveria ser impossível já que ele não tinha memória.

-Você se lembrou de alguma coisa? – peguntou Sasuke com a boca cheia de waffles.

-Não sei bem, foi algo bem borrado... Eu estava olhando para a televisão, nela havia um cara com uma máscara estranha e logo depois tinha uma cabeleira branca e eu parecia assustado... Ai que confusão! – descabelou-se em revolta. Por que não conseguia se lembrar?

-O cara com máscara deve ser o Jason.

-Você não tem como afirmar isso, Sasuke-san.

-Era esse cara aqui? – o Uchiha mostrou o visor de seu celular a Naoki, o qual pulou de seu assento em euforia.

-Era esse mesmo! – escandaloso como sempre. – Meu Deus, eu me lembrei de algo...

-Insignificante. – o moreno completou a oração.

-Cale a boca, Maldito!

-Parem! O café da manhã acabou. Vamos, Naoki-kun.

Hinata pegou sua bolsa e pegou o rumo de seu serviço junto com Naoki. Eles ficaram em silêncio até chegar ao metrô. Ambos não sabiam o que falar. O loiro coçava a nunca de instante em instante, enquanto a azulada apertava cada vez mais a alça de sua bolsa. Eles queriam se conhecer, queriam ficar íntimos, mas ela tinha medo de magoá-lo fazendo alguma pergunta que poderia desencadear tristeza devido a sua perda de memória e ele não sabia muito bem como lidar com tudo aquilo.

Hinata quebrou o silêncio.

-Por onde você vai começar a procurar?

-Não sei bem, não é como se tivesse muitas pistas. – sorriu de canto. O metrô estava lotado como sempre.

-Devia começar olhando as notícias policias de pessoas desaparecidas. Sua família pode estar a sua procura.

-É, faz sentindo! Nem tinha pensado nisso. Acho que sou burro! – ele riu e sua risada contagiou Hinata como de usual.

Em alguns minutos eles haviam chego à biblioteca. Hinata conversou com Chiyo e a velha não estava com muita paciência e disse que o cargo já havia sido preenchido. Ambos ficaram decepcionados, mas a morena achou que seria melhor daquele jeito, afinal ela não sabia quando ele descobriria sua identidade e não era prudente ele já tentar se estabilizar sem saber nada de seu passado.

-Você pode voltar ou ficar esperando, Naoki-kun.

-Eu vou ficar lendo, quem sabe alguma coisa desencadeia minha memória. – ele sorriu. A verdade era que ele queria ficar com ela o máximo de tempo possível.

-Certo. Deixa-me ir trabalhar, fique a vontade.

Hinata começou a trabalhar antes que certa idosa de TPM começasse a pegar em seu pé.

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Sasuke não teria aula no dia, estava ocorrendo algum tipo de reunião a qual ele não dava à mínima. De qualquer forma ele precisava estudar, porém antes resolveu relaxar um pouco, jogou-se no sofá e ligou a televisão. Fazia séculos que não usava aquele aparelho. Entre trabalhar, estudar e curtir a vida sobrava pouco tempo para ficar por dentro das notícias e das novelas.

Ele ligou a televisão e ficou passando os canais aleatoriamente para ver se encontrava algo de interessante. Então ele parou subitamente no canal de notícias. Naoki estava na televisão, ou melhor, uma foto dele estava.

-Meu Deus... – balbuciou o moreno incrédulo.

Ele aumentou o som e ouviu o que o repórter tinha a dizer. Não podia acreditar. Ficou pensando como contaria aquilo para Hinata e para Naoki, cujo nome era na verdade Naruto. Urrou de raiva. Hinata estava tão feliz e agora ele descobre que o cara é de uma família rica. O Uchiha já podia até imaginar a complicação formada baseado em suas próprias experiências familiares.

Desligou a televisão com raiva. Deveria ter continuado com ela desligada, era o que pensava. Agora teria que contar, afinal era melhor ele ser o primeiro a dizer antes que algum desconhecido reconhecesse Naruto na rua e os acusassem de sequestro.

-O que eu vou fazer, Deus! – indagava sozinho.

Estava uma pilha de nervos, por isso não pensou duas vezes para sair de casa e ir para qualquer lugar.

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-Por favor! Por favor!

-Já disse que não! Ino, Ten Ten!  - uma bela mulher de cabelos róseos médios e corpo delicado tentava fazer suas amigas aceitarem sua decisão, porém estava difícil obter sucesso em tal objetivo.

-Por favor, Sakura! Seu namorado nem vai ligar! Conseguir um acesso vip deve ser moleza para ele! – As duas jovens, Ino, uma loira de cabelos lisos e longos e curvas desenhadas, e Ten Ten, morena dos cabelos na altura dos ombros, chacoalhavam a amiga insistentemente. Queriam desesperadamente o acesso vip para o show da Kelly Clarkson.

-O problema é que eu sei que vocês não irão pagar! Além disso, como vocês conseguem estar pensando nisso quando ainda não sabemos do paradeiro do Naruto? – a rosada se exaltou, estava nervosa e sem cabeça para as futilidades das amigas.

As duas amigas se amuaram envergonhadas. Sakura estava certa, elas não deviam estar se preocupando com aquilo naquele momento. Havia coisas mais importantes que requeriam suas atenções.

-Desculpa, Sah. Você está com a razão. – conclui Ten Ten abraçando sua amiga com força. Ino fez a mesma coisa.

-Agora, vamos parar de drama. – a rosada limpou os olhos úmidos. Queria seu amigo idiota de volta. Maldição, ela iria espancá-lo quando ele voltasse.

As três amigas estavam sentadas no tapete da sala do apartamento de Sakura. O local era amplo, dois quartos, dois banheiros, duas salas, cozinha e lavanderia. Isso sem contar a maravilhosa vista, que era de longe a melhor parte de sua moradia. Havia ganhado de presente do namorado. Ela era realmente sortuda, mas não podia evitar, às vezes, se pegar imaginando se realmente o amava. Ela sabia que era um absurdo, ninguém poderia ter um companheiro melhor que o dela, contudo tinham sensações que ela gostaria de experimentar das quais seu namorado não era capaz de provocar.

- E aí onde está o gostoso do seu namorado agora, testuda? - Ino perguntou a Sakura.

-Está enchendo os bolsos de dinheiro, como sempre! – a morena respondeu pela rosada, causando risadas.

-Vocês duas só querem saber da minha vida! – Sakura fez bico – Não pensem que eu não sei o que vocês andam aprontando! – olhou maliciosamente para Ten Ten – Eu sei que você anda de rolo com o jovem Hyuuga Neji!

-Sakura! – repreendeu.

-Você não me engana, garota! Sua safada! – a rosada ria do constrangimento da amiga.

-Parem de rir! A Ino também anda se pegando com um ruivo aí!

-Podem falar de mim, meu ruivo é um super pedaço de mau caminho e eu quero mais é gritar para o mundo que eu estou tirando uma lasca daquele tanquinho!  - a loira gritou e suas amigas riram. Ino era totalmente extrovertida e sem vergonha. Todas as vezes que o grupo se metinha em confusão ou passava mico, ela estava envolvida.

-Ah... Eu tenho que confessar, estava sentindo falta de vocês!

As três se abraçaram e começaram a fazer cócegas umas nas outras, rolando pelo tapete e soltando risinhos histéricos.

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Hinata havia passado o dia olhando de canto para Naruto, quem ela ainda pensava se chamar Naoki. Ela estava quase sendo hipnotizada, porém toda vez que ele retribuía o olhar, ela virava o rosto e toda vez que fazia isso se perguntava por que tinha que ser tão covarde.

Perto do final do expediente, ela decidiu organizar as prateleiras mais altas, subindo na escada para fazê-lo. Guardava uma pilha de livros, mas um livro tinha que ser colocado um pouco mais distante e para isso ela precisaria descer da escada, movê-la e voltar a subir. Seria trabalhoso de mais, por isso ela decidiu tentar se esticar um pouco para tentar alcançar o local. O que a preguiça não faz.

-Hinata-chan, você sabe... – a voz de Naruto a fez se assustar, ela acabou perdendo o equilíbrio.

O loiro agiu rápido e jogou seu corpo em baixo do dela para amortecer a queda. A azulada colidiu com força contra o peito forte de Naruto, seus óculos voaram para o chão. Os dois corpos estavam colados, ambos podiam sentir cada curva do corpo do outro, suas respirações se misturavam e Naruto se embriagava com o maravilhoso cheiro de jasmins que a morena exalava.

O cabelo dela estava caído em seu delicado rosto. O loiro arrumou as mechas soltas atrás da orelha da pequena, que já estava extremamente corada, então olhou de forma intensa para os olhos dela, pegou os óculos caídos e os devolveu ao seu local de origem.

-Você tem olhos lindos... Não deveria usar esses óculos. – a costa de sua mão repousava na bochecha quente de Hinata.

Eles trocavam um olhar e o espaço entre seus rostos diminuía cada vez mais.

-Você está bem?

Ela apenas assentiu com a cabeça. Queria beijá-lo e ele queria beijá-la. Não tinha nada os impedindo.

-Vocês dois! Parem de se agarrar! Hinata, ao trabalho! – ou talvez tinha.

Hinata em um pulo estava de pé. – Desculpe, Chiyo-san. – A idosa olhou-a dos pés a cabeça, fez um barulho com a boca e saiu.

Os dois não sabiam bem como agir, estavam envergonhados.

-Você iria me perguntar alguma coisa, Naoki-kun? – a azulada tentava não engasgar com as palavras, estava quase gaguejando, sua voz saiu um pouco esganiçada.

-Eu esqueci. – ele riu – Você devia tomar mais cuidado com essa escada.

-É, tem razão.

-Bom, eu vou terminar... – ele apontou para algum lugar e saiu andando de costas até sair do corredor de prateleiras.

Não demorou muito para que o expediente acabasse. A volta para casa foi ainda mais silenciosa que a ida. Os dois não conseguiam parar de pensar no que havia acontecido e em como queriam terminar aquele beijo.


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Notas finais do capítulo

Deixei vocês na vontade de um beijo, eu sei que sim! HAHAHAHAHAHAHA
Sou má, muito má.
Reviews, pf, preciso de combustível!
Xoxox