Invisível escrita por Carolina Fernandes


Capítulo 2
Mudança de Rumo


Notas iniciais do capítulo

Favoritaaaaaaraaaaaam minha Fic! UUAAAAAAAAAAAAAAAAGGA
Eu tenho leitores. QUE. EMOÇAUM!
Agradeço a todos por lerem, aqui vem um capítulo mais significante!
Enjoy =}



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Acordou com o miado de Jason pedindo comida, eram seis horas da manhã. Como seu gato era pontual. Levantou sonolenta, passou as mãos pelos cabelos azulados e fez um coque frouxo. Seguiu para o banheiro, tomou um banho frio, escovou os dentes, colocou o roupão. Fez tudo o que fazia todas as manhãs. Já na cozinha, trocou a água e colocou ração para seu gato. Ficou observando ele comer. Aquele gorducho devia ser feliz, não tinha preocupações, só comia, dormia e recebia amor. Amor, acho que ela nem mesmo sabia o significado da palavra, quem dirá saber como era senti-lo.

Seu celular vibrou, nem precisou olhar para saber o que era. Pegou uma chave em baixo do pote de bolacha e uma faca de cortar carne, saiu de seu apartamento e se dirigiu a porta vizinha, destrancou-a e a abriu com fúria.

–O que diabos está acontecendo aqui? – encarou Sasuke e sua companheira do dia, uma morena de cabelos encaracolados. – Como chama a vadia que eu vou matar hoje?

Os olhos da pobre menina se esbugalharam com a visão de uma mulher descabelada, pálida e com uma faca gigantesca em punho. Isso sem contar o olhar de maníaca.

–Sasuke, eu pensei que você não iria me trair mais depois... – Hinata deixou a frase morrer no ar dando um riso psicótico.

A morena não pensou duas vezes em recolher suas coisas e sair correndo o mais rápido possível daquele apartamento. Logo que ela virou o corredor, Hinata abaixou a faca e tirou o olhar de maluca de sua feição.

–Nossa, convenceu até a mim. – disse o Uchiha pondo um pouco de suco no copo.

–Sério, Sasuke, você precisa aprender a se livrar delas sozinho. – sorriu.

–Hm. – ele nem deu bola, o esquema estava perfeito e Sasuke não queria passar a ter irritações desnecessárias. – Amigos são para isso. – deu um sorriso torto enquanto Hinata cerrava os olhos para ele. - Hei, você tem pão na sua casa?

–Anda, vem. Eu faço o café da manhã hoje.

Os dois foram para o apartamento da morena e ela fez torradas, panquecas, um suco e separou algumas frutas. Já estava acostumada com a folga de Sasuke e também não se importava, afinal odiava a solidão, principalmente na hora das refeições.

–Como foi dessa vez?

–O que? – perguntou Bel Ami com a torrada na boca.

–Como foi que conquistou a mulher do dia? – riu, seu amigo não deixava escapar uma.

–Ham... Ela estava querendo, ficava esfregando os peitos no balcão toda vez que ia servi-la. Não tive que fazer esforço. – ele riu convencido. Sasuke era um jogador, usava e depois descartava, mas Hinata sabia que um dia ele ia se apaixonar perdidamente e ficar tão perdido quanto cego em tiroteio.

–Como sempre, né, Sasuke-kun. – revirou os olhos suavemente.

–Eu não tenho culpa, às vezes nem quero nada, mas elas insistem.

–Eu sei bem. – ironizou.

–Por que você não vai hoje à noite ao bar? Você precisa sair mais, se divertir... – ele a encarou. Hinata já era como uma irmã mais nova, ele se preocupava com ela e queria vê-la feliz, mas a pequena tinha tantos medos e inseguranças, além disso ele era péssimo em confortar pessoas e fazer o papel de amigo, porém queria com todas as forças fazer algo por sua amiga.

–Não sei, Sasuke-kun. Você sabe que eu nunca consigo me divertir nesses tipos de lugares. – ela olhou o relógio, eram quase oito horas. – Merda! Vou me atrasar!

Saiu correndo para o quarto, tirou o roupão e começou a colocar qualquer roupa. Sasuke a seguiu, escorando-se na porta.

–Eu já te falei o quanto você é gostosa? – Hinata corou no mesmo instante.

–Sasuke! Eu sei que somos como irmãos, mas eu fico desconfortável quando você fica me vendo se trocar! – ela jogou o roupão na cara do moreno, enquanto ele ria.

–Ah, Hinata, você é tão pura que é impossível ser cafajeste perto de ti! – jogou-se na cama da azulada e passou a se entreter com o rabo de Jason. Hinata já estava pronta, calça jeans, camiseta de botões azul bebê, um rabo de cavalo e seus óculos. Sasuke a olhou de novo e suspirou desapontado. – Lá se vai a gostosura.

–Cale a boca. Quando sair tranca a porta!

Hinata ia para o trabalho de bicicleta toda vez que estava com pressa. Adorava ter o vento batendo em seu rosto, além de não ter que se preocupar se alguém iria sentar acidentalmente nela. Acabou chegando à biblioteca municipal oito horas em ponto e logo assumiu seus deveres.

Sasuke já havia pego seu rumo para a faculdade, podia não parecer, mas ele levava os estudos a sério.


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–Ele sumiu, Minato! – uma bela mulher ruiva se desesperava em sua ampla sala de estar, o marido tentava acalmá-la, porém era em vão.

–Acalme-se, Kushina. Naruto já é bem grandinho e você sabe como a personalidade de nosso filho é!

–Mas, Minato, ele nunca sai sem avisar, muito menos passa a noite fora de casa! Onde que ele está? Eu vou ligar para a polícia! – o loiro de olhos azuis passou a mão na face, visivelmente cansado. Sua mulher tinha uma personalidade extremamente forte, mas ele a amava de qualquer modo.

Abraçou-a ternamente e depois segurou seu rosto com as mãos, olhando fundo em seus olhos.

–Não vai adiantar ligar para a polícia agora, meu amor. Acalme-se. Ele vai ficar bem, eu te prometo.

–Sua palavra?

Confirmou com um aceno de cabeça.


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Não se lembrava de absolutamente nada. Suas roupas estavam sujas e ele não sabia onde estava. Na verdade, não sabia nem quem era. Havia acordado em um jardim e sua cabeça latejava.

Já havia andado quilômetros sem rumo, seus pés desnudos estavam machucados e ninguém parecia ter tempo para lhe oferecer algum tipo de ajuda. Ele não possuía documentos consigo, celular, ou qualquer coisa do tipo. Seus únicos pertences eram um colar que tinha como pingente um cristal azul e uma pulseira de prata com uma gravação, N x S.

Já havia chego a um bairro bem afastado do centro, estava cansado, com fome e quase entrando em desespero, foi quando desmaiou.


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–Hinata-san, as fileiras J e K estão uma bagunça! – gritou a senhora idosa que cuidava dos cadastros.

–Tudo bem, Chiyo! Já vou arrumar.

As pessoas tinham certa dificuldade em devolver os livros no lugar onde haviam encontrado, mas Hinata não se importava com isso. Ficou horas arrumando as prateleiras e teve que ser avisada de que seu expediente já havia terminado. Despediu-se de todos, pegou sua bicicleta e foi para casa. Até pensou em passar no bar para ver Sasuke, só que acabou perdendo a coragem, já que não possuía nem a singela preocupação de ter homens dando em cima dela. Tão humilhante, além do mais, não podia ficar atrapalhando Sasuke, não queria ser um inconveniente.

Ela estava distraída ouvindo música, mas quase bateu sua bicicleta no poste quando viu um homem desmaiado em um canto da calçada. Ninguém parecia vê-lo, aquilo era um absurdo. No mesmo instante ela correu até ele e ficou admirada com sua beleza. Chacoalhou-o levemente.

–Ei, consegue me ouvir? Está consciente? – ele gemeu, abrindo os olhos pesadamente. Seus olhos pareciam dois oceanos cristalinos. – Como você se chama? Precisa de uma ambulância? Telefone? – Hinata falava rápido para não permitir que sua timidez a fizesse trombar nas palavras, afinal ele era um loiro de tirar o fôlego.

–Eu não sei meu nome... Onde estou?

–Em um bairro de Hokkaido... Você está bem? – ele estava se sentando.

–Acho que sim, mas não sei para onde devo ir... Sabia que você foi a primeira pessoa a se preocupar? Estava começando a achar que era invisível.

–Eu sei bem como é... – ele sorriu e a morena corou, ele parecia ser diferente. – Vem... Minha casa não está muito longe, você pode ficar lá por enquanto.

–Sério?

Hinata confirmou e aquele homem misterioso abriu um imenso sorriso, brilhante e caloroso. A azulada não precisava de outro tipo de pagamento.

Eles caminharam até o apartamento, que não estava longe. O lugar era simples e tinha cinco andares. Os apartamentos eram pequenos, uma cozinha, uma suíte e uma sala. A lavanderia era comum a todos e era no térreo. Ele não pareceu dar a mínima para o local e não parava de olhar para gentil mulher que o estava ajudando. Ela é bonita, ele pensava, contudo não tinha nenhum sentimento malicioso por trás daquele pensamento.

–Bem, é aqui. Eu vou pegar umas roupas para você por no meu vizinho, ele... – Hinata não conseguiu terminar o período, porque estava envergonhada demais, aquele homem mexia com ela. Ele era alto, tinha músculos definidos, um sorriso maravilhoso e quando olhava para ela, parecia vê-la verdadeiramente.

Entrou no apartamento de Sasuke e pegou algumas de suas roupas velhas, ela sabia quais eram por que ele as deixava jogadas no fundo do guarda-roupa. Depois avisaria ele sobre seu novo hóspede.

–Aqui, pode tomar banho naquele quarto ali... Tem toalhas embaixo da pia, pode pegar qualquer uma.

–Muito obrigado, er... Acho que não perguntei seu nome. – coçou a nuca envergonhado.

–Hinata... E como você quer ser chamado?

–Eu realmente não sei, acho que meu nome começa com N. – ele riu sem graça.

–Assim fica difícil... – a morena esfregou os braços incomodada, não conseguia nem ao menos encará-lo direito. O que ele pensaria dela desse jeito? – Que tal Naoki? Eu tive um amigo chamado assim...

–Por mim está ótimo – ele riu – Então, vou tomar banho, Hinata-san. Obrigado mais uma vez.

Naoki foi para o banheiro e logo em seguida Hinata afundou no sofá e agarrou Jason. Estava nervosa, ansiosa, com medo e esperançosa. Será que ele é um presente divino? Ela se perguntava e sem perceber já estava imaginado seu futuro ao lado do loiro, ela poderia ser um novo começo para ele. Só que então ela parou, estava errado, seu dever era ajudá-lo a recuperar sua antiga vida. Não podia ser egoísta a tal ponto, desse modo quase se igualava a um sequestrador.

–Nossa, eu precisava de um banho... Você está bem? Acho que está asfixiando o gato... – ele a olhou, divertia-se com a cena.

–Ah! Desculpe-me, Jason! – o gato miou em revolta e foi se esconder no quarto. – Acho que ele vai fugir de casa...

Naoki riu sonoramente e se sentou ao lado da azulada no sofá.

–Então, eu não quero atrapalhar... – coçou a nuca – Sabe, vou ficar só até descobrir alguma coisa... Ah! E se quiser até arrumo um emprego para te ajudar em qualquer coisa! – ele era escandaloso.

–Não se preocupe com isso Naoki-kun...

–Não, mas eu quero! Você é tão gentil, não posso ficar me aproveitando disso! – Hinata sorriu, era fácil conversar com ele, ela até se sentia a vontade.

–Bom, se você insiste. Precisam de um zelador na biblioteca onde eu trabalho, posso te indicar...

–PERFEITO! – então o loiro a abraçou calorosamente. A jovem Hyuuga corou em segundos e estava mais vermelha que um tomate. Inspirava e expirava torcendo para não desmaiar.

–Hinata, eu preciso... – Sasuke entrou pela porta, afinal bater era luxo para o moreno. – Opa, estou interrompendo algo? – lançou um olhar malicioso e um sorriso torto – Vou deixar vocês... Espera, essa roupa é minha?

–Sasuke! Esse é Naoki-kun, ele está com amnésia... Eu o encontrei desmaiado na rua... Sua roupa... Aqui em casa... Preciso de água. – a azulada se levantou cambaleante e foi até a geladeira. Estava tremendo, suando frio... Mas que situação.

–Ei, Hinata... – Sasuke sussurrava para não ser ouvido – Conta essa historia direito. Quem é esse?

–Er...Hum... Eu estava voltando para casa e o vi desmaiado na calçada. – correspondeu o sussurro. O loiro brincava com Jason despreocupado. – Ele acordou e não sabia onde estava, nem que era, só sabia que seu nome começava com N. Dei qualquer nome para ele e agora ele vai ficar aqui até se encontrar... Vou precisar de umas roupas emprestadas.

O Uchiha olhou de Naoki para Hinata e de Hinata para Naoki. Arqueou uma sobrancelha e depois fuzilou a pequena com o olhar.

–Nem a pau. Ele vai ficar em casa.

–Mas...

–Sem mas. – ele foi até a sala – Ei, você. Eu sou Sasuke, você vai ficar lá no meu apartamento.

–Como?

–Isso mesmo, Naoki, nem pense que vai se dar bem! Agora vem. – o moreno pegou o loiro pelo braço e o arrastou apartamento a fora. O pobre coitado não estava entendendo mais nada.

Hinata até tentou protestar, mas o moreno era muito protetor. Depois de alguns minutos, Sasuke voltou ao apartamento dela.

–Você é maluca.

–Qual é, Sasuke-kun! Dá para ver que ele não é nenhum maníaco...

–Sei. – seu vizinho já havia fechado a cara.

–Você voltou cedo hoje. Aconteceu alguma coisa?

–Vigilância sanitária. Bom, vou me entender com aquele lá. Até amanhã!

–Seja gentil, Saki-chan!

–NÃO ME CHAMA ASSIM, C@%($*! - bateu a porta, ele odiava aquele apelido, dizia que acabava com sua masculinidade.


Hinata continuou no sofá por alguns minutos. O que seria de sua vida dali para frente? Ela não podia evitar aquela sensação inconveniente de receio. Ao final desistiu de tentar prever o futuro e foi dormir, havia até perdido a fome.





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Notas finais do capítulo

Eu quero reviewwwwwss! Sou pidona meeeermo!
XOXOX
AMO UCEIS!