Argonautas I escrita por Argonautas


Capítulo 5
Maria Vitória




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Olá, eu sou a Maria. O que a Ana, minha irmã, não entendia era que a mamãe estava estranha havia dias. Era como se ela esperasse que algo ruim acontecesse, depois de um tempo minha irmã começou a contar umas histórias estranhas para nossa mãe, o que mais me surpreendeu foi que ela confirmou tudo. O mais provável seria que ela só estivesse brincando com a Ana. Então a campainha tocou, eu senti o terror se espalhando pelo corpo de minha mãe. Ela tentou bater com a porta na cara da visita, mas ele colocou o braço para impedir que ela o fizesse e entrou na casa sem ser convidado.

Tenho que admitir que ele não tinha uma aparência tão assustadora assim, ele era até bonito. Parecia ter uns dezessete anos, usava uma jaqueta de couro preta e uma camiseta branca por baixo, jeans escuro. Ele entrou e piscou para mim, o que achei estranho já que nem nos conhecíamos, minha mãe parecia que teria um ataque cardíaco a qualquer momento. Ficamos em silêncio por um tempo, mas o nosso visitante não faz o tipo que fica calado muito tempo. Logo ele começou a explicar quem era e de onde vinha, se minha mãe não estivesse com cara de quem estava com uma laranja entalada na garganta, eu provavelmente teria iria rir da cena. Ele dizia que era Apolo, e teria que nos levar para um acampamento.

Mamãe parecia que tinha levado um tapa na cara, de repente ela começou a dizer que a gente não iria a lugar nenhum com aquele menino, foi aí que ele gritou que era meu pai. Confesso que aquele não seria o momento adequado, mas eu não contive uma gargalhada. Ele tinha a minha idade. Ele nos pediu para ficar a sós com a minha mãe, a principio eu recusei, mas percebi que o assunto era maior que uma simples desconfiança.

Minha mãe entrou no quarto cujo nós estávamos e começou. Mal percebi que já estávamos na varanda de casa nos despedindo, ela me deu um beijo na testa e me desejou boa sorte em minha próxima jornada. Entrou dentro de casa e trouxe um arco e uma aljava para mim, disse que eu precisaria. O arco tinha quase a minha altura, e definitivamente não caberia em minha mochila ou aljava, era um bom arco. Apolo pegou o arco de minha mão e fez menção de quebra-lo ao meio, quando olhei ele estava perfeitamente encaixado na aljava e ele me garantiu que quando eu quisesse usa-lo ele voltaria ao seu tamanho real.

Pegamos carona na carruagem do sol, que parecia bem mais um carro importado. Não entendi qual era a nossa importância naquele acampamento, supus que eles estavam formando uma espécie de exercito divino ou algo do tipo. Chegamos ao acampamento, mas como sempre minha irmã não pode deixar de perguntar:

– Pode me explicar o porquê da carona ?
– Tenho profe... assuntos inacabados com o acampamento.

Com isso, entramos no acampamento.


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