Rainha Do Egito escrita por MayLiam


Capítulo 24
Faíscas


Notas iniciais do capítulo

Voltei! Demorei, mas voltei!
Boa leitura!



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Damon continuou seu plano, junto à Klaus e eu foquei em continuar os meus com Alexia, ela é muito mais do que eu supus. É uma pessoa maravilhosa, no fim de tudo.

—Temendo ser intrometida, mas endo impossível evitar: o que há entre você e Damon? - eu a encaro com certa ansiedade.

—O que quer dizer? - ela sorri faceira.

—Isso respondeu metade de minha dúvida. - baixo o olhar e depois tento endireitar minha postura focando no que estou fazendo. canalizar poder da água é bem difícil.

—Ele é meu protetor, e meu amigo. - falo sem a encarar.

—Sua energia muda só quando a ideia dele surge em sua mente. E você sabe que eu sei de tudo o que aconteceu neste palácio antes de eu voltar pra cá. Tive tempo de me inteirar.

—Qual a utilidade ou razão deste tema de conversa?

—Bem, se Damon tem o poder de mudar a sua energia, fico achando que talvez ele seja útil nestes treinos.

Paraliso tudo o que faço e, não muito distante de nós ouço um jarro estourar.

—Au! - ela ironiza me olhando risonha. -Um deslize de foco, suponho. - Eu bufo e levanto.

—Damon é muito ocupado e ele jamais faria parte disto, está louco para nos denunciar ao irmão.

—Estou gostando de nossa conversa, somos bem íntimas, mas bastante íntimas dele, chamando-o pelo nome e tudo mais.

Eu acho que meu olhar foi bem sugestivo, pois ela ergueu os braços e gargalhou.

—Olha, foi apenas uma sugestão. Você me disse que estamos contra o tempo e acho que ele pode ajudar. Não estou fazendo nenhum experimento, só quero que você consiga concluir tudo bem e depressa como você mesma quer.

—Eu já disse que ele não aceitaria, então vamos focar.

—Quem não aceitaria o quê? - é a voz de Damon, meu corpo inteiro treme e eu fecho os olhos me sentindo flagrada. 

Ele olha de mim para Alexia, esperando explicação.

—Apenas acho que você pode nos ajudar. Alexia diz sem rodeios e quero matá-la, mas a rainha discorda.

—Mesmo? - ele pergunta pra ela, mas olha pra mim - E por quê?

—Ela diz que você não gosta muito do que estamos fazendo.

—Não, eu não gosto. - ele enfatiza ainda me olhando.

—Mas...? - Alexia o provoca e ele a encara.

—Quero saber mesmo assim no que eu poderia ajudar nisto.

—É um ponto de foco pra ela. - Alexia responde dando de ombros e Damon franze o cenho.

—Fale minha língua, Lexi, eu não sou bruxo. - Minha boca se abre, primeiro por ele a chamar de maneira tão íntima e segundo por que eu também não sou bruxa e entendi o que ela disse.

—Bem, basicamente, você equilibra a magia dela, só pelo fato de estar no mesmo ambiente, mas também embaralha tudo, é confuso, mas útil.

Damon e eu a encaramos, ela revira os olhos e caminha na direção dele.

—Veja, por exemplo, medjay... - sua voz é manhosa e ela me encara no fim, olhando nos meus olhos enquanto se aproxima de Damon e leva sua mão até o peito exposto dele, meu ar se esvai, ela começa a fazer carinho na região, Damon ergue a mão e paralisa a dela, ela tira os olhos de mim e olha pra ele - eu apenas quero que você perceba o que digo Dam, ela fala e eu corpo vibra. Dam?

Ela guia a outra mão até a nuca dele, que o única coisa que faz é erguer a sobrancelha e ficar inerte assistindo ela ficar na ponta dos pés e beijar a boca dele com uma fúria esmagadora. Solto uma lufada de ar. Ela segura a face dele com as duas mãos, ele está paralisado, nem sequer se dá ao trabalho de a afastar. Sinto um calor subir por meu corpo e aquecer minha face e quando dou por mim, ela está a pelo menos três passos dele jogada no chão.

Ela começa a gargalhar e Damon me olha assustado.

—Viu só? É imediato! - o riso dela me deixa tão furiosa que eu começo a sair do lugar, fazendo questão de esbarrar no Damon ao passar por ele.

Obviamente, depois de poucos segundos eu escutei ele vindo atrás de mim, e não demorou pra ele me puxar pelo braço.

—Me solta! - rosno me virando pra encará-lo.

—Calma! - ele pede erguendo os braços - O que foi?

Eu bufo, mal posso enxergá-lo.

—Lexi? Dam? Sério??? - ele mergulha a face nas mãos e solta um urro meio desesperado, depois me encara com perplexidade.

—Está com ciúme dela? - bufo outra vez.

—Você e tão... - eu paro e ele me encara na expectativa - tão... Argh! - eu dou meia volta e recomeço minha fuga, mas sinto sua mão me puxar novamente. - Damon, me solta!

Ele apenas me encara, parece que vai ser capaz de me devorar. 

—Preciso te levar a um lugar. - ele diz e começa a me arrastar pelo corredor, passamos em frente a entrada da sala onde estávamos e eu encontro com o sorriso de alexia, acenando uma despedida divertida pra mim enquanto pisca esbanjando cumplicidade.

—Me solta! - eu brigo tentando soltar meu braço, mas ele me aperta tão firme que chega a machucar. - Damon! - está me ignorando totalmente e me levando cada vez mais distante, até chegar perto dos templos de Anubis e entrar comigo, invadindo as dependências até depois do alojamentos dos sacerdotes e mais e mais, até que fica tudo muito escuro, mesmo sendo dia, e esquisito, e quieto e sufocante demais pra só estarmos nós dois ali.

Damon abre uma porta estreita e a luz que vem do cômodo é ofuscante. Dentro da pequena sala há apenas um poço para banho e flores, muitas flores ao redor.

—Que lugar é este? - Quero saber enquanto ele me empurra pro centro do local e me solta, fazendo eu me voltar apenas quando eu ouço o som da porta sendo fechada, ele gira uma chave nela e a guarda consigo. Engulo.

—O que você está fazendo? - pergunto me afastando cautelosa.

—Ajudando você. - ele diz e se livra de sua espada em seguida retira seu gorjal e me faz dá um passo atrás, ele fica apenas de saio quando termina.

—Damon... - minha voz sai temerosa e ele avança segurando meus ombros.

—Agora vamos praticar um pouco de magia. - ele sorri no final, me deixando tonta.

.................................................................................

—Elena...

—Para de me pressionar! - grito.

—Você precisou de segundos pra atirar a Lexi pra longe de mim e estamos aqui a quase uma hora e você não consegue canalizar a água. - ele encolhe o ombro. -De que precisa?

—Eu não sei! - grito novamente.

—Encontre a motivação de antes.

—Eu... - ele vem em minha direção.

—Por que jogou ela longe de mim?

—Damon...

—O que aconteceu, Elena? - ela caminha contra mim e eu tento me afastar. Sinto o poço em minha pernas e sento desequilibrada enquanto o vejo paralisar diante de mim com os braços cruzados. - O que aconteceu? - repete. Eu apenas consigo tremer. - Elena! - ele grita.

—Eu só queria as mãos dela longe de você. - gritei! E ao ouvir o que disse me encolhi, com um misto de raiva e medo. - Você é inacreditável, por que demônios precisa que eu fale isto?

—Quero que admita que estava com ciúmes dela. - ele fala em tom tão sereno que me enfurece mais.

—Pra quê? - ele me agarra os braços e me ergue, solto uma respiração assustada.

—Pra que eu possa mostrar que não têm por quê sentir. - ele fala me encarando e então, muito mais rápido que um pensamento, ele desce seus lábios contra os meus para depois me apertar, me prendendo contra seu corpo, suspiro quando ele move os lábios exigentes contra os meus, respiro seu cheiro e me sinto perder as forças, ele me agarra, me ergue em seus braços e depois eu só sinto tudo umedecer. Estamos dentro do poço, Damon está agarrado a mim e minhas mãos estão vagando por seus cabelos, puxando-o querendo mais dele, querendo mais de nós.

 


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Notas finais do capítulo

Até mais tarde, pois vou continuar isto aqui, com muito cuidado...



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