November Rain escrita por Smile


Capítulo 12
Brigas e Intrigas.




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- ONODERA ACORDE!

- NÃO PRECISA GRITAR! JÁ ESTOU LEVANTANDO.

-CLARO QUE PRECISA GRITAR, VOCÊ NÃO LEVANTOU QUANDO EU TE CHAMEI PELA PRIMEIRA VEZ.

- AH CALE A BOCA, ESTOU CANSADO DE TODA MANHÃ VOCÊ GRITAR COMIGO.

- OWN NÃO GOSTA QUE GRITEM COM ELE.

- CALE A BOCA! NÃO TE PEÇO PRA ME ACORDAR.

- ÓTIMO, NÃO TENHO A OBRIGAÇÃO DE ACORDAR NINGUÉM.

- NUNCA TE PEDI PRA ME ACORDAR TAKANO! – Fui para o quarto onde ele estava – NEM SEI POR QUE ESTOU AQUI AINDA, JÁ ARRUMEI UM EMPREGO NÃO PRECISO FICAR MAIS AQUI, POSSO ME VIRAR SOZINHO.

- ÓTIMO PODE IR, NINGUÉM VAI SENTIR SUA FALTA.

- ÓTIMO.

Me troquei o mais rápido que pude e sai da casa com meu material e a chave reserva, e à tarde eu passaria ali enquanto ele estivesse trabalhando e pegaria minhas coisas, já estava decidido disso, já estava melhor das minhas tonturas há décadas, só ficava na casa dele por que... Bem você sabe por quê.

Takano idiota! Porque você faz isso? Por culpa sua eu estou indo chorando pra escola, como eu te odeio! Te odeio! Te odeio!

 ~

Será que ele vai embora mesmo? Porque ele agiu assim essa manhã, não entendo... Idiota! Se você for embora eu não sei o que eu vou fazer, eu gosto muito de você...

~

Na escola o tempo passou rápido e claro que teve mais discussões, pois nos encontramos uma vez no corredor, que eu havia trombado com ele, ou melhor, ele havia trombado em mim porque estava correndo e não viu por onde andava e outra na sala mesmo, onde começamos a discussão porque não queríamos fazer o trabalho juntos, o que o professor achou estranho.
Normalmente, eu estaria feliz por estar brigado um cara como o Takano que vive pegando no seu pé com tudo, além de te acordar gritando, mas eu não sei por que, sinto meio que uma dor por causa disso, talvez seja porque eu não sou de brigar muito com as pessoas, portanto ignorei isso.
Logo quando a aula acabou eu sai da sala e fui para a biblioteca, ficaria lá até dar a hora de Takano ir para o seu trabalho. Entrei, devolvi meu livro e fui à procura de outro. Logo alguém entrou na biblioteca.

- Olá, vim devolver o livro – Era a voz dele. Rapidamente me escondi atrás de uma prateleira grande. Maldito, porque fica me seguindo?

- Ah sim, deixe-me pegar sua fichinha... – Disse ela enquanto caçava o pequeno papel – Achei. Pronto, certinho.

Ótimo, agora ele iria embora e eu ficaria livre.

- Irei pegar outro livro, ok?

- Tudo bem, só não os tire de ordem. Irei dar uma saidinha, se alguém chegar diga que eu já volto.

- Ok. Não se preocupe.

- Obrigada – Assim ela saiu. Eu não acredito que fiquei sozinho com ele. Talvez se eu saísse rápido e de cabeça baixa ele nem falaria comigo.

- Onodera pode sair de onde você está.

Como ele sabia?

- Anda, sai logo, ou vou ser obrigado a te tirar do canto onde se enfiou? – Ele estava falando em um tom sério, estava me dando medo.

- Vou procurá-lo então – Não precisou de mais de 10 segundo para ele me achar – Oh, aqui está você.

- Eu não quero falar com você Takano, por favor, saia.

- Mas eu quero.  Ouça-me – Eu fiquei quieto – Desculpe por hoje de manhã, aliás, por todos os dias que eu te acordo assim, não quero que você saia de lá, não só pelo fato de eu finalmente ter arranjado alguém para dividir o aluguel e o apartamento, mas também por que... Porque eu não quero que você vá.

Eu fiquei chocado, Takano, pedindo desculpas? Essa sem dúvidas era uma coisa muito rara de se ver.

- Bem... Não sei o que dizer... Acho que desculpas seria uma boa... Então, desculpa.

- Você não precisa pedir desculpas, como disse foi minha culpa – Ele se aproximou – Eu já não consigo ficar sem você, isso se tornou impossível – Conforme ele ia dizendo, ia se aproximando – Desde que eu comecei a conviver com você, percebi que era a pessoa certa.

Eu fiquei em silêncio, apenas observando aqueles olhos negros profundos que agora estava apenas a uns três centímetros de distancia do meu rosto, eu sabia que ele estava dizendo a verdade, e me sentia muito feliz por isso. Então, ele se aproximou e me beijou ali mesmo.

- Takano, você está aí? – A bibliotecária havia chegado. Ele se separou rapidamente de mim e, logo saiu de trás da prateleira.

- Estou sim, estou ajudando o Onodera a encontrar um livro.

- Ah sim, se precisar de algo, estou aqui e obrigada por cuidar daqui enquanto eu estava fora.

- Não tem de que – Takano sorriu pra ela – Vem Onodera, pegue esse livro aqui, eu já li e é muito bom, vamos para casa – Ele pegou o primeiro livro que viu pela frente e deu pra mim, logo fez o mesmo com o dele.

Depois de passar pela bibliotecária, saímos porta afora para a nossa casa. Não demorou muito para que chegássemos lá.

-  Onodera, me desculpe novamente.

- Não precisa se desculpar – Eu me aproximei dele e abaixei o rosto – Eu não conseguiria viver sem você.

Ele ficou parado em pé imóvel.

- O que, disse algo de errado?

- Não, pelo contrário, era o que eu precisava ouvir.

Eu sorri.

Ele também sorriu.

- Bem, se está tudo resolvido entre nós... – Ele começou dizendo, logo depois pegou um travesseiro – Eu oficialmente começo uma... GUERRA DE TRAVESSEIROS! – Logo depois disso um travesseiro voou na cara.

- Ei, não é justo seu idiota!

- O mundo não é justo meu caro Onodera – Ele riu.

- Não me venha com as suas frases já feitas, idiota – Eu ri também.

Depois disso, então, tivemos outras brigas, mas nada igual a essa. Estávamos felizes, digamos assim, nenhum dos dois pretendia perder o outro, e com isso fui descobrindo lados do Takano que eu não conhecia, como por exemplo, o fato de ele adorar bolinhos. É engraçado o que ele faz por um bolinho.
Estava tudo bem até certa pessoa chegar.

- Takano, a campainha ta tocando, vai atender.

- Tá – Ele parou com as almofadas e abriu a porta.

- Olá Takano – A pessoa da porta sorriu – Há quanto tempo não é? Estava com muitas saudades de você, por isso vim o mais rápido possível, queria muito te ver logo – A pessoa logo foi entrando.

- O que você faz aqui? – Takano havia ficado sério – Te pedi para não me procurar mais.

- Ah, assim você me magoa – Disse fazendo biquinho – E quem é esse?

- Meu novo colega de quarto.

- Takano, seu idiota, nós vamos nos casar, você não pode ter um colega de quarto! Vou ficar com ciúmes – Disse novamente fazendo biquinho, logo se levantou – Awn, meu Takanozinho lindo – Disse abraçando ele.

Eu apenas observava surpreso.  Casar? Então Takano já tinha alguém para casar antes de mim? Idiota.

- Eu tenho que sair, preciso ir para o trabalho – Disse por fim.

Quando eu sai, deixei duas pessoas confusas para trás, mas de que importava? Não me importava mais. Só não queria voltar naquela casa nunca mais.


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