Nothing Like Us. escrita por LZHLN1D


Capítulo 20
Capítulo 20




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Foi ai que eu lembrei: ele estava com a Gabriela aquele dia. Será que eles estavam namorando? Começou a passar milhões de coisas na minha cabeça, e resolvi perguntar:

– Rafael, aquele dia você estava com a Gabriela né? Vocês estão namorando ou o que?


– Ah...
Ele foi interrompido por um enfermeiro gatinho entrando no quarto. Gatinho não, gatão. O cara era lindo, meu deus! Ele tinha cabelos escuros, alto, olhos verdes... Sonho de qualquer menina! Ele falou:

– Olha quem está acordada! O par de olhos azuis ai te contou que ele salvou sua vida? Prazer, Leonardo, residente aqui do hospital, 18 anos, enfim. – ele disse me estendendo a mão.
– Prazer, Laura, como você já deve saber. Vocês são amigos? – eu disse apontando para o Rafael.
– Esses dias que você ficou aqui no hospital, acabei conhecendo o par de olhos verdes ai – disse o Rafael.
– É, ele ficou todo esse tempo, nenhum médico não aguentava mais ver a cara dele – disse o Leonardo brincando – mas ele te contou que ele praticamente salvou tua vida?
– Não, como assim? – eu disse olhando para o Rafael com uma cara de ponto de interrogação.
– Bom, você perdeu muito sangue por causa do acidente, e precisava urgentemente de uma transfusão de sangue, mas o seu tipo sanguíneo, 0-, é um tanto “difícil”, pois ele doa a todos os outros tipos, porém só recebe do mesmo tipo, 0-, e então o Rafael te doou sangue dele, que por sorte era 0- também, se não fosse por ele, talvez você não estivesse agora aqui... – explicou Leonardo.
–Isso é sério? Ai Rafa, sei lá o que eu tenho que te dizer agora, então vou falar o óbvio: Obrigada! – eu disse lhe dando um beijo na bochecha, que sem querer, acabou indo para o canto da boca dele. Nos olhamos, e o Leonardo cortou o clima
– Bom agora vamos fazer o que eu vim fazer aqui, te examinar! Vamos Rafael, sai da cama da menina! Vou te fazer umas perguntas e você me responde tudo bem?
– Sim.

Ele fez as tal perguntas, as respondi, e ele era o enfermeiro mais legal que eu já tinha conhecido! Ele fazia gracinha, e deixava tudo mais leve, nem parecíamos que estava em um hospital. Em menos de dois dias tive alta, graças a Deus, não aguentava mais aquele clima de hospital. Nesses dias que eu estava lá, o Rafa não saiu um minuto do meu lado, e acho que ele já estava de saco cheio de mim, mas por mais que eu insistisse para ele ir, pelo menos só pra descansar um pouco, comer a comida da mãe dele, ele insistia em ficar, vai entender.

Nós 4 tivemos alta no mesmo dia, e estávamos completamente recuperadas! Foram poucos dias que eu fiquei lá, mas tinha feito amizades já, tanto com os enfermeiros, quantos os médico, as moças da limpeza e da cozinha, enfim, e fiquei de voltar qualquer dia pra fazer uma visita. Percebi que o Leo(sim, eu chamava o enfermeiro de Leo, ele tinha virado meu amigo fora do hospital) falava muito da Belle, o que era até engraçado, e depois que tivemos alta e pude conversar direito com as meninas, era só Leo pra lá, Leo pra cá da parte da Belle, já da Lê, era Enzo pra lá, Enzo pra cá. Já da minha parte era... Bom da minha parte era um silencio mesmo.

Os dias foram passando, até que finalmente, o Leo chamou a Belle pra sair! Eu nunca vi minha amiga tão feliz, tão radiante! Era tão bom vê-la feliz assim, me fazia tão bem, era aquele tipo de felicidade que contagiava, e era a chance de ela finalmente esquecer o Lucas de vez, pois ele realmente não a merecia. Já a Lê não estava tão feliz com o Enzo. Na verdade, eles terminaram. Terminaram não, por que mal começou. Ela não quis falar o motivo, só falou que não deu certo, e nós entendemos. Eu, bom eu estava bem, eu e o Rafael tínhamos voltado a nos falar (óbvio), nunca entendi o caso da Gabriela, nem nunca perguntei, achei melhor deixar quieto mesmo.

Um dia, estávamos eu e o Rafa no lugar de sempre: sentados na grama, encostados em um muro. Já tinha até nossa assinatura no muro, bem pequenininha, por que uma vez umas menininhas nojentinhas vieram sentar lá e falaram: “tem seu nome escrito aqui?” e foi muito engraçado, por que poucos dias antes resolvemos escrever nossos nomes lá, só de brincadeira, e mostramos a elas e elas ficaram com cara de “aff” e saíram, e depois começamos a rir muito, foi muito legal. Enfim, estávamos lá, conversando sobre um assunto qualquer, estava frio e ventando, e daqui a pouco ia chover. As meninas estavam comprando o lanche delas, e eu estava falando sobre qualquer coisa:

– Nossa, no domingo fui no shopping, e tinha uma calça muito linda, ai tipo, eu fui experimenta-la e tipo, ficou muito apertada, odeio ser gorda, nada me serve meu, to cansada disso, me conte como é ser magro? – eu disse com uma voz de chateada.
– Ai Laura para com isso!
– Isso o que? – o vento estava forte, e já estávamos falando bem mais alto, por que a tiazinha chata estava nos mandando subir por que iria chover
– De falar que você é gorda!
– Nossa ta bom. – eu disse me levantando e já sentindo os pingos da chuva.
– Laura, volta aqui – ele disse me puxando pelo braço – cara, eu não aguento mais você falando que é gorda, feia, que ninguém te quer, que num sei quem é muito mais bonita que você – ele disse olhando nos meus olhos, frente a frente, cara a cara – você quer saber uma coisa? Você até pode ser gorda, feia, e tudo mais, mas pra mim – ele fez uma pausa – pra mim você é perfeita, sempre foi, e sempre vai ser.
Fomos nos aproximando cada vez mais, até que um momento nossos lábios se encostaram, com a chuva caindo sobre nós.


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Notas finais do capítulo

Acho que esse foi um dos momentos mais esperados, estou certa? Hehehe, espero que gostem ♥



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